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terça-feira, 30 de março de 2021

Ministros do STF permanecem em alerta com pressão política de Bolsonaro sobre militares - Bela Megale

["Alea jacta est" - permanecer em alerta, ainda que inútil - por não provocar, impedir ou modificar alguma coisa - é uma maneira de aprender boas lições. 

Agora uma pergunta que prevalece sobre todas: Bolsonaro sai deste episódio mais forte? ou mais fraco?

Imperioso lembrar que as medidas adotadas pelo presidente Bolsonaro, estão rigorosamente de acordo com a Constituição Federal.]

Parte dos ministros do Supremo Tribunal Federal (STF) se mostrou preocupada com a demissão do ministro da Defesa, Fernando Azevedo e Silva, realizada ontem. Assim que souberam da saída do general da pasta por ordem de Jair Bolsonaro, dois ministros relataram à coluna que buscaram saber mais informações da situação com interlocutores do governo. Segundo esses ministros, paira sobre a corte a preocupação de que Bolsonaro esteja pressionando as Forças Armadas para atuarem não como forças de Estado, [agora sobre esta preocupação, o único comentário que cabe é repetir Bolsonaro:"e daí?"], mas como forças políticas.

Os recados do governo e do Congresso que chegaram até o STF até o momento foram no sentido de tranquilizar os ministros. Interlocutores de Bolsonaro afirmaram que a demissão estava ligada à postura do Azevedo e Silva de apoiar a decisão comandante do Exército, Edson Pujol, de não punir um subordinado. Bolsonaro solicitou que o general Paulo Sérgio, chefe do Departamento-Geral de Pessoal do Exército, fosse penalizado após uma entrevista concedida ao jornal Correio Braziliense, na qual defendeu o lockdown e falou de terceira onda da Covid-19 no Brasil.

O próprio ex-ministro Azevedo e Silva tentou esvaziar supostas teorias de golpe e descartou a ministros do STF risco de politização das Forças Armadas. Alguns magistrados da corte, porém, seguem acompanhando com lupa os movimentos de Bolsonaro. Uma preocupação que está no radar é a aproximação do presidente com integrantes da Polícia Militar. 

Fernando Azevedo e Silva foi assessor do ministro Dias Toffoli quando ele era presidente do STF e atuou como ponte entre o governo e a corte, tendo feito, em muitas ocasiões, o papel de bombeiro entre os dois poderes.

Bela Megale, jornalista - O Globo 

 

Comandantes das Forças Armadas discutem renúncia conjunta - O Globo

Malu Gaspar

[só o tempo dirá - mas o título, tem jeito, cheiro de fake news; fosse de uma rede social bolsonarista, justificaria a prisão do apoiador.]

Crise na esplanada

Os comandantes das três Forças Armadas – Exército, Marinha e Aeronáutica – estão reunidos neste momento em Brasília discutindo uma renúncia conjunta aos cargos, como reação à saída do ministro da Defesa, Fernando Azevedo. Embora não tenha sido tomada uma decisão definitiva, o mais provável é que deixem seus postos ainda hoje.

O comandante do Exército, Edson Pujol, em sua posse, em janeiro de 2019. Pujo; e os chefes da Marinha e da Aeronáutica também cogitam sair.

Além de Edson Pujol, que o presidente Jair Bolsonaro disse hoje nos bastidores que demitiria, participam da reunião em local não revelado o comandante da Marinha, Ilques Barbosa Junior e o da Aeronáutica, Antonio Carlos Moretti Bermudez. Ministros militares de Jair Bolsonaro também participam do encontro. 

A renúncia conjunta dos chefes das Forças Armadas seria algo inédito na história da República. [uma matéria sobre um assunto sério, baseada em provável, cogitam, insinuando, se falsa deve ser punida com todo o rigor.
O assunto é sério e só deve ser abordado com certeza absoluta,por incentivar a insegurança, a boataria.]  Embora o clima entre os militares seja de muita tensão, auxiliares de Bolsonaro tentam dar à saída dos comandantes caráter de normalidade. 
 
