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terça-feira, 27 de outubro de 2020

Comando do Exército entra em alerta com possível nomeação de Ramos

Radar - Robson Bonin

Interlocutores da cúpula da instituição afirmam que há movimento no Planalto para aparelhar politicamente a tropa 

A fritura de Luiz Eduardo Ramos na semana passada fez surgir no comando do Exército uma dessas histórias de arrepiar a ala da caserna avessa à politicagem do generalato de pijama. Pela conversa, Jair Bolsonaro colocaria o ministro da Secretaria de Governo no comando do Exército e colocaria no Planalto o atual comandante da tropa, Edson Pujol. Augusto Heleno levaria outro cargo desses que mais parecem complemento de aposentadoria. 

O problema da suposta articulação no Planalto está na resistência da caserna ao nome de Ramos. “Não é só que os integrantes do alto comando não gostam de Ramos, eles não toleram a mistura da instituição com politicagem”, diz ao Radar um interlocutor da cúpula do Exército. 

Radar - Veja Online

[pensando alto: soa estranho, porém, possível, o ministro Ramos assumir comando da tropa após passar para a reserva - nada impede;
caso a notícia acima, que também parece um balão de ensaio, se concretize, teremos um político voltando a comandar tropas e um militar de tropa exercendo cargo político.
Porém, 'missão dada, missão cumprida'.]
 


sábado, 4 de abril de 2020

O vírus da guerra cultural - Fernando Gabeira

Em Blog


sábado, 25 de janeiro de 2020

Militarização do serviço público - O Estado de S.Paulo

Adriana Fernandes

Entrou no radar o risco do avanço do aparelhamento militar no funcionalismo

A judicialização da lei que permite a contratação temporária de militares da reserva para trabalhar em atividades de servidores públicos civis é dada como certa em Brasília. Lideranças políticas avaliam como equivocada a decisão do Congresso de ter aprovado a inclusão do artigo 18 na Lei 13.954, que trata das mudanças nas carreiras e aposentadoria das Forças Armadas. O artigo permite que o militar da reserva (inativo) seja contratado para o desempenho de atividades de natureza civil com o pagamento de um adicional igual a 30% da remuneração que estiver recebendo na inatividade.
 
[a judicialização já é esperada, por diversas razões. Algumas:
 
- interessa a turma dos que são contra o Brasil, a turma do 'quanto pior, melhor', para eles pouco importam que a fila de requerimentos de benefícios do INSS já ultrapasse o milhão  de pedidos e aposentados, idosos, deficientes, até morram antes de receber alguma coisa;
 
- o Brasil, pós 'constituição cidadã', judicializa tudo - até uso de banheiro público é assunto que aguarda ser pautado no STF.

Todos fingem não saber que contratar, via concurso público, pessoas para prestarem serviços temporários ao Governo é um processo extremamente burocrático, demorado e complicado.
Realizar um concurso público para alguns milhares de pessoas serem contratadas para o Serviço Público - INSS, por um período entre seis a doze meses, vai custar milhões de reais que poderiam ser utilizados para custear parte do valor da contratação dos temporários.

Contratar sem concurso público é ilegal e até criminoso.

Optando pela contratação de militares da FF AA, já na reserva, está sendo atendido o quesito concurso público - os militares prestaram concurso público e estão capacitados a executar os serviços que a eles serão destinados - cuidarão do atendimento direito ao público, sendo que a análise dos processos continuará com o pessoal técnico do INSS, já capacitado.
 
Receberão 30% do que recebem na reserva,  a título de gratificação extraordinária. Na maior parte dos casos, o valor será inferior ao que terá que ser despendido com a contratação de servidores civis, concursados.
Lembrando, que a contratação será entre um semestre a um ano.
O IBGE, faz algum tempo, está realizando concurso para pessoal temporário - censo 2020 -   e o processo está lento, com risco de atraso no inicio do censo.]

Com a lei, o risco do avanço do aparelhamento militar do serviço público no governo Jair Bolsonaro entrou no radar. Esse já era um tema recorrente no período de transição de governo, antes mesmo de o presidente ter tomado posse no cargo.  O movimento só ficou mais claro depois que o governo anunciou que iria contratar uma força-tarefa de 7 mil militares que já estão na reserva para acabar com a fila de mais de 1,3 milhão de pedidos de benefícios do INSS.

