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domingo, 12 de fevereiro de 2023

Cadê meus pontos? Operadoras mudam regras de cartão de crédito e irritam clientes - O Globo

Instituições financeiras alteram regulamentos sobre acúmulo de benefícios e irritam clientes
Instituições financeiras alteram regulamentos sobre acúmulo de benefícios e irritam clientes Editoria de Arte/O Globo

O cartão de crédito é um dos meios de pagamento mais utilizados pelos brasileiros, mas muitos desconhecem os detalhes dos benefícios a que têm direito, além dos programas de pontos que se convertem em milhas aéreas. Sem entender as regras, eles têm dificuldade de identificar se seus direitos estão sendo respeitados.

Mesmo os que contratam um cartão de olho nos benefícios não sabem responder a perguntas como: “Comprei passagens esperando ter acesso a salas exclusivas em aeroportos, mas a empresa limitou o benefício. Posso recorrer?” ou “Fiz compras parceladas esperando pontuar alto, mas a operadora passou a oferecer menos pontos. Há violação de direito?”

No início de fevereiro, por exemplo, o Bradesco começou a notificar os clientes sobre mudanças na pontuação do Prime Visa Infinite e do Elo Nanquim. As novas regras passarão a valer em 6 de março, piorando a conversão dos gastos em pontos, mas sem alteração de anuidades.

Ao GLOBO, o banco informou que, hoje, o Elo Nanquim soma 2,2 pontos a cada gasto em real equivalente a US$ 1. Em março, o benefício será de 1,8 ponto por dólar ou 2,5 pontos nas compras no exterior. No Prime Visa Infinite, os atuais 2,2 pontos passarão a valer dois pontos por dólar ou três pontos em compras fora do país.

Na internet, consumidores reclamam. Um deles pediu um Elo Nanquim há duas semanas por causa do programa de pontos e, agora, quer um Visa Infinite, que “sofreu menos” com as mudanças.O  Itaú também mudou a política de pontos do Itaucard Pão de Açúcar Platinum, que era o queridinho dos acumuladores de milhas porque pontuava em real, ao contrário da maioria dos cartões. Este mês, os pontos passaram a ser contabilizados em dólar. Se antes o cliente ganhava um ponto a cada real gasto, agora recebe dois a cada dólar. Segundo o Itaú, as novas condições privilegiam as compras em estabelecimentos do Grupo Pão de Açúcar, onde o Itaucard PDA Platinum oferece cinco pontos a cada dólar gasto.

Para os consumidores, o problema é que as mudanças incidem sobre parcelas de compras já feitas. Clientes com parcelamentos pendentes saem perdendo. O analista financeiro Caíque Franklin, de 25 anos, sente-se frustrado por ter de pagar a mesma mensalidade até quitar todas as parcelas ativas, porém, com menos benefícios:— Poderia cancelar o cartão, se não fossem os parcelamentos. Pago a mesma anuidade, sem ter os mesmos pontos. Fiz compras em valor alto e só quitei duas faturas. Dado que as demais já entram no sistema novo, perdi metade da pontuação.

A administradora Laís Matos, de 28 anos, estima que deixou de ganhar mais da metade dos pontos previstos ao pagar a fatura de janeiro:— Minha parcela estava em R$ 5.200. Conseguiria mais de cinco mil pontos pelo regulamento anterior. Pela nova regra, a estimativa é de apenas 40% do montante.

Bruno Cabral, conselheiro da Ordem dos Advogados do Brasil (OAB), diz que esse tipo de alteração no regulamento é abusiva:

Se a mudança fosse em favor do consumidor, não haveria discussão, mas a nova regra prejudica. Há uma norma em defesa do consumidor de que o princípio rege o ato, então vale a regra do momento em que foi feita a compra.

Normas têm de ser claras

Ricardo Morishita, professor de Direito do Consumidor do Instituto Brasiliense de Direito Público (IDP), diz que, pelo Código de Defesa do Consumidor (CDC), uma vez apresentada a oferta, a empresa deve cumpri-la.

Todas as exceções precisam estar em destaque para o consumidor. Como o combinado não sai caro, o regulamento deveria deixar evidente que, nas parcelas a vencer, vão vigorar as regras futuras. O consumidor ainda pode exigir o cancelamento do cartão por falta de informação. Neste caso, não poderá ser cobrado em relação a parcelas futuras.de alterar a política de pontos, desde que os clientes sejam notificados com, no mínimo, 15 dias de antecedência. Mas o documento não explica se parcelamentos podem ser afetados.

CLIQUE AQUI - MATÉRIA COMPLETA - Economia - O Globo

 

sexta-feira, 23 de dezembro de 2022

UTILIDADE PÚBLICA - COMO PROTEGER SEU DINHEIRO DO DESASTRE LULISTA

Leandro Ruschel

Estouro do orçamento, “desenvolvimentismo”, controle de preços, uso político de estatais, BNDES emprestando para ditaduras amigas… já vimos esse filme antes. Agora, há o agravante do AUTORITARISMO. Mas o que fazer para proteger o seu patrimônio diante do desastre em curso?

1) A previsibilidade diminuiu. O novo governo sinalizou claramente o seu perfil extremista de esquerda. A única questão em aberto é qual o nível de resistência que haverá ao projeto petista. Os primeiros sinais são muito ruins, com a aprovação da PEC do Rombo, por exemplo.

