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segunda-feira, 9 de maio de 2022

Resposta à altura - Revista Oeste

Maria Amalia Bernardi

Vídeo irritante feito por ONG ambiental  

Na semana passada, começou a circular pela internet um vídeo que pretende claramente assustar as pessoas e colocá-las contra o Brasil. Com o título de Brazil’s Climate Bomb, ou a Bomba Climática do Brasil, o vídeo é uma sucessão de mentiras e disparates capazes de indignar o menos patriótico dos brasileiros. 
O autor do vídeo é a Amazon Watch, ONG fundada em 1996 “para proteger a floresta e o clima em solidariedade aos povos indígenas”. Eis as questões-chave desse barulho: os índios brasileiros, em primeiro lugar; e a Floresta Amazônica, em segundo. 
Vamos aqui rebater todos os pontos desse vídeo e dar a ele uma resposta à altura.

Tribo indígena Kamayura, em Mato Grosso | Foto: Shutterstock
Tribo indígena Kamayura, em Mato Grosso | Foto: Shutterstock

Para muita gente, como Leonardo Di Caprio, por exemplo, seus colegas Mark Ruffalo e Orlando Bloom e uma lista interminável de pessoas que têm a pretensão de achar que sabem o que é melhor para os outros — no caso para os índios brasileiros —, nossos índios não podem progredir nem melhorar de vida. Devem simplesmente permanecer na miséria em que vivem. Eles não têm condições de tomar suas próprias decisões, por isso precisam ser defendidos por quem sabe o que é melhor para eles. Enriquecer como os índios norte-americanos? 
Trabalhar em profissões como as de qualquer “homem branco” e pagar impostos como os índios canadenses? 
Imagine! 
Os índios brasileiros têm de passar a vida com ainda menos saúde e educação que seus conterrâneos.

No entanto, as terras que o vídeo quer proteger pertencem aos índios, por lei. Aliás, as terras indígenas aqui formam quase 15% do território do Brasil, coisa que nenhum outro país do mundo tem. [sendo que os índios
são menos do que 1% da população brasileira.

Saiba mais sobre a riqueza dos indígenas brasileiros - dinheiro ganho na moleza: ("... Vejam só, por exemplo: nós, brasileiros, estamos pagando R$ 90 milhões para os indígenas por onde passará o linhão que vai levar energia elétrica para Boa Vista. No entanto, ali perto, tem o Rio Coutinho, que tem um desnível de 600 metros, pouca distância, e nunca viveu um índio por ali, mas está dentro da reserva Raposa Serra do Sol. Não pode mexer lá ..." )CONFIRA AQUI.]

Se pertencem aos índios, não deveriam ser utilizadas em benefício deles? A exploração de minérios nas terras indígenas, conforme um projeto de lei que está tramitando na Câmara dos Deputados, só será feita com a autorização dos próprios índios, se eles acharem interessante. 
Isso permitirá que muitas tribos saiam da miséria em que se encontram e se tornem ricas, no mesmo esquema que beneficia municípios onde se extrai petróleo do pré-sal. Manter tudo do jeito que está, com garimpeiros ilegais explorando suas terras de todas as maneiras sem que os índios ganhem um tostão com isso, é garantir que nada melhore para eles.
 
A bomba climática que o vídeo diz que o Brasil está preparando se refere à exploração das riquezas que estão na Amazônia. 
A Floresta Amazônica tem 5 milhões de quilômetros quadrados de mata nativa e, como se sabe, é riquíssima em diversos minerais. 
Essas coisas causam uma certa inveja no restante do mundo. Há planos agora de começar a explorar reservas de potássio que foram descobertas em 2010. O potássio é uma das principais matérias-primas dos fertilizantes de que tanto precisamos para produzir grãos, café, açúcar, etc. e que até pouquíssimo tempo atrás importávamos da Rússia. 
Com a guerra na Ucrânia, a importação parou, não se sabe por quanto tempo, o que nos fez ver como é pouco inteligente, e perigoso, dependermos de terceiros justamente em relação a um produto tão essencial para a economia.

