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domingo, 5 de novembro de 2023

O Brasil não está no círculo das nações que dão as cartas no mundo

 Geopolítica é para profissionais

Assistimos à intensificação da tensão entre nações, característica de uma guerra fria agravada. Isso não é uma novidade, mas o quadro é complicado por dinâmicas econômicas contraditórias nos EUA, China e Europa. 
Paralelamente, a guerra na Ucrânia se desenrola com uma cascata de efeitos secundários que reverberam globalmente — quadro agravado pelo conflito em Israel.
 
 

 O ministro das Relações Exteriores, Mauro Vieira, em reunião do Conselho de Segurança da ONU (30/10/2023) (ONU/Divulgação)

Deparamos com circunstâncias sem precedentes que podem trazer consequências sérias ao Brasil. Estamos à beira de uma transformação da guerra fria em curso em conflito de proporções globais, considerando a inclinação para a beligerância e a imprevisibilidade dos líderes atuais.

A atual conjuntura guarda paralelos com a década de 1930, ecoando a máxima de que a história tende a se repetir — embora como uma espécie de paródia. 
Para o Brasil, os impactos de um conflito global seriam desastrosamente superiores aos da II Guerra. 
A interconexão global e a interdependência econômica amplificadas deixam-nos em posição mais vulnerável.
 
No período pré-guerra, o Brasil vacilou antes de se posicionar ao lado dos Aliados contra o Eixo. 
 Hoje, observa-se um aparente desvio do país em direção a uma política externa reminiscente do Terceiro Mundo, com um alinhamento mais próximo aos interesses chineses e russos. 
Esse movimento gera questionamentos: por que tomar tal direção?

“Em um contexto complicado, o país oscila entre um protagonismo ilusório e ações relevantes”

Nossa economia está atrelada em grande medida ao comércio de commodities com a China, conferindo a esse parceiro uma influência considerável nas relações comerciais. 
Além disso, nossa dependência dos insumos russos, especialmente fertilizantes e diesel, restringe nossa capacidade de adotar postura mais assertiva com esse parceiro estratégico. 
Simultaneamente, enfrentamos críticas e uma espécie de perseguição por parte dos países europeus no que tange às questões ambientais.
 
A diplomacia dos EUA, marcada pela confusão há algum tempo, carece de narrativa coesa e ferramentas eficazes para reforçar sua presença institucional no Brasil. 
Washington parece nos tratar como “não prioridade”, relegando ao setor privado as relações com o país.

Em um contexto complicado, o Brasil oscila entre um protagonismo ilusório e ações efetivamente relevantes, como as tentativas de mediar um cessar-fogo em Gaza. O país não demonstra o peso de uma grande potência nem atua como tal em um cenário mundial onde a dissimulação e a desinformação são estratégias geopolíticas corriqueiras.
 
A biografia Putin, de Philip Short, revela a intricada teia da geopolítica ao narrar as manobras do líder russo desde o colapso da União Soviética. 
No trabalho de Short, que cobre os principais acontecimentos desde a queda do Muro de Berlim até a invasão da Ucrânia, o Brasil, para o bem ou para o mal, é mencionado apenas uma vez em um contexto singelo: nossa abstenção em uma votação de resolução da ONU em 2011.
Essa menção isolada reflete a posição do Brasil no xadrez geopolítico. Mesmo ostentando o status de uma das maiores economias do mundo, detendo vastos recursos naturais e sendo um dos principais produtores de alimentos, não ascendemos ao círculo das nações que dão as cartas no palco mundial.[para fechar o rol - autêntico e até condescendente -  que aponta as falhas do Brasil na disputa por um desejado, e inalcançável, protagonismo mundial, ainda fazem o L e elegem um Lula presidente, trazendo ao picadeiro  um ministério em que mais de 95% dos integrantes são SUMIDADES EM NADA.
Lula se imagina um estadista, mas, ainda não sabe diferenciar apupos de aplausos, da mesma forma que a primeira dama considera ser apalpada o mesmo que apupada.] 
 
 
 

Publicado em VEJA,  edição nº 2866, de 3 de novembro de 2023

 

quarta-feira, 16 de março de 2022

FERTILIZANTES: IGNOMÍNIA DAS IGNOMÍNIAS - Sérgio Alves de Oliveira

O recente episódio da invasão da Ucrânia (ex-URSS) pelas forças armadas russas confirma o fato de que os preços de todas as coisas no Brasil “explodem” com mais rapidez do que as bombas e mísseis jogados nesse país pelos invasores comunistas.