2) Num ambiente de incerteza, é mais arriscado investir para o longo prazo. Vale para decisões de negócio, ou para alocações financeiras pessoais. É preciso cortar custos, e aumentar a sua reserva.

3) Esse será um governo gastador e irresponsável, o que produzirá inflação e taxas de juros mais altas. Nesse ambiente, o mercado de ações fica prejudicado, e os títulos de renda fixa, especialmente os pós-fixados, são favorecidos.

4) A política monetária acaba sendo a única ferramenta de controle da inflação, na velha doença maníaco-depressiva brasileira produzida pelo descasamento com a política fiscal. Mas há um risco aí: o governo tentar baixar os juros na canetada, como fez a Dilma.

A independência do BC seria um antídoto contra uma intervenção direta, e o atual mandato do seu presidente, Campos Neto, em tese vai até o final de 2024. Mas da mesma maneira que o Teto de Gastos foi facilmente enterrado, o mesmo pode acontecer com a independência do BC.

5) Dependendo do ritmo do desastre, haverá fuga de capitais, que será acelerada se não houver a âncora monetária. O governo tem instrumentos para barrar a saída de recursos em dólar, através da elevação do IOF até 25% numa canetada, por exemplo.

Na Argentina, onde há um governo com a mesma mentalidade desse novo governo brasileiro, foi implementado um controle absoluto de capitais. Cada argentino pode comprar/gastar no máximo US$ 200 por mês. Existem diversas taxas de câmbio oficiais, completamente artificiais.

6) Ou seja, é URGENTE ter pelo menos parte do seu patrimônio em moeda forte, enquanto é possível. Por uma série de motivos, considero os EUA o melhor hub para fazer investimentos globais. Infelizmente, são poucos os brasileiros que tem o seu patrimônio diversificado no mundo.

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segunda-feira, 12 de dezembro de 2022

Um conjunto de barbaridades econômicas - Ubiratan Jorge Iorio

Revista Oeste

Como pensar em austeridade se a PEC da Transição, do Lula ou da Gastança vier a ser aprovada à velocidade da luz por uma legislatura em fim de mandato? 

O país está sendo sacudido por forte turbulência institucional, em que se acirram os conflitos entre os Poderes e em que algumas instituições — cuja própria razão de existência é a garantia da normalidade — vêm sistematicamente atuando, a um andamento cada vez mais acelerado, justamente para estimular a anormalidade, a insegurança e as anomalias, seja pelas omissões e covardia do Congresso, especialmente por parte dos presidentes de suas duas Casas, seja por uma sucessão já longeva e intolerável de ações absolutamente descabidas do Judiciário, merecedoras sem dúvida de estudos psiquiátricos.

Foto: Montagem Revista Oeste/Shutterstock

Foto: Montagem Revista Oeste/Shutterstock 

Há 40 dias, completamente ignorados e até criminosamente desqualificados pela imprensa tradicional, muitos milhares de brasileiros vêm se postando nas portas dos quartéis, expostos a sol, chuva, calor e frio, clamando pelo restabelecimento da normalidade, manifestando o seu descontentamento com a bagunça generalizada, queixando-se da possibilidade real de um homem condenado por unanimidade em todas as mil e uma instâncias da Justiça — e posto em liberdade por filigranas, arabescos e rococós jurídicos — voltar a presidir o país, protestando contra a supressão de liberdades básicas como a de livre expressão, reclamando da falta de transparência e da consequente desconfiança em relação à imparcialidade de quem teria de ser isento na condução do processo eleitoral e indignando-se com o despotismo e arrogância de algumas autoridades do Judiciário, que, segundo eminentes, probos e respeitados juristas, vêm extrapolando flagrantemente suas atribuições e finalidades. Até este momento, ninguém sabe como e quando o Estado de Direito e a estabilidade das instituições serão restabelecidos.

As causas da instabilidade são conhecidas por qualquer cidadão bem informado, que não se deixa manipular pela velha imprensa, e este artigo não pretende esmiuçá-las. O que desejo enfatizar é que, nas circunstâncias atuais, não podemos ignorar os efeitos contagiosos da insegurança jurídica e da baderna política sobre a economia — entendida não como aqueles elegantes modelos teóricos que dão aparência de ciência aos livros e fascinam a maioria dos economistas —, mas às atividades econômicas do mundo real, às incontáveis decisões tomadas por milhões de seres humanos que compram, vendem, poupam, investem, fazem planos, abrem e fecham empresas, exportam, importam, fazem Pix, enfim, que realizam transações.

Em frente ao Comando Militar do Sudeste, em São Paulo, 
manifestantes protestam contra o resultado da eleição presidencial 
pedindo ajuda das Forças (24/11/22) | Foto: Shutterstock

Essa multidão de agentes busca incessantemente objetivos individuais, em que cada um sempre procura obter a maior satisfação possível, avaliando os meios para que possa ter êxito e com base no conhecimento de que dispõe. É incontestável que os indivíduos, para que possam empregar com eficácia seus conhecimentos na elaboração de seus objetivos, devem procurar estar em condições mínimas de prever as ações do Estado que podem afetar seus propósitos. Em outras palavras, as decisões econômicas, desde as mais simples, como a de comprar um aparelho de TV, até as mais importantes, como a de trocar de emprego ou abrir um negócio, dependem, obviamente, de fatores puramente econômicos, mas também daquilo que podemos, generalizadamente, denominar de “ambiente”, composto do conjunto de leis, normas, regulamentos, confiança, desconfiança, segurança e insegurança física e jurídica e outros elementos.