A Amazônia pertence ao Brasil e pode sim ser usada para fazermos dinheiro [Brasil = todos brasileiros]

Há potássio na Amazônia para nos sustentar de fertilizantes pelos próximos 200 anos, e as reservas não estão em terras indígenas. Desde 2010, quando a empresa Potássio do Brasil anunciou a descoberta do mineral e mostrou interesse em fazer a exploração, as leis ambientais vêm conseguindo impedir a operação. As reservas de potássio não se encontram em áreas indígenas, mas estão a poucos quilômetros de algumas delas, e esse fato já basta para a proibição. O Ministério da Agricultura lançou em março deste ano o Plano Nacional de Fertilizantes, com o objetivo de trazer autossuficiência para o setor em 30 anos. Isso pode ser considerado uma ameaça para o mundo? Vamos rir que é melhor.

O vídeo distorce uma frase do presidente Jair Bolsonaro, dando a entender que ele vai aproveitar que o mundo está distraído com a guerra na Ucrânia para legalizar o garimpo e a exploração em terras indígenas. Quem disse que o presidente precisa esperar que o mundo se distraia para decidir legalizar o garimpo e a exploração de minérios na Amazônia?

 Até parece que estamos falando de explorar as riquezas do vizinho, ou de uma colônia. As grandes potências mundiais e a maioria dos países ricos e desenvolvidos passaram anos e anos explorando as riquezas alheias em benefício próprio, dando migalhas — e às vezes nem migalhas — aos cidadãos locais. Além disso, exploram as riquezas de seus territórios sem admitir que alguém de fora dê um pio sobre o assunto. 
Por que o Brasil não pode? 
A Amazônia por acaso é território global? [aquele presidente francês e o sonolento que preside os Estados Unidos já expeliram discursos com a ideia de internacionalizar a Amazônia = terra de ninguém.] Não, ela pertence ao Brasil e pode sim ser usada para fazermos dinheiro.
 
Ao contrário do que propagam as más línguas e incluem-se aí Emmanuel Macron, o presidente da França, e um rol enorme de artistas e cantores brasileiros encabeçado por Caetano Veloso —, o Brasil não está “destruindo” a Amazônia e sua natureza de modo geral. 
Na verdade, do mundo todo, o Brasil é o país que melhor conserva suas florestas.     [ou leia mais aqui]       O vídeo não explica, por exemplo, que nem 10% de todo o território brasileiro é ocupado pela agricultura. E que todo proprietário de terras é obrigado por lei a não mexer em 20% da sua propriedade. Se a propriedade for na Amazônia, não se pode tocar em 80%.

O vídeo usa o nome do presidente Bolsonaro como se ele fosse o responsável por todo o desmatamento que a Amazônia já sofreu. Mas, segundo o Inpe, houve mais desmatamento nos governos de Fernando Henrique e de Lula do que no de Bolsonaro. Obviamente isso não resolve o problema, deveríamos ter zero de desmatamento. Mas esconder os dados dos governos anteriores mostra a profunda desonestidade dessa peça de propaganda contra o Brasil.

O vídeo tampouco diz que em abril de 2021 o governo lançou o Plano Amazônia, para fiscalizar e combater o desmatamento e reduzir a ilegalidade, o crime e a economia clandestina na região, que são os verdadeiros motivos da deterioração do meio ambiente.

O vídeo está nos canais da Amazon Watch, que aliás tem apenas uma brasileira em seu extenso time de diretores e uma página na web repleta de notícias acusatórias e mal escritas. E está também no Facebook, na página do Observatório do Clima, ONG que tem como membros a Fundação Boticário, o Greenpeace e a SOS Mata Atlântica, entre outras instituições menos conhecidas. É possível entender que uma ONG trabalhe para defender a Amazônia, o clima, os direitos dos índios ou o que quer que seja, mas mentir descaradamente ou distorcer as informações afugenta a simpatia e, consequentemente, o apoio que se pretendia.

Leia também “Soluções ao norte”

Maria Amalia Bernardi, colunista -  Revista Oeste


quarta-feira, 16 de março de 2022

FERTILIZANTES: IGNOMÍNIA DAS IGNOMÍNIAS - Sérgio Alves de Oliveira

O recente episódio da invasão da Ucrânia (ex-URSS) pelas forças armadas russas confirma o fato de que os preços de todas as coisas no Brasil “explodem” com mais rapidez do que as bombas e mísseis jogados nesse país pelos invasores comunistas.

