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domingo, 12 de março de 2023

Tabata Amaral não tem senso de humor - Gazeta do Povo

Um blog de um liberal sem medo de polêmica ou da patrulha da esquerda “politicamente correta”.

Todo revolucionário costuma ser taciturno, manter um ar de seriedade excessiva, levar-se a sério demais. Eles são, afinal, os instrumentos da transformação social, aqueles ungidos que trarão o paraíso terrestre, que pretendem empurrar a história. 
A arrogância tende a vir junto do autoritarismo: o revolucionário enxerga até em indivíduos apenas obstáculos para seus nobres fins.

Tabata Amaral é uma revolucionária. Com fala mansa e postura moderada, a deputada esquerdista nunca me enganou - mas enganou familiares meus, menos atentos à política, justamente pela forma com que prega suas ideias radicais. Cria do bilionário Jorge Paulo Lemann, Tabata fez o L para "salvar a democracia", e agora cobra a fatura: quer impor sua agenda woke.

O deputado Nikolas Ferreira, o mais votado do país com 1,5 milhão de eleitores, resolveu colocar uma peruca para sua fala na tribuna sobre o Dia Internacional da Mulher, mostrando como a militância trans tem prejudicado as mulheres. Um debate saudável, necessário.

A performance foi parte do todo, para justamente expor o ridículo do transgenderismo fanático, que diz que basta um homem "se sentir" mulher para se transformar numa. Sem ter como rebater seus argumentos, a patrulha woke saiu em conjunto contra o deputado, e Tabata pediu a sua cassação. Ele teria cometido o crime de transfobia, segundo ela.

Mas não poderia ser ela a cometer o crime, por não aceitar que Nikolas, naquele momento, sentia-se como Nikole?
Fica claro que a postura da deputada esquerdista é absurda e autoritária. Não é de hoje que ela se mostra intransigente e quer cortar cabeças.

O humorista Bruno Lambert, que no mês passado foi denunciado ao Ministério Público de São Paulo pela deputada federal Tabata Amaral (PSB-SP) por suposta discriminação contra deficientes físicos em uma de suas piadas, foi demitido nesta quarta-feira (9) de um emprego em um banco no qual estava há nove anos devido à repercussão do caso.

A representação criminal da parlamentar está relacionada a um vídeo de uma apresentação do humorista, que não é famoso e não vive exclusivamente da comédia, publicado em suas redes sociais no qual ele narrava um caso em que teria se relacionado sexualmente com uma mulher cadeirante.

Na denúncia, Tabata disse que Lambert cometeu capacitismo, que é a discriminação contra pessoas com deficiência, e que as falas do humorista denotaram “machismo latente" pela maneira "explícita" e "jocosa" como descreveu a narrativa da relação sexual.

À Gazeta do Povo, o humorista negou o suposto capacitismo e destacou que a piada foi contada num ambiente próprio para humor e que os mais diversos grupos são retratados em shows de stand-up. “As pessoas estão com uma dificuldade gigantesca de diferenciar o CPF do personagem que está ali no palco, de entender o que é piada e o que é realidade”, afirmou.

O humorista está certo, claro. Será que Tabata viu o especial de Chris Rock na Netflix, que foi ao ar esta semana? Será que ela vai defender sua censura também por inúmeras "ofensas" proferidas contra "minorias", inclusive os negros a quem ele, negro, se refere pela "n-word" proibida? Tabata não sabe o que é humor e qual a sua função. Talvez devesse ler o livro O Riso de Henry Bergson, para começar.

Arthur Lira, sob pressão da patota esquerdista, fez uma reprimenda ao deputado Nikolas Ferreira: "O Plenário da Câmara dos Deputados não é palco para exibicionismo e muito menos discursos preconceituosos. Não admitirei o desrespeito contra ninguém. O deputado Nikolas Ferreira merece minha reprimenda pública por sua atitude no dia de hoje. A todas e todos que se sentiram ofendidas e ofendidos minha solidariedade".

Não foi o suficiente para a militância woke. Vera Magalhães, colunista do Globo, escreveu: "Em 2023 um deputado homem e branco se sente seguro o bastante para usar a tribuna da Câmara no Dia da Mulher para vomitar transfobia, machismo e misoginia. Essa segurança vem da certeza de impunidade. Vai ser isso mesmo, Arthur Lira? A Câmara vai ser o vale-tudo do preconceito?"

Vera, como sabemos, tem preconceito contra conservadores, e sempre destila autoritarismo no esforço de censurar cada um deles. No mundo ideal de Tabata e Vera, ninguém mais pode fazer piada politicamente incorreta (i.e., piada), o Artigo 53 da Constituição, que garante a imunidade material parlamentar a quaisquer opiniões, deixa de existir para a direita, e todos seremos forçados a nos tornar pessoas "maravilhosas" como Tabata e Vera, enquanto o estado garante absorvente para todas as mulheres (ou melhor, "pessoas que menstruam").

