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sexta-feira, 25 de maio de 2018

O governo piscou

O governo piscou ao, pela boca do próprio presidente Michel Temer, pedir “uma trégua” aos grevistas. E a Petrobras piscou também ao aceitar reduzir em 10% o preço do diesel e congelá-lo por 15 dias. As greves de caminhoneiros são freqüentes num país que depende de sua malha rodoviária, cada vez em situação mais precária, para o abastecimento das cidades.

Mas, mesmo as que demoraram mais tempo, não provocaram tantos estragos quanto a atual. O governo está nas mãos dos caminhoneiros, sem capacidade de reação. Não é razoável imaginar que não tivesse informações sobre a movimentação dos grevistas, o mais provável é que tenha menosprezado a capacidade de mobilização da classe. Esquecendo-se de que em diversos governos, anteriores, como o de JK, e mais recentemente, desde Fernando Henrique, passando por Lula e Dilma, houve paralisações como essas, em menor escala graças à ação firme e a capacidade de negociação dos governos naqueles momentos. “O governo tomou a decisão de manter a livre circulação das estradas e, se preciso, com o uso da força militar”, dizia comunicado divulgado do Palácio do Planalto na greve de 1999. Bastaram três dias da paralisação para a greve terminar. Mas os grevistas tiveram ganhos expressivos: congelamento do preço do diesel e das tarifas de pedágio e desativação das balanças que multavam quem estivesse acima do limite de carga.

Ninguém faz um movimento desses, de caráter nacional, sem que lideranças do movimento grevista se reúnam e mantenham contatos entre si. Além do mais o governo perdeu o controle do Congresso, o episódio da aprovação do fim do PIS/Confins não é trágico, apenas é risível, porque dá para consertar no Senado, mas o presidente da Câmara, o pré-candidato à presidência Rodrigo Maia, na ânsia de distanciar-se do governo e agradar aos grevistas, cometeu alegadamente um erro de cálculo de nada menos que R$ 9 bilhões.  O senador Eunício de Oliveira, presidente do Senado, teve que voltar às pressas de Fortaleza para apagar esse incêndio, mas a decisão de se ausentar de Brasília num momento como esse dá bem a mostra de como as principais lideranças políticas do país estão desconectadas da realidade.

Uma prova também de que o governo Temer perdeu o poder de negociação, que gastou para se livrar das duas tentativas da Procuradoria-Geral da República de processá-lo. Na reta final da eleição, um governo impopular, cuja economia não respondeu às expectativas, tende a ver uma debandada de seguidores, especialmente daqueles que se candidatarão em outubro. Cada vez mais se assemelha ao final do governo Sarney em 1989, quando ser da oposição era um trunfo.

Como em outras greves do tipo, os caminhoneiros também têm reivindicações políticas. Mas desta vez se superaram. A União Nacional dos Transportadores Rodoviários e Autônomos de Carga colocou como primeira reivindicação “cumprimento integral da lei do voto impresso em urnas eletrônicas ou adoção do voto impresso em urnas de lona, com apuração a cargo das Forças Armadas”. E arremataram pateticamente: “em caso de descumprimento, nos somaremos ao clamor popular por intervenção militar”.

Na verdade, o clamor popular será atendido quando as Forças Armadas forem utilizadas não para apurar votos, mas para desbloquear as estradas do país e permitir não apenas o direito de ir e vir dos cidadãos, mas garantir o abastecimento das cidades, que já estão sofrendo com quatro dias de paralisações. Nem mesmo o pré-candidato Jair Bolsonaro apoiou a reivindicação, que parecia cair como uma luva para sua campanha. Disse que apoiava a greve, mas não o bloqueio das estradas. E calou-se sobre a intervenção militar.

Merval Pereira - O Globo
 

terça-feira, 3 de outubro de 2017

Insuflado por um petista - senador Humberto Costa PT - PE - Senado quer se acovardar e adiar votação sobre Aécio



Com medo de desgaste, Senado pode adiar votação sobre Aécio

Petista Humberto Costa defende que a Casa espere a decisão do STF 

Arrefeceu no Senado, nesta terça-feira, o clima de guerra que havia ontem para confrontar o Supremo Tribunal Federal (STF) e derrubar, em votação no plenário, a decisão da Primeira Turma da Corte de afastar o senador Aécio Neves (PSDB-MG) do mandato e determinar o seu recolhimento domiciliar noturno.  

