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sábado, 20 de fevereiro de 2021

Mistério: o que aconteceu com o policial morto no ataque ao Congresso? - Mundialista

Vilma Gryzinski

Pela narrativa dominante, Brian Sicknick foi abatido a golpes de extintor de incêndio na cabeça, mas os fatos não batem com a versão

O que é verdade e o que é mentira? Ou o que parece mais ser verdade? Jornalistas lidam com estas questões o tempo todo, é a parte mais fundamental de sua profissão. Como todos os outros seres humanos, eles também são influenciados por aquilo que acham ser a verdade. Quando descobrem que erraram, precisam se corrigir.

Uma história assim está acontecendo em relação ao caso mais dramático da invasão ao Congresso por partidários de Donald Trump no dia 6 de janeiro: a morte de Brian Sicknick, integrante da polícia do Capitólio, a força de segurança encarregada especificamente de zelar pelos membros do Congresso americano. A versão dominante foi dada pelo New York Times: Sicknick morreu por causa dos golpes de um extintor de incêndio na cabeça, desferidos por um ou mais dos invasores. Fonte: dois agentes da lei que falaram em off.

Devido à reputação do jornal – e, também, ao desejo de que isso fosse verdade, o que confirmaria a perversão dos trumpistas -, a versão se espalhou por outros veículos, como se fosse um fato incontestável. No clima de alta volatilidade emocional e política que se seguiu, Sicknick virou um mártir. Joe Biden, pouco antes de tomar posse, foi a seu velório solene.

Todos os veículos que tinham passado meses condenando, coletivamente, as forças policiais durante os protestos raciais desencadeados pela morte de George Floyd, transformaram-se em apologistas dos homens da lei. Felizmente, uma imprensa saudável sempre tem os mecanismos de verificação que flagram as inconsistências.

Independentemente de posições políticas, Greenwald dissecou as dúvidas sobre a morte de Sicknick, destacando sua importância para a narrativa dominante sobre os trumpistas malvados como o único caso de morte causada diretamente pelos invasores. Os outros quatro mortos não se encaixavam na narrativa: 
- um sofreu um infarto, 
- outro teve derrame, 
- uma mulher tombou ao ser comprimida pela massa junto da qual tentava invadir um salão do Capitólio. 
Ashli Babbitt, também da mesma turma, levou um tiro no pescoço desfechado por um agente da polícia do Capitólio quando tentava furar uma barreira de vidro no interior do Congresso.

Sobrou Sicknick como vítima inconteste da malta. Até agora, não saiu a causa mortis oficial. Quando falou sobre o caso, um irmão do policial disse que, na noite do dia 6, Sicknick tinha sido atingido por spray de pimenta, mas estava bem. Nada de corte na cabeça causado por extintor.

Foi uma reportagem na CNNjusto a emissora que colocou os invasores do Congresso numa categoria pior do que a dos hunos de Átila – que levantou a lebre, apontando a “falta de evidência” para enquadrar os possíveis responsáveis pela morte do policial. Não existe lugar mais cheio de câmaras de segurança do que o Congresso americano. A invasão do Congresso também foi amplamente documentada pelos próprios trumpistas, orgulhosos – e, em muitos casos, espantados – por terem conseguido entrar no Capitólio quase que sem resistência.

Daí o mistério: Como morreu o policial? Quem ou o que o atingiu? Onde estão os autores da agressão? Qual o resultado da autópsia? Por que as autoridades estão mantendo uma cortina de silêncio até agora?  É inconcebível que tudo não venha a ser esclarecido. Apurar os acontecimentos que cercam o caso – inclusive a nuvem de dúvidas – e “insistir na precisão factual”, segundo disse corretamente Greenwald, não significa ter simpatias pelos invasores ou querer favorecê-los.

Se Sicknick foi morto de alguma outra maneira, isso não altera sua posição de vítima de abusos praticados pela malta. A investigação criminal não muda muito. Mas os fatos não devem ser maquiados. O mistério da morte do policial Brian Sicknick será esclarecido e o New York Times, que se retratou muito discretamente, é o principal candidato a dar o furo: com os brios atingidos, tem o máximo interesse em apurar a versão mais parecida com a verdade que conseguir descobrir. E vai dar filme ou série de TV.