Tanto isso é verdade  que se porventura houvesse um tipo qualquer de “Fórmula Um” de alta de preços no mundo, entre todos os países, certamente  ninguém conseguiria  tirar do Brasil a faixa de “Campeão”. Mas esse “campeão” remarca com toda a velocidade os seus preços, com ou sem justificativa válida.

Isso se dá meramente porque antes mesmo dos eventuais motivos da alta dos preços mundiais eclodirem, os “negociantes” contumazes da alta de preços nos mercados internacional e interno já se “anteciparam” e remarcaram os  preços de tudo que estiver relacionado, verdadeiramente, ou não, ao alegado motivo.

Porém essa atitude não é nenhuma novidade. A falta ou excesso de chuvas  também sempre é “motivo”, jamais para “baixa”,porém para a “alta”. Qualquer declaração de político ou autoridade importante que apresente algum “cheiro” de causar alguma “lesão” na economia, também  já é motivo de alguma “alta” qualquer. Alguma “baixa” de preços só se verifica em processos de “liquidação”, ou após uma super safra na produção rural de produtos perecíveis que não puderem ser armazenados para venda futura.

Jamais houve um só motivo mundial ou nacional para abaixar os preços de qualquer coisa. Além disso os cartéis de produtos industrializados, como o de lâmpadas “leds”, surgidas mais recentemente, gradativamente estão fazendo as lâmpadas durarem   menos, com objetivos muito claros  de mais rápida reposição, dentro de uma politica industrial absolutamente criminosa contra os consumidores,que chegam até a ter um falso ”código do consumidor” (fake news?)para “protegê-los”. 

 Esse tipo de malabarismo se repete e foi bem apanhado  no livro “A Trilateral:Nova Fase do Capitalismo Mundial”,escrito por Hugo Assmann,Theodore dos Santos e Noam Chomsky ”Antes” trabalharam em cima das lâmpadas incandescentes e fluorescentes, que estavam durando “demais” e tinham que durar menos, para mais rápida reposição e maior lucro. Agora é com  as lâmpadas “leds”,que já estão durando tão pouco  quanto duravam as incandescentes.

Voltando à “guerra” na Ucrânia, essa foi mais um motivo dos preços “explodirem” no Brasil,que certamente foi um dos mais impactados pela alta de preços mundial.

O maior impacto da alta internacional no Brasil se deu nos fertilizantes para “adubar” a terra e produzir alimentos para o povo e para os rebanhos,bem como exportar os excedentes,sabendo-se que as “commodities” se tornaram o carro-chefe da economia brasileira. Mas tudo depende dos ”fertilizantes”. Vital para o agronegócio,evidentemente. E a maior parte dos fertilizantes provém da Rússia, que devido à guerra, acabou prejudicando as importações, fazendo os produtores brasileiros entrarem em verdadeiro “pânico”com a falta do produto. Mas os “pés-de-alface” que tinham sido plantados e estavam na hora de colher também foram afetados nos seus preços. Tudo mais rápido que um relâmpago.

Mas o inacreditável em tudo isso é que o Brasil possui reservas de POTÁSSIO, que se trata do principal insumo dos fertilizantes,abaixo do  seu próprio solo,não só para sua total autossuficiência,porém para exportar a garantir comida para grande parte do mundo por muito tempo.

Só mesmo um “burro” poderia conceber a necessidade brasileira de importar água doce para matar a sede do povo e dos seus rebanhos,[prezado articulista: lembramos que uma ex-presidente, petista   = destacamos o 'petista' apenas para mostrar o quanto podem ser ignorantes (descartamos o 'burro', por ser ofensivo aos muares,dotados de inteligência superior a de grande parte dos eleitores petistas)propôs engarrafar  vento. Assim, era só alguém perguntas sua opinião sobre importar água e ela aprovaria.] já que nesse item o Brasil tem as maiores reservas do mundo, nos seus rios,lagos,lençóis  d’água e aquíferos ,dentre outras diversas fontes.

Por esse motivo a “necessidade” de importar fertilizantes é tão “burra” quanto seria a necessidade de importar água doce.

Como o povo brasileiro pode tolerar que tudo isso esteja acontecendo? Não seria o caso de “Paredón” para todos os nefastos responsáveis por esses absurdos? E que estão espalhados na política , “encostados” nos Três Poderes Constitucionais, nos partidos de esquerda, no Ministério Público, nos organismos “ambientalistas” cegos e mal-intencionados, e na própria “Justiça”,que convalida todas essas barbaridades?