Diante do desgaste da opinião pública, que enxerga na disposição do Senado uma posição corporativista para salvar Aécio — e não uma defesa da instituição —, líderes defendem que se espere uma semana até a decisão definitiva do Supremo sobre a necessidade de medidas cautelares impostas a parlamentares terem de ser avalizadas por suas casas respectivas. [lembrando que a maioria dos líderes que agora querem que o Senado se curve à decisão de três ministros do STM - que em onze representa menos de 1/3 - são os mesmos que assinaram o requerimento de urgência para a reunião de hoje e que agora querem adiar.
Explicação: estão aceitando sugestões de um senador petista.]
 
Outra coisa que pesa, é o fato de o ministro Edson Fachin poder deliberar ainda hoje ou nos próximos dias sobre ações de Aécio e do PSDB para suspender efeitos da decisão da Primeira Turma até o STF terminar outro julgamento, marcado para a semana que vem. A ação do PSDB é mais simples: pede pura e simplesmente a suspensão da decisão da Primeira Turma. Se a Corte aceitar os novos pedidos, pode não haver necessidade de votar o caso no Senado.

O PT, que foi muito criticado por divulgar nota de apoio à votação para derrubar a decisão da Primeira Turma, vai defender, na reunião do colégio de líderes marcada para a tarde de hoje, que se adie e se espere o Supremo. Se o colégio de líderes decidir votar o caso hoje mesmo, a sessão está prevista para começar às 16h. O presidente do Senado, Eunício de Oliveira (PMDB-CE), busca uma solução negociada, mas está muito pressionado para votar logo. — Espero que não aconteça hoje. Na reunião de líderes vamos defender que se espere o Supremo, que vai dar uma decisão definitiva sobre o caso. E não podemos acirrar uma crise institucional em que ninguém ganha. O STF marcou uma data para votar a ADI (Ação Direta de Inconstitucionalidade) e isso foi um gesto para distensionar. Vamos esperar — disse o líder da oposição, Humberto Costa (PT-PE), após reunião da bancada do partido.
— Meu feeling hoje é que o clima mudou de ontem para hoje. O Aécio e o PSDB impetraram as ações e isso mudou o humor, vai ser decidido lá no Supremo — disse um dos líderes de partido que ontem defendiam a votação ser hoje como forma de a Casa dar uma resposta.

Segundo avaliação de interlocutores desses líderes, o contato com a base no fim de semana ajudou a "cair a ficha" de que a votação seria vista como um socorro a Aécio, que está com a imagem muito desgastada. O entendimento, então, é que seria melhor deixar o Supremo decidir a questão.  A tendência no PT, que entrou com representação pedindo a cassação de Aécio no Conselho de Ética, é que se o PSDB e outros partidos insistirem em votar hoje, muda de posição da semana passada e vota a favor de manter a decisão do Supremo.

Fonte: O Globo

 

segunda-feira, 2 de outubro de 2017

Eunício mantém votação; Aécio vai ao STF para suspender decisão da 1ª Turma

O presidente do Senado, Eunício Oliveira (PMDB-CE), disse na tarde desta segunda-feira, 2, que está mantida a sessão prevista para analisar nesta terça-feira, 3, as medidas impostas pela Primeira Turma do Supremo Tribunal Federal (STF) contra o senador Aécio Neves (PSDB-MG). O presidente do Senado, no entanto, ressaltou que uma decisão judicial pode mudar os planos. [O Supremo certamente terá o bom senso de não expedir nenhuma decisão judicial que impeça ao Senado de exercer suas funções e prerrogativas constitucionais.
O tão decantado  'estado democrático de direito' não permite que um Poder pisoteie outro e ainda impeça que o pisoteado tente buscar um remédio para recuperar suas prerrogativas constitucionais.
O AI-5, instrumento editado pelo Governo MIlitar e qeu foi extremamente útil no restabelecimento da Lei e da Ordem no Brasil, foi muito criticado por ter um parágrafo que determinava que os atos praticados com base naquele Ato Institucional não estavam sujeitos à apreciação judicial.
E a reunião do Senado Federal de amanhã tem função idêntica a um ato judicial, qual seja: apreciar se a decisão de três ministros do STF e que pisoteia o Senado Federal é válida?]

