Blog Prontidão Total NO TWITTER

Blog Prontidão Total NO  TWITTER
SIGA-NOS NO TWITTER
Mostrando postagens com marcador psicopatia. Mostrar todas as postagens
Mostrando postagens com marcador psicopatia. Mostrar todas as postagens

domingo, 14 de janeiro de 2024

O vírus patológico da mentira - Alex Pipkin, PhD

Já opinei, afirmando que a pior crise desta nova era “progressista”, é a moral. Estamos, de fato, mergulhados em um mar sujo repleto de lama, de omissões, de distorções, de mentiras, de hipocrisias e de incontroversas maldades.

O triste momento civilizacional vem embalado de muitas ilusões, de desejos insaciáveis de enganar, de manipular, sendo propício para o emprego de narrativas e de falácias, a fim de que a verdade dos fatos seja rejeitada. E os fatos, os dados e as evidências existem, fartamente.

Todos nós, de alguma forma, mentimos. No entanto, é muito distinto uma distorção da realidade, de maneira eventual, tipo aquela do falso elogio, daquela que é proferida habitualmente, com o claro objetivo de encobrir e corromper a verdade objetiva.

Atualmente, na cena empresarial, política, cultural e social, o que se vê, com sobras, são sujeitos deliberadamente mentindo, rejeitando a verdade, visando a obtenção de algum tipo de benefício individual e/ou grupal.

O vírus patológico da mentira compulsiva contaminou uma enormidade de gente, de todos os matizes. De forma isolada, os mentirosos contumazes não enganam por muito tempo. A verdade dá uma volta ao mundo, mas aparece.

Porém, quando agrupados, e se utilizando de veículos propagadores da corrupção da verdade, como se vê hoje com a “ex-mídia”, o estrago e seus efeitos são abissais e malignos.

Não é difícil perceber que indivíduos, de tanto utilizarem falsas narrativas, em todas as esferas, muitas vezes, acabam acreditando em suas próprias mentiras e falácias; uma legítima psicopatia.

Na seara política, é justamente ai que reside o mal. Não existe perfeição terrena, o mundo é como ele é. Desejos utópicos indicam a projeção de aspirações de como o mundo deveria ser. Evidente que na realidade vivida há mazelas e injustiças, e tantos outros problemas de cunho econômico-social. 
Contudo, no reino da doutrinação de utopias, mentes carentes e idealistas - por vezes, doentias -, creem que vale a pena adotar, como objetivo de vida a ser perseguido, a perpétua luta contra a opressão. Claro que não.

Essa é, de fato, uma estratégia que denota não só manipulação, como também, uma espécie de escapismo inconsequente, pois utopias não só são ilusórias, como igualmente, matadoras.

Penso que, de certa forma, a banalização da mentira e da imoralidade, sejam o resultado das propaladas utopias coletivistas e do desejado fim do “opressor” sistema capitalista.

O sonho é o fim da opressão de capitalistas malvados, e a distribuição da “riqueza”, sem a respectiva geração de riqueza.

O decrescimento econômico é mais um dos ilusionismos coletivistas. Por isso, existe tanto esforço e narrativas pregando a necessidade de se “estabilizar as economias”, e de se alcançar objetivos sociais e ecológicos.

Quando sectários ideológicos acreditam que estão doutrinando e lutando pela justiça divina na terra, ou seja, que estão almejando o alcance de um suposto bem, tipo o da igualdade impossível, esses omitem, distorcem, mentem e afirmam meias-verdades. Enfim, operam tudo em nome de uma “causa nobre”. Tudo isso, de maneira genuína, destrói o respeito à verdadeira alteridade dos indivíduos.

Esses não se sentem nenhum pouco constrangidos, mesmo que para a obtenção dos fins desejados, haja tirania, mortes, fome, miséria e pobreza.
Desnecessário trazer à tona fatos e evidências quanto à inviabilidade das práticas coletivistas, inexistem quaisquer tipos de julgamento moral, eles sempre dão um jeito de “racionalizar”.

A ânsia pelo espetáculo do utópico não aparenta ter data para acabar, afinal, faz parte da identidade social dos “justiceiros”.

Tendo em vista que seus objetivos são devaneios perversos - conforme já demonstrado -, eles acabam por contaminar as mentes e os corações de legiões de outros sectários ideológicos, inibindo as possibilidades de discussão e do alcance do real. A lógica não é revolucionária, talvez nos enredos cinematográficos…

A mentira se relaciona umbilicalmente com as utopias. Metas inatingíveis só podem ser racionalizadas por meio de mentiras, de falsidades e, claro, de utopias.