Tanto isso é verdade  que se porventura houvesse um tipo qualquer de “Fórmula Um” de alta de preços no mundo, entre todos os países, certamente  ninguém conseguiria  tirar do Brasil a faixa de “Campeão”. Mas esse “campeão” remarca com toda a velocidade os seus preços, com ou sem justificativa válida.

Isso se dá meramente porque antes mesmo dos eventuais motivos da alta dos preços mundiais eclodirem, os “negociantes” contumazes da alta de preços nos mercados internacional e interno já se “anteciparam” e remarcaram os  preços de tudo que estiver relacionado, verdadeiramente, ou não, ao alegado motivo.

Porém essa atitude não é nenhuma novidade. A falta ou excesso de chuvas  também sempre é “motivo”, jamais para “baixa”,porém para a “alta”. Qualquer declaração de político ou autoridade importante que apresente algum “cheiro” de causar alguma “lesão” na economia, também  já é motivo de alguma “alta” qualquer. Alguma “baixa” de preços só se verifica em processos de “liquidação”, ou após uma super safra na produção rural de produtos perecíveis que não puderem ser armazenados para venda futura.

Jamais houve um só motivo mundial ou nacional para abaixar os preços de qualquer coisa. Além disso os cartéis de produtos industrializados, como o de lâmpadas “leds”, surgidas mais recentemente, gradativamente estão fazendo as lâmpadas durarem   menos, com objetivos muito claros  de mais rápida reposição, dentro de uma politica industrial absolutamente criminosa contra os consumidores,que chegam até a ter um falso ”código do consumidor” (fake news?)para “protegê-los”. 

 Esse tipo de malabarismo se repete e foi bem apanhado  no livro “A Trilateral:Nova Fase do Capitalismo Mundial”,escrito por Hugo Assmann,Theodore dos Santos e Noam Chomsky ”Antes” trabalharam em cima das lâmpadas incandescentes e fluorescentes, que estavam durando “demais” e tinham que durar menos, para mais rápida reposição e maior lucro. Agora é com  as lâmpadas “leds”,que já estão durando tão pouco  quanto duravam as incandescentes.

Voltando à “guerra” na Ucrânia, essa foi mais um motivo dos preços “explodirem” no Brasil,que certamente foi um dos mais impactados pela alta de preços mundial.

O maior impacto da alta internacional no Brasil se deu nos fertilizantes para “adubar” a terra e produzir alimentos para o povo e para os rebanhos,bem como exportar os excedentes,sabendo-se que as “commodities” se tornaram o carro-chefe da economia brasileira. Mas tudo depende dos ”fertilizantes”. Vital para o agronegócio,evidentemente. E a maior parte dos fertilizantes provém da Rússia, que devido à guerra, acabou prejudicando as importações, fazendo os produtores brasileiros entrarem em verdadeiro “pânico”com a falta do produto. Mas os “pés-de-alface” que tinham sido plantados e estavam na hora de colher também foram afetados nos seus preços. Tudo mais rápido que um relâmpago.

Mas o inacreditável em tudo isso é que o Brasil possui reservas de POTÁSSIO, que se trata do principal insumo dos fertilizantes,abaixo do  seu próprio solo,não só para sua total autossuficiência,porém para exportar a garantir comida para grande parte do mundo por muito tempo.

Só mesmo um “burro” poderia conceber a necessidade brasileira de importar água doce para matar a sede do povo e dos seus rebanhos,[prezado articulista: lembramos que uma ex-presidente, petista   = destacamos o 'petista' apenas para mostrar o quanto podem ser ignorantes (descartamos o 'burro', por ser ofensivo aos muares,dotados de inteligência superior a de grande parte dos eleitores petistas)propôs engarrafar  vento. Assim, era só alguém perguntas sua opinião sobre importar água e ela aprovaria.] já que nesse item o Brasil tem as maiores reservas do mundo, nos seus rios,lagos,lençóis  d’água e aquíferos ,dentre outras diversas fontes.

Por esse motivo a “necessidade” de importar fertilizantes é tão “burra” quanto seria a necessidade de importar água doce.