Ele acontece no momento em que o Ministério da Economia anunciou que não haverá concursos públicos tão cedo por causa da necessidade de reduzir os gastos da folha de pessoal, um dos itens de despesas obrigatórias que mais pesam no Orçamento da União. Só concursos muito pontuais e estratégicos, como o da Polícia Federal, vão ocorrer até o final da administração Bolsonaro. Com uma mão, o governo aperta os concursos e com a outra chama os militares da reserva pagando a gratificação. Situação que poderá se repetir em outras áreas do serviço público federal, sobretudo, nas chamadas atividades-meio. Atribuições de carreiras de Estado, como auditores fiscais da Receita, não poderão ser alcançadas porque têm regras mais rígidas incluídas em lei.

De certo é que a nova lei dos militares, que apertou as regras de aposentadoria, mudou a estrutura das carreiras militares e reajustou os salários, acabou abrindo o caminho para uma maior militarização do serviço público.

A ficha caiu só agora.
A lei foi aprovada no fim do ano passado, no rastro da aprovação da reforma da Previdência, e em meio à negociação final do Orçamento deste ano. Agora, há uma articulação para a apresentação de uma Ação Direta de Inconstitucionalidade (Adin) no Supremo Tribunal Federal (STF) depois do fim do recesso do Legislativo. As negociações do governo com o Tribunal de Contas da União (TCU) para fechar um acordo para a contratação temporária para acabar com a fila podem dar um parâmetro, um limite, para o movimento da militarização.

O ministro Bruno Dantas do TCU analisa pedido de liminar do Ministério Público junto ao tribunal para suspender a contratação. O TCU tem a competência de barrar contratos considerados ilegais e exigiu do governo que ampliasse a contratação para civis para trabalhar no INSS temporariamente. O Ministério da Economia propôs como solução a contratação de servidores aposentados do INSS. O acordo vai sair na próxima semana. Em jogo, os planos do presidente Bolsonaro. Por isso, a importância da decisão.

Antes disso, o Palácio do Planalto, que não gostou da resistência do TCU, correu para publicar em edição extra do Diário Oficial da União decreto que regulamenta a contratação de militar. O decreto foi assinado pelo presidente em exercício, Hamilton Mourão, e não se restringe ao caso do INSS. A contratação dos militares poderá ser feita por outros órgãos. Mourão foi um dos integrantes do alto escalão do governo que botou lenha na fogueira na polêmica com o TCU. Sem estar muito a par das negociações com o tribunal, entrou em campo para avisar que, em vez de contratar, o governo convocaria os militares para trabalhar na fila do INSS. O presidente em exercício recuo logo em seguida. Mas a fala dele teve eco na Esplanada. A conferir cenas dos próximos capítulos.

Adriana Fernandes, jornalista - Coluna em O Estado de S.Paulo

sexta-feira, 25 de outubro de 2019

O Incrível mistério do óleo nas praias nordestinas - Sérgio Alves de Oliveira



A incapacidade  das autoridades responsáveis  em  identificar   desde logo  a autoria do despejo de petróleo provavelmente em águas internacionais do Oceano Atlântico, que acabaram  atingindo em cheio  a costa  da  Região Nordeste do Brasil, causando   danos ambientais em dimensões ainda não bem avaliadas, numa extensão de cerca de 2 mil quilômetros, só pode ter sido produto de  uma conspiração terrorista mundial, com algum “apoio” interno. 

Mas não deve ser por mera coincidência que “concomitantemente” a essa tragédia ambiental provocada na costa nordestina, estejam acontecendo tumultos, revoltas, depredações e violência de toda ordem  em vários países latino-americanos. A conexão entre todos  esses episódios salta aos olhos. O “cheiro” de esquerda está no  ar.

Ora, tanto quanto a navegação aérea,  a navegação marítima é monitorada durante as 24 horas de todos os dias. A qualquer momento  ,por exemplo, a “fotografia” da  navegação aérea das linhas comerciais no mapa do mundo pode ser acessada de qualquer computador.  Seria absolutamente impossível que a enorme quantidade de petróleo encontrada na costa nordestina tivesse sido despejada no oceano “acidentalmente”, ou por alguma embarcação de pequeno porte. Com certeza o foi por um ou mais navio petroleiro de grande porte.