Vejam, os maiores e mais imorais massacres coletivistas da história humana - vide Lênin, Mao - abusaram da corrupção da verdade e do real, a fim de tornar o sonho uma possibilidade alcançável.

O mundo é imperfeito, uma constatação lógica. Mas é preciso um giro de 180 graus para trazer de volta um dos ingredientes capaz de mitigar mentiras descaradas e a normatização da hipocrisia: o realismo.
Muito difícil. Essa turma de políticos coletivistas, e seu rebanho de comparsas, saliva espontaneamente, como os cães de Pavlov, com quaisquer quimeras econômicas e/ou sociais.

Contudo, não é mais suportável conviver com a rejeição do real, em prol do fanatismo pelas utopias irrealizáveis.

Triste. Estamos cada vez mais distantes desse essencial realismo. Triste.

Alex Pipkin, PhD

 

segunda-feira, 26 de junho de 2023

Os 18 do Senado - Rodrigo Constantino

Revista Oeste

No chá das cinco que foi a “sabatina” de Zanin para o STF, quase 60 senadores acharam prudente um presidente indicar seu próprio advogado e amigo para ser o guardião da nossa Constituição

 O advogado Cristiano Zanin, indicado para ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) | Foto: Pedro França/Jefferson Rudy/Agência Senado

Dezoito senadores. Eis o número de parlamentares da Casa “superior” do povo que demonstraram juízo, bom senso e compromisso patriota. 
No chá das cinco que foi a sabatina” do advogado de Lula para o STF, somente 18 senadores votaram contra. Os demais, quase 60, acharam prudente um presidente indicar seu próprio advogado e amigo, sem o devido e notório currículo jurídico, para ser o guardião da nossa Constituição.

O editorial da Gazeta do Povo lamentou, logo na abertura do texto: “Uma das características que mais saltam aos olhos em qualquer governo petista é a depredação institucional que o partido realiza quando assume o poder”. O esgarçamento institucional, vale notar, acelerou muito, antes mesmo de o PT voltar ao comando do governo. A destruição de nossas instituições se deu para que Lula “voltasse à cena do crime”, como diria Alckmin antes de aderir ao time.

Para o PT, não há distinção entre partido, governo e Estado. Tudo é visto como uma só coisa, para que seu projeto de poder totalitário possa vingar. O cinismo do presidente beira a psicopatia: na campanha, ele condenou com veemência a ideia de indicar para o Supremo um amigo, alguém que seja escolhido por critérios pouco republicanos. Apenas tucanos alienados podem se surpreender com esse tipo de promiscuidade típica de republiquetas, de países tribais, onde clãs comandam tudo.

Diz o editorial da Gazeta: “Assim, o fato de o mesmo presidente que no passado indicara um ex-advogado do PT para a Suprema Corte repetir a dose, agora com seu advogado pessoal, só surpreende quem realmente quis ser surpreendido — temos, aqui, Lula sendo Lula, e nada pode ser mais previsível que isso. Triste, profundamente triste, é que o Senado tenha se rebaixado ao ponto de dar seu endosso a esse acinte”.

A esperança que muita gente depositou no Congresso “mais conservador” se mostra cada vez mais ingênua
À exceção de um ou outro parlamentar realmente independente e corajoso, a maioria é do grupo fisiológico, que só pensa em si mesmo, e não liga para o Brasil. 
Tivemos até senadores bolsonaristas tecendo elogios ao indicado de Lula! É duro manter esperanças num país desses.[é o comportamento vil da maioria dos parlamentares que nos leva a considerar cada vez mais atual 'o discurso das nulidades', de Ruy Barbosa
a submissão dos políticos, também explica as razões que levaram uma outra manifestação do grande escritor baiano a se tornar mais atual: “A pior ditadura é a ditadura do Poder Judiciário. Contra ela, não há a quem recorrer.” Rui Barbosa.]

O deputado Marcel van Hattem, uma das poucas vozes sérias da política nacional, desabafou sobre seus colegas do Senado: “Pior do que a aprovação foram os 58 votos a favor. Apenas 18 senadores se opuseram a que mais um amigo de Lula se tornasse ministro do Supremo. Parabéns a estes; vergonha da maioria de uma Casa que se verga ao PT e ao tribunal que já é seu puxadinho”.

Enquanto isso, os ativistas supremos, aqueles que têm sido responsáveis pela destruição total do STF, festejaram. Alexandre de Moraes escreveu: “Parabéns ao Ministro Cristiano Zanin pela merecida aprovação no Senado Federal. Tenho absoluta certeza de que o Brasil ganhara [sic] com sua atuação competente e corajosa em nossa Suprema Corte”. 
Se comemora assim aquele que comanda o inquérito ilegal que instaurou no país a censura prévia, persegue conservadores e trata jornalistas de direita como marginais perigosos sem qualquer crime cometido, então sabemos que lascou para o povo.