Como o povo brasileiro pode tolerar que tudo isso esteja acontecendo? Não seria o caso de “Paredón” para todos os nefastos responsáveis por esses absurdos? E que estão espalhados na política , “encostados” nos Três Poderes Constitucionais, nos partidos de esquerda, no Ministério Público, nos organismos “ambientalistas” cegos e mal-intencionados, e na própria “Justiça”,que convalida todas essas barbaridades?

Mas idêntica “ignominia” que se passa com os fertilizantes, porém por motivos diversos, se dá em relação aos combustíveis derivados do petróleo, também altamente impactados com a guerra na Ucrânia. Nem havia ainda explodido o primeiro míssil russo na Ucrânia e as bombas de combustível  (lógico)j estavam remarcando os seus preços,na base do tal “preço internacional”,cotado em dólares americanos. 

[Excelente abordagem; cabe ressaltar que apesar do êxito dos exploradores em reduzir a durabilidade das 'leds', uma vantagem de preço vai permanecer, sem esquecer que o superior rendimento em termos de capacidade de iluminação, compensa com folgas o custos das antigas incandescentes e reduz, substancialmente, o valor da conta de energia = especialmente, nesses tempos de bandeiras coloridas. 
Outro ponto a ser abordado, aproveitando a matéria como 'gancho',  é o truque da redução da quantidade sempre em proporção maior que a havida no preço.
Essa redução se torna mais presente  no sabão em pó, papel higiênico,  achocolatados, etc.]

Essa  incrível ”ligeireza” da Petrobrás em reajustas os preços dos combustíveis a níveis “internacionais”, certamente se dá pelo fato da estatal ter abandonado completamente o espírito da sua criação,mais conhecido como “O Petróleo é Nosso”,dos anos 40 e 50.   Hoje a Petrobrás serve muito mais aos interesses dos seus INVESTIDORES,seus acionistas -  privados,do que aos consumidores e povo brasileiro. Como explicar que na vizinha Venezuela,por exemplo,tão autossuficiente em petróleo quanto o  Brasil,mas sem os “parasitas” de investidores buscando lucros nas suas costas, pode vender gasolina de modo que o consumidor encha o tanque do seu carro com o valor equivalente a 5 (cinco) reais?

Sérgio Alves de Oliveira - Advogado e Sociólogo


domingo, 13 de março de 2022

Empresa protelam vendas de fertilizantes, e preços explodem - Folha de S. Paulo

Cenário é de custos elevados para o produtor e comida mais cara na mesa 

Os produtores brasileiros estão apreensivos com a oferta de fertilizantes. Desde que a Rússia, importante fornecedor desse insumo, invadiu a Ucrânia e passou a sofrer uma escalada de sanções, o mercado se tornou instável. Cerca de 85% dos fertilizantes consumidos no Brasil são importados. No que se refere ao potássio a dependência é de 95%, sendo que praticamente metade disso é fornecida por Rússia e Belarus, país aliado a Vladimir Putin.
 
Um indicador da turbulência é o vai e vem da chamada lista de preços, que retrata valores de compras e vendas entre o produtor, de um lado, e um distribuidor ou mesmo importador, do outro. Quando as empresas suspendem a lista, não há como comprar, seja à vista ou para encomendas, em prazos de até seis meses. [a elevada necessidade do potássio, insumo essencial para a produção de fertilizantes para o agronegócio - cuja produção é essencial seja  para alimentação dos brasileiros quanto para a exportação = fonte de divisas = torna imperioso que o Brasil envide todos os esforços para aumentar sua capacidade produtiva do potássio, usando todas as fontes necessárias, incluindo as jazidas em terras indígenas. 
Afinal de contas, está em jogo a SEGURANÇA ALIMENTAR de milhões de brasileiros, o que torna a matéria assunto de SEGURANÇA NACIONAL, devendo ter prioridade total a liberação da exploração das jazidas em todo o território nacional, incluindo as localizadas naquelas terras.]

Nas últimas semanas, listas de preços consultadas por produtores pelo país afora oscilaram —foram suspensas, reapresentadas com valores considerados altíssimos, e voltam a ser suspensas, numa instabilidade constante que perturba quem planta. "A cada movimento da guerra, as listas de preços vão e voltam, com os valores sempre altos, mesmo com o dólar caindo; o mercado está volátil", afirma Décio Teixeira, presidente da Aprosoja-RS, que também planta trigo desde 1970. "Como pode um país como o Brasil, potência no agronegócio, ter essa dependência internacional? Ficamos no oba-oba, deixando para fazer as coisas no futuro, e o futuro chegou ligeiro para nos cobrar."