É um mundo insuportável, claro. Mas felizmente esse autoritarismo está encontrando cada vez mais resistência, inclusive com o deboche. 
O deputado Nikolas atingiu seu objetivo, como Chris Rock. 
Ambos mostraram como gente woke revolucionária é desprovida de senso de humor e, por isso mesmo, perigosa e totalitária.

domingo, 30 de outubro de 2022

A origem da ilegalidade - Revista Oeste

 Flavio Morgenstern

O conteúdo do Inquérito 4.781 até hoje é um mistério — acusações genéricas são ventiladas na mídia, o que não ocorria nem mesmo nos anos de chumbo do regime militar

Inquérito das <i> Fake News: </i> | Foto: Shutterstock

 Foto: Shutterstock
 
Às 6h02 da manhã de 27 de maio de 2020, a campainha do condomínio tocou, avisando que a polícia queria entrar na casa de alguém que nunca havia sido acusado de nenhum crime.  
Ato contínuo, uma viatura da Polícia Federal estacionou, despejando seis homens armados. Um deles carregava um mandado em mãos
Outro reconheceu o alvo da operação. Aproveitou para dizer que era fã de seus vídeos. Tratava-se do youtuber católico Bernardo Pires Küster.

A operação terminou por levar um notebook, um iPad que Bernardo deixava para crianças da família e seu celular. Os policiais ainda permitiram que Küster anotasse alguns números de telefone de advogados antes de ter o material levado para Brasília.

Outros não tiveram a mesma “sorte” de Bernardo. Os investigados (talvez devamos chamá-los de “vítimas”) pelo inquérito variaram no relato de acordarem com policiais revirando seus quartos ou até mesmo com armas apontadas para esposas grávidas. O único a conseguir gravar um trecho da ação foi o humorista Rey Bianchi, enquanto sua esposa se desesperava de choro.

Bernardo, como é conhecido, não fazia ideia do porquê estava sendo tratado como um criminoso perigosíssimo — ele, acostumado a andar cercado pelo povo. Tudo o que pôde saber é que estava sendo acusado em um tal Inquérito 4.781, no Supremo Tribunal Federal. Um crime federal. Aquilo que, em filmes norte-americanos, faz com que a polícia local seja afastada e entrem “os feds” em cena. Ameaças grandes, como terrorismo ou ataques alienígenas.

Até hoje nenhum dos investigados sabe qual seria o suposto “crime” em questão. Algo tão grandioso que permitiu uma operação policial no auge da pandemia quando operações contra traficantes com armamento capaz de abater helicópteros nas favelas do Rio foram proibidas por decisão de Edson Fachin, ministro do STF. Já contra youtubers, humoristas, jornalistas e ativistas, sem que se saiba até hoje por qual crime, tudo foi realizado.

Novas buscas e apreensões ocorreram no dia 16 de junho, e ainda outras viriam contra ativistas e empresários. O Brasil, que tinha se acostumado a ver prisões de políticos durante a Operação Lava Jato, agora via a mesma mecânica voltar-se contra pessoas acusadas de serem “bolsonaristas”. 
O que aparentemente é tão grave quanto movimentar bilhões para financiamento próprio e de ditaduras. 
Algumas vezes, os investigados eram chamados de “golpistas” — quase sempre acusando alguma expressão de indignação privada, como “tem de limpar este Congresso” e outras verbalizadas por cerca de 102% das pessoas que leem notícias.

Acordar todo dia antes das 6 da manhã
Bernardo Küster, por meses, não conseguiu mais dormir até as 6 da manhã, sempre imaginando que a Polícia Federal voltaria à sua casa. Como voltou à casa de Allan dos Santos, sempre tratado como “blogueiro bolsonarista acusado de espalhar fake news”, mesmo que nem sequer um blog possuísse. Após se mudar para os Estados Unidos, Allan passou a ser tratado sempre como “foragido” epíteto que não é reservado a um Edward Snowden, por exemplo.  [felizmente, o epíteto é aplicado só por "jornalistas" da mídia militante do Brasil - "jornalistas" entre aspas, pela dificuldade de se aceitar que jornalistas, dignos do nome e da profissão, possam ser favoráveis à censura - postura dos que4 formam a mídia militante.]

O conteúdo do Inquérito 4.781 até hoje é um mistério — acusações genéricas são ventiladas na mídia, o que não ocorria nem mesmo nos anos de chumbo do regime militar. Chamado de “inquérito das fake news”, foi também apelidado de “inquérito do fim do mundo” pelo ex-ministro do Supremo Marco Aurélio Mello, título que rendeu um dos livros jurídicos mais lidos do país. A ele se somaram o “inquérito dos atos antidemocráticos” e o “inquérito das milícias digitais”. Todos parecem trocar informações entre si. A Procuradoria-Geral da República exigiu o arquivamento de todos, mas o pedido foi solenemente ignorado.

Livro Inquérito do Fim do Mundo | Foto: Reprodução
Além disso, veio da CPMI das Fake News, que fez a esquerda passar tanta vergonha que foi arquivada sem nem apresentar um relatório. Já a CPI da Covid, reconhecida pela população como “CPI do Circo”, pediu quebras de sigilo bancário, telefônico e telemático de jornais que criticavam os políticos que a geriam, de maneira flagrantemente ilegal. Afinal, uma CPI só pode investigar o objeto ao qual se propõe (no caso, a falta de respiradores em Amazonas), e não a mídia, a cor do céu ou o final de Caverna do Dragão. 
Os dados foram compartilhados com os inquéritos do STF. Os senadores nem se deram ao trabalho de ouvir os investigados: foi como um delegado pedindo quebra de sigilo de alguém por ouvir dizer, sem nenhuma prova, nem mesmo indício. 
A pena pelo abuso de autoridade chega a mais de quatro anos de cadeia. A devassa foi tão violenta que os senadores pediram todas as mensagens privadas em todas as redes sociais, cópia integral do iCloud, fotos dos contatos, todas as geolocalizações, histórico de buscas no Google e dados de saúde.

