Em 2002, quando beijou a cruz do mercado com sua Carta aos Brasileiros, Lula venceu a eleição apropriando-se dos pilares da política econômica de FHC. Desde então, o PT avançava sobre o campo adversário. O PSDB, enferrujado, mal saía do lugar. Com o tempo, petistas, tucanos e os mesmos aliados de sempre tornaram-se estruturas de blindagem de corruptos. E a turma da “direita já”, que apenas sussurrava quando as ruas roncaram em 2013, aproveitou para gritar.
Sabatinado no Roda Viva, Bolsonaro solidificou sua precariedade. [não deixe de ler:
A tortura do canalhismo e do Ministério Público = Sobraram perguntas idiotas feitas por jornalistas esquerdizados.] Violentou a historiografia. Repetiu clichês. Expôs ideias com a profundidade as de uma poça que qualquer formiguinha pode atravessar com água pelas canelas. De todas as maneiras de lidar com esse personagem, a mais cômoda é ignorar o fato de que um pedaço expressivo do eleitorado namora a ideia de colocá-lo no Planalto. Isso desobriga as pessoas de perceberem o óbvio: seja quem for o eleito, terá de responder às demandas conservadoras que o capitão ecoa na campanha. Esse é o triunfo da direita.
Blog Josias de Souza
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