Malu Gaspar, jornalista - O Globo



quinta-feira, 25 de março de 2021

Bolsonaro se reúne com comandantes militares - O Globo

Por Lauro Jardim

GOVERNO

Depois de se reunir  com governadores, ministros e com os presidentes da Câmara e do Senado, e em meio à crise sanitária Jair Bolsonaro fecha o dia com outro encontro relevante.

Recebe em seu gabinete os quatro militares mais importantes e poderosos do país: Fernando Azevedo, Ministro da Defesa; Ilques Barbosa Júnior, comandante da Marinha; Edson Pujol, comandante do Exército; e Antonio Carlos Bermudez, comandante da Aeronáutica.

Lauro Jardim, colunista - O Globo


segunda-feira, 21 de dezembro de 2020

Chefe do Departamento de Educação e Cultura do Exército (DECEx) relata como o ensino de militares precisou continuar na pandemia

Ante à impossibilidade de parar, chefe do Departamento de Educação e Cultura relata como o Exército se preparou para formar quadros

No Exército, a preocupação e os desafios não foram diferentes: como manter uma máquina educacional funcionando e formando jovens e militares de carreira sem que a qualidade ficasse comprometida. Nesta entrevista ao Correio, o chefe do Departamento de Educação e Cultura do Exército (DECEx), general Tomás Miguel Miné Ribeiro Paiva, salienta que, em todo o tempo, a máquina se manteve funcionando para que as soluções fossem encontradas –– mesmo porque, a Arma tem um compromisso permanente com a defesa do país e, portanto, não tem como interromper as atividades. “No que consiste às orientações do comandante do Exército, posso dizer que foram simples: preservar a família militar e manter a operacionalidade”, observa o general.

Para o chefe do DECEx, entre as adaptações realizadas, uma teve especial sucesso: a conjugação entre o ensino presencial e o virtual. O general, aliás, coloca-se à disposição para debater, com educadores e as redes de ensino privada e pública, o sucesso da experiência dos colégios militares durante a pandemia.

O tema do momento é a vacinação contra a covid-19. Há alguma previsão para quando a imunização será feita com os militares?
Isso fará parte de uma diretriz nacional, que vai ser encampada pelo Ministério da Saúde. Seguramente, temos um centro de operação de saúde do Exército que trabalhou o tempo todo, foi montado pelo comandante do Exército (Edson Pujol) para atender a todas as medidas sanitárias, orientar para dentro da Força. À semelhança do que tem acontecido com as outras vacinas, haverá prioridade para os profissionais da área de saúde, pessoas idosas, com comorbidades e pessoas que não podem parar. Seguiremos o faseamento determinado pelo ministério.

Mas, essa vacina será obrigatória ou ficará a critério de cada um?
Vai depender da interpretação da lei. Hoje, a vacina não é obrigatória, mas temos algumas que constam como regularmente aplicadas a todos aqueles que incorporam. Outras não –– vai depender da interpretação. Mas, aqui é diferente, pois cumprimos ordens. Quando o camarada entra na escola militar, e se tem um programa de vacinação, vamos vacinar todo mundo. O cara está constantemente em risco, é diferente. Quando se entra para a junta militar, há o cuidado e, a depender da missão, toma-se uma bateria de vacinas. Quando fui para o Haiti, por exemplo, tomei sete vacinas no mesmo dia.

Nada muda?
Absolutamente nada, porque o serviço continua e é essencial. Uma coisa tenho certeza: o ano que vem será melhor do que este ano. Porque já temos a expertise. Se conseguimos não parar neste ano, no ano que vem é que não iremos parar mesmo. Temos todas as condições, convicções de que o sistema tem plena condição de funcionar em segurança. Ainda mais com as vacinas que virão. E elas virão, é uma questão de decisão. E, nós estamos totalmente fora de qualquer contexto de discussão política.