E como uma navio petroleiro de grande porte poderia ter passado despercebido, como  se fosse um “fantasma” ,”furtivamente”, pelos controles  de radar,  rádio,  satélites artificiais, e tantos outros controles de navegação  marítima?  Como supor que  as tripulações  de outros navios e aviões de linha aérea que navegavam  por essa  região no momento “x”  não teriam visto  qualquer irregularidade na superfície do mar, como os enormes “rastros” e “manchas” de petróleo  boiando na superfície da água?  Como esse “quadro” não foi avistado  nos inúmeros controles marítimos e mesmo a “olho nú” por nenhum outro navegador aéreo ou marítimo? Que “raio” de mistério é esse? [será que vamos ter que esperar que o Globoplay lance um filme sobre o assunto no estilo do 'manifest'?
O absurdo do fato justifica uma série de mistério.
Como bem destaca o articulista é praticamente impossível que milhares de 'olhos' e 'ouvidos' nada tenham detectado e por trás deste mistério, está além da maldita esquerda, maus brasileiros que são coniventes com a tentativa de manter o mistério.
A turma do Meio Ambiente e a pró internacionalizarão da Amazônia, também estão envolvidas - a cobiça deles se estende pela costa brasileira, que nos tempos do governo  Médici, do saudoso general Médici, se estendia por duzentas milhas, o que inviabilizava tal sabotagem.
O que a turma do 'greenpiche' tem a ver com o assunto? as praias atingidas integram o território SOBERANO do BRASIL e gringos nada tem com o que ocorre em solo brasileiro.] 
 
Afinal de contas, o que foi derramado  no Oceano Atântico não foi nenhuma “tampinha de garrafa” de óleo, porém centenas de  milhares de toneladas de petróleo.
Algum oceanógrafo estaria contribuindo com as investigações? Não teria que se abrir essa “caixa-preta” O certo é que qualquer especialista na ciência do mar (correntes marítimas, ventos,marés, etc.), poderia apontar com certa  precisão o local e o momento  em que esse  óleo  teria sido  despejado no oceano, e os controladores da navegação marítima “qual” ou “quais”  eram  os navios que passavam naquele momento pelo local.

Ou teria sido algum “submarino petroleiro” misterioso?
A única informação “capenga” que se tem até agora é que os laboratórios da Petrobrás teriam apontado que pelas análises da  sua composição química ,o petróleo que poluiu as praias  do Nordeste seria originário da Venezuela. E isso já é um primeiro passo.
Seja como for, está tudo muito “estranho” !!!

Sérgio Alves de Oliveira - Advogado e Sociólogo

sexta-feira, 13 de setembro de 2019

Líder de comissão de 'mortos e desaparecidos': 'O Brasil empregou muito dinheiro em busca de ossada' - Veja

Chefe da Comissão de Mortos critica gastos com desaparecidos da ditadura

'O Brasil empregou muito dinheiro em busca de ossadas... Dinheiro poderia ter ido para saúde e educação', diz Marco Vinícius Carvalho, presidente da Comissão de Mortos e Desaparecidos no governo Jair Bolsonaro


Presidente da Comissão de Mortos e Desaparecidos do governo Jair Bolsonaro,  Marco Vinícius Carvalho Marco Vinícius Carvalho decidiu mexer mais uma vez com os fantasmas do país.

Ao Radar, ele criticou o dinheiro gasto pelo governo na procura de desaparecidos políticos.
“O Brasil empregou muito dinheiro em busca de ossadas. De 1.047, localizou apenas duas. Gastou 500.000 dólares. Dinheiro que poderia ter ido para saúde e educação. Talvez essas pesquisas de DNA pudessem ter sido estruturadas na nossa Polícia Federal e o custo seria bem menor”, diz.

O material de banco de dados com amostras de sangue de familiares foram enviados para Holanda e Bósnia, países com tecnologia apropriada.

sexta-feira, 26 de julho de 2019

Para OAB, prova pericial para condenar hackers pode prejudicar Moro no STF - Veja

Supremo ainda vai julgar suspeição do ex-ministro na condenação de Lula


Para eventual condenação dos acusados de terem hackeado os aparelhos do ministro Sérgio Moro, e de cerca de centenas de outras autoridades, será necessária a produção da prova pericial. Ou seja, no caso de Moro, que fique demonstrado que conteúdo é efetivamente verdadeiro. Se aqueles diálogos revelados pelo The Intercept oficialmente procedem.