Denúncia baseada em crime não existente
O crime que gerou tudo isso? Bem, não há crime de “fake news” no ordenamento jurídico brasileiro. Ainda que houvesse, não se conhece nenhum inquérito secreto para investigar, digamos, desvio de dinheiro público com essas características: a Lava Jato realizava tudo às claras. Nada justifica o tamanho da força estatal contra pessoas acusadas de minudências — embora sejam sempre tratadas como “acusadas” ou “investigadas” em manchetes jornalísticas, criando sentimentos negativos nos leitores de antemão, como se fossem esquartejadores.

O termo “fake news” foi colocado em circulação pela mídia norte-americana como uma desculpa para o fracasso das pesquisas eleitorais, que afiançavam uma vitória fácil de Hillary Clinton

Até hoje, simplesmente nenhuma das ditas “fake news” foi apresentada. Fica-se apenas com um clima de suspeita no ar: “pessoas que divulgam fake news são tratadas como se fossem mentirosas compulsivas. O clima, na verdade, é perfeito para a tirania, que sempre abusou da desconfiança mútua para se livrar de quem discordasse de seus métodos — e nunca se preocupava em mostrar que alguma das denúncias fosse verdadeiramente falsa. Bastou popularizar o termo “fake news” após a eleição de Donald Trump para que a lógica se invertesse: hoje, muitos preferem ficar do lado da censura, mesmo sem apontar qual seria a dita notícia falsa — ou “desinformação”.

(...)

Notícia do site Poder360, publicada no dia 5/9/2021 | 
Foto: Reprodução

O escritor e linguista judeu Victor Klemperer escreveu, durante o nazismo, como a ascensão do Terceiro Reich se deveu muito a uma mudança anterior de vocabulário. Em LTI – Lingua Tertii Imperii, publicado em 1947, Klemperer mostra como toda terminologia oficial da língua alemã havia adquirido tons militares — até com condecorações militares para esportistas. Hoje, basta acusar quem você quer perseguir com a mesma terminologia: milícias, ataques, desinformação, alvo, operação, ordem. Com nenhuma mudança na lei, e com termos cirúrgicos repetidos goebbelsianamente por jornalistas (até com variações como “milicianos digitais”), a censura passa a ser aplaudida. Tudo teve método.

Leia também “O Direito sem lei”

 Flavio Morgenstern, colunista - Revista Oeste



sábado, 5 de dezembro de 2020

Poderia ser pior? - Nas Entrelinhas

Não temos um plano efetivo de vacinação em massa por parte do Ministério da Saúde, cujo titular é um general de divisão da ativa, especialista em logística

Não gosto de análises catastróficas nem do quanto pior, melhor. Prefiro a teoria das duas hipóteses do humorista Aparíccio Apporelly, o Barão de Itararé, descrita por Graciliano Ramos em Memórias do Cárcere. O escritor alagoano deliciava-se com as anedotas e os comentários espirituosos do jornalista gaúcho, encarcerado durante a ditadura de Getúlio Vargas. Com sua voz pastosa e hesitante, dono de um “otimismo panglossiano”, o Barão sustentava que tudo ia bem e poderia melhorar, fundado numa demonstração de que diante de cada situação haveria sempre uma pior: “Excluía-se uma, desdobrava-se a segunda em outras duas; uma se eliminava, a outra se bipartia, e assim por diante, numa cadeia comprida”, explicava Graciliano. Com a palavra, o próprio Apporelly quando estava preso:

“Que nos poderia acontecer? Seríamos postos em liberdade ou continuaríamos presos. Se nos soltassem, bem: era o que desejávamos. Se ficássemos na prisão, deixar-nos-iam sem processo ou com processo. Se não nos processassem, bem: à falta de provas, cedo ou tarde nos mandariam embora. Se nos processassem, seríamos julgados, absolvidos ou condenados. Se nos absolvessem, bem: nada melhor, esperávamos. Se nos condenassem, dar-nos-iam pena leve ou pena grande. Se se contentassem com a pena leve, muito bem: descansaríamos algum tempo sustentados pelo governo, depois iríamos para a rua. Se nos arrumassem pena dura, seríamos anistiados, ou não seríamos. Se fôssemos anistiados, excelente: era como se não houvesse condenação. Se não nos anistiassem, cumpriríamos a sentença ou morreríamos. Se cumpríssemos a sentença, magnífico: voltaríamos para casa. Se morrêssemos, iríamos para o céu ou para o inferno. Se fôssemos para o céu, ótimo: era a suprema aspiração de cada um. E se fôssemos para o inferno? A cadeia findava aí. Realmente. Realmente ignorávamos o que nos sucederia se fôssemos para o inferno. Mas, ainda assim, não convinha alarmar-nos, pois essa desgraça poderia chegar a qualquer pessoa, na Casa de Detenção ou fora dela”.