Gilmar Mendes, por sua vez, comentou: “O Dr. Cristiano Zanin é muito merecedor dessa aprovação. Distinto no trato e equilibrado em suas posições, antevejo uma brilhante trajetória no Supremo Tribunal Federal. Que seja muito bem-vindo!”  
Faltou só chorar de emoção entre um gole e outro de água, como já fizera quando elogiou Zanin, ainda advogado de Lula. 
Se Gilmar está festejando, então sabemos que bandidos em busca de habeas-corpus do Supremo também estão, pois Gilmar é recordista nesse tipo de “garantismo”, inclusive para apadrinhados.

Por falar nisso, no Brasil só Sergio Moro é um juiz suspeito. O restante jamais será, mesmo que esteja julgando o partido que já o empregou ou algum amigo próximo. Todos são livres para aceitar participar da farsa, fingir que o Brasil é um país sério, com leis, com Estado Democrático de Direito e uma Corte Constitucional que busca proteger nossa Carta Magna de forma imparcial. Mas esse tipo de teatro cobra um alto custo do povo.

Às vezes uma pequena minoria faz toda a diferença. Para inspirar os corajosos, uma das histórias mais contadas é aquela dos 300 de Esparta. Eles foram os guerreiros espartanos liderados por Leônidas, rei de Esparta, na batalha de Termópilas, travada contra o Império Persa por volta do ano 480 a.C. Foram para o sacrifício, sabendo da missão impossível, para ganhar tempo.

O número de soldados persas era muitíssimo superior ao número de soldados liderados por Leônidas (mesmo contando os contingentes das cidades aliadas). Percebendo isso, Xerxes enviou mensageiros ao rei Leônidas propondo que os espartanos e seus aliados se rendessem e entregassem as armas. Segundo a tradição, a mensagem de Xerxes foi: “Rende-te e entrega tuas armas!”. A resposta de Leônidas teria sido: “Vem buscá-las!”.

Apesar da inferioridade numérica, os espartanos e seus aliados ofereceram uma dura resistência aos persas. A inferioridade numérica era compensada pela motivação: enquanto espartanos e aliados estavam defendendo suas cidades, lutando contra invasores, os comandantes persas recorriam a chicotes para obrigar suas tropas desmotivadas a lutar. Assim, inicialmente, os gregos estavam conseguindo repelir todos os ataques dos persas.

No entanto, um grego chamado Efialtes traiu Leônidas e ajudou Xerxes a encontrar um outro caminho no desfiladeiro das Termópilas. O traidor guiou os persas durante a noite através das montanhas. Desse modo, os persas surpreenderam os espartanos e seus aliados pela retaguarda. Leônidas e seus homens resistiram corajosamente, mas acabaram mortos na batalha desigual.

A coragem de Leônidas, porém, deu tempo para que os gregos fugissem e se reorganizassem. Quando chegaram a Atenas, os persas queimaram e destruíram a cidade. Mas acabaram sendo derrotados pelos atenienses na batalha naval de Salamina. Após essa derrota, Xerxes fugiu de volta para a Pérsia, onde mais tarde morreu assassinado. A história contada por Heródoto não acaba bem para Xerxes, nem para o traidor grego Efialtes, que fugiu para a Trácia e acabou assassinado.

Voltando ao Brasil, as instituições estão todas praticamente dominadas, ocupadas por invasores que odeiam o império das leis, pois querem mesmo o império dos homens – deles próprios, no caso. Como ficou claro na “sabatina” de Zanin, há pouca resistência ao projeto de poder deles. 
Mas a resistência de poucos corajosos pode fazer bastante diferença no resultado. 
É o que alimenta alguma chama de esperança nos milhões de patriotas atônitos com o avanço da tirania no país.
 
Rodrigo Constantino, colunista - Revista Oeste
 
 

sábado, 15 de outubro de 2022

Janonismo cultural - Revista Oeste

Rodrigo Constantino

André Janones tem liderado uma fábrica de fake news sem nenhum escrúpulo, promovendo o assassinato de reputações de todo apoiador importante do presidente

Ilustração: Shutterstock
Ilustração: Shutterstock 
 

Todo truque petista consiste em uma só premissa: Bolsonaro é o capeta em pessoa, um Hitler reencarnado, um golpista, um fascista, logo, qualquer coisa pode ser feita para derrotá-lo. É o mesmo mecanismo chinfrim utilizado contra Trump nos Estados Unidos. O “vale-tudo” se dá a partir dessa narrativa tosca, que carece de qualquer fundamento.