Em quadros de instabilidade institucional, como o que se está verificando nestes dias, é inequívoco que a importância desses componentes ambientais aumenta em relação à dos fatores meramente econômicos. Por isso, acredito que a tarefa dos economistas nesse contexto precisa ser mais abrangente do que aquela que normalmente desempenham em períodos em que prevalecem circunstâncias de normalidade nas instituições.

Não basta analisar se a famigerada PEC do Lula vai fazer a taxa Selic subir ou cair x% ou y%, o PIB aumentar ou diminuir w% ou z%, nem se a inflação, ou o dólar, ou o desemprego vão para a lua, Mercúrio ou Marte. Exige-se muito mais do que isso. Quando existe risco de ruptura institucional, é preciso ligar o farol de milha e buscar análises mais penetrantes, que contemplem a interdependência entre os fenômenos econômicos, políticos, geopolíticos, jurídicos, éticos, morais, sociológicos e históricos, entre outros. Para simplificar, podemos agrupar todos esses fenômenos em três grandes sistemas, o econômico, o político e o ético-moral-cultural.  
Cada um apoia-se nos outros dois e, quando um dos três entra em colapso, a sociedade torna-se instável. 
Nada de errado que os economistas se manifestem sobre taxas de juros, metas fiscais, inflação, desemprego e quaisquer outros fenômenos econômicos, mas só isso não basta. 
As relações entre economia, política e ética no mundo real são muito mais complicadas do que muita gente imagina e em ocasiões como a atual são muito mais relevantes.

No último artigo aqui em Oeste enfatizei o perigo da chuva de incertezas que a vitória do candidato do PT desencadeou na economia. Neste, vou tratar de algumas certezas, porque elas também existem e, infelizmente, porque nenhuma é agradável. Vou me limitar a cinco delas, que considero as mais importantes.

A primeira é que soa como uma enorme ingenuidade, como um sentimento quase infantil, acreditar que a simples indicação de algum economista ligado ao mercado financeiro para ser o futuro ministro da Fazenda do candidato que o TSE declarou ter sido eleito vai “acalmar” o mercado e que isso vai produzir bons resultados. 
Não basta levar um cavalo para beber água num rio; é preciso que o rio não esteja seco. 
E sabemos que no rio do PT não se encontra uma solitária gota d’água.
‘Se a Bolsa cair, paciência’, disse Lula, na COP27 - 
  [hoje, com a simples 'dipromação' 
do analfabeto eleito, a Bolsa já despencou e o dólar decolou.]
Sem meias palavras, de nada servirá chamar para tomar conta dos cofres públicos um técnico que defenda a responsabilidade fiscal, porque esse técnico vai necessariamente ter de se ajustar a um governo que certamente trata toda e qualquer austeridade com desdém, ou será demitido. 
Como pensar em austeridade se a PEC da Transição, do Lula ou da Gastança vier a ser aprovada à velocidade da luz por uma legislatura em fim de mandato? 
Como acreditar em algum ministro tucano mago das finanças, se, antes de assumir, o eventual futuro governo já está cavando um buraco quase equivalente, em valor, aos R$ 800 bilhões da reforma da previdência, negociada e aprovada a duras penas pelo atual governo? 
E se, em vez de um técnico, o ministro escolhido for um político, como não acreditar que, nesse caso, nem sequer se cogitará de levar o cavalo até a margem do rio?

De nada servirá chamar para tomar conta dos cofres públicos um técnico que defenda a responsabilidade fiscal, porque esse técnico vai necessariamente ter de se ajustar a um governo que certamente trata toda e qualquer austeridade com desdém

A segunda certeza é que não se pode esperar nada de bom — nada, mesmo! — das ideias econômicas do PT.  
Seus economistas vivem nos anos 80 do século passado e suas teses são por demais conhecidas e tresandam naftalina: é Estado para um lado, Estado para o outro, Estado para cima, para baixo, para a frente e para trás. 
Não haverá reformas modernizantes, algumas minirreformas feitas recentemente poderão ser revogadas, privatizações não serão realizadas e algumas em andamento poderão ser interrompidas, “grandes fortunas” serão taxadas, não haverá redução da burocracia e certamente os problemas crônicos que impedem historicamente o crescimento do Brasil, como o sistema tributário e o Estado hipertrofiado e ineficiente, não serão enfrentados corretamente.
 
Essa é a cara do PT e não há motivo para esperar que seja diferente, mesmo porque eles não têm escondido suas intenções de ninguém. 
Os argumentos econômicos utilizados no relatório apresentado no Senado para justificar a PEC da Gastança são um formidável conjunto de barbaridades contra a boa teoria econômica e uma confissão explícita de que não aprenderam nada com os erros que cometeram no passado.
 