O raciocínio irônico do Barão de Itararé é altamente filosófico e serve para qualquer situação. Por exemplo, para a turma enrolada na Lava-Jato, que agora assiste, de tornozeleira eletrônica ou no xadrez, o ex-juiz Sergio Moro ser contratado como especialista em combate à corrupção por um grande escritório de consultoria que presta serviços à Odebrecht. Como se sabe, Emilio Odebrecht, para salvar a empresa e aliviar a cana de seu filho, Marcelo Odebrecht, negociou uma delação premiada com o então procurador-geral da República, Rodrigo Janot, que quase implodiu o sistema político brasileiro. Alguns imaginam que o impeachment da ex-presidente Dilma Rousseff pavimentou o caminho para a eleição de Jair Bolsonaro; não, essa estrada foi asfaltada pelo escândalo da Petrobras e o uso generalizado de caixa dois nas campanhas eleitorais.

Pandemia
Mas, voltemos à teoria das duas hipóteses. O ano da pandemia do novo coronavírus está acabando, porém a covid-19 recrudesceu. Há uma corrida mundial para conter a segunda onda na Europa e nos Estados Unidos, que é repetição do que ocorreu com a gripe espanhola, 100 anos atrás. Agora, além do isolamento social, estarão sendo utilizadas vacinas em caráter emergencial. No Brasil, em razão do negacionismo do presidente Jair Bolsonaro e da mentalidade castrense do ministro da Saúde, general Eduardo Pazuello, estamos numa guerra entre o governo federal, que comprou a vacina de Oxford, inglesa, que será produzida pela Fundação Oswaldo Cruz, e o governo de São Paulo, que adquiriu a vacina chinesa CoronaVac, cuja fabricação será iniciada pelo Instituto Butantan. Há, também, uma vacina russa, a Sputnick V, adquirida pelo governo do Paraná. [detalhe bobo, irrelevante: Oxford e Coronavac, indicam vacinas cuja produção SERÁ INICIADA (sendo acaciano: futuro) a Sputnick V já está sendo aplicada na Rússia, não se sabe em qual fase sua aprovação está na Anvisa. De tudo se conclui que a notícia de uma guerra tendo como abertura o Barão de Itararé é mais uma tirada genial do articulista Luiz Carlos Azedo.]

Entretanto, não temos um plano efetivo de vacinação em massa por parte do Ministério da Saúde, cujo titular é um general de divisão da ativa, especialista em logística, que será o grande responsável [sic] pelo atraso da campanha de vacinação. No momento, sua grande preocupação é negar a existência de uma segunda onda da pandemia, sabotar as medidas de isolamento social e atrasar a liberação da vacina chinesa. Vidas não importam, afinal, não existe guerra sem defuntos. E onde aplica-se a teoria das duas hipóteses? Ao comparar o número de mortos com os que sobreviveram à covid-19, graças aos esforços heroicos dos profissionais da saúde.

Nas últimas 24 horas, houve 776 mortes, somando 175.307 óbitos desde o começo da pandemia. A média móvel de mortes no Brasil, nos últimos sete dias, foi de 544. Desde o começo da pandemia, 6.487.516 brasileiros já tiveram ou têm o novo coronavírus, com 50.883 desses casos confirmados nas últimas 24 horas. Em média, nos últimos sete dias, houve 40.421 novos diagnósticos por dia, a maior desde agosto, que registrou 40.526 mortes. O aumento no número de casos foi de 37%. A pandemia recrudesceu nos seguintes estados: PR, RS, SC, ES, MS, AC, AP, RO, CE, PB, PE, RN e SE. [o recrudescimento é o reflexo dos contágios ocorridos no feriadão do inicio de novembro; das eleições realizadas em 15 de novembro aditivado pelo segundo turno do dia 30p.p.

Lembrando que as aglomerações ao longo do mês de novembro, sem o uso de  máscaras, tiveram continuidade  pela realização de comícios. E, para facilitar a vida dos arautos do pessimismo a pane ocorrida no sistema de informática do Ministério da Saúde, represou o número de casos de contágio e mortes, forçando uma divulgação com atraso e 'aumentando' o número de casos - o que causou intensa alegria nos que conseguiram a graduação como  contadores de cadáveres na primeira onda e esperam a segunda para a pós.

Após o dia 10 de dezembro será comprovada a inexistência da segunda onde.]

Luiz Carlos Azedo, jornalista - Nas Entrelinhas - Correio Braziliense

 


quinta-feira, 19 de novembro de 2020

O que esperar do Psol e dos 'psolistas'?Militante do Psol torce para câncer de Covas ‘trabalhar mais rápido’

Autor de mensagem define caso como “piada”

Um apoiador da candidatura de Guilherme Boulos à prefeitura de São Paulo demonstrou torcida contra a saúde do oponente do integrante do Psol no segundo turno. Na noite de ontem, segunda-feira 16, Ronald Rios postou mensagem sobre a doença enfrentada por Bruno Covas (PSDB).

Leia mais: “Em debate sonolento, Covas e Boulos trocam farpas”

“Segundo turno entre Boulos e Covas eu tô torcendo pro câncer trabalhar mais rápido”, publicou Rios em seu perfil no Twitter. Pela mesma plataforma, ele tem agido como militante do candidato do Psol. Nos últimos dias, pediu publicamente voto para o socialista e compartilhou mensagens como “foda-se Covas”.