Nada disso, porém, é novidade. A Escola de Frankfurt divulgou a ideia de que a direita será sempre reacionária, de que o sistema é opressor e racista, de que as instituições são simples instrumentos dessa “elite nefasta” e, portanto, todos os meios para derrubar essa gente do mal são aceitáveis. Não se pode tolerar o “fascismo”, então os “antifascistas” podem lançar mão de quaisquer armas para vencer esse combate.

O maior proponente dessa visão foi Marcuse, e Theodore Dalrymple resumiu bem o discurso vazio do revolucionário: “As ideias de Marcuse eram tão bobas que teriam sido engraçadas se ninguém as tivesse levado a sério. Apesar de ele estar quase esquecido hoje em dia, uma de suas ideias mais tolas e perniciosas, a da tolerância repressiva, está voltando, se não na teoria, na prática. De acordo com esse conceito, a repressão praticada pelos conservadores é intolerável, mas a repressão praticada pela esquerda é na verdade uma forma de libertação, e não representa repressão nenhuma”.

Foi dada a senha para que todo tipo de crime e violência fossem praticados pelos indivíduos, se ao menos eles se identificarem como esquerdistas lutando contra fascistas. Para marxistas em geral, os fins “nobres” sempre justificaram quaisquer meios. 
Esse adendo de Marcuse apenas serviu para liberar geral o nível de indecência e psicopatia, sempre em nome de uma “libertação”, sem que seja necessário especificar em detalhes o que está sendo libertado.
Chegamos, então, a essa campanha tosca do PT. Nas redes sociais, o principal nome apontado por Lula para comandar o show de terror é o do deputado André Janones, recém-convertido ao petismo [saiba maqis sobre o Janones]ele terá de apagar postagens em que denuncia o elo entre Lula e ditadores comunistas. 
Janones tem liderado um verdadeiro gabinete do ódio nas redes sociais, uma fábrica de fake news sem nenhum escrúpulo, promovendo o assassinato de reputações de todo apoiador importante do presidente.
andré janones rachadinha
O deputado federal André Janones (Avante-MG), 
durante ato político com Lula, na capital paulista | 
Foto: André Ribeiro/Estadão Conteúdo
O caso mais recente e mais abjeto — envolveu o jovem Nikolas Ferreira, deputado mais votado do país, que tem sido peça importante na virada de Bolsonaro em Minas Gerais. O nível dos ataques desceu a um patamar nunca antes visto, sem falar da incoerência esquerdista — parece que existe a “homofobia do bem” agora também
Janones nem sequer tenta esconder que espalha mentiras. Ao contrário: ele se gaba de ter “costas quentes” no Supremo — e nenhum ministro reage, lembrando que quem cala consente.

Lula é, de longe, o maior responsável pela tática tribal do “nós contra eles”, jogando pobres contra ricos, negros contra brancos, gays contra heterossexuais

O capacho lulista chegou a pegar um trecho da fala de Bolsonaro e retirou o começo, para dar a entender que o presidente estava defendendo justamente aquilo que estava, na verdade, condenando. O vídeo teve grande repercussão, mas o TSE nem se manifestou. Parece que a “polícia contra as fake news” estava hibernando nesse momento, ou então estamos diante de uma seletividade digna de um partido político, jamais de um órgão independente de Estado.

Como ninguém consegue negar o jogo sujo — imundo! — praticado por Janones e outras figuras patéticas, como a mitomaníaca Patrícia Lélis, o jeito é passar pano e alegar que se trata de uma reação contra o bolsonarismo — esse sim, tosco, violento, mentiroso, nefasto. Foi justamente o que fez a assessoria de imprensa petista disfarçada de jornalismo. Na Folha de S.Paulo, uma “reportagem” dava o tom da palhaçada: ‘Janonismo cultural’ usa fake news contra fake news para furar bolha progressista — Tática de guerrilha digital é incorporada pelo campo antibolsonarista e dá a tônica do segundo turno nas redes.

Ou seja, o PT está apenas reagindo no mesmo tom, segundo o jornal de esquerda. Ocorre que tal afirmação não se sustenta por um minuto de uso da memória, quando lembramos que foi o PT quem sempre desceu o nível, demonizou seus adversários, rotulados de “fascistas” mesmo quando eram seus primos tucanos na disputa. 

Lula é, de longe, o maior responsável pela tática tribal do “nós contra eles”, jogando pobres contra ricos, negros contra brancos, gays contra heterossexuais, mulheres contra homens, trabalhadores contra empresários etc.