A certeza é que, um tempo bem menor do que normalmente se costuma supor, a nossa economia será argentinizada e, em seguida, venezuelizada
É que as cabeças dos economistas e dos políticos do PT e de seus puxadinhos são rigorosamente semelhantes às dos seus pares que vêm destruindo impiedosamente a América Latina. 
Ora, não existem teorias econômicas específicas para cada país, ou aplicáveis apenas a uma região, ou válidas somente em um dos hemisférios, só existem simplesmente teorias certas e teorias erradas. 
E, da mesma forma que uma política econômica baseada em uma teoria boa tem de ser válida em qualquer lugar ou país, uma política baseada em falácias econômicas tem de ser prejudicial em qualquer latitude e longitude. 
Se adotarem mesmo as políticas que vêm anunciando, não receio afirmar que em nove a 15 meses viraremos Argentina e em dois a três anos estaremos bem perto de uma Venezuela
Aliás, esse — criar um clone da antiga União Soviética na América Latina — é o objetivo estabelecido desde 1990 pelo Foro de São Paulo, agora rebatizado de Grupo de Puebla. Ou não é?

Existe uma quarta certeza, que, infelizmente muitos não percebem ainda e tratam como se fosse um devaneio conspiratório, que é a da existência de uma aliança mundial entre comunismo e globalismo, com base na interseção das vocações doentias de ambos para controlar as vidas das pessoas, estabelecer o que é bom ou mau para elas, determinar o que podem ou não falar, escrever, comer, produzir, consumir, enfim, com base no pendor autoritário de um e outro.

Sim, há muitos interesses e pautas comuns entre tiranos pretensiosos do naipe de Klaus Schwab e seus amigos de Davos e da ONU — todos entupidos de reis e de dinheiro em suas barrigas — e sindicalistas tupiniquins sofrendo de abstinência do imposto sindical compulsório
entre os doidos varridos das “mudanças climáticas” e os líderes dos invasores de terras; 
- entre a Agenda 2030, a sigla ESG, o Foro Mundial com sua proposta de abolir a propriedade privada e a implantação da Unasul; [ou maais provavelmente a URSAL.]
- entre o governo da Holanda, que deseja estatizar 3 mil fazendas para que não produzam mais alimentos e os ataques sistemáticos dos progressistas de Macunaíma ao agronegócio brasileiro, que alimenta 20% do mundo; 
- entre os que atacam igrejas e obras de arte na Europa e Estados Unidos e os que fazem o mesmo aqui; 
- entre os discursos patéticos de Macron e os diretores de ONGS e políticos que, há muitos anos, exploram os indígenas no Brasil; 
- entre a permissão para praticar delitos até certo valor mágico na Califórnia e a contemporização e transigência com o crime em nosso país.
 
Caros leitores, já é tempo de pôr na cabeça que não é só a esquerda adoradora de ditadores latino-americanos que está ameaçando a nossa liberdade e que, caso o “descondenado” venha mesmo a subir a rampa, a agenda globalista será acelerada no Brasil. No cardápio, coisas como governo mundial, criptomoeda única, imposto universal, banco central mundial, abolição da propriedade privada, supressão da liberdade de expressão, ideologia de gênero, perseguição ao cristianismo e judaísmo, alimentação à base de carne produzida em laboratório e de insetos, etc. 
Não podemos ser tão loucos a ponto de duvidar da extensão da loucura dessa gente.

Por fim, há uma quinta certeza, que é do conhecimento de todos: o estado atual das coisas no Brasil não pode continuar por muito tempo. Toda essa instabilidade, incerteza, tensão, apreensão, ansiedade, todos os milhares de pessoas pedindo algum tipo de socorro em frente aos quartéis, todas as investidas do Judiciário sobre os outros Poderes, todo esse ambiente de medo, de supressão da liberdade, de boatos, todo esse sobe e desce emocional, tudo isso, afinal, vai ter de ter um fim, simplesmente porque nenhuma sociedade pode funcionar nessas condições. 

Não se sabe o que vai acontecer, o que se deve esperar é que os macacos dos Três Poderes principalmente os do Judiciário sejam levados de volta aos seus devidos galhos e obrigados a lá permanecerem e que o retorno à normalidade se dê o mais rapidamente possível. 

Leia também “Retomando o caminho para a miséria”

Ubiratan Jorge Iorio é economista, professor e escritor
Instagram: @ubiratanjorgeiorio
Twitter: @biraiorio

Revista Oeste


quarta-feira, 30 de novembro de 2022

A primeira promessa não cumprida por Lula

Faltando pouco mais de um mês para o início do governo Lula, os brasileiros ainda não sabem quem serão os ministros da próxima gestão. A postura do presidente eleito vai de encontro ao que ele afirmou às vésperas do segundo turno das eleições. “Faltam apenas quatro dias para as eleições, só quatro dias. Quando chegar as 7 horas da noite, 8 horas, nós vamos ter o resultado. Aí, sim, eu vou começar a discutir o ministério”, disse Lula em entrevista a uma rádio de Manaus.

Embora não tenha deixado claro que indicaria os nomes assim que a eleição terminasse, Lula está demorando a esclarecer quem vai fazer parte de sua equipe a partir do ano que vem. Já se passaram 30 dias desde o fim da eleição e alguns nomes já podiam definidos. Como a coluna mostrou, o nome de Fernando Haddad vai se consolidando como um dos ministro. Nas “bolsas de apostas”, o o ex-prefeito assumirá a Fazenda. No entanto, mesmo participando de um evento e falando em nome de Lula, Haddad ainda não foi oficializado como ministro.