Quais os principais esquemas montados para garantir a continuidade das escolas de formação durante a pandemia?
O sistema de educação e cultura do Exército é complexo. Envolve uma educação customizada, profissional, voltada para a formação de quadros, além de uma parte assistencial, dos colégios militares. A maior parte é voltada para proporcionar a formação, qualificação necessária para que os camaradas desenvolvam as habilidades e preencham os quadros, o que está diretamente envolvido com a operacionalidade da Força. Neste ano, temos cerca de 42 mil alunos passando pelo sistema, sendo 39 mil presenciais. Quando a pandemia chegou, o alto comando recebeu orientações do comandante do Exército e diretrizes também do ministro da Defesa (Fernando Azevedo e Silva). No que consiste às orientações do comandante do Exército, posso dizer que foram simples: preservar a família militar e manter a operacionalidade. Dentro da operacionalidade da Força, temos um compromisso em continuar formando, já que somos uma atividade essencial. Esse é o caso das academias militares, escolas de formação de sargentos, curso de formação de oficiais médicos, por exemplo. Todo esse pessoal, já do quadro militar, estava sujeito, em caso de necessidade, a ser utilizado. Desde o começo, a nossa intenção — de acordo com as diretrizes do comandante do Exército e que virou uma diretriz minha para o sistema — era a de não parar, tomar as medidas sanitárias para que a gente pudesse permitir prosseguimento das atividades.

Quais foram as principais preocupações?
Me preocupava especialmente com os cerca de 4,5 mil militares que estavam no sistema de internato. Esse pessoal não parou. Tivemos uma série de adaptações, flexibilizações e um acompanhamento sanitário muito acirrado. As pessoas tiveram muita responsabilidade, os alunos tiveram muita compreensão. No momento inicial, em março, optamos por mantê-los mais reclusos para protegê-los. Isso nos permitiu até mesmo um adiantamento de conteúdos presenciais, em acordo com os alunos. A residência do interno é a escola. Por esses fatores, e também porque tínhamos problemas com transportes, ele passou praticamente dois meses internado.
Depois disso, começamos a fazer saídas restritas para que os internos pudessem visitar familiares, fazer compras básicas. Permitimos saídas controladas e cuidando, monitorando muito acirradamente. Foi preciso mudar procedimentos. No primeiro semestre, diminuímos as atividades de campo mais intensas, conseguimos fazer tudo com cuidado. E, à medida que a pandemia foi passando, fomos alterando medidas e flexibilizando de local para local. Desta forma, no segundo semestre, começamos a ver que dava para fazer as atividades mais intensas. Essa experiência de preparo foi uma experiência exitosa e apresentá-la à sociedade é uma forma de mostrar que é possível manter atividade de educação presencial com cuidado.

Correio Braziliense - MATÉRIA COMPLETA


terça-feira, 27 de outubro de 2020

Comando do Exército entra em alerta com possível nomeação de Ramos

Radar - Robson Bonin

Interlocutores da cúpula da instituição afirmam que há movimento no Planalto para aparelhar politicamente a tropa 

A fritura de Luiz Eduardo Ramos na semana passada fez surgir no comando do Exército uma dessas histórias de arrepiar a ala da caserna avessa à politicagem do generalato de pijama. Pela conversa, Jair Bolsonaro colocaria o ministro da Secretaria de Governo no comando do Exército e colocaria no Planalto o atual comandante da tropa, Edson Pujol. Augusto Heleno levaria outro cargo desses que mais parecem complemento de aposentadoria. 

O problema da suposta articulação no Planalto está na resistência da caserna ao nome de Ramos. “Não é só que os integrantes do alto comando não gostam de Ramos, eles não toleram a mistura da instituição com politicagem”, diz ao Radar um interlocutor da cúpula do Exército. 

Radar - Veja Online

[pensando alto: soa estranho, porém, possível, o ministro Ramos assumir comando da tropa após passar para a reserva - nada impede;
caso a notícia acima, que também parece um balão de ensaio, se concretize, teremos um político voltando a comandar tropas e um militar de tropa exercendo cargo político.
Porém, 'missão dada, missão cumprida'.]
 


sábado, 27 de junho de 2020

O período de calmaria por que passa o presidente – Editorial - O Globo

A causa pode ser a prisão de Queiroz, mas importa é que ele saiba da inviabilidade do poder absoluto

[Conveniente que esta informação seja estendida a alguns ministros do Supremo - que se consideram detentores de um PODER ABSOLUTO.
Exemplo: o ministro Fux em seu discurso da vitória - eleito para exercer a presidência da Corte Suprema - prometeu elevar o poder do STF  acima das demais instituições, quando a CF diz que os poderes são independentes e harmônicos - o que impede que um se sobreponha aos outros.] 
Nas oscilações de humor político, o presidente Bolsonaro tem cumprido um período de rara calmaria, sem agredir e ameaçar as instituições e o jornalismo profissional, um exercício que ele vinha praticando com regularidade. Há quem encontre na prisão de Fabrício Queiroz — um amigo de longa data que ele aproximou dos filhos — a explicação desta mudança para melhor no seu comportamento.