Os apoiadores mais tímidos de Lula, como os tucanos “moderados”, fingem que nunca viram nada disso, assim como fingem não ver Janones nas redes sociais. O que Arminio Fraga tem a dizer sobre esses métodos? O que Meirelles acha dessa postura? 
O que Elena Landau pensa sobre essas táticas baixas? 
Nenhum pio dos “liberais” que resolveram colaborar para a volta do ladrão à cena do crime, como diria o próprio Geraldo Alckmin
Estão todos “horrorizados” com o bolsonarismo e sua “ameaça” às instituições democráticas, sem qualquer necessidade de apontar casos concretos de ataques. 
Mas eles nada têm a dizer sobre o petismo e seus braços nojentos, violentos e perigosos, todos comandados pelo próprio Lula.

Janones não é uma reação necessária do petismo; é a própria essência do PT! Mas os malandros tucanos vão desconversar, repetir que “todos possuem seus radicais”, e voltar aos discursos fajutos de que é Bolsonaro em vez de Lula quem representa o real perigo à democracia brasileira. A esquerda oportunista nunca ligou para a realidade. Mas é importante que o indeciso saiba: ao votar no ladrão socialista, não é Arminio que ele vai levar para casa, e sim Boulos, Dirceu e Janones!

Leia também “Mercado de alto risco”

Rodrigo Constantino, colunista - Revista  Oeste


domingo, 11 de setembro de 2022

Um brado retumbante - Revista Oeste

Rodrigo Constantino

Bolsonaro virou um símbolo de resistência ao golpismo mascarado de defesa da democracia 

Jair Bolsonaro participa do desfile de 7 de Setembro, em comemoração ao Bicentenário da Independência do Brasil, na Esplanada dos Ministérios, em Brasília | Foto: Wilton Júnior/ Estadão Conteúdo
Jair Bolsonaro participa do desfile de 7 de Setembro, em comemoração ao Bicentenário da Independência do Brasil, na Esplanada dos Ministérios, em Brasília | Foto: Wilton Júnior/ Estadão Conteúdo
 
Que governante consegue colocar mais de 3 milhões de pessoas nas ruas no término de seu mandato? 
Essa pergunta precisa ser feita por quem quer compreender o fenômeno que observamos neste 7 de Setembro. Sim, havia a festa do bicentenário de nossa Independência, o que ajudou. Mas certamente não foi só isso. 
A imensa maioria que lotou a Praça dos Três Poderes, em Brasília, a orla de Copacabana, a Avenida Paulista e muitas outras localidades estava lá para apoiar o presidente.
 
Bolsonaro virou um popstar, eis a verdade. E precisamos de alguma tese para explicar isso. Para os chorões da esquerda, Bolsonaro desperta o “fascismo” na classe média que, segundo filósofa petista, já é fascista mesmo. A oposição, em suma, preferiu dobrar a aposta e insistir em sua narrativa de que essa gente toda não passa de um bando de preconceituosos, ignorantes e racistas. 
Foram milhões de brasileiros de todas as classes e cores que foram às ruas defender o patriotismo, a família e a decência, além da nossa Constituição. Eu sei, pois estava lá.
Vista aérea da Avenida Paulista, em São Paulo, no 7 de Setembro 
de 2022 -
Foto: ChoiceImages/Revista Oeste
Descartando então a tentativa de rotular e depreciar essa multidão patriota, resta apresentar alguma teoria mais sólida. Acredito que muitos enxergam várias virtudes no seu “mito” e no governo, mas acho que isso, por si só, não seria suficiente para tanta mobilização. 
Os méritos de Bolsonaro pesam, claro, mas não bastam. 
Num contexto de maior normalidade institucional, essa turma poderia elogiar ou até enaltecer o governo, mas não haveria tanto combustível para produzir o fenômeno que vimos nesta semana.

Bolsonaro virou um símbolo de resistência ao golpismo mascarado de defesa da democracia. Eis o ponto principal, em minha opinião. Um sistema podre e carcomido que luta por sobrevivência e poder tem passado e muito dos limites aceitáveis, dando um show de cinismo, hipocrisia e até psicopatia. E, com o advento das redes sociais, a bolha midiática estourou, os militantes disfarçados de jornalistas perderam a hegemonia das narrativas, e o povo ganhou gosto pelo debate político.