A definição de um Ministro da Fazenda é importantíssima para dar sinais ao mercado de que o próximo governo terá responsabilidade fiscal. [LEMBRETE: a única garantia de que o governo do molusco eleito, terá responsabilidade fiscal é se o molusco entregar o cargo - fora isso, a irresponsabilidade fiscal será a tônica.] As oscilações que aconteceram na bolsa e no dólar nos últimos dias poderiam ter sido suavizadas com um nome forte indicado para a Fazenda. Mesmo que Lula não escolha alguém 100% alinhado ao mercado, a segurança de saber quem vai ocupar a cadeira já resolveria questões importantes.

Além disso, Lula precisa definir quem vai ser o Ministro da Justiça em seu governo. Nos último quatro anos, a pasta sofreu mudanças e interferências que precisam ser reajustadas. Até o momento, o presidente eleito não se posicionou sobre o novo chefe da pasta.

Outra questão grave está dentro do Ministério da Defesa. A pasta foi “sequestrada” pelo governo, assim como as Forças Armadas, e Lula precisa avaliar essa questão. A indicação de um nome forte poderia melhorar as expectativas sobre o que vai acontecer com essa área nos próximos quatro anos.

[tenham em conta que o molusco eleito não é chegado a cumprir promessas - junto à ora reclamada, muitas virão e nenhuma será cumprida.]

Lula está armando uma grande jogada para os próximos dias, mas também precisa se movimentar e escolher seu primeiro escalão. Na verdade, a escolha já deve estar feita. Agora, o presidente eleito precisa anunciar para os milhões de brasileiros com quem ele vai governar a partir de 1º de janeiro.

Matheus Leitão - Blog Revista VEJA 

quinta-feira, 17 de novembro de 2022

A elite “moderada” que apoiou Lula já se arrepende, mas é o povo quem vai pagar - Gazeta do Povo

J. R. Guzzo

Este tem sido, até agora, o governo da desesperança – e do medo, da suspeita, da desconfiança e de tudo aquilo que pode haver de pior na expectativa do futuro próximo para o país.
Ainda falta um mês e meio para Lula assumir a presidência da República, mas desde que foi declarado vencedor das eleições de 2022 sua atuação pública só produziu notícia ruim.  
A cada vez que ele abre a boca, as coisas pioram: a bolsa de valores derrete, o dólar dispara, os juros para operações futuras sobem. É o contrário, exatamente, do que vinha acontecendo até sua eleição [nunca é demais lembrar: Bolsonaro governando.] quando cada mês registrava melhoras em todos os índices econômicos essenciais, da inflação ao desemprego, das exportações à arrecadação federal, do gasto público ao lucro das estatais.  
De 3 de novembro para cá, a casa começou a cair - e ninguém está pondo mais força na demolição do que o novo presidente.

O governo que Lula vai começar sempre foi um desastre anunciado e garantido em contrato. Nada, desta vez, de busca de consenso, moderação, “Carta aos Brasileiros”, como foi na sua primeira chegada ao governo. Em vez disso, agora, Lula se inclinou o tempo todo para o extremismo, o rancor e o discurso da esquerda radical. 
A elite empresarial e o seu entorno fizeram de conta que estava tudo bem; Lula é assim mesmo, fica falando essas coisas, mas tudo é só conversa de campanha, pois ele é um sujeito responsável e não vai jogar o país numa aventura etc. etc. etc. Na hora de governar ele vai ser sério etc. etc. etc. Foi mais um raciocínio idiota. O Lula-2022 é diferente do Lula-2002 - e é esse o Lula que está valendo hoje. 
Ele está convencido que a eleição o autorizou a fazer tudo o que quer, e já no dia seguinte à eleição estava exigindo que o Brasil lhe dê licença para gastar como bem entender o dinheiro do Estado. É a sua ideia fixa do momento: abolir o teto de gastos, a âncora que há anos vem segurando a inflação, o valor do real e a estabilidade financeira. Dane-se o equilíbrio entre receita e despesa – segundo ele, isso impede a “justiça social” e, portanto, precisa ser derrubado.

Ainda falta um mês e meio para Lula assumir a presidência da República, mas desde que foi declarado vencedor das eleições de 2022 sua atuação pública só produziu notícia ruim

O primeiro ato do homem que veio para “salvar a democracia”, segundo o STF, a esquerda e a maior parte da mídia, é, como se vê, uma agressão direta à lei vigente; Lula não aceita a regra do jogo, e exige uma mudança na Constituição para fazer o tipo de governo que tem na cabeça. Programas sociais, obviamente, só fazem sentido se forem acompanhados o tempo todo de responsabilidade fiscal; se não for assim, produzem inflação e desemprego diretos na veia, e isso só piora a vida daqueles a quem se pretende ajudar. 
Mas Lula está cego para isso: só pensa em eliminar o teto de gastos e governar o Brasil como sua propriedade privada. 
É materialmente impossível, assim, evitar que a economia reaja mal – a economia, não o “mercado”. A Bolsa de Valores despenca e o dólar dispara porque a população em geral perdeu a confiança na seriedade do governo que se aproxima; não tem nada a ver com meia dúzia de operadores de bolsa e outras frações da elite, como Lula quer fazer crer. É apenas mais uma de suas falsificações: ele reclama que “o mercado” está muito “sensível”, trata com desprezo a queda da Bolsa e a subida do dólar – “paciência”, diz – e leva adiante a mentira de que só uma elitezinha está incomodada com a sua guerra ao teto de gastos e o começo desastroso do seu governo. 
Os fatos mostram o contrário disso: quem vai pagar integralmente pela desordem fiscal não é o sujeito que anda de Porsche, e sim o que está na fila do ônibus. Alguma dúvida?