Mas essa comprovação pericial da invasão pode ser prejudicial para Moro no STF, que ainda vai julgar o pedido de suspeição da defesa do ex-presidente Lula, que o acusa de ter sido parcial na condução do processo quando juiz federal em Curitiba.
Essa é a opinião do advogado Breno Melaragno Costa, presidente da Comissão de Segurança Pública da OAB.
“Se comprovada a veracidade da conversa, teremos dois reflexos: a incriminação dos hackeadores e o outra consequência é como os tribunais superiores, em especial o STF, vai lidar com a questão da suspeição do juiz. Há diálogos ali que podem levar a crer que houve um aconselhamento do então juiz (Moro) ao Ministério Público. Se assim for compreendido, pode até levar a nulidade de processos. O Judiciário vai ter que decidir” – explicou Breno Melaragno ao Radar.

[para começo da conversa, o conteúdo das supostas conversas -  comprovada mediante perícia,  a invasão  - tem, como prova,  valor zero = foi resultado de uma invasão, ato criminoso, o que torna as provas ilícitas;

anulado, por mandamento constitucional o valor ZERO  das provas obtidas mediante crime = invasão de privacidade, furto, etc =  resta saber, por mera curiosidade,  já que não se tratam de provas - devido  a Constituição proibir que sejam anexadas ao processo, analisar a autenticidade. 

Comprovado que houve a invasão e a subtração criminosa do material arquivado, resta saber se apenas algumas conversas esparsas, autênticas (com diálogos reconhecidos por alguns dos interlocutores) foram entregues ao intercePT, para dar aos incautos a impressão de ser o material verdadeiro e as que tentam deixar a impressão que são diálogos de Moro com os procurados, foram elaboradas pelos hackers e seus assessores para parecer verdade - a forma de divulgação delas, sem nenhum printer da nenhuma conversa de/com  Moro, deixa a certeza que foram inseridas no pacote.

Quanto a eventual decretação da nulidade de processos  é um sonho dourado de todos que são inimigos de Moro, dos procuradores, de Bolsonaro e do Brasil - e que logo ao acordarem verão que nada mudou. O processo condenando o maior ladrão do Brasil, ex-presidente e atualmente o presidiário Lula da Silva, continua firme, forte e como diria o ex-ministro Magri 'imexível'.

Lembrando sempre que as conversas por serem produto de roubo, de crime, ilícitas só podem servir de prova contra os autores do crime e eventuais receptadores.]
 
Publicado em VEJA, edição nº 2645, de 31 de julho de 2019,
 Veja

 

quarta-feira, 20 de fevereiro de 2019

Citada em áudio, Globo diz que é rotina visitar autoridades

Grupo Globo diz que visita de Tonet a autoridades públicas é rotina

Conforme antecipado pelo Radar, o Grupo divulgou nota sobre a visita do vice-presidente a Gustavo Bebianno

Conforme antecipado pelo Radar na tarde desta terça-feira, o Grupo Globo divulgou uma nota sobre o episódio dos áudios entre o presidente Jair Bolsonaro e Gustavo Bebianno.

Diz na nota que a visita de Paulo Tonet, vice-presidente de Relações Institucionais do grupo, a Bebianno constava em agenda pública.
E diz que esses encontros do dirigente com os diferentes poderes e outros setores é rotina.
Segue a íntegra da nota:

“O Grupo Globo considera que não tem nem cultiva inimigos. A própria natureza de sua atividade jamais permitiria qualquer postura em contrário. Hoje, como sempre, sua missão é levar ao público jornalismo independente – dando transparência a tudo o que é relevante para o País – e entretenimento de qualidade. Continuaremos a trabalhar nesta mesma direção. A visita de Paulo Tonet Camargo, Vice Presidente de Relações Institucionais do Grupo Globo, ao então ministro-chefe da Secretaria Geral da Presidência, Gustavo Bebianno, constava da agenda pública do ministro, divulgada na internet. 

Visitas de diretores do Grupo Globo a autoridades dos diferentes poderes, servidores públicos, executivos de empresas e representantes da sociedade civil são rotineiras. E, nesse aspecto, não nos diferenciamos de qualquer grupo empresarial que pretenda ouvir todas as vozes de uma sociedade livre, de forma transparente e com agenda pública, mantendo relações estritamente institucionais e republicanas”.

sábado, 24 de dezembro de 2016

Mais de 70% dos brasileiros são contra o aborto

O brasileiro é mesmo contra o aborto

Um levantamento do Paraná Pesquisas revela que 73,7% são contrários que a mulher tenha o direito de interromper a gravidez por livre escolha.