O enquadramento de Bolsonaro em padrões condizentes com o cargo, coincidência ou não, tem se propagado no governo. O general Augusto Heleno, por exemplo, ministro do Gabinete de Segurança Institucional (GSI), prestou testemunho à Polícia Federal no inquérito sobre a saída do ministro Sergio Moro do governo e confirmou que o presidente não tinha qualquer dificuldade para fazer trocas em sua “segurança pessoal”, como disse na reunião ministerial de 22 de abril. Bolsonaro estava se referindo mesmo à sua intenção de interferir na PF para proteger a “família e amigos”. Heleno ajudou a desmontar de vez aquela versão inverossímil.

Em solenidade na quinta-feira no Planalto, na formalização de um acordo entre governo federal e Judiciário para integrar bases de dados sobre a Constituição, leis ordinárias e jurisprudências, Bolsonaro, na presença do presidente do STF, Dias Toffoli, enalteceu o “entendimento” entre ele, o ministro do Supremo e os presidentes da Câmara e do Senado, Rodrigo Maia e Davi Alcolumbre, como prenúncio de “dias melhores” para o país. Tem razão, mas ele não agia assim.

O sinal de que esta redução da voltagem presidencial tem causas mais profundas pode estar na saída enfim do militante de extrema direita Abraham Weintraub do cargo de ministro da Educação, posto que ocupava apenas para travar a “guerra cultural” contra a esquerda, e sua substituição pelo professor Carlos Alberto Decotelli da Silva, um técnico, indicado pelos militares da cúpula do governo. O próximo ministro diz “nem ter preparação para fazer discussão ideológica”. A derrota do chamado grupo ideológico no preenchimento da vaga de Weintraub, seu representante, está expressa nesta frase de Decotelli.

Outro sinal desses presumíveis bons tempos é a decisão de Luiz Eduardo Ramos, ministro da Secretaria de Governo, passar para a reserva. Na democracia, um general não faz rima com um cargo que trata de negociações políticas, por mais competente que ele seja. Além disso, especulava-se que Ramos poderia substituir Edson Pujol no comando do Exército. Seria uma péssima sinalização, algo que lembraria o chavismo na Venezuela. Ramos não apenas irá para a reserva como, em carta, registrou, acertadamente, que sua permanência na ativa perdera o sentido e tornara-se prejudicial ao Exército. A prisão de Queiroz pode ter ajudado Bolsonaro a entender que prejudica a si mesmo tentar governar como se tivesse um impossível poder absoluto. Causar danos à estabilidade institucional também o afeta.

Editorial -  O Globo

domingo, 31 de maio de 2020

Comandante do Exército está no front da guerra ao coronavírus - VEJA

quarta-feira, 24 de julho de 2019

Bolsonaro errou o tiro no ‘melancia’- Elio Gaspari - O Globo



Bolsonaro precisa pôr água na cabeça para cuidar de seu governo

O capitão precisa ouvir o conselho do general Médici e, todo dia, botar água na cabeça para esfriá-la

Com 13 milhões de desempregados, a economia andando de lado e a projeção de mais um ano de pibinho, o Brasil já tem problemas suficientes, não precisa trazer de volta o fantasma da anarquia militar. Com idas e vindas, ele assombrou a vida do país dos últimos anos do século XIX até o final do XX. [ressalva: foram as únicas ocasiões em que o Brasil teve um rumo, não ficava ao sabor das ondas revoltas da desordem, do esquerdismo, do comunismo e do lulopetismo que é a soma dos dois ismos anteriores.
Agora com Bolsonaro, ou  sem ele, temos a oportunidade do restabelecimento da ORDEM, da FAMÍLIA, dos VALORES MORAIS e BONS COSTUMES - o artigo 142 da Constituição Federal está em plena vigência. ]