Mas idêntica “ignominia” que se passa com os fertilizantes, porém por motivos diversos, se dá em relação aos combustíveis derivados do petróleo, também altamente impactados com a guerra na Ucrânia. Nem havia ainda explodido o primeiro míssil russo na Ucrânia e as bombas de combustível  (lógico)j estavam remarcando os seus preços,na base do tal “preço internacional”,cotado em dólares americanos. 

[Excelente abordagem; cabe ressaltar que apesar do êxito dos exploradores em reduzir a durabilidade das 'leds', uma vantagem de preço vai permanecer, sem esquecer que o superior rendimento em termos de capacidade de iluminação, compensa com folgas o custos das antigas incandescentes e reduz, substancialmente, o valor da conta de energia = especialmente, nesses tempos de bandeiras coloridas. 
Outro ponto a ser abordado, aproveitando a matéria como 'gancho',  é o truque da redução da quantidade sempre em proporção maior que a havida no preço.
Essa redução se torna mais presente  no sabão em pó, papel higiênico,  achocolatados, etc.]

Essa  incrível ”ligeireza” da Petrobrás em reajustas os preços dos combustíveis a níveis “internacionais”, certamente se dá pelo fato da estatal ter abandonado completamente o espírito da sua criação,mais conhecido como “O Petróleo é Nosso”,dos anos 40 e 50.   Hoje a Petrobrás serve muito mais aos interesses dos seus INVESTIDORES,seus acionistas -  privados,do que aos consumidores e povo brasileiro. Como explicar que na vizinha Venezuela,por exemplo,tão autossuficiente em petróleo quanto o  Brasil,mas sem os “parasitas” de investidores buscando lucros nas suas costas, pode vender gasolina de modo que o consumidor encha o tanque do seu carro com o valor equivalente a 5 (cinco) reais?

Sérgio Alves de Oliveira - Advogado e Sociólogo


terça-feira, 15 de março de 2022

Como explicar aos EUA o pedido de extradição de Allan dos Santos - Gazeta do Povo

Alexandre Garcia - VOZES

Como quer o STF

O ministro Alexandre de Moraes, que é o relator do “Inquérito do Fim do Mundo”, no Supremo Tribunal Federal (STF), está cobrando do Ministério da Justiça informações sobre a extradição do jornalista Allan dos Santos, que está nos Estados Unidos. Moraes determinou a extradição dele em outubro do ano passado.


Jornalista Allan dos Santos, do canal Terça Livre, teve a extradição dos EUA determinada pelo ministro Alexandre de Moraes, do STF 
 Foto: Agência Senado

O que Moraes esquece, no entanto, é que os EUA, tem por tradição não devolver perseguidos políticos ao país de origem. Ou seja, o governo brasileiro terá que rebolar” para explicar que Santos não é um perseguido político, mas um “perigo” para a democracia brasileira.[é mera questão de tempo e logo o ministro  Moraes além de lembrar dos pontos apresentados pelo articulista, vai lembrar também que não pode determinar ao presidente da República que compareça uma delegacia de polícia para depor.]


Será muito difícil isso, porque não estamos falando de um guerrilheiro, um sequestrador, alguém que fabrica bombas, um assaltante, um sabotador, não, mas de um jornalista que fala, que aí sim, é verdade, não tem papas na língua.

 

 
Os americanos podem pensar: mas o governo brasileiro está perseguindo esse jornalista. 
Como é que o governo vai explicar que não é o Poder Executivo, o Ministério de Relações Exteriores ou o da Justiça, nem o presidente da República e nem o Congresso Nacional que estão pedindo isso, mas um ministro do Supremo
É difícil de explicar isso para um país que tem tradição de dar asilo político.

Mercado canadense
A ministra da Agricultura, Tereza Cristina, anunciou que o Canadá está abrindo o seu mercado para receber carne bovina e suína do Brasil. Ela é uma grande estrategista e o que tem feito muito nesses três anos à frente do Ministério. Ela já abriu 200 novos mercados.

Vale lembrar que o Canadá é um dos maiores produtores de potássio e que nós precisamos importar de 90% a 95% desse mineral que é usado para fertilizar nossas terras e produzir alimento.