Na semana passada, a Primeira Turma do STF decidiu afastar Aécio das funções parlamentares e colocá-lo em recolhimento domiciliar noturno. O advogado Alberto Zacharias Toron, defensor do tucano, protocolou nesta segunda um mandado de segurança no STF para que a decisão da Primeira Turma seja suspensa, até que o plenário da Corte julgue uma ação direta de inconstitucionalidade que trata sobre o afastamento de parlamentares. A discussão dessa matéria está marcada para o dia 11 de outubro.  “Não tenho como adiar uma votação (no Senado) que foi feita através de um regime de urgência assinado por quase a totalidade dos líderes e aprovado em votação nominal, e não simbólica. Agora vamos aguardar até amanhã”, disse Eunício, após reunião de uma hora e meia com os presidentes da Câmara, Rodrigo Maia (DEM-RJ), e do STF, Cármen Lúcia.  “A pauta do Senado é uma pauta pra amanhã, não é pra hoje. Se tem pedido de liminar que não foi feito pelo Senado, mas pelas partes interessadas, temos de aguardar até amanhã. Não sou advogado do senador Aécio. Estou aqui como presidente de uma instituição, que é o Poder Legislativo, ressaltou o peemedebista.

Para a defesa de Aécio, a imposição de medidas cautelares contra o tucano não é justificável. A defesa argumenta que o STF “nunca teve a oportunidade de analisar os fatos” que são imputados ao senador no âmbito da delação da JBS, destacando que ainda não foi recebida pela Corte a denúncia apresentada pela Procuradoria-Geral da República (PGR) contra o tucano. “De fato, é absolutamente temerário aplicar a um senador da República medida dessa gravidade e violência, que lhe retira do cargo para o qual – insista-se – foi eleito pelo povo, especialmente porque, rememoremos, não há expressa autorização legal e constitucional para medida dessa natureza que, ao fim e ao cabo, revolve princípios básicos de separação de poderes”, sustenta o advogado do tucano.

Até a publicação deste texto, ainda não havia sido definido o relator do mandado de segurança de Aécio.

Ação
O ministro do STF Edson Fachin liberou para julgamento na última sexta-feira uma ação que trata do afastamento de parlamentares, atendendo a um pedido da ministra Cármen Lúcia para votar a matéria o quanto antes. Cármen agiu para diminuir a crise entre o STF e o Congresso, em um esforço para evitar o risco de ver o tribunal desmoralizado caso o Senado eventualmente descumprisse a decisão da Primeira Turma.

Na ação ajuizada pelo PP, PSC e Solidariedade, os partidos pedem que o Congresso Nacional dê a palavra final sobre a aplicação aos parlamentares das medidas previstas nos artigos 312 (que trata de prisão preventiva) e 319 do Código de Processo Penal (que trata do recolhimento domiciliar noturno e outras restrições menos graves, como a proibição de manter contato com determinada pessoa ou ir a certos locais).

O entendimento firmado atingirá não apenas Aécio Neves diretamente, mas quaisquer outros parlamentares que venham a ser alvos de medidas judiciais.  O cenário hoje no STF é considerado favorável ao senador. As indicações internas são de que a maioria dos ministros da Corte deve admitir que cabe ao Congresso dar a palavra final sobre o afastamento de parlamentares.

As informações são do jornal O Estado de S. Paulo


quinta-feira, 8 de dezembro de 2016

Os divergentes

O país ficou sabendo ontem que se a pessoa for o senador Renan Calheiros tem a permissão para desrespeitar ordem judicial, virar as costas para o oficial de Justiça, deixá-lo numa antessala enquanto os assessores mentem sobre seu paradeiro. E ficou sabendo que é possível amputar-se uma das prerrogativas constitucionais dos cargos de comando do país.

O Supremo Tribunal Federal decidiu ontem que o senador Renan Calheiros pode continuar presidente do Senado, mas perde o direito de ocupar a Presidência da República por ser réu. É um contorcionismo difícil de entender, dado que são inseparáveis o cargo e suas prerrogativas.

Todos condenaram a atitude do senador Calheiros, que não aceitou sequer receber a ordem judicial para se afastar da Presidência do Senado e, portanto, não a cumpriu. Mas bastaram aos ministros as palavras condenatórias. Renan continua onde sempre esteve e seu expediente deu certo. Houve um tempo em que o mais conhecido dos princípios jurídicos era que ordem judicial se cumpre primeiro, e depois dela se recorre ao próprio Judiciário. Mas ontem inaugurou-se uma divergência. Se o cidadão for Renan Calheiros, sobre ele recaem apenas admoestações pelo comportamento, mas nenhuma punição. Como disse o ministro Marco Aurélio Mello — o voto vencido, junto com os ministros Luiz Edson Facchin e Rosa Weber “triste exemplo para o jurisdicionado de uma forma geral”. Ele definiu como “inconcebível, intolerável e grotesco” o descumprimento da ordem judicial e sua recusa de até tomar conhecimento dela. Marco Aurélio disse que temia que prevalecesse a “visão acomodadora”. Foi a que prevaleceu.