O teor do conteúdo causou indignação junto ao diretório nacional do PSDB. “Essas são as pessoas que se melindram quando são chamadas de radicais? Onde está a humanidade aí?”, questionou o partido em mensagem divulgada pelas redes sociais. Num primeiro momento, Rios ironizou a situação. Manteve a postagem no ar, afirmou ter feito uma “piada” e ainda se considerou responsável por fazer a postagem dos tucanos ganhar força no ambiente on-line. “Obrigado pela atenção, PSDB. De nada pelo raro engajamento obtido!”, afirmou.


Recuo
A repercussão negativa da “piada” fez Ronald Rios recuar horas depois. Na tarde desta terça-feira, 17, ele apagou as mensagens sobre a luta de Bruno Covas contra o câncer e a crítica feita pelo PSDB. Entretanto, em podcast (que segue no ar), ele tira sarro da situação.
 
O Covas vai chorar mais?”
“Vamos ser sinceros: ele [Covas] não é nenhum santo”, afirmou Rios. “Ele é do PSDB, o partido responsável pelo genocídio nas periferias há anos e anos”, prosseguiu. “O Covas vai chorar mais?”, indagou o rapaz, que se diz humorista (trabalhou na MTV e no extinto CQC Brasil) mas atua como militante do Psol no Twitter.

 Revista Oeste - Anderson Scardoelli

 

quarta-feira, 21 de agosto de 2019

O uso político do BNDES - O Estado de S. Paulo

Editorial

Sob pretexto de divulgar a “caixa-preta” do BNDES, governo revelou dados para constranger adversários de Bolsonaro

Na semana passada, o presidente Jair Bolsonaro informou ter tomado conhecimento de que R$ 2 bilhões haviam sido usados pelo BNDES para financiar a compra de aviões particulares a uma taxa de 3% a 4% ao ano. “Parece que não foi legal”, comentou o presidente. Dias depois, o BNDES divulgou uma lista das aeronaves financiadas pelo banco no âmbito do Programa de Sustentação do Investimento (PSI), que contou com equalização de taxa juros pelo Tesouro. Sob o pretexto de divulgar a “caixa-preta” do BNDES, o governo revelou dados protegidos por sigilo bancário para constranger adversários políticos de Bolsonaro. [divulgar que um banco que utiliza recursos públicos, empresta dinheiro a juros de 3% a 4% ao ano para empresários comprarem aviões particulares, jatinhos, não é quebrar o sigilo bancário e sim denunciar mais uma maracutaia com o dinheiro público - visto que o pobre, o que ganha salário-mínimo, quando tem um emprego, paga juros escorchantes para comprar um simples fogão.]
 
Em primeiro lugar
, é muito estranho que Bolsonaro tenha afirmado que esses financiamentos não pareciam ser legais. Em 2009, quando era deputado federal pelo Partido Progressista (PP), legenda que formava a base de apoio do governo de Luiz Inácio Lula da Silva, Jair Bolsonaro votou a favor do PSI. Nos anais da sessão do plenário da Câmara dos Deputados do dia 3 de novembro de 2009, consta o voto favorável do deputado Jair Bolsonaro à Medida Provisória (MP) 465/2009 – depois convertida na Lei 12.096/2009 –, que instituiu a política do PSI. 

[Bolsonaro pode ter proferido este voto considerando as circunstâncias da época - a votação ocorreu faz  dez anos - ou errado.
Aliás, achamos que errou, visto que a MP era do maior ladrão do Brasil - o presidiário Lula da Silva - e foi durante seus governos e os da escarrada ex-presidente Dilma, que ocorreu o maior desperdício de dinheiro público, via BNDES, para empréstimos a ditaduras africanas e a cubana.]
 
É plenamente cabível a discussão se o PSI foi uma política adequada de incentivo à economia. Segundo o BNDES, entre 2009 e 2014, foram financiadas 134 aeronaves da Embraer, no valor total emprestado de R$ 1,9 bilhão. Tendo em vista que o PSI ofereceu juros abaixo da taxa básica (Selic) para a compra das aeronaves, essas operações tiveram um custo para o Tesouro. De acordo com os cálculos do BNDES, tal subsídio custou R$ 693 milhões em valores corrigidos.  Mas o PSI não tem nada de “caixa-preta”. O plano foi uma política pública instituída por lei em 2009, segundo condições estabelecidas pelo Conselho Monetário Nacional, como reconheceu o BNDES. A Lei 12.096/2009, no seu art. 1.º, § 4.º, diz: “Aplica-se o disposto neste artigo à produção ou à aquisição de aeronaves novas por sociedades nacionais e estrangeiras, com sede e administração no Brasil, em conformidade com a respectiva outorga de concessão e autorização para operar pela Agência Nacional de Aviação Civil (Anac), nos casos de exploração de serviços públicos de transporte aéreo regular”.