 Gestante (Jupiterimages/Thinkstock/VEJA/VEJA)

A pesquisa ainda traz um dado curioso: as mulheres (78,2%) são ainda mais contrárias do que homens (68,7%) ao direito ao aborto.

Fonte: Radar On Line - VEJA





sábado, 12 de novembro de 2016

TRUMP na Casa Branca não estava no radar de ninguém - queiram ou não, gostem ou não, Trump será o presidente do Estados Unidos pelos próximos quatro anos

O QUE É ISSO?

Foi estarrecedor, imprevisível, inacreditável. Trump na Casa Branca não estava no radar de ninguém. Nem mesmo no de seus eleitores convictos. A vaga possibilidade desse cataclismo sequer habitava o mais tenebroso pesadelo de quem quer que seja. Ele era tratado como piada de mau gosto. Mesmo nos derradeiros dias, às vésperas do veredicto. E o mundo emudeceu diante do impensável. Entrou em choque. O que será Trump, aprendiz de presidente, daqui para frente? Não há remota ideia. Não se tem como cravar com certeza. 

 O que ele representa, pelo que disse e fez, já é de assustar. Sexista, racista e xenófobo ao extremo, Trump plantou a hostilidade, o ressentimento e a divisão de classes como armas de campanha. Pregou o populismo patológico e prometeu aberrações como a construção de um muro para impedir a entrada de imigrantes mexicanos. Falou em deportação implacável dos que vivem no seu país de maneira irregular. Venceu com a marca da provocação. Nunca se viu nada igual em termos de liderança americana. Um candidato que brigou não apenas com opositores como também com aliados. 

Invocou de maneira leviana o rompimento de acordos de livre comércio, o cancelamento de compromissos multilaterais sobre o clima e até a retirada americana da Otan. Sua ascensão representa o triunfo da intolerância. Do ódio sem limites. Da loucura, em última análise. A nação, sob o tacape do magnata que se vangloria de não pagar impostos, está dividida. 

Muitos dizem que ele é a devastação do sistema político dos EUA. Outros enxergam nele a esperança de um país pujante, voltando a ser grande novamente, como prega o seu slogan. Trump na presidência dos EUA é, na melhor das hipóteses, um salto no escuro. A vitória da mediocridade. Uma anomalia que ainda cobrará alto preço da humanidade. Foi o grito contra o establishment que o colocou lá. O protesto a líderes, instituições e saídas convencionais. A maioria nada desprezível de 59 milhões de eleitores encontrou em Trump o arauto da boa nova, capaz de resgatar empregos, recuperar o cinturão falido de indústrias sucateadas pelo avanço dos tigres asiáticos e, de quebra, incensar a autoestima americana. 

Sonho telúrico que acabou por entregar a cadeira mais poderosa da Terra nas mãos de um paladino autoritário, um arrivista temperamental sem vivência na administração pública e pouco tato no plano político. É do topete de Trump que sairão decisões vitais sobre os rumos do planeta, inclusive a de apertar o botão e implodir com tudo. A perturbadora escolha de seus compatriotas não levou em conta se o candidato estava à altura da tarefa. 

Valeram apenas, como suficientes, as bravatas de repulsa à globalização e de exaltação racial aos conterrâneos. Salvadores da pátria são célebres por despontar em momentos de frustração, tal qual esse. Hitler na Alemanha e Mussolini na Itália tiveram igual oportunidade. Tomara, nada das sandices que Trump arrotou durante a campanha se cumpra. 

Do Oriente ao Ocidente vivem-se dias de sobressaltos. Entrou em curso, decerto, uma nova ordem global. Mais desagregadora. Menos condescendente. O movimento do Brexit na Inglaterra já havia sinalizado algo nessa direção. O avanço de Marine Le Pen, na França, segue no mesmo caminho. Mas nada é comparável aos planos conservadores e à ruptura de paradigmas propostos por Trump. 

Com sua epopeia de mentiras ele prenuncia dias sombrios pela frente e deixa todos atônitos a se perguntar: o que é isso?
 

Fonte: Revista ISTO É