O Ministério da Agricultura está tendo papel fundamental num momento que a guerra no Leste Europeu prejudica o abastecimento. O Brasil é, atualmente, o maior importador do mundo de fertilizantes. Por isso, temos que conseguir o máximo possível de suficiência interna desses produtos.

Agora é impeachment
Lula não quer mais falar em "golpe" contra Dilma Rousseff. Porque agora ele está conversando com quem votou pelo impeachment da ex-presidente. 

 

 

Em entrevista à rádio Banda B, do Paraná, o petista afirmou que se fosse conversar só com quem foi contra o afastamento de Dilma, não teria com quem conversar. Por isso, está indo atrás do Gilberto Kassab, do PSD; do Renan Calheiros do MDB; do Geraldo Alckmin, que era do PSDB, e etc.

Alexandre Garcia, colunista - Gazeta do Povo - VOZES


segunda-feira, 14 de março de 2022

Um Brasil parado - O Estado de S. Paulo

J. R. Guzzo

É proibido tocar no potássio brasileiro, um produto essencial para os interesses do País

A invasão da Ucrânia pela Rússia e o imediato travamento que se seguiu na economia russa deixaram o Brasil a pé numa questão estratégica a dependência quase total que o agronegócio brasileiro tem hoje dos fertilizantes importados.  
Uma parte importante deles vem da Rússia, e com a guerra o fornecimento foi interrompido; o esforço, agora, é para encontrar outros vendedores no mercado internacional. É vital que isso aconteça. Sem fertilizante não há safra, e sem safra a economia do Brasil sofre um enfarte agricultura, pecuária e todo o mundo de serviços que atende à atividade rural são hoje o centro da atividade econômica neste país
O valor bruto da produção no campo, em 2021, foi de R$ 1 trilhão e as exportações chegaram a US$ 100 bilhões – dinheiro que mantém o Brasil solvente em divisas e sem o qual a economia simplesmente entra em colapso. A isso se soma a imensa vantagem da segurança alimentar. 
O Brasil tem o que precisa para si e ainda alimenta 1 bilhão de pessoas no resto do mundo. 
 
O Brasil é dependente de muita importação, da área de tecnologia a peças para a indústria de automóveis, mas, no caso dos fertilizantes, o País vive uma aberração de primeiro grau. Importa do exterior 95% dos seus adubos minerais só que tem, aqui mesmo, as minas que dariam de sobra para suprir todas as necessidades no País pelos próximos 200 anos. Só em potássio, um elemento essencial nessa equação, as reservas conhecidas do Amazonas e do Pará somam 3 bilhões de toneladas. Está tudo embaixo da terra
É proibido tocar no potássio brasileiro, um produto essencial para os interesses do País; a agropecuária tem de comprar na Rússia, no Canadá ou onde encontrar, ao preço que encontrar – e, como se vê agora, com a guerra, há horas em que não encontra.

Sem fertilizante não há safra, e sem safra a economia do Brasil sofre um enfarte – agricultura, pecuária e todo o mundo de serviços que atende à atividade rural são hoje o centro da atividade econômica neste país. Foto: Rafael Arbex/Estadão
O caso do potássio é um escândalo em estado puro. Desde 2010 a iniciativa privada tenta explorar as jazidas de Autazes, no Amazonas, onde se estima reserva de 800 milhões de toneladas.  
A combinação de uma legislação suicida, a ação destrutiva da burocracia regulatória e a militância do Ministério Público, tudo com as bênçãos do sistema judiciário, não deixam mexer em nada. 
Um projeto de grande porte, que envolve não apenas mineração, mas indústria, transporte e toda uma cadeia produtiva, e já obteve as licenças estaduais necessárias, está travado desde 2016. Fica “perto” de uma área indígena – não dentro; apenas “perto” – e, por conta disso, procuradores estão bloqueando sua utilização.[a questão agora envolve segurança alimentar dos brasileiros está em risco o que4 torna assunto de SEGURANÇA NACIONAL, o que, em qualquer democracia do mundo, tem prioridade. Assim, é explorar as jazidas, se necessário, removendo os ocupantes da área indígena, até mesmo para uma área menor; 
ou para defender terras ociosas os brasileiros vão ter que passar fome - sofrimento que já e comum a milhões de seres humanos.
A regra é simples: sem potássio não há fertilizantes; em fertilizantes a produção agropecuária cai mais da metade = a fome aumenta e,  na mesma proporção,  o de brasileiros famintos.