Fica evidente, portanto, que as empresas que utilizaram a linha de crédito do PSI para a compra de aeronaves não praticaram nenhuma ilegalidade com a tomada desse crédito. Elas simplesmente aderiram a um programa público de subsídio para a compra de aviões – um programa que, repita-se, contou com o voto do então deputado Jair Bolsonaro. O estranho nessa história não é que empresas tenham recorrido a crédito subsidiado para a compra de aviões. O estranho e preocupante é a publicação de informações, escolhidas a dedo e que estão protegidas pelo sigilo bancário, por parte do BNDES, sob o argumento de “se tornar cada vez mais transparente perante a sociedade brasileira”.


 [o sigilo bancário não deve, nem pode, proteger operações bancárias realizados a juros abaixo da Selic e bancadas pelos cofres públicos - se o salário dos funcionários públicos pode ser divulgado, qual o motivo do senhor Luciano Huck comprar um jatinho subsidiado com recursos públicos  e o contribuinte não ter acesso a tal informação.
E foram dezenas de empresários, muitos deles  pessoas físicas.

A lista de empresas e valores [emprestados a juros abaixo da Selic]  referentes à compra de aeronaves publicada pelo BNDES não traz nenhuma informação relevante para a discussão sobre os efeitos da política do PSI. O que se tem é mais um caso no governo de Jair Bolsonaro da manipulação de órgãos públicos para fins políticos. Como já ocorreu em outras situações, Bolsonaro admitiu explicitamente o desvio de finalidade do ato do BNDES


Na semana passada, ao falar dos R$ 2 bilhões de financiamento para compra de aviões particulares, Bolsonaro anunciara que a medida tinha alvo certo. “Não fica não arrotando honestidade que o bicho vai pegar”, disse referindo-se ao apresentador Luciano Huck, que dias antes fizera críticas ao governo. “Ele falou que eu sou o último capítulo do caos. Se ele comprou jatinho, ele faz parte do caos”, declarou o presidente. [o apresentado tem pretensões políticas e o POVO BRASILEIRO precisa aprender que ser um bem sucedido  animador de auditório,  humorista, não credencia a ser um competente presidente da República.] O uso da máquina pública para fins político-eleitorais foi um dos grandes motivos para a população rejeitar o PT nas urnas. Não faz nenhum sentido que aquele que prometia ser o mais antipetista de todos dê continuidade a essa nefasta prática.

Editorial - O Estado de S. Paulo

segunda-feira, 15 de abril de 2019

"Gentili e o passado que não passou"

"Danilo Gentili foi condenado a seis meses de prisão em ação movida por Maria do Rosário. Danilo é um humorista e Rosário é uma representante legal do bando que assaltou o Brasil por uma década e meia. Já a juíza que deu a sentença é uma pessoa criativa.  Trata-se de uma decisão sem paralelo. Mandar um reconhecido comediante para a cadeia por suposta injúria contra uma deputada não tem precedente no país. Analistas estão requebrando para sustentar o amparo legal do ato, mas aqui não haverá coreografia: o pedido de prisão para Danilo Gentili é uma aberração, uma excrescência, um ato de intimidação e censura.

O Brasil está brincando com fogo. A resistência democrática contra o fascismo imaginário, que resolveu passar a vida encenando a volta aos anos de chumbo, sumiu. Nenhum pio sobre o ataque do “aparelho de estado” (como eles adoram dizer gravemente) à liberdade de expressão. Ninguém sabe, ninguém viu. É mesmo muita saudade de 1964. Por falar em liberdade, e a solidariedade artística? Vamos perguntar de novo, que não ouviram: cadê a solidariedade-dade-dade artística-tica-tica? Você notou pelo eco que ninguém respondeu. Ou melhor: lá no fundo do vale, detrás de uns arbustos frondosos, uns colegas do humorista soltaram bilhetinhos dúbios e repletos de cuidado para não contrariarem suas claques politicamente corretas – doutrina que Gentili detona. Condenado por falta de hipocrisia.

Aliás, a nova geração de comediantes se orgulha abertamente de fazer um humor politicamente correto, tipo função social da piada. Tudo bem, tem gente que se esbalda na lua de mel sem tirar a roupa.  Os libertários de cativeiro não querem chatear a Maria do Rosário, afinal ela é Lula, e Lula é pai no altar dessa casta demagógica que, por incrível que pareça, ainda dá as cartas no pedaço. Emprego, prestígio, voto, carinho… O mercado é generoso com quem reza a cartilha do progressista reacionário. Lula Livre, Gentili se vire.

Quando essa mesma deputada espalhou uma foto do ator Sandro Rocha, de Tropa de Elite, apontando-o como assassino de Marielle, os democratas de auditório deveriam estar de férias. Se a grave afronta parte de algum personagem do presépio politicamente correto, com a proteção e o ornamento de todo o enredo das vítimas profissionais, a leviandade está liberada e eles somem. Como diria o general do AI-5: às favas com os escrúpulos de consciência. [curiosidade: este mês o dia 14 passou sem escarcéu dos movimentos de desocupados, movimentos sociais, ONGs estrangeiras, exigindo que os executores e mandantes do assassinato da vereadora psolista e seu motorista Anderson Gomes, fossem identificados e presos;

passou o dia 14 e não fizeram nenhum barulho, uma ongueira da tal 'anistia internacional' fizesse cobranças,etc.

Que houve?
desistiram de cobrar a identificação dos mandantes - se é que existem?
estão satisfeitos com a prisão de dois suspeitos (registre-se que presos preventivamente por outras acusações;
ao que se sabe nada foi provado contra eles quanto a morte da edil e seu funcionário.