Blog Mundialista - Vilma Gryzinski, jornalista - VEJA


sábado, 16 de maio de 2020

A última de Bolsonaro: premiar quem deveria ser punido - VEJA - Blog do Noblat

Não se premia quem se revelou incompetente – no caso, o tal general. Não se pune inocentes – no caso o diretor-geral da Polícia Federal e o superintendente da Polícia Federal no Rio. O chefe do general supostamente relapso era o delegado Alexandre Ramagem, diretor da ABIN. Pois Ramagem foi justamente a escolha feita por Bolsonaro para substituir Valeixo. Não faz sentido. Não faz.

Quanto mais mente para se defender da acusação de que tentou intervir na Polícia Federal porque desejava tê-la diretamente ao seu serviço, obediente às suas ordens, a produzir relatórios diários com informações que por lei estava proibida de fornecer, mais Bolsonaro se arrisca a ser denunciado pelos crimes de obstrução à investigação de organização criminosa e advocacia administrativa.

Mentir é como puxar da caixinha um lenço de papel. Quando se puxa o primeiro lenço, apresenta-se o segundo. Na maioria das vezes, uma mentira requer outra para manter-se de pé. E assim vai até que a caixa se esvazia. Bolsonaro já deu provas de sobra de que é um mentiroso compulsivo. Mente e é desmentido. Mente por prazer, mente por descuido, mente para se safar, simplesmente mente. Em agosto do ano passado, ele quis trocar o superintendente da Polícia Federal no Rio. Alegou que sua produtividade era baixa. Mentiu. A produtividade era alta. O superintendente foi trocado, mas não pelo nome que Bolsonaro indicou. Inconformado, ele continuou a pressionar Moro e o diretor-geral da Polícia Federal. Deu no quê? Na grave crise política que o país assiste estupefato.

Na próxima segunda-feira, o ministro Celso de Mello, do Supremo Tribunal Federal, terá acesso ao vídeo com a gravação da reunião ministerial de abril. E decidirá se o libera na íntegra ou com cortes para que os brasileiros o vejam. Os poucos que conhecem o vídeo estão convencidos de que sua exibição varrerá o que ainda resta de credibilidade a Bolsonaro e à sua malta.

Blog do Noblat - Ricardo Noblat, jornalista - VEJA



quinta-feira, 23 de maio de 2019

Senado paralisa Itamaraty

“ONU, Paraguai, Grécia, Guiana, Hungria, Marrocos, França, Romênia, Bulgária, Jordânia, Portugal, Bahamas, Egito, UNESCO e Catar aguardam novos embaixadores, além de Itália, Santa Sé e Malta e CPLP”


A relação do ministro de Relações Exteriores, Ernesto Araújo, com o Congresso, na linha de atuação do guru Olavo de Carvalho, está criando a maior dor de cabeça para o Itamaraty. Quinze novos embaixadores designados pelo ministro foram parar na geladeira da Comissão de Relações Exteriores do Senado, apesar da conversa entre o chanceler brasileiro e o presidente da Casa, Davi Alcolumbre (DEM-AP), que somente liberou a apreciação das indicações de três embaixadores até agora, todos por interferência de outras autoridades.

O presidente da Comissão, senador Nelsinho Trad (PSD-MS), é aliado de primeira hora de Alcolumbre. Hoje, em reunião extraordinária da Comissão, segundo a pauta que estabeleceu, serão examinados os nomes dos embaixadores designados para a Comunidade dos Países de Língua Portuguesa, com sede em Lisboa, Pedro Fernandes Pretas, um pedido do ministro-chefe do Gabinete de segurança Institucional (GSI), general Augusto Heleno; para Santa Sé e Malta, Henrique da Silveira Sardinha Pinto, solicitação do senador Antônio Anastasia (PSDB-MG); e da Itália, Hélio Vitor Ramos Filho, cujo padrinho é o presidente da Câmara, Rodrigo Maia (DEM-RJ). A primeira indicação será relatada pela senadora Mara Gabrilli (PSDB-SP), a segunda pelo próprio Anastasia e a terceira, pelo senador Jarbas Vasconcelos(PMDB-PE). Todos são de oposição.