O que mais preocupa é a escalada do preço. Segundo a Argus, uma das maiores agências de preços do mundo, os valores dos fertilizantes registraram aumentos expressivos desde o início do conflito envolvendo o leste europeu. No porto, o preço de importação o MAP, fosfatado muito utilizado no Brasil, teve alta de 35% entre 10 de fevereiro e 10 de março. No mesmo período, o preço do MAP no mercado de Rondonópolis, no Mato Grosso, subiu cerca de 30%. A ureia, por sua vez, teve aumento médio de 50%.

Alexa Salomão  - Folha de S. Paulo - MATÉRIA COMPLETA


quinta-feira, 10 de março de 2022

Aprovada a urgência para projeto sobre mineração em terras indígenas

Míriam Leitão

A Câmara deu um tapa na cara do país ao aprovar urgência do tema que tem que ser debatido 

A Câmara deu um tapa na cara do país com a aprovação da urgência do PL 191. Foi exatamente no dia do Ato da Terra. [Dia adequado para iniciar um processo de valorização da terra e que sua exploração favoreça a TODOS OS BRASILEIROS.] E não pense o leitor que isso é coisa de artista e de ONGs. O projeto de mineração em terra indígena [não] interessa a meia dúzia de mineradoras e aos garimpeiros e eles não estão atrás de potássio, e sim de ouro e outros metais nobres. O risco para o país é gigante. [Tapa na cara o país recebe quando deixa de produzir - para consumo dos brasileiros e exportação - devido a fonte da matéria-prima estar em terras indígenas;                     

Tapa na cara recebemos com a imensidão de terras indígenas - em sua quase totalidade  ociosas, sem nada produzir.                                                                    Imensidão que torna os índios os maiores latifundiários do Brasil.

Voltamos a insistir que o índio deve ter os mesmos DIREITOS e os mesmos DEVERES dos brasileiros não índios.]
 
Tenho conversado com especialistas de diversas áreas, tanto de agricultura, quanto de mineração e de proteção ambiental. Eles são unânimes. Não é necessário invadir Terra Indígena para aumentar a produção de potássio no Brasil. Pelo contrário, as ocorrências não são lá. São predominantemente em Sergipe, Minas, Amazonas, em terras fora das TIs. Na Amazônia inclusive é antieconômica, porque as minas estão em grande profundidade e perto da calha dos grandes rios. A exploração é de alto custo e além disso há riscos de inundação da mina. É por isso que a Petrobras tem há tanto tempo direitos de lavra e não levou os projetos adiante. E por isso que a Vale também não está lá.

  [o projeto interessa  aos milhões de brasileiros que serão beneficiados com uma exploração oficial, legalizada, fiscalizada, gerando além de matéria primas essenciais (entre elas o potássio) impostos. Nas mãos dos índios nada produzem, ficam em estado de abandono e só favorece  o contrabando e a exploração ilegal.

Precisamos considerar tem estados do Norte sendo abastecidos com energia elétrica gerada em termelétricas pelo simples fato de que a energia limpa e mais barata = obtida por represas =   necessita de um linhão de transmissão que passaria próximo de terras indígenas.]

Conversei com João Paulo Capobianco da Coalizão Brasil Clima, Florestas e Agricultura e ele disse que os empresários do agronegócio, que estão na Coalizão, acham que esse projeto pode provocar ainda mais barreiras aos nossos produtos, porque o desmatamento e a questão indígena são supersensíveis.

Dois terços das reservas brasileiras estão fora da Amazônia. A Agência Nacional de Mineração tem quase 500 processos ativos de exploração de potássio em andamento e fora das Terras Indígenas. Dentro das TIs há uma quantidade ínfima.

Tenho conversado também com especialistas em agricultura, como Eduardo Assad, da Embrapa, e o que eles dizem é que há alternativas para reduzir a demanda por fertilizantes já desenvolvidas pela Embrapa e pelas universidades. O Brasil poderia cortar à metade a demanda por fertilizantes porque é o maior consumidor do mundo.[talvez a exemplo da petista que queria engarrafar o vento, a ilustre colunista queira compensar a falta resultante do corte da demanda por fertilizantes, mantendo a produtividade, se valendo do recurso de engarrafar urina.]