A oposição tem tudo: mídia, intelectuais, artistas, sindicatos, “institutos” de pesquisa, caciques políticos. Só não tem mesmo o povo

Há uma crise de representatividade em todas as democracias ocidentais, mas no Brasil existe um agravante que foi a soltura seguida da elegibilidade de Lula por meio de malabarismos supremos. A população se mostrou indignada, revoltada. 
Depois disso, o STF passou a perseguir apoiadores do governo de forma escancarada, com inquéritos ilegais, prisões arbitrárias, tentativa de censura e intimidação. Tal postura jogou mais lenha na fogueira.
 
Em síntese, um sistema em putrefação se uniu para expurgar na marra a areia em sua engrenagem corrupta. Aqueles que querem uma “democracia” de gabinete, sem povo, passaram a demonizar o presidente popular eleito com quase 60 milhões de votos. 
Toda a máquina estatal ainda controlada pela esquerda, que aparelhou acima de tudo o Poder Judiciário, foi colocada a serviço desse único objetivo: derrotar Bolsonaro. O povo brasileiro não gosta de injustiças.
 
Passeei pela orla de Copacabana e falei com muita gente. O retorno mais comum foi o de que jornalistas independentes como eu deram voz a essa multidão tratada com desprezo pela velha imprensa e pelo sistema podre. “Não desista do Brasil, não desista de nós!” era o apelo mais frequente, seguido de muitos elogios. 
Gente simples, gente trabalhadora, gente humilde. Ali eu vi apenas isso: um povo patriota, clamando por liberdade, por respeito às regras do jogo. Logo em seguida ligamos a TV ou abrimos o Twitter e lá estão os ataques infundados dos militantes “jornalistas”, acusando esse povo de ser fascista, racista, preconceituoso, golpista.
Jair Bolsonaro, durante a a celebração de 200 anos da Independência 
do Brasil, na Praia de Copacabana -  
Foto: Carlos Santtos/Fotoarena/Fotoarena/Estadão Conteúdo
“Bolsonaro sequestrou o 7 de Setembro”, alegaram os esquerdistas que nunca demonstraram apreço pelo patriotismo, que preferem o vermelho ao verde e amarelo, que cantam o Hino da Internacional Socialista em vez do brasileiro. Bolsonaro não sequestrou nada; ele foi o cidadão brasileiro que mais fez para resgatar esse sentimento patriota, o orgulho de ser brasileiro. 
A esquerda caviar prefere cuspir em nossa trajetória, adotar uma visão fatalista de que nunca vamos dar certo por culpa do povo que temos.
 
A oposição tem tudo: mídia, intelectuais, artistas, sindicatos, “institutos” de pesquisa, caciques políticos. Só não tem mesmo o povo. 
Incapaz de inventar que foi pouca gente ou que houve postura golpista nos atos patrióticos imensos, restou à nossa militância da imprensa focar na “educação sexual” do presidente “imbrochável”, ou alegar, em desespero, que foi tudo ilegal, campanha eleitoral indevida, como se o presidente e o candidato pudessem se dividir em duas pessoas distintas. 
Bateu pânico nas redações dos jornais; eles sentiram muito o sucesso do evento.

E que sucesso inegável! Milhões de brasileiros foram às ruas com suas famílias, de bebês até idosos, unidos por um sentimento comum de patriotismo, de forma pacífica e respeitosa. 

Bem diferente do que costuma acontecer nas manifestações esquerdistas, com vândalos agressivos depredando patrimônio público. 

O recado não poderia ser mais claro: o povo está atento e não vai aceitar a volta do ladrão na mão grande, por quem despreza o povo enquanto fala em democracia. 
Foi um brado retumbante em prol da liberdade, da Constituição, da verdadeira democracia.

Leia também “Alexandria, 2026”

terça-feira, 30 de agosto de 2022

Debate na Band: Bolso ganhou, Lula perdeu e mídia apelou - Rodrigo Constantino

Gazeta do Povo - VOZES

Aconteceu o tão esperado debate na Band entre os candidatos para a Presidência da República.  
Silvio Navarro perguntou: Bonner não participa do debate hoje na Band, né? E pelo que constou o PT decidiu mandar Lula mesmo. Big mistake!

Para encerrar o debate, bastava uma só pergunta, como apontou José Medeiros: se o ministro Fachin anular o processo do médico que estuprava gestante durante o parto por ter sido processado no foro errado, você levaria sua esposa para fazer parto com ele? [Por óbvio, a resposta dos que votam no Lua é: LEVARIA.]

Não foi esse o tom do debate, mas foi quaseBolsonaro teve a oportunidade de lembrar dos escândalos de corrupção do lulismo, e sem a ajuda dos apresentadores do JN, Lula não conseguiu se esquivar bem dos golpes.  
Quando Bolsonaro chamou Lula de ex-presidiário, quase desliguei a TV e fui dormir, satisfeito. Foi para isso que paguei meu ingresso!