Jair Bolsonaro elegeu-se presidente da República pela vontade de 57,8 milhões de brasileiros. Teve o apoio público de dezenas de oficiais das Forças Armadas e formou um ministério com oito militares. Fez um agradecimento ao ex-comandante do Exército dizendo que 
“o que nós já conversamos morrerá entre nós, o senhor é um dos responsáveis por eu estar aqui, muito obrigado, mais uma vez.” Sabe-se lá o que conversaram, mas desde o primeiro momento o capitão reformado associou seu governo às Forças Armadas. Como agradecimento, tudo bem. Além disso, é uma perigosa impropriedade. 

Bolsonaro deixou a tropa depois de dois episódios de ativismo e indisciplina. Referindo-se ao capitão, o ex-presidente Ernesto Geisel classificou-o como “um mau militar”. Quem está no Planalto é um político com 30 anos de vida parlamentar e uma ascensão meteórica. Em seis meses de presidência, demitiu três oficiais-generais e na semana passada disse que outro, Luiz Eduardo Rocha Paiva, aliou-se ao PCdoB: “Descobrimos um ‘melancia’, defensor da Guerrilha do Araguaia em pleno século XXI”. Ele havia criticado a escolha de Eduardo Bolsonaro para a embaixada em Washington e a fala dos governadores “de Paraíba”.[curiosidade: quando os oficiais-generais assumiram, eram sempre citados como sendo da reserva - o que é fato - mas, sempre deixando a impressão de ser uma condição que diminui, quanto passar para a reserva é algo possivel somente após várias décadas de bons serviços ;
agora após a demissão sempre são citados como oficiais-generais, omitindo que são da reserva.
Ser da reserva  retira o oficial do serviço ativo e, por óbvio, do comando de tropas, mas, não o desmerece; 
temos quatro estrelas, na ativa, exercendo importantes funções nas FF AA, mas, sem comando direto de tropas.]

Esse general de brigada chefiou a Escola de Comando e Estado-Maior do Exército e, na reserva, em março foi nomeado para integrar a Comissão da Anistia. Chamá-lo de “melancia” (verde por fora, vermelho por dentro) foi um despautério. Em 2010, Rocha Paiva acusou o PT de “querer implantar um regime totalitário no Brasil”. Dois anos depois, lembrou as execuções praticadas pelo PCdoB no Araguaia. Foram pelo menos três. (Esqueceu-se das execuções de guerrilheiros que se renderam, mas ninguém é obrigado a se lembrar de tudo.)  [também se esqueceu de mencionar a covardia com que os guerrilheiros agiam; para ficar só em um exemplo, teve um natural da região, mateiro, que aceitou servir de guia para alguns militares e foi identificado pelos guerrilheiros, sendo cortado, vivo, em pedaços, na frente dos familiares, segundo os guerrilheiros do PCdoB para servir de exemplo.]


Tanto o general Rocha Paiva como Bolsonaro deram suas opiniões por meio desse instrumento diabólico que são as redes sociais. Num caso, falou um general da reserva que ocupa um cargo público. Noutro, o presidente da República. Juntos, produziram um inédito curto-circuito. A presença de militares no governo gerou a compreensível curiosidade em torno de suas preferências e ansiedades. General da reserva é uma coisa; da ativa, outra. Muito outra é general da reserva que ocupa cargo civil. Os chefes militares raramente falavam, de Dutra até comandantes mais recentes, passando por Castelo Branco, Médici e Geisel. O atual comandante do Exército, Edson Pujol, não tem conta no Twitter

Na dia 12 de outubro de 1977, quando o presidente Geisel demitiu o ministro do Exército, general Sylvio Frota, um grupo de oficiais tentou sublevar-se, e um general ligou para o ex-presidente Médici, que vivia no Rio, calado. Queria seu apoio e ouviu o seguinte: “Põe água na cabeça. Põe água para esfriar a cabeça.”
(O general Augusto Heleno, que era capitão e ajudante de ordens de Frota, lembra-se de alguns episódios desse dia.)
Bolsonaro precisa pôr água na cabeça para cuidar de seu governo, deixando os quartéis em paz e silêncio.
O Globo - Elio Gaspari, jornalista