Os suspeitos deverão ficar algum tempo preso - afinal, estamos no Brasil que criou a prisão perpétua   "à brasileira" = a CF proíbe prisão perpétua e/ou com características de perpétua, a proibição foi contornada da forma mais simples:
- se decreta uma prisão preventiva e se consegue a proeza da mesma ter data de inicio, a de término, só Deus sabe.]
E ainda dizem que a praga do petismo ficou para trás. Ficou mesmo? E esse establishment cultural-midiático montando uma narrativa atrás da outra para atravancar as reformas? E essa militância enrustida no judiciário, no Ministério Público, enfim, no “aparelho de estado” para azedar tudo que não seja PT e seus genéricos? E os afilhados da quadrilha bilionária nos tribunais superiores?

Desde o impeachment o país tenta avançar com a reforma da Previdência, mas tem sempre no caminho uns paus-mandados tipo Janot e Joesley para montar arapucas e embaçar a cena. Preste atenção, prezado bom entendedor: no circo atual, nenhum governo que não seja uma reencarnação do populismo petista vai prestar. Até Ciro Gomes, o mitômano do Leblon com vista para o sertão, eles tentam emplacar. Vale tudo, menos deixar o Brasil se reconstruir.

E assim estamos: Danilo Gentili com prisão decretada, José Dirceu solto, milionário e conspirando à vontade, Dilma Rousseff fazendo turnês mundiais sobre a roubalheira do bem (nem condenação em primeira instância a Mrs. Pasadena tem) e os institutos de pesquisa que davam chance zero para a eleição de Bolsonaro soltando paisagens tétricas sobre seu governo. [outra ocasião em que os inimigos do Brasil quebram a cara mais uma vez: NÃO VAI HAVER TERCEIRO TURNO - o presidente Jair Bolsonaro, governará, com as bênçãos e ajuda de DEUS, até 31 de dezembro de 2022 - e fiquem atentos: ele pode ser reeleito. O problema deles não é com Bolsonaro, nem com Temer, nem com o fascismo, nem com a ditadura de 64 – o que eles querem é o Clube do Lula. E dane-se o Lula, o que importa é o clube.

O atentado contra a liberdade de um humorista de fora do clube traz a sentença inequívoca: a sombra petista é coisa do passado, mas o passado não passou."


Guilherme Fiúza - Gazeta do Povo

 

segunda-feira, 11 de dezembro de 2017

Tiririca usa verba da Câmara para bancar viagens a locais de shows de humor

Tiririca anunciou que vai deixar vida pública por "desilusão" com a política, mas se esqueceu de citar casos em que comprou bilhetes aéreos, com dinheiro da Câmara, para ele e assessores viajarem a locais em que se apresentou como humorista

[Tiririca anuncia renúncia para o final do seu mandato - final de 2018 - e faz seus eleitores de palhaço, 'esquecendo' de informar que usou dinheiro da Câmara  para eles e assessores viajarem para apresentar shows humorísticos (aliás,  Tiririca - o 'palhaço honesto' - fazer seus eleitores de palhaço é merecido... afinal para votar nele tem que ser palhaço.

A propósito, Tiririca pode fazer todos de palhaço mais uma vez: é só renunciar a renúncia.

A renúncia é um ato unilateral que independe de aceitação ou não e se ela não gerar direitos para terceiros, pode ser renunciada pelo renunciante até no último minuto do último dia do seu mandato - a do Tiririca não gera, já que espertamente ele apresentou a renúncia com validade para o final do seu mandato e com isso impede que seu suplente reivindique assumir o mandato).]

Capaz de conquistar 1,3 milhão de votos em São Paulo, o deputado federal Tiririca (PR) foi eleito colocando-se como uma resposta do eleitorado ao fim dos privilégios das autoridades, dos desvios de dinheiro público e das dinastias políticas. Enquanto candidato, argumentou que estava cansado de ouvir falar dos assaltos aos cofres públicos e da impunidade. Ele queria mudança. Os eleitores acreditaram. A promessa elegeu o palhaço, uma figura sem experiência que se dizia interessada em desbravar o Congresso e economizar o dinheiro da população.

Tiririca, 52 anos, é casado há duas décadas com a humorista Nana Magalhães, de 38, com quem tem Tirullipa, seu único filho e também humorista. No Tribunal Superior Eleitoral, diz que “lê e escreve”, e declarou patrimônio de R$ 531.913,67, em 2014. Quatro anos antes, quando foi candidato pela primeira vez, afirmou que não tinha bens. Havia deixado a televisão e o circo, onde eventualmente se apresentava com o célebre personagem, para morar num apartamento funcional em Brasília. Eleito em 2010, montou um gabinete enxuto, disse que dezenas de assessores não tinham serventia em sua equipe. Entretanto, deu os salários mais altos da categoria para os seis ajudantes, cerca de R$ 15,3 mil brutos, e nunca mais falou de política.