A imprensa adorou Simone Tebet. Quem? Simone Tebet começou colocando a culpa da tensão entre os poderes no Bolsonaro. “Terceira via" sim, amiguinho. Ficamos na dúvida se no próximo debate ela já vai com o broche do PT ou ainda é cedo para isso. Mas seu papel foi só atacar o presidente, e não seduziu ninguém fora da bolha midiática.

Bolsonaro foi bem na primeira resposta ao deixar claro que não há harmonia entre os poderes pois alguns não toleram o fato de que seu governo é técnico.  
O tempo todo o presidente reforçou essa imagem de que ele é o único diferente ali, em meio a várias marionetes do sistema podre. 
Aliás, quem foi o único que não abriu sendo vaselina e politicamente correto com falsos agradecimentos?

Misoginia é o novo “genocídio”: hipocrisia e vitimismo na campanha eleitoral

Entenda as ilegalidades praticadas contra empresários apoiadores do Presidente
O resumo da narrativa lulista foi bem feito por Flávia Ferronato: "Lula combateu tanto a corrupção que até ele foi preso". É uma piada pronta! Após tantas mentiras deslavadas, estou seguro de que Lula tem mesmo um pé na psicopatia. E isso ficou evidente para a imensa maioria. “Fui absolvido em todos os processos”, disse Lula, espalhando Fake News na cara dura, sem qualquer reação do TSE. Em seguida, ele acrescentou: “Fui absolvido pela ONU”, outra mentira, e esquecendo quem cuida da Justiça no... Brasil. Lula jamais foi inocentado, eis o fato!

Já Ciro tentou bancar o "paz e amor", mas não convence. Aquele que xingava todo mundo tentou posar de conciliador, e tentou jogar cascas de banana para o presidente. Bolsonaro não caiu na armadilha, mostrou o que seu governo fez pelos pobres, lembrou que o PT votou contra tais medidas e trouxe à memória o “fique em casa” e a realidade dos países vizinhos. Golaço.

Ciro é um demagogo da pior espécie,
que finge que o Ceará é uma espécie de Miami. Engana cada vez menos gente com seu discurso desenvolvimentista. Mas ao menos teve dois bons momentos. “Lula é um encantador de serpentes”, disse Ciro, acertando finalmente! E quando Lula reclamou da "fuga" do pedetista para Paris, afirmando que ele ficou ao lado de Haddad, Ciro rebateu: "Você estava preso!"

Ciro perdeu a linha quando tentou lacrar para cima do presidente e Bolsonaro esfregou em sua cara de pau a hipocrisia do machista que disse que a função de sua mulher era dormir com ele na campanha. Ciro teve quase de pedir desculpas por ser homem criado em ambiente machista, tamanho o seu esforço de se mostrar um feminista. Ciro "pacifista" também atacou as armas. Então o “vou receber Moro à bala” era referência às famosas balas Juquinha?!

Sobre os demais candidatos nem vale a pena perder tempo. Eram figurantes. 
Ver um embate entre as duas senadoras era como ver um jogo de times de terceira divisão abrindo um campeonato importante. Foi uma disputa para ver quem lacrava mais, de forma um tanto patética. "Precisamos de uma mulher para arrumar a casa", disse a feminista Tebet, sem se dar conta da piada pronta.

Análise sobre as novas ordens inconstitucionais do ministro Alexandre de Moraes, que configuraram perseguição clara a empresários apoiadores do governo e ataques reais à democracia.

O grande irmão deixou de ser ficção

"Tem mulher que vira onça e eu sou uma delas", disse a tal da Soraya, que pediu reforço em sua segurança como se fosse ela quem tivesse levado a facada do simpatizante do PSOL. Ela estava achando que era teste para a novela Pantanal?! Vale lembrar como a "onça" foi eleita: colando sua imagem em Bolsonaro!

Mas o prêmio de postura mais ridícula ficou mesmo para a nossa imprensa. Nosso jornalismo “profissional”, melhorando muito, fica apenas medíocre. Alguns "jornalistas" foram com tanta sede ao pote para lacrar e detonar o presidente que suas perguntas já traziam premissas absurdas e ataques escancarados.

Uma militante disfarçada de jornalista quis defender cotas para mulher na política. Minha cara, a escolha deve ser por mérito, não cromossomos! Até Lula teve mais bom senso que a militante. 
Outra deu uma de Ciro e lançou números bizarros: um feminicídio a cada 7 minutos! Isso dá uns 75 mil por ano! Mas morrem algo como 45 mil pessoas por ano, a maioria homem jovem. Nenhuma agência de checagem se manifestou?