O ministro Celso de Mello, do alto do seu decanato, abriu o voto divergente: o senador pode continuar presidente do Senado, mas a Presidência do Senado, enquanto estiver sob o seu comando, perde a atribuição de estar na linha sucessória. O Senado sai da linha com Renan Calheiros, mas ele permanece no posto.

O ministro Luís Roberto Barroso não votou por se declarar impedido. No mais, convergiram com o voto divergente os outros ministros, menos Gilmar Mendes, que não votou por estar viajando, mas disse em bom som, e maus modos, que discordava do relator. A sessão de ontem foi uma sucessão de condolências ao ministro Marco Aurélio Mello, mas ninguém explicitava o motivo pelo qual ele estava sendo tão consolado. Estava subentendido. 

Referiam-se à declaração do ministro Gilmar Mendes que defendeu o impeachment do colega por ele ter dado a liminar pedida pela Rede Sustentabilidade e mandado afastar Renan Calheiros da Presidência. A propósito, Gilmar Mendes disse recentemente que concordava com o que a Câmara havia votado sobre juízes. Lá está, em um dos artigos, que é crime manifestar-se publicamente sobre ação em andamento.

Os ministros fizeram uma ginástica mental para manter de pé a tese de que, se o presidente da República não pode ser réu, todos os seus substitutos legais também não podem, no entanto um réu pode exercer o cargo que tem a prerrogativa de ser, na situação atual, o segundo na linha sucessória. Para resolver a insanável contradição do raciocínio, partiram o voto do ministro Marco Aurélio em dois e todos votaram a favor de que enquanto a Presidência do Senado for ocupada pelo réu Renan Calheiros o cargo perde essa prerrogativa.

Houve argumentos pedestres, como o de que não há a iminência de que Renan tenha que substituir o presidente. Ora, eminências, isso não sabemos. Ademais, a decisão deveria ter sido tomada pelo princípio e não pelas circunstâncias.

Renan Calheiros ao fim do dia soltou nota aplaudindo a “patriótica” decisão do STF. E disse que a recebia com “humildade”. A mesma que não teve antes. “O que passou não volta mais”, disse ele agora que venceu. Entre os vários erros institucionais dos últimos dias, foi o fato de Renan ter suspendido as sessões do Senado enquanto era discutido o seu futuro. É como se o Senado fosse ele. A única atitude correta teria sido respeitar a liminar, afastar-se e recorrer ao próprio STF. Mas ele confrontou uma ordem judicial e venceu. O que passou permanecerá como uma sombra do dia em que a Suprema Corte deu um voto estranho e divergente.

Fonte: Coluna da Míriam Leitão, com Alvaro Gribel, de São Paulo

sábado, 22 de outubro de 2016

Renan defende Polícia Legislativa e ações para detectar grampos ilegais

Em nota, presidente do Senado manda recado velado à PF e diz que Casa vai colaborar com as investigações

O presidente do Senado, Renan Calheiros (PMDB-AL), divulgou nota defendendo a Polícia Legislativa da Casa e suas prerrogativas de fazer inclusive varreduras para detectar a existência de escutas nos apartamentos funcionais de senadores. Segundo Renan, a Polícia Legislativa "exerce suas atividades dentro do que preceitua a Constituição, as normas legais e o regulamento administrativo do Senado Federal". "Convém reiterar que Polícia Legislativa exerce suas atividades dentro do que preceitua a Constituição, as normas legais e o regulamento administrativo do Senado Federal", diz na nota.
 
[uma pergunta: qual o motivo dos processos contra Renan Calheiros que estão no Supremo não irem em frente?
Um comentário: O grampo autorizado pela Justiça é legal - e todos os grampos instalados pela Polícia Federal são autorizados pela Justiça (portanto, legais). Mas, também é lícito a qualquer cidadão, inclusive parlamentares, a adotar meditas para detectar se está sendo grampeado.
Os particulares, contratando especialistas, e os detentores de cargos públicos que tenham direito a proteção policial de uma corporação específica (caso dos parlamentares) tem direito ao uso dos recursos da corporação para detectar grampos e outros sistemas de escuta e buscar junto a própria Justiça a retirada dos mesmos.
A Justiça pode autorizar, após autorização da Justiça a  PF pode e deve grampear, mas, o cidadão pode usar dos meios legais para detectar tais grampos e tentar junto ao Poder Judiciário a retirada dos mesmos.]
 