O governo sabe tudo isso, mas o que está acontecendo é que o presidente Bolsonaro e presidente da Câmara, Arthur Lira (PP-AL), estão mentindo ao país. O problema é real, a falta de fertilizantes a curto prazo é um fato, mas a solução é falsa e ainda é perigosa. Bolsonaro em qualquer crise vende uma falsa solução que tem muitos efeitos colaterais. É a síndrome cloroquina, como tenho dito aqui.O PL 191 atende a uma minoria de mineradoras, garimpeiros e maus empresários do agronegócio. A voz que se ouviu através de Caetano Veloso e outros artistas é que representa o interesse real do país.

Miriam Leitão, colunista - O Globo 


terça-feira, 1 de março de 2022

Crise traz lição que o Brasil já deveria ter aprendido há muito tempo - Gazeta do Povo

J.R. Guzzo

A guerra entre Rússia e Ucrânia deixa escancarada, mais que em qualquer outra ocasião, uma fraqueza pouco discutida na economia brasileira: a severa dependência que o agronegócio tem dos fertilizantes estrangeiros para se manter vivo, próspero e competitivo. A produção da agricultura e da pecuária, hoje, é uma questão estratégica de primeira ordem para o Brasil. É daí que vem os dólares que, ano após ano, fornecem à economia o oxigênio que lhe permite ter uma vida normal – sem problemas de escassez cambial, sem missões do FMI e com reservas em divisas perto de 400 bilhões de dólares. De um momento para outro, com a guerra, o Brasil fica numa posição complicada: uma porção vital dos fertilizantes que utiliza vem da Rússia, e as incertezas da guerra colocam em questão a regularidade do fornecimento.

Essa crise está trazendo uma lição que o Brasil já deveria ter aprendido há muito tempo: uma área tão importante da economia não deveria viver, de maneira permanente, na dependência externa de algo absolutamente essencial para o seu funcionamento. Não haveria o que fazer, naturalmente, se o país não tivesse nenhuma possibilidade material de produzir seus próprios fertilizantes e se fosse obrigado a importar tudo o que precisa. Mas acontece o contrário. O Brasil tem os recursos naturais para isso, sobretudo pelas reservas de potássio mas recusa-se a desenvolver as suas minas.

Rússia, China e outros países utilizam suas riquezas naturais para produzir cada vez mais energia e outros elementos básicos destinados ao desenvolvimento econômico. Em vez de amarrar-se com “políticas ambientais”, tratam de explorar e vender os recursos do seu solo. Aqui, cada vez mais, a caminhada vai na direção diretamente oposta. Legislação ambiental frequentemente suicida, políticas de “proteção aos índios”, a ação do Ministério Público e da Justiça proíbem o Brasil de aproveitar os recursos que são de todos, como fazem outros países, para promover o interesse comum. 
É o caso das minas de potássio brasileiras. Se pudessem ser trabalhadas, livrariam a nossa agropecuária da dependência da Rússia e de outros fornecedores. Mas não. É proibido mexer no potássio brasileiro porque ele está próximo ou dentro de terras indígenas. Vai se buscar na Rússia o que existe em abundância no Amazonas.[agora talvez o Brasil e veja que os interesses dos índios - especialmente a política de para protegê-los tem que doar terras e mais terras, que não são utilizadas, só traz prejuízos ao Brasil. 
É necessário que entendam que o INTERESSE DE TODOS tem que prevalecer sobre o interesse de minorias barulhentas. Os índios tem e  devem ter, os DIREITOS e os DEVERES que todos brasileiros possuem = nem mais, nem menos.
Não tem sentido é que devido uma legislação ambiental quase sempre suicida e de interesses menores (que são maximizados ao exagero,  por ação de ONGs vendidas aos interesses estrangeiros) sejamos dependentes do que poderíamos produzir atendendo nossas necessidades e exportando.]  
 