Os liberais-equilibrados-centristas que apoiaram Lula estão assustados com ele; os que quiseram exercer uma influência “moderadora” em seu governo constatam que viveram uma miragem. Tudo isso estava escrito desde que Lula ganhou a sua candidatura do STF. Fingiram que não, para “salvar a democracia”

Podem, agora, voltar a seus vinhos de safra e retornar às conversas em que se fala mal de Lula. Quem vai entrar no pau, com inflação, desemprego e outras realizações do governo petista é a população – os “manés” do ministro Barroso.

Conteúdo editado por:Jônatas Dias Lima
 
J. R.Guzzo, colunista - Gazeta do Povo - VOZES

quinta-feira, 10 de novembro de 2022

Em discurso confuso, Lula acena à conciliação, mas assusta o mercado

Petista relativiza responsabilidade fiscal, critica a distribuição de dividendos pela Petrobras e privatizações e reforça a prioridade em gastos sociais [já estão se borrando? pensem bem e aceitem que vai piorar - por enquanto ele é apenas o eleito, imagine quando empossado

A TV diz que ele chorou com pena dos famintos, pois o eleito que a mídia militante diz chorar, está expelindo 'lágrimas de crocodilo', já que um ministro do STF liberou R$ 5,5 milhões, para subsistência  dele e da noiva Joana.]

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O presidente eleito Lula, em visita ao CCBB, sede da transição de governo // YouTube/Reprodução

O presidente eleito Luiz Inácio Lula da Silva fez um longo, duro e confuso discurso na manhã desta quinta-feira, 10, em Brasília, ao chegar ao CCBB, sede da transição de governo, no qual disparou mensagens em tom de conciliação enquanto atacava o mercado financeiro e coisas caras ao setor, como o teto de gastos e as privatizações. Também acenou aos mais pobres prometendo prioridade na retomada de políticas sociais.

Na esteira de um discurso maniqueísta, no qual colocou o tempo todo como excludentes as preocupações sociais e a responsabilidade fiscal, o discurso teve impacto negativo nos indicadores do mercado, como o Ibovespa, que caiu durante o pronunciamento, e o dólar, que subiu.

Lula criticou a distribuição de dividendos pela Petrobras aos acionistas, lembrando que a estatal já distribuiu mais de 150 bilhões de dólares durante o atual governo. “E nesta semana inventaram a distribuição de mais de 50 bilhões de dólares de um possível lucro futuro. Sabe qual é a ideia? É esvaziar o caixa da Petrobras para que nós não possamos fazer investimentos”, disse.

Também atacou quem defende o teto de gastos e o que chamou de “regra de ouro” que o mercado quer impor ao governo. Segundo ele, a “regra de ouro” de sua gestão será garantir comida aos mais pobres, em especial às crianças. “Essa é a nossa regra de ouro”, disse. E voltou a atacar o mercado.A coisa mais barata no Brasil é cuidar dos pobres. A coisa mais cara é garantir ao sistema financeiro receber o que o estado lhe deve’, disse. E acrescentou que “muitas coisas que são consideradas gastos nesse país nós vamos passar a considerar investimentos”, voltando a falar dos programas sociais.

Lula também criticou o agronegócio que se colocou contra a sua candidatura (“Eu quero saber qual é a bronca”, disse), as Forças Armadas (por terem feito um relatório “equivocado” sobre o processo de votação) e a Operação Lava Jato, voltando a lembrar que a investigação foi instrumentalizada para tirá-lo do processo eleitoral em 2018.

O presidente eleito também atacou aqueles que apoiaram Bolsonaro e não aceitaram o resultado das eleições e a estratégia dos adversários de divulgarem notícias falsas sobre a sua candidatura durante o processo eleitoral.  [o maior mentiroso foi Lula e sua campanha - Bolsonaro foi proibido até de divulgar vídeos do eleito comemorando o surgimento do coronavírus. CONFIRA.]

Por outro lado, Lula também fez vários acenos à conciliação política, dizendo que irá conversar com o presidente da Câmara, Arthur Lira (PP-AL), e com os parlamentares do Centrão, que hoje apoiam Bolsonaro. “Vamos conversar com o Congresso Nacional, porque o Congresso Nacional tem todos os defeitos que cada um de nós quer que ele tenha, mas esse país já foi muito pior quando a gente não tinha o Congresso Nacional, quando ele tinha sido fechado”, disse. “É melhor um debate caliente, um debate nervoso das divergências do que o silêncio profundo do medo das baionetas que esse país já experimentou”, completou.

E criticou quem estava nas ruas pedindo a volta da ditadura militar em razão da sua vitória. “Voltem para casa, não sejam violentos com crianças, não sejam violentos com quem pensa diferente de vocês, vamos respeitar quem não pensa como a gente”, disse. “Eu só peço às pessoas que respeitem o resultado eleitoral, porque vencemos as eleições e vamos precisar recuperar esse país”, afirmou.[mais uma vez o descondenado eleito mente - quando diz que as pessoas nas ruas estão pedindo à volta da ditadura militar.]