Isso se chama pobreza contratada. O Ministério Público e a Justiça são hoje os inimigos número 1 do progresso, da criação de empregos, de oportunidades e de renda e da possibilidade de um Brasil mais justo através do crescimento. Querem o País parado exatamente onde está.

J. R. Guzzo, colunista - O Estado de S. Paulo


domingo, 13 de março de 2022

Empresa protelam vendas de fertilizantes, e preços explodem - Folha de S. Paulo

Cenário é de custos elevados para o produtor e comida mais cara na mesa 

Os produtores brasileiros estão apreensivos com a oferta de fertilizantes. Desde que a Rússia, importante fornecedor desse insumo, invadiu a Ucrânia e passou a sofrer uma escalada de sanções, o mercado se tornou instável. Cerca de 85% dos fertilizantes consumidos no Brasil são importados. No que se refere ao potássio a dependência é de 95%, sendo que praticamente metade disso é fornecida por Rússia e Belarus, país aliado a Vladimir Putin.
 
Um indicador da turbulência é o vai e vem da chamada lista de preços, que retrata valores de compras e vendas entre o produtor, de um lado, e um distribuidor ou mesmo importador, do outro. Quando as empresas suspendem a lista, não há como comprar, seja à vista ou para encomendas, em prazos de até seis meses. [a elevada necessidade do potássio, insumo essencial para a produção de fertilizantes para o agronegócio - cuja produção é essencial seja  para alimentação dos brasileiros quanto para a exportação = fonte de divisas = torna imperioso que o Brasil envide todos os esforços para aumentar sua capacidade produtiva do potássio, usando todas as fontes necessárias, incluindo as jazidas em terras indígenas. 
Afinal de contas, está em jogo a SEGURANÇA ALIMENTAR de milhões de brasileiros, o que torna a matéria assunto de SEGURANÇA NACIONAL, devendo ter prioridade total a liberação da exploração das jazidas em todo o território nacional, incluindo as localizadas naquelas terras.]

Nas últimas semanas, listas de preços consultadas por produtores pelo país afora oscilaram —foram suspensas, reapresentadas com valores considerados altíssimos, e voltam a ser suspensas, numa instabilidade constante que perturba quem planta. "A cada movimento da guerra, as listas de preços vão e voltam, com os valores sempre altos, mesmo com o dólar caindo; o mercado está volátil", afirma Décio Teixeira, presidente da Aprosoja-RS, que também planta trigo desde 1970. "Como pode um país como o Brasil, potência no agronegócio, ter essa dependência internacional? Ficamos no oba-oba, deixando para fazer as coisas no futuro, e o futuro chegou ligeiro para nos cobrar."

O que mais preocupa é a escalada do preço. Segundo a Argus, uma das maiores agências de preços do mundo, os valores dos fertilizantes registraram aumentos expressivos desde o início do conflito envolvendo o leste europeu. No porto, o preço de importação o MAP, fosfatado muito utilizado no Brasil, teve alta de 35% entre 10 de fevereiro e 10 de março. No mesmo período, o preço do MAP no mercado de Rondonópolis, no Mato Grosso, subiu cerca de 30%. A ureia, por sua vez, teve aumento médio de 50%.

Alexa Salomão  - Folha de S. Paulo - MATÉRIA COMPLETA


Promessa do gás - Elio Gaspari

 Folha de S.Paulo - O Globo 

Coalizão Brasil Clima, que reúne empresas, bancos e associações de agricultores, dissociou-se dos agrotrogloditas e do garimpo ilegal

Para o bem de todos e [IN]felicidade geral da nação, a Coalizão Brasil Clima, que reúne empresas, bancos e associações de agricultores, dissociou-se dos agrotrogloditas e do garimpo ilegal que tentam passar a boiada da mineração em terras indígenas por conta da guerra na Ucrânia.
Na parolagem, o caso é simples: o Brasil precisa de fertilizantes, eles vêm de lá e da Rússia. Cortada a linha de comércio, seria necessário minerar o potássio que está em terras indígenas da Amazônia.

[O que é a coalizão Brasil Clima? 

que poder efetivo, possui? 