LEIA TAMBÉM: BANCOS PROGRESSISTAS LANÇAM SEUS BÚZIOS  E PREVEEM DESASTRE NA ECONOMIA

A abertura do potássio brasileiro à exploração industrial não tem nada a ver, como sustentam os militantes do ambientalismo, [em sua maioria vendidos a interesses estrangeiros] com a satisfação de “interesses das grandes mineradoras” ou das “grandes propriedades rurais”. Tem a ver diretamente com os interesses da população brasileira - a grande beneficiária do agronegócio e do mundo econômico que gira em torno dele. Em nome de meia dúzia, sacrifica-se o interesse de 200 milhões.

J. R. Guzzo, colunista - Gazeta do Povo - VOZES


terça-feira, 15 de fevereiro de 2022

Bolsonaro na Rússia e caminhoneiros contra o totalitarismo - VOZES

 Alexandre Garcia

Viagem à Rússia
O presidente Jair Bolsonaro está a caminho de Moscou, na Rússia, e se encontra nesta quarta-feira (16), com o presidente russo, Vladimir Putin. A Rússia está muito preocupada com a Ucrânia se juntar à Otan. A Rússia tem uma história, que precisa de uma proteção. Depois da invasão de Napoleão, há cerca de 200 anos, e depois da invasão de Hitler, que foi um arraso, o país criou aqueles "estados satélites" para ter uma espécie de proteção.
 Manifestantes em Bruxelas se queixam das restrições impostas pelo governo por causa da pandemia.| Foto: Olivier Hoslet/EFE

E depois que se desfez a União Soviética o comunismo não deu certo –, a Ucrânia ficou um país independente, já teve problemas. Ali é um lugar de petróleo e de gás, principalmente. Eles abastecem e aquecem a Europa no inverno, mas Bolsonaro diz que não quer se envolver porque quer se dar bem com os dois lados.

Ucrânia e Rússia são bons parceiros comerciais do Brasil, que depende muito de fertilizantes que vêm de lá e da Bielorússia, que está ali pertinho. O Brasil, por outro lado, quer vender mais carne e soja para eles. Vai ser um encontro importante.

Garimpo, tudo legalizado
Foi publicado no Diário Oficial da União e entra em vigor, nesta terça-feira (15), um programa de estímulo ao garimpo. O Programa de Apoio ao Desenvolvimento da Mineração Artesanal e em Pequena Escala (Pró-Mape) diferencia a atividade artesanal das grandes mineradoras que atuam em escala industrial, operando inclusive na Amazônia, com tudo legalizado.

O garimpo foi considerado uma atividade legal. Foi graças ao garimpo – e ao pé do boi – que o Brasil se expandiu e se tornou um país de 8 milhões e meio de quilômetros quadrados, graças a esses aventureiros. Em geral, são nordestinos que estão lá em busca do sonho, em busca da fortuna, descobrindo a riqueza mineral. Só que se não é legalizado, sai no contrabando, não paga imposto.

Além de legalizar o garimpo, o decreto também controla o meio ambiente, dá licença para a área e, sobretudo, dá apoio em saúde e educação para as famílias dos garimpeiros.

As liberdades prevalecerão
Enquanto isso, no mundo inteiro, o exemplo dos caminhoneiros do Canadá está se expandindo. Chegou agora a Israel. Os caminhoneiros estão cercando Tel Aviv. Na Bélgica, estão cercando a sede da União Europeia. Nos Estados Unidos, pretendem chegar a Washington, assim como na Nova Zelândia, na Austrália, na França, na Itália também há movimentos contra o totalitarismo que está sendo aplicado.

O ministro Luís Roberto Barroso, do Supremo Tribunal Federal, disse, outro dia, que de repente surgiram homofóbicos, misóginos, racistas. Esqueceu de dizer que surgiram mesmo foram os totalitários.

Felizmente, há reações. Um desembargador do Tribunal Regional Federal do Rio de Janeiro derrubou a decisão que proibia uma aluna não vacinada de assistir as aulas presenciais no Colégio Pedro II. Estavam querendo impor o passaporte de vacina. Ainda há esperança. Assim como a Câmara de Vereadores de Uberlândia, que aprovou uma multa de 10 salários mínimos para quem impedir a entrada de não vacinados em qualquer lugar. As liberdades prevalecerão.