Num recado velado à Polícia Federal, o presidente do Senado disse que as "instituições, assim como o Senado, devem guardar os limites de suas atribuições legais. Valores absolutos e sagrados do estado democrático de direito, como a independência dos poderes, as garantias individuais e coletivas, liberdade de expressão e a presunção da inocência precisam ser reiterados”.

Renan disse ainda que as ações da segurança são para detectar grampos ilegais.
"Atividades como varredura de escutas ambientais restringem-se a detecção de grampos ilegais (Regulamento administrativo do Senado Federal Parte II Parágrafo 3, inciso IV), sendo impossível, por falta de previsão legal e impossibilidades técnicas, diagnosticar quaisquer outros tipos de monitoramentos que, como se sabe, são feitos nas operadoras telefônicas".

[o cidadão tem o direito indiscutível de se prevenir contra grampos; no caso dos autorizados pela Justiça que são legais, é lícito que o cidadão até não possa neutralizá-los, mas o direito de detectar grampos e outros meios de vigilância este permanece com o cidadão - no mínimo pelo fato de que a vigilância sobre as atividades de determinada pessoa ou empresa também pode ser exercida por terceiros e sem autorização judicial.
Somente após a detecção do grampo é que o cidadão passa a ter elementos que podem identificar a legalidade ou ilegalidade da vigilância.
Assim, é indiscutível que a detecção de vigilância não é crime e não pode ser impedida - haja vista que pode ser legal ou ilegal, dúvida que só se extingue após constatação.
E, após a constatação a vigilância, legal ou ilegal, se torna ineficaz.]

O presidente do Senado disse que a Casa adotará, como sempre, uma atitude "colaborativa" com as investigações. "O Senado designou advogados do próprio órgão para acompanhar todos os procedimentos até a conclusão das investigações", diz na nota.

ÍNTEGRA DA NOTA:
"A direção do Senado Federal tomou conhecimento na manhã desta sexta-feira (21-10-2016) das diligências no âmbito da Polícia Legislativa. O Senado designou advogados do próprio órgão para acompanhar todos os procedimentos até a conclusão das investigações.

Convém reiterar que Polícia Legislativa exerce suas atividades dentro do que preceitua a Constituição, as normas legais e o regulamento administrativo do Senado Federal.
Atividades como varredura de escutas ambientais restringem-se a detecção de grampos ilegais (Regulamento administrativo do Senado Federal Parte II Parágrafo 3, inciso IV), sendo impossível, por falta de previsão legal e impossibilidades técnicas, diagnosticar quaisquer outros tipos de monitoramentos que, como se sabe, são feitos nas operadoras telefônicas.

Como de hábito, o Senado Federal manterá postura colaborativa e aguardará as investigações para quaisquer providências futuras.

As instituições, assim como o Senado Federal, devem guardar os limites de suas atribuições legais. Valores absolutos e sagrados do estado democrático de direito, como a independência dos poderes, as garantias individuais e coletivas, liberdade de expressão e a presunção da inocência precisam ser reiterados.

Renan Calheiros
Presidente do Senado "

Fonte: O Globo
 

sábado, 26 de setembro de 2015

Renan Calheiros é investigado por lavagem de dinheiro em Maceió

O presidente do Senado está na mira do Ministério Público por transação imobiliária suspeita 

O Residencial Pátio fica numa viela em uma área industrial de Maceió, em Alagoas. Em seus pilares, a Receita Federal encontrou indícios de que o presidente do Senado, Renan Calheiros, do PMDB de Alagoas, participou de uma operação de lavagem de dinheiro. Uma transação imobiliária entre Renan e o ex-senador Wilson Santiago, seu correligionário no PMDB e hoje diretor de relações institucionais do Grupo Banco do Brasil/Mapfre, chamou a atenção da Receita. Alertada pelos auditores, a Procuradoria-Geral da República remeteu as informações aos procuradores que investigam Renan na Lava Jato. Os procuradores investigam agora a compra e venda de quatro apartamentos do prédio por Renan – e como eles foram parar nas mãos de Santiago, seu filho, o deputado federal Wilson Filho, e seus dois irmãos.