Lula foi massacrado, Bolsonaro se saiu bem. “O debate na Band parece um filme de bang bang em que vários bandidos querem eliminar o mocinho que está defendendo a população da cidade”, resumiu um leitor. Ao ver o que se passava, cantei a pedra: a militância midiática já prepara a cortina de fumaça para amanhã: só vão falar do “ataque” de Bolsonaro à militante esquerdista.

Como são previsíveis! O consórcio da imprensa destacou em suas manchetes nesta segunda: "Bolsonaro insulta mulher em debate" (Folha); "Bolsonaro vira alvo por ataques a mulheres" (Estadão); "Bolsonaro ataca mulheres" (Globo). 
Isso tudo só porque Bolsonaro afirmou, com toda razão do mundo, que Vera Magalhães é uma vergonha para o jornalismo brasileiro.

Não entendo as feministas. Vivem demandando igualdade de gênero, aí quando partem para o ataque verbal e um homem rebate com firmeza, puxam a cartada do gênero e bancam a vítima com o mimimi.

Claudia Wild resumiu bem o debate: "Lula desanimado por causa da ressaca; Ciro Gomes com a medicação em dia; 2 senadoras disputando o troféu Lacração 2022; o cara do novo fazendo propaganda de leite de soja desnatado e Bolsonaro jogando fatos, números e a realidade na cara de todos eles".

Nem a militância conseguiu esconder a frustração com a participação de Lula. Tentaram colocar Tebet como a vencedora, perguntando a umas 60 pessoas indecisas. Mas a pesquisa no quintal da própria esquerda não mente: quem se saiu melhor no debate?, quis saber o petista Ricardo Noblat. Com mais de 120 mil votos, deu quase 70% para Bolsonaro, e só 10% para Lula. Aceitem que dói menos...

Rodrigo Constantino, colunista - Gazeta do Povo - VOZES


quinta-feira, 11 de agosto de 2022

Eles defendem a “democracia”, MAS adoram Fidel Castro! - Gazeta do Povo

Rodrigo Constantino

O escárnio tomou conta da velha imprensa. Os militantes tucanopetistas não conseguem mais esconder seu viés ideológico, sua histeria antibolsonarista, e para tentar atingir o presidente estão dispostos a tudo, inclusive a fingir que bajuladores de tiranos assassinos são ícones da democracia.

A esquerda quer usurpar a palavra democracia, sem qualquer compromisso real com a essência da coisa. Basta ver o caso de Lula: ele sempre foi companheiro ideológico de Fidel Castro, o maior tirano que o continente já teve. Certa vez, Lula chegou a dizer que Fidel era o líder mais importante das Américas. Democrata?

Lula apoia até hoje o regime venezuelano, e chegou a pedir votos para Nicolás Maduro. Na era Chávez, Lula afirmou que a Venezuela tinha "excesso de democracia", isso quando o regime opressor já perseguia, prendia e matava adversários políticos do socialista.

Bem recentemente, Lula saiu em defesa de seu companheiro da Nicarágua, o ditador Daniel Ortega, que chegou a ser comparado a Merkel pelo petista, justificando sua longa permanência no poder e ignorando as diferenças básicas entre a Alemanha democrática e o modelo autoritário nicaraguense. Democrata?

Não obstante, com todo o seu cinismo que cheira a psicopatia, Lula escreveu: "Defender a democracia é defender o direito a uma alimentação de qualidade, a um bom emprego, salário justo, acesso à saúde e educação. Aquilo que o povo brasileiro deveria ter. Nosso país era soberano e respeitado. Precisamos, juntos, recuperá-lo".

Eis aí a tirania da visão, o monopólio dos fins nobres, a interdição do debate sério e adulto. Democracia é sobre meios, não fins. 
Você "defende" mais comida e emprego para os pobres? Então é um "democrata", diz Lula. 

Em qual manual ele tirou essa definição tosca?
Defender a democracia é defender a ditadura cubana, a ditadura venezuelana ou a ditadura da Nicarágua, como Lula faz? 

Defender a democracia é comandar o mensalão petista, que usurpou a representatividade ao comprar o apoio dos parlamentares eleitos?

Nada disso importa. Os "respeitados" tucanos assinaram a cartinha patética "em defesa da democracia", e nem com a assinatura do próprio Lula desistem de insistir na farsa. "Perfis bolsonaristas menosprezam carta pró-democracia, diz estudo", segundo o site Poder360. Claro que devem menosprezar esse troço: só otário acredita mesmo que é pró-democracia, e não pró-Lula, o que é diametralmente oposto!

Um procurador signatário da