Alexandre Garcia, colunista - Gazeta do Povo - VOZES


sexta-feira, 21 de fevereiro de 2020

Petroleiros se opõem à reforma da Petrobras – Editorial - O Globo

Greve contra fechamento de fábrica deficitária sinaliza resistência ao plano de modernização da estatal

Pela visão sindicalista da Petrobras, a estatal é um “bem do povo”, intocável. Este é o dogma que sustenta a decretação de greve, pela Federação Única dos Petroleiros (FUP), contra o fechamento de uma deficitária fábrica de fertilizantes no Paraná.  Até a década de 70, não era possível sequer associação com petroleiras privadas internacionais para explorar a Bacia de Campos, àquela altura uma área geológica promissora. Não havia dinheiro para explorá-la.

Por ironia da história, o general Ernesto Geisel, ex-presidente da Petrobras, nacionalista, viu-se obrigado, na Presidência da República, a aprovar a assinatura de “contratos de risco” com grupos privados. A estatal não conseguiria sozinha avançar naquela região, entendera Geisel. Era o certo, e a Bacia de Campos começou a reduzir a grande dependência que o país tinha do petróleo importado.

A questão da fábrica de fertilizantes do Paraná parece diferente, mas tem a mesma razão de fundo: a corporação sindical petroleira se considera dona da estatal e tem apenas compromisso com empregos e salários, mesmo que a empresa seja deficitária. Pode ser compreensível, mas empregos e salários desaparecerão cedo ou tarde, pela inviabilização da empresa.  No caso do Paraná, a debacle já aconteceu: a fábrica de fertilizantes, a Fafen, já paralisada, acumula R$ 2 bilhões de prejuízos, desde que foi comprada da Vale em 2013. Empregava 396 funcionários.

Assim como foi imperioso abrir a exploração de petróleo a empresas de fora, é essencial rever o posicionamento estratégico da Petrobras, o que está sendo feito. A greve indica que pode haver resistências semelhantes à venda anunciada de refinarias, um setor no qual a estatal se manterá, porém com um número menor de unidades.  A empresa, com US$ 87 bilhões de dívidas, ainda é uma das petroleiras com o maior passivo financeiro do mundo. Precisa reduzi-lo e, ao vender refinarias, ainda ajudará a quebrar oligopólios existentes no mercado de derivados, que impedem que a queda de preços no refino chegue aos postos de abastecimento. A privatização da BR Distribuidora está dentro deste
contexto.

O acúmulo de derrotas do lulopetismo impeachment de Dilma, prisão de Lula acabrunhou a esquerda, mais ainda com a vitória de Jair Bolsonaro, de extrema direita. A reação ao necessário fechamento da fábrica de fertilizantes sinaliza que o movimento sindical próximo ao PT aproveita para tentar se reerguer.
A Justiça do Trabalho exerce sua função de mediadora. A greve foi suspensa ontem para novas negociações.
[Dizer a greve foi suspensa é o eufemismo para acabou, findou.  Empregos estão difíceis e a turma da Petrobras ganha muito bem e não quer perder a boquinha.
Lamentamos pelos terceirizados, apesar dos terceirizados são sempre os primeiros  alcançados em qualquer medida de contenção de despesas.] Porém, deve-se entender que o que está em jogo não são 396 empregos, mas a necessidade de a estatal garantir sua sobrevivência a longo prazo, o que passa pela exploração do pré-sal antes que o consumo de combustíveis fósseis comece a cair. Não faz sentido manter negócios inviáveis. O tempo corre. Ou um custo crescente será cobrado da sociedade.

Editorial  - O Globo



terça-feira, 18 de fevereiro de 2020

Petroleiros desafiam TST, mantêm greve e dizem que vão recorrer - O Globo

Ramona Ordoñez

Tribunal declarou ilegal a paralisação da categoria e determinou o retorno imediato ao trabalho 

[o TRT decidiu pela ilegalidade da greve; o TST, ratificou a decisão da 2ª Instância.

A greve é ilegal o que autoriza a Petrobras a efetuar demissões. Os demitidos, se quiserem, que recorram da medida disciplinar que os demitir.

É só começar as demissões e antes de 200 terem seus contratos de trabalho rescindidos, eles pedem arrego. A greve usa o pretexto de um reajuste salarial para impedir que uma fábrica obsoleta de ureia seja fechada e impedir que a estatal venda outras empresas.

Essa greve política mostra o acerto da Petrobras de optar em cuidar apenas da prospecção e extração, deixando as atividades seguintes por conta da iniciativa privada.] 