 Foi investigando uma empresa que Renan transferiu para sua mulher, Verônica, que a Receita chegou à transação suspeita. A Tarumã Empreendimentos Imobiliários, criada após a eleição de 2010 para “administrar a compra e venda de imóveis próprios ou de terceiros”, ficou aberta por apenas nove meses. Renan esteve entre os sócios por cinco, passando suas cotas para Verônica em julho de 2011. A Tarumã, aparentemente, não realizou negócio algum. Aparentemente. No cruzamento que a Receita fez entre declarações do Imposto de Renda e dados sobre suas atividades imobiliárias, os negócios apareceram. Os procuradores querem saber de onde veio o dinheiro que permitiu a compra dos imóveis em Maceió e se Renan realmente os comprou antes de revendê-los para a família Santiago.

A suspeita de que Renan tenha lavado dinheiro na negociação dos apartamentos se reforça com a atrapalhada resposta dos Santiagos sobre a compra dos imóveis. O deputado federal Wilson Filho é proprietário de uma das unidades que pertenceram a Renan. Em 13 de julho de 2011, Wilson Filho fez uma transferência bancária de R$ 60 mil para uma conta da Caixa Econômica Federal. Em 11 de agosto, outros R$ 60 mil foram depositados. Nesse período, a Tarumã ainda estava aberta. Procurado por ÉPOCA, Wilson Filho ofereceu quatro versões distintas sobre a transação. Primeiro, disse que a empreiteira da família, a Terradrina Construções, tinha comprado os imóveis. Depois, afirmou que tinha adquirido o imóvel para veraneio em Maceió – mas o prédio fica a 15 quilômetros do litoral. Em seguida, garantiu que a operação tinha sido um investimento. Por fim, o deputado disse que o negócio foi feito por seu pai e que só tinha tomado conhecimento depois que fora agraciado com o apartamento.

Wilson Santiago é um antigo aliado de Renan, que o indicou para o recém-criado cargo de diretor de relações institucionais do Banco do Brasil/Mapfre. Também coube a Renan garantir o lugar de Wilson Santiago na Mesa Diretora do Senado durante sua breve passagem pela Casa. Procurado, Renan Calheiros disse que “não comentaria a transação, pois se trata de um negócio particular”. 


Fonte: Época OnLine 

 

quinta-feira, 20 de agosto de 2015

Líderes das manifestações contra Dilma põem Renan na alça de mira



Não há datas previstas para as próximas manifestações, nem um plano de trabalho detalhado. Mas os líderes dos principais movimentos que pedem a saída da presidente Dilma Rousseff já prometeram: não darão trégua.

Segundo eles, a articulação da pauta de possíveis próximos eventos dependerá do cenário político no Congresso Nacional. Kim Kataguiri, um dos coordenadores do Movimento Brasil Livre (MBL), disse que ainda não tem plano definido. Mas pediu que os manifestantes permaneçam mobilizados até “o PT cair”.

Renan Santos, também do MBL, convocou seguidores a atacarem o presidente do Senado, Renan Calheiros (PMDB-AL), nas próximas semanas. 

INIMIGO JÁ ERA…
“Nosso inimigo está morrendo, só falta acabar com o Renan [Calheiros] e já era”, afirmou Santos, durante protesto na av. Paulista, em São Paulo.  O presidente do Senado Federal também foi alvo de outros grupos de manifestantes por ter fechado um acordo com a presidente. 

Com o apoio do peemedebista, que articulou o adiamento do julgamento das contas do governo no Tribunal de Contas da União e apresentou uma agenda de propostas anticrise, Dilma ganhou fôlego no Congresso na última semana. [esse decantado ganho de fôlego da Dilma é exatamente a melhora que antecede à morte do agonizante.]

LAVA JATO
Além do MBL, a saída da presidente continua na pauta do Vem Pra Rua.  “As investigações [da Lava Jato] precisam continuar sem interferências. Se isso ocorrer, a queda dos corruptos e da presidente Dilma será uma consequência”, disse Rogério Chequer, um dos fundadores do Vem Pra Rua. 

Chequer, no entanto, acredita que já existem evidências de que a presidente cometeu crimes em sua gestão que seriam suficientes para a abertura de um processo de impeachment no Congresso.   Marcello Reis, líder dos Revoltados Online, é o único que já tem ato programado. No dia 7 de setembro, seu grupo pedirá a saída de Dilma em frente ao Congresso Nacional, em Brasília.  Até lá, pressionarão o presidente da Câmara dos Deputados, Eduardo Cunha (PMDB-RJ), para colocar o pedido de impeachment em votação.

Fonte: Folha de São Paulo