Até 2014, quando repetiu o discurso do último pleito e, novamente, conseguiu um lugar ao sol. Mais precisamente na sombra do gabinete 637 do Anexo IV da Câmara. Nos sete anos em que permaneceu como parlamentar, Tiririca nunca usou seu nome de batismo: Francisco Everardo Oliveira Silva. Quase nunca faltou às sessões plenárias, mesmo não gostando de se sentar no espaço reservado aos parlamentares. Ficava na área dos acompanhantes e dos assessores, às margens do salão, escoltado por Loianne Oliveira de Almeida Lacerda e Igor Alves da Cunha, os assessores mais próximos.

Tiririca nunca tinha usado a tribuna do plenário para discursar. Até a semana passada, quando resolveu anunciar o desligamento da política e criticar os colegas que havia prometido combater. O primeiro e único discurso do palhaço como parlamentar foi, basicamente, uma crítica ao que ele chamou de “a velha política”. Tiririca bradou que havia desistido das urnas, disse que a “vida boa” dos políticos causava “uma vergonha muito grande” tanto nele quanto em seus eleitores. Foi ouvido e timidamente aplaudido por uma dúzia de parlamentares, que respiraram aliviados quando o desapontado cearense afirmou que “não falaria mal de ninguém”.

“Cansado dos abusos cometidos nesta Casa”, ele disse que desistiu da política. Falou como se nunca tivesse bebido a água dos privilegiados. Não citou as vezes que comprou bilhetes aéreos para seus compromissos como palhaço — e não como parlamentar, o que seria permitido — nem apresentou qualquer justificativa para a exagerada quantidade de vezes que a equipe, especialmente Loianne, viajou nos últimos anos. Em agosto, Tiririca comprou passagens para Ipatinga (MG), a R$ 2.746,52 — valor reembolsado pela Câmara. O bilhete foi emitido no dia 11, um dia antes de o humorista se apresentar na cidade. O caso se repetiu em setembro, quando ele comprou o trecho entre Recife e Fortaleza e, na agenda, tinha shows em Caruaru e em Juazeiro do Norte. Gastou mais R$ 377,70.

Viagens dos assessores também coincidem com as datas dos shows do humorista, como a que Loianne Oliveira fez em 6 de abril, quando foi para Ilhéus, na Bahia, onde Tiririca se apresentou dois dias depois. Com a cota parlamentar do deputado, foram pagos R$ 2.098,80 das passagens. O palhaço se apresentou em uma festa voltada a universitários. Entre novembro e janeiro, Loianne gastou R$ 38.833,44 em bilhetes aéreos reembolsados pela União, muitas vezes em itinerários pertinentes com os shows do chefe.

Também ocorreu de o assessor Igor Alves da Cunha ser enviado a São Paulo dias antes de outro show do parlamentar. A viagem ocorreu em 6 de junho, e Tiririca se apresentou na região em 9, 10 e 11 daquele mês. Da mesma forma, João Paiva Junior, outro assessor, foi do Rio de Janeiro a Brasília, em 6 de outubro, gastando R$ 934,40. Poucos dias depois, Tiririca subiu aos palcos fluminenses para uma apresentação privada.

O Correio tentou entrar em contato com o parlamentar e a equipe. A reportagem ligou para Igor, Loianne e para os três celulares do parlamentar, além de entrar em contato com o gabinete. Igor respondeu pedindo que a reportagem ligasse para Loianne, que, segundo ele, “é a jornalista”. “Se quiser publicar sem resposta, pode publicar”, afirmou.
 
Correio Braziliense
 
 

 

sexta-feira, 10 de fevereiro de 2017

A turma que sonha com o fim da PM merecia estar em Vitória

Freixo, Duvivier, Luciana Genro e Lindbergh já sabem o que aconteceria se conseguissem acabar com a polícia 

Num vídeo divulgado pelo Movimento Brasil Livre (MBL), quatro pajés de tribos esquerdistas garantem que o aumento da criminalidade só será contido se a Polícia Militar for desarmada, emasculada ou extinta de vez. O problema, portanto, não é a proliferação de meliantes e baderneiros. É a existência de uma instituição encarregada de defender a lei e a ordem. O desfile da insensatez começa com o deputado estadual Marcelo Freixo, candidato derrotado à prefeitura do Rio pelo PSOL. Para tapear gente com cérebro, ele preconiza a “desmilitarização da PM”, expressão que camufla o conjunto de mudanças que, consumadas, tornariam qualquer batalhão tão eficaz quanto uma guarda mirim.

Depois de uma curta e amalucada aparição do humorista a favor Gregório Duvivier, o senador Lindbergh Farias (PT-RJ) e a onipresente Luciana Genro, do PSOL gaúcho, retomam a lenga-lenga da “desmilitarização”. As coisas ficam claras com a segunda entrada em cena de Duvivier, que berra a palavra de ordem que rasgou a fantasia: Eu quero o fim/da Polícia Militar./Não acabou. Tem que acabar”.

O que espera a turma do vídeo para baixar no Espírito Santo e ver de perto como  é uma cidade sem PM? Que tal criar coragem e acompanhar com os próprios olhos as veja também cenas de saque e assaltos, uma confirmação apavorante do horror cotidiano imposto a milhões de capixabas pela greve ilegal dos chantagistas fardados? Por que os guerreiros da Revolução dos Idiotas não tentam negociar com a bandidagem a ressurreição da paz assassinada? Talvez sobrevivam.

Fonte: Coluna do Augusto Nunes - VEJA