Os petroleiros decidiram manter a greve,  que completa  nesta terça-feira 18 dias, e vão recorrer da decisão do Tribunal Superior do Trabalho (TST), que declarou  ilegal a greve da categoria, determinando o retorno imediato ao trabalho. Segundo nota publicada nesta terça-feira no site da Federação Única dos Petroleiros (FUP), a orientação é que os trabalhadores sigam as recomendações dos sindicatos em relação "às tentativas de intimidação e assédio dos gestores da Petrobras”.


Em nota, a FUP e os 13 sindicatos filiados informaram que continuam em greve por ser “um direito garantido a todos os brasileiros pela Constituição de 1988, dentre eles os petroleiros”. Segundo a FUP, a decisão do TST foi “monocrática” e, por isso, a federação vai recorrer da decisão. [agora quem estabelece quando o recurso é cabível é a parte infratora = FUP = é uma greve ilegal, imoral, política.]

Em sua decisão, divulgada na segunda-feira, o juiz do TST autorizou a Petrobras a tomar "as medidas administrativas cabíveis para cumprimento da presente determinação, a partir do reconhecimento da abusividade da greve e da ilegalidade praticada por aqueles que nela permanecerem, inclusive com a convocação dos empregados que não atenderem ao comando judicial, com a aplicação de eventuais sanções disciplinares."


Deliberação coletiva
“O mínimo que se esperava era que o ministro Ives Gandra respeitasse a decisão anterior de seus pares na SDC, o que não ocorreu”, contesta o diretor da FUP, Deyvid Bacelar na nota. [o caso que a FUP pretende trazer para discussão cuida de uma greve com motivação diferente.
A de agora, usa reajuste salarial como pano de fundo, já que o que a FUP pretende é conseguir uma forma de sair do abismo que as federações, sindicatos e centrais sindicais foram atiradas, a pontapés, pelo presidente Temer quando acabou com o dinheiro fácil do imposto sindical.]
Para a federação, o ministro poderia ter pautado a greve dos petroleiros na sessão de segunda-feira da SDC ou aguardar o julgamento designado para o dia 9 de março.

Venda da Gaspetro: Privatização pode levantar R$ 4 bi, segundo analista

A FUP ressalta, no entanto, que qualquer decisão sobre a paralisação será deliberada coletivamente em assembleias, previamente convocadas pela federação e seus sindicatos. Na segunda-feira, a Petrobras informou em nota que já notificou as entidades sindicais e aguarda o retorno ao trabalho dos grevistas imediatamente. A estatal voltou a garantir que  nã

[o Tribunal o há impactos na produção de petróleo e de combustíveis decorrentes da greve.

A greve dos petroleiros é coordenada pela FUP e os 13 sindicatos a ela afiliados e tem como bandeira a oposição ao fechamento e demissão de cerca de 400 trabalhadores na fábrica de fertilizantes Fafen-PR, no Paraná. Os sindicatos alegam ainda que a Petrobras descumpre o Acordo Coletivo do Trabalho (ACT) firmado pela empresa ano passado que proíbe a demissão coletiva de trabalhadores.

FUP: 21 mil trabalhadores em greve
Segundo a FUP, atualmente a greve tem apoio de 21 mil trabalhadores em mais de 120 unidades do sistema Petrobras. [quando os primeiros 200 forem demitidos, o resto cai de 'quatro'.
Lembram quando o condenado Lula "caiu de quatro' diante do cocalero Morales? - que confiscou refinarias da Patrobras na Bolívia.]

A Petrobras argumenta que, desde que adquiriu a Fafen-PR, ou ANSA como é chamada, em 2013, a unidade sempre apresentou prejuízos, que hoje chegam a R$ 2 bilhões. A previsão para este ano é de um prejuízo da ordem de R$ 400 milhões.
A estatal explica que o problema da fábrica é que a matéria-prima utilizada é o resíduo asfáltico, mais caro do que os preços de seus produtos gerados, que são a amônia e ureia, daí os elevados prejuízos.
A Ansa é a única fábrica de fertilizantes que utiliza essa matéria-prima. A China se tornou uma potência na produção e exportação de ureia, o que viria provocando desde 2014 uma redução global nos preços dessa matéria-prima para fertilizantes.

O Globo