No final, defendeu que a população, em razão da Copa do Mundo, volte a usar o verde-amarelo, as cores nacionais que foram cooptadas pelo bolsonarismo nos últimos anos. “Vamos resgatar o verde-amarelo, que não é de um partido. Vocês vão me ver com a camisa verde-amarela. Só que a minha vai ter o número 13”, disse.

Política - Revista VEJA

 

 

 

 

quinta-feira, 21 de julho de 2022

Banco Central Europeu (BCE) eleva taxa de juros pela primeira vez desde 2011

 A inflação global está atingindo patamares históricos e fazendo os banco centrais aumentarem os juros pelo planeta. Nesta quinta-feira (21/7), foi a vez do Banco Central Europeu (BCE) elevar a taxa básica pela primeira vez desde 2011, apesar da sinalização de uma recessão no Velho Continente devido à guerra na Ucrânia.

[este Post é publicado para que os inimigos do presidente = inimigos do Brasil = esquerda burra, que criticam o Brasil elevar os juros, saibam que o FED e o BCE fazem o mesmo; será que estão errados e a esquerda maldita certa?]

 A decisão do BCE foi por uma alta de 0,50 ponto percentual para fazer frente à escalada dos preços nos países da União Europeia que compartilham o euro. A taxa de juros da Zona do Euro estava negativa de 0,5% e, com esse aumento dos juros, a moeda europeia, que havia perdido a paridade com o dólar voltou a subir frente à divisa norte-americana.

 Ao justificar o aumento dos juros, a presidente do BCE, Christine Lagarde, disse que o conselho de governadores do BCE considerou “apropriado” fazer um aumento dos juros superior ao que tinha sido sinalizado, porque a inflação vai continuar indesejavelmente alta durante algum tempo”.

Aliás, esse movimento de aumento dos juros nos países desenvolvidos tem reflexo negativo nas moedas dos países emergentes, como o Brasil que não possuem grau de investimento. A tendência é de que grandes investidores e fundos retirarem seus recursos e destinarem para os mercados considerados mais seguros, especialmente diante da expectativa de um aperto monetário mais forte nos Estados Unidos.

Vale lembrar que, na semana que vem é a vez do Federal Reserve (Fed, o banco central dos Estados Unidos) aumentar os juros novamente depois de registrar uma inflação de 9,1% no acumulado em 12 meses até junho — o maior patamar desde novembro de 1981. De acordo com a Oxford Economics, o Fomc, o comitê de política monetária norte-americano deverá elevar os juros básicos em 0,75 ponto percentual, apesar do aumento das apostas de uma alta de 100 pontos-base na próxima reunião.

“O Fomc continuará a aumentar agressivamente a taxa de fundos federais na reunião de política da próxima semana. Acreditamos que os dados econômicos recentes sobre o saldo suportam uma alta de 75 pontos-base, embora um aumento de 100 pontos possa ser considerado. O mercado de títulos atribui uma chance de 33% de uma alta de 100 pontos-base”, destacou o documento enviado aos clientes nesta quinta-feira, que prevê os juros norte-americanos chegando a algo entre  3,75% e 4% até o início de 2023.

Blog do Vicente - Correio Braziliense

 


segunda-feira, 20 de junho de 2022

O GOLPE DA UNIÃO RELATIVO AO ICMS COMPROVA O SIMULACRO FEDERATIVO - Sérgio Alves de Oliveira

Se porventura eu estivesse vivendo na Roma Antiga  e ali escrevesse  esse texto em latim, o seu título talvez fosse outro:”Pimentorium in anus outrem refrescus est” !!!

A eterna mentira da forma “federativa” do Estado Brasileiro, prevista em todas as suas constituições, a partir de 1891, inclusive na vigente, de 1988,  acaba de mostrar as “garras” e escancarar a existência de um estado “unitário”, jamais federativo,como deveria ser.

Coincidentemente ao tempo em que se acelera a discussão sobre o chamado pacto federativo, na tentativa inclusive de corrigir as distorções  oriundas da má distribuição das receitas tributárias entre os três entes federativos - União,Estados e Municípios - onde a parte do “leão” compete à União Federal.e as “migalhas” aos Estados e Municípios, ferindo de “morte” o próprio conceito de federação, os brasileiros assistem estupefatos ao projeto federal de reduzir o “teto”, a alíquota máxima do ICMS, sobre certos itens, inclusive sobre a gasolina e, que na verdade é a principal fonte de receita tributária dos Estados, favorecendo igualmente os municípios,que recebem em repasse  25% do ICMS.

Ora, não tem o mínimo fundamento a constituição prever a distribuição da carga tributária entre a União,Estados e Municípios, fixando  cerca de 70% (setenta por cento) dessa carga tributária total em benefício da União, em detrimento dos Estados e Municípios,que “rastejam” para ficar com os cerca de 30% restantes, sendo obrigados a viver em eterna “penúria” para fazer frente às suas inúmeras atribuições constitucionais.

Disso resulta uma pirâmide tributária  absolutamente invertida, desde o momento em que os municípios e os estados, que deveriam ter a maior fatia, e onde as pessoas realmente vivem, trabalham, e produzem, são deixados à margem para privilegiar o “império” da União.