O que a faz defender omissões que só prejudicam o Brasil - tanto na alimentação dos brasileiros quanto nas exportações? O que motiva ser contra o garimpo legal?  na prática equivale a ser favorável ao garimpo ilegal, ao contrabando. Não sendo permitido o garimpo legal, o garimpo ilegal aparece, toma de conta, predomina,  e com ele o contrabando, a criminalidade.

O correto, o justo, o legal, é que os indígenas tenham os mesmos DIREITOS e DEVERES dos demais brasileiros. Torná-los latifundiários de imensas reservas,  que não conseguem explorar,  só traz prejuízos para os demais brasileiros.

Tem estados do Norte que usam energia elétrica gerada com diesel - quanto poderiam usar a gerada em hidrelétricas, mais limpa e barata - apenas devido os índios não permitirem que as linhas de transmissão atravessem trechos das suas terras. = prejuízos para milhões de brasileiros. ] 

 
(.....)


 Confira aqui a explosão nos preços dos fertilizantes  - Matéria da Folha de S. Paulo

Promessa do gás
O ministro Paulo Guedes tem toda razão quando diz que a economia brasileira sofre o impacto de uma guerra depois de ter sido atingida pelo meteoro da pandemia.
 
Recordar é viver
Uma vinheta ilustrativa da pitoresca frieza a que recorrem os diplomatas profissionais:

No dia 21 de agosto de 1968, o embaixador brasileiro João Augusto de Araújo Castro estava na presidência do Conselho de Segurança da ONU e telefonou para seu colega soviético Yakob Malyk, convocando-o para uma reunião extraordinária.

Qual é a agenda? Perguntou Malik.

Na noite anterior as tropas soviéticas haviam invadido a Tchecoslováquia.

Folha de S.Paulo - Jornal O Globo - Elio Gaspari, colunista - MATÉRIA COMPLETA

 

quarta-feira, 2 de março de 2022

Com a guerra de Putin, Bolsonaro quer o potássio das terras indígenas

'O potássio e a nossa segurança alimentar. Em 2016, como deputado, discursei sobre nossa dependência do potássio da Rússia', diz o presidente

Jair Bolsonaro viajou à Rússia para manifestar solidariedade a Vladimir Putin nos dias que antecediam a guerra na Ucrânia. Disse que buscava garantir negócios para melhorar o mercado de fertilizantes no Brasil. Com a guerra, a viagem se converteu em mais um episódio de constrangimento para o presidente, que perdeu tempo e gastou dinheiro público na empreitada.
Sem a Rússia e seu mercado de fertilizantes, Bolsonaro quer avançar sobre as reservas indígenas para explorar potássio. O presidente lembrou nesta quarta de um projeto apresentado por ele na Câmara em 2016 que tratava do tema. O potássio e a nossa segurança alimentar. Em 2016, como deputado, discursei sobre nossa dependência do potássio da Rússia. Citei três problemas: ambiental, indígena e a quem pertencia o direito exploratório na foz do Rio Madeira (existem jazidas também em outras regiões do país)”, disse o presidente. [LEMBRETE IMPORTANTE: o potássio localizado nas terras indígenas não pertence aos indígenas - que agora são também conhecidos como 'povos originários' - e sim ao Brasil e aos brasileiros = que inclui todos os nascidos em solo brasileiro, sem nenhuma distinção seja qual for o motivo invocado em eventual tentativa de discriminação. 
Não tem sentido que para favorecer determinada etnia o Brasil sobre prejuízos.
As terras consideradas reservas indígenas podem até pertencer aos 'povos originários', mas sempre  com a ressalva de que sua extensão e o nelas contido, estão sujeitos aos superiores interesses nacionais. Não tem sentido discriminação entre os nascidos no Brasil, da mesma forma que não tem cabimento privilegiar estrangeiros em detrimento dos brasileiros.
O principio constitucional de 'todos são iguais' tem que ser seguido.] 

Nosso Projeto de Lei n° 191 de 2020, ‘permite a exploração de recursos minerais, hídricos e orgânicos em terras indígenas’. Uma vez aprovado, resolve-se um desses problemas. Com a guerra Rússia/Ucrânia, hoje corremos o risco da falta do potássio ou aumento do seu preço. Nossa segurança alimentar e agronegócio (Economia) exigem de nós, Executivo e Legislativo, medidas que nos permitam a não dependência externa de algo que temos em abundância”, segue Bolsonaro.
 
Robson Bonin - Radar - VEJA