Nos bastidores do Itamaraty, a interpretação é de que as dificuldades estão num contexto mais amplo do que as relações dos diplomatas indicados para os postos no exterior com o Congresso, porque a maioria deles exerceu funções técnicas e não têm rusgas políticas com os senadores. Também não existe nenhuma “pendência” do presidente do Senado com o Itamaraty. Há cerca de um mês, o chanceler Ernesto Araújo esteve com Alcolumbre para solicitar a aprovação de suas indicações, sem sucesso até agora. Araújo já se queixou com o presidente Jair Bolsonaro sobre a demora nas nomeações, mas não houve nenhuma iniciativa do Palácio do Planalto no sentido de agilizar a apreciação dos nomes.

A substituição de embaixadores em postos estratégicos é normal na troca de governos, o que não é normal é essa demora. Também não é trivial a ruptura promovida por Araújo, que resolveu “caronear” — para usar uma expressão militar — a elite diplomática do país e promover diplomatas mais jovens para os postos mais relevantes. O ex-ministro Aloysio Nunes Ferreira foi elegante ao deixar o cargo que ocupou durante o governo Temer, evitando trocas nos postos primordiais, como as embaixadas de Estados Unidos, França e Portugal, com o objetivo de facilitar a vida de seu sucessor e a dos próprios diplomatas. A demora nas nomeações, porém, tornou-se um empecilho para a política externa, porque os embaixadores que serão substituídos já fizeram suas mudanças e cumprem um expediente meramente formal, aguardando o substituto estoicamente.

Beija-mão
É o caso do embaixador Sérgio Amaral, em Washington, que aguarda seu substituto até hoje. Demitido antes mesmo de Jair Bolsonaro tomar posse, suporta com galhardia o constrangimento de ter que representar o país sabendo que já não tem nenhuma sintonia com o novo chanceler e o atual governo. As embaixadas também ficam em compasso de espera, porque as iniciativas estratégicas dependem da chegada dos novos embaixadores. No jargão diplomático, perdem o “drive”, ou seja, o impulso de trabalho e a energia para novas iniciativas.


No caso dos Estados Unidos, Bolsonaro ainda nem escolheu o substituto. A expectativa era de que o nome do novo embaixador fosse anunciado para o presidente Jair Bolsonaro no seu encontro com Donald Trump, mas isso não ocorreu. Os nomes que chegaram a ser cotados foram o do cientista político Murillo de Aragão, da Consultoria Arko Advice, que era apadrinhado pelo vice-presidente Hamilton Mourão, e o do ministro de segunda classe Néstor Forster, preferido do chanceler Ernesto Araújo.  Estão no limbo, aguardando aprovação do Senado, os novos embaixadores na Organização das Nações Unidas (ONU), Ronaldo Costa Filho; no Paraguai, Flávio Damião; na Grécia, Roberto Abdalla; na Guiana, Maria Clara Clarísio; na Hungria, José Luiz Machado Costa; no Marrocos, Júlio Bitelli; na França, Luiz Fernando Serra; na Romênia, Maria Laura Rocha; na Bulgária, Maria Edileuza Fontenele Reis; na Jordânia, Riu Pacheco Amaral; em Portugal, Carlos Alberto Simas Magalhães; nas Bahamas, Cláudio Lins; no Egito, Antônio Patriota; na UNESCO, Santiago Mourão; e no Catar, Luiz Alberto Figueiredo.

Tradicionalmente, no Senado, há uma espécie de romaria do beija-mão dos indicados para cargos que dependem de aprovação no Senado, como as agências reguladoras e tribunais superiores. Os designados visitam os integrantes das comissões encarregados de apreciar a indicação, os líderes de bancada e os integrantes da Mesa do Congresso. No caso dos embaixadores, porém, nunca houve isso, bastavam as visitas formais ao presidente da Comissão de Exteriores para marcar as sabatinas. Foram raras as vezes em que indicações foram embarreiradas no Senado, quase sempre em retaliação ao Executivo, por algum motivo. O código para derrubar uma indicação em plenário era coçar a gravata, para ninguém ser constrangido por discursos e encaminhamentos de votação.

Nas Entrelinhas - Luiz Carlos Azedo - CB


segunda-feira, 15 de abril de 2019

A última noite

Por seis domingos, milhões de pessoas ao redor do mundo vão assistir ao mesmo tempo aos episódios finais de 'Game of Thrones'

O que torna uma série grande? Se a resposta começar pela história que os números contam, a televisão contemporânea não conhece série maior do que Game of Thrones: uma recordista em custo (ao norte de 100 milhões de dólares por temporada), recordista em audiência (na sétima temporada, 30 milhões de espectadores por episódio só nos Estados Unidos) e, lamentavelmente, recordista também em pirataria (estima-se que essa mesma sétima temporada tenha sido pirateada 1 bilhão de vezes). Nunca se montou, também, uma operação tão ambiciosa: como uma versão moderna de Júlio César e Marco Antônio, os criadores David Benioff e D.B. Weiss estabeleceram o quartel-­general da produção na Irlanda do Norte e orquestraram sua campanha de ocupação da cultura pop revezando-se entre Belfast e os postos avançados na Croácia, na Islândia, no Marrocos, na Espanha e em Malta.

(...)


QUEBRANDO TABUS - Lena Headey e Nikolaj Coster-Waldau como os gêmeos e amantes Cersei e Jaime: incesto, violência crua e muita nudez (HBO/Divulgação)

(...)
 (./.)
GoT virou uma potência, mas estreou como uma aposta incerta. Fantasias vão bem no cinema, mas tendem a claudicar na TV: nem as telas menores são o palco ideal para elas nem os recursos de produção costumam fazer jus às exigências visuais do gênero. Ademais, a saga escrita pelo americano George R.R. Martin era popular, mas nem de longe nos termos de O Senhor dos Anéis. O americano Peter Dinklage, que faz Tyrion Lannister, recebeu ressabiado o convite dos produtores:

(...)

A habilidade decisiva de Benioff e Weiss, entretanto, é outra. Veja-se o caso dos atores de estatura extraordinária de GoT. Não há muitos bons papéis por aí para homens na casa dos 2 metros de altura, mas a dupla achou lugar para vários deles: por exemplo, Ian Whyte (o gigante Wun Wun, 2,16 metros), Kristian Nairn (Hodor, 2,13), Hafthór Júliús Björnsson (Montanha, 2,06), Rory McCann (Cão de Caça, 1,98). E então a série fez algo quase miraculoso: deu a eles arcos dramáticos de verdade. O tímido, gentil e medroso Hodor carregou Brandon Stark por toda Westeros pronunciando uma única palavra — o próprio nome. Kristian Nairn o repetiu 101 vezes enquanto esteve em cena, e achou para ele nuances tocantes. O escocês Rory McCann, por sua vez, brilhou ao transformar Cão de Caça, um brutamontes cruel, em um homem que nunca deixará de ser um brutamontes, mas não suporta mais ser cruel. GoT dedicou o mesmo respeito à atriz Gwendoline Christie, de 1,91 metro: como Brienne de Tarth, uma cavaleira sempre em busca de alguém a quem possa servir com honra, Gwendoline explorou com delicadeza as constrições que a aparência pode impor a uma pessoa — e também a libertação que se pode encontrar nela.
É aí que talvez esteja o talento maior da dupla de produtores: a maneira como aprofundaram seus personagens (ou boa parte deles) e deixaram que eles mesmos fossem se revelando para o público, cada um a seu tempo — do humanismo que move o intrigante Lorde Varys à frieza escondida em Arya; do coração largo de Tyrion ao espírito submisso de seu irmão Jaime; da bravura do covarde Samwell Tarly à fibra que Daenerys encontra em si. Tornar cada personagem único e inteiro é a primeira regra para quem almeja conquistar o espectador — e é a mais difícil de cumprir na íntegra. GoT conseguiu criar fileiras de personagens assim graças, também, ao seu equilíbrio entre veteranos e estreantes. 
UM PRATO FRIO - Arya Stark (Maisie Williams) mata o traidor Walder Frey (David Bradley): mocinha faminta de vingança (HBO/Divulgação)

GoT está longe de ser a primeira série em que a HBO lida com violência explícita, sexo gráfico, nudez frontal masculina, profanidade e tabus variados — para ficar em um único caso, a excelente Roma, exibida entre 2005 e 2007, tinha doses generosas de tudo isso. Mas foi, talvez, seu laboratório mais avançado: tratando de incesto (e com filhos nascidos dele), tornou autêntico o sentimento entre os gêmeos Cersei e Jaime Lannister (Lena Headey e Nikolaj Coster-Waldau); mostrando atos de barbaridade monstruosa, como a morte do príncipe Oberyn (Pedro Pascal), chocou sempre pela fragilidade com que o corpo derrota a arrogância; pondo em cena dúzias de homens e mulheres nus, nos bordéis de Porto Real, lembrou como pode ser degradante esse comércio para os que são explorados por ele.

Continue lendo, MATÉRIA COMPLETA, em VEJA,  edição nº 2630
Publicado em VEJA de 17 de abril de 2019, edição nº 2630

sábado, 26 de janeiro de 2019

Bolsonaro tem de atacar os ladrões dos Correios

25 de janeiro é Dia do Carteiro. Festa para 57 mil profissionais que entregam mais de 6 bilhões de objetos postais em todos os cantos do Brasil. Nesta mesma data são comemorados os 356 anos de serviço postal no Brasil. Momento exato para refletir sobre os Correios – estatal que é alvo de bandidos (desde ladrões de cargas até corruptos da politicagem brasileira).
O ex-BBB e ex-deputado, o agora fujão Jean Wyllys está tentando fugir com o dinheiro que deve, devido sentença judicial, Deputada federal eleita Bia Kicis
 
O Presidente Jair Bolsonaro, que retorna do Fórum Econômico Mundial de Davos, poderia aproveitar para refletir sobre o futuro dos Correios – uma empresa que ainda corre risco de continuar sofrendo sabotagens de grupos políticos, como ocorreu nas gestões do PT e demais comparsas políticos na corrupção. Os Correios não dependem de recursos do Governo Federal. Estratégica, a estatal é independente do orçamento da União.

Privatizar por privatizar vale a pena? No caso dos Correios do Brasil a resposta é negativa. Os militares são a favor de manter a empresa estatal. Tanto que ela é comandada pelo General Juarez Cunha.[o coronel Adwaldo Cardoso Botto, presidiu os Correios, ECT, por onze anos e tornou uma das empresas mais lucrativas e um dos mais eficientes correios do mundo.] O vice Presidente Antônio Hamilton Mourão já advertiu que, por enquanto, não concorda com a desestatização da empresa. Mesmo pensamento do Coronel Marcos Pontes, ministro da Ciência, Tecnologia e Comunicação.

Privatização de Correios é um assunto polêmico no mundo todo. Dos 192 correios vinculados à Universal Postal Union (UPU), 176 são totalmente estatais. Oito são privados (Aruba, Cingapura, Malásia, Malta, Países Baixos, Portugal, Líbano e Inglaterra). Oito têm participação de capital privado (Áustria, Bélgica, Alemanha, Grécia, China, Itália, Uzbequistão, Japão). Aliás, o correio de Portugal já estuda o retorno à categoria estatal, pois não deu certo privatizar.

Ao longo do último ano, os Correios tiveram um significativo crescimento nos índices de qualidade operacional, superando as metas mês a mês. A empresa saiu de um resultado de 83% de encomendas entregues no prazo em janeiro de 2018 para 99% em dezembro, um marco histórico. Os resultados podem melhorar com novos projetos e parcerias estratégicas. Os Correios são lucrativos em 324 municípios (que têm 92% do potencial de mercado). Os Correios exercem uma função de Integração Nacional.É o único braço do Estado presente em todos os municípios do País. Os Correios podem fornecer serviços à população onde ninguém consegue chegar, tipo emissão de CPF, RG, Passaporte, Carteira de Trabalho, entre outros. Ao contrário do que muita gente pensa, os Correios não têm monopólio sobre a entrega de encomendas.

Antes de pensar em privatizar, conforme furor manifestado publicamente pela equipe econômica, o Presidente Bolsonaro deveria tomar uma decisão que compete só a ele: livrar os Correios das influências políticas nefastas. Depois da limpeza – incluindo tudo que foi feito de errado pela ladroagem contra o fundo de pensão Postalis (cujo rombo é paga pelos 106 mil funcionários da empresa) -, aí sim basta firmar novas parcerias societárias para os Correios avançarem como uma empresa eficiente e lucrativa, cumprindo seu papel comercial e de universalização de serviços públicos.

Os militares querem limpeza nos Correios. O ministro da Justiça e Segurança, Sérgio Moro, também já se colocou à disposição para ajudar no processo de saneamento e combate à corrupção contra a empresa. O Presidente Bolsonaro só precisa apoiar essas iniciativas e barrar as ações da politicagem contra os Correios. Não é fácil... Porém é possível...

Edição do Alerta Total – www.alertatotal.net
Por Jorge Serrão - serrao@alertatotal.net
Membro do Comitê Executivo do
Movimento Avança Brasil