Expressão originária dos constitucionalistas alemães,o estado federal consiste numa espécie de estado-de-estados (Staatenstaat), ou seja, um estado é formatado a partir da união de diversos estados-membros. Desse modo,os estados organizados em federação representam o poder supremo.O poder político central deve ser a realização da autoridade coletiva dos estados-membros. E essa é a “matriz” política do Brasil.

Mas a forma federativa de estado acabou se desenvolvendo principalmente nos Estados Unidos, sendo a constituição de 1787 o marco inicial do moderno federalismo, nascido na Convenção de Filadélfia, presidida por George Washington. E como já aconteceu em diversas outras situações,o “papagaísmo” cultural brasileiro tentou adotar o modelo americano. Mas “copiou” mal. Muito mal. Os estados e municípios não são verdadeiramente entes federativos,porém mero “acessórios”, “mendigos” da (pseudo) federação. Os governadores e prefeitos municipais vivem em Brasilia, mendigando recursos da União,que na verdade deveriam ser seus.

Rui Barbosa já havia detectado, em 1898, a farsa federativa em prática no Brasil: ”Eis o que vem a ser a federação do Brasil; eis em que dá,por fim,a autonomia dos estados,esse princípio retumbante,mentiroso,vazio como um sepulcro,a cuja superstição se está sacrificando a existência do pais, e o princípio da nossa nacionalidade”. E durante a Constituinte que aprovou a Carta de 1946, Mario Mazagão afirmava: ”Caminhamos, infelizmente, para uma centralização tão categórica que, nesta marcha,dentro de pouco tempo,os últimos resquícios da federação estarão extintos”.

Ataliba Nogueira não deixou por menos:”Estamos a cada passo reduzindo o país a estado unitário. A esfera de competência da União foi alargando-se de tal jeito que contribuiu para essa inconveniente e desnaturante centralização. A União é aqui o estado-providência. Acham-se capaz de resolver,milagrosamente,todos os problemas,e lhe entregam,de mãoi atadas,a federação”.

Com a vaga promessa de “compensar” as perdas tributárias dos Estados e Municípios,num flagrante “conluio” entre os Poderes Executivo e Legislativo da União Federal, acabaram de aprovar a PLP 18/2002, reduzindo o teto, a alíquota máxima, determinada  pelos Estados-membros,do imposto sobre  circulação de mercadorias e serviços-ICMS, incidente sobre  combustíveis,gás natural,energia elétrica, comunicações e transporte coletivo. O teto atual, que no RGS,por exemplo, é de 25%, passará a ser de 17%, reduzindo o preço ao consumidor na medida da redução tributária. [O RS tem um ICMS exagerado talvez para pagar pensão vitalícia a um ex-governador que chegou a cogitar que tinha chance de ser Presidente da República Federativa do Brasil. 
Todos esquecem que os grandes gastos, ainda que controlados por estados e municípios caem sempre sobre a União Federal. 
Exemplo recente e já esquecido: para combater a pandemia uma decisão suprema deu poder total aos  estados e municípios para adoção de  todas as medidas contra a covid-19 incluindo,  sem limitar,  gastos em caráter emergencial. 
A roubalheira foi de tal ordem, = imagine mais de 20 estados e 5.000 e poucos municípios com permissão para gastar sem licitação, em regime de urgência =  que até loja de vinho vendeu respiradouros e nada foi apurado. 
Ao Governo Federal restou apenas pagar as faturas. Valeu a regra de sempre: a UNIÃO o ÔNUS, aos estados e municípios o BÔNUS.
Obviamente, uma   centralização dos recursos arrecadados permite um maior controle.]

 Mas esse “ganho” do consumidor certamente será só na aparência. Na verdade a União  está “roubando”essa parcela do ICMS dos Estados e Municípios, porém mantendo os mesmos preços, ou mais, no caso dos combustíveis, para os consumidores, em  vista dos seus ilimitados reajustes,a partir da Petrobrás,”controlada” pela União. Isso se chama “passar a perna” nos Estados e Municípios, mediante artifícios fraudulentos.

Ademais, não venha o Governo culpar a Petrobrás, o “dólar”,ou o preço  internacional do barril de petróleo. O Governo é o “chefe” da Petrobrás. Por isso teria poderes para modelar a petrolífera com os mesmos expedientes adotados na vizinha Venezuela, por exemplo, que não tem investidores privados “sanguessugas", e é estatal pura, onde o litro da gasolina custa pouco mais de 10 (dez) centavos,e o consumidor  enche o tanque do carro com cinco reais.

Essa política da União nada menos significa que fazer “bondade”e “demagogia” às custas dos outros. A perda de arrecadação dos estados e municípios deverá gerar grande impacto,”empobrecendo” ainda mais esses entes “marginais” da federação.

Afinal de contas,que “federação” seria essa cuja constituição define os tributos da União no seu artigo 153, e os dos Estados,no artigo 155, incluindo aí o ICMS, porém se dá o direito, mediante aquele dispositivo  da “lei complementar”, de intervir, não só nos seus, mas também nos tributos de competência estadual?

Por que será que esses políticos regionais incapacitados que sofrem na própria carne os efeitos dessa “estrepolia” federal não têm  competência de denunciar esse assalto  que seus estados sofrem  de parte da União? Que negam a própria federação?

Sérgio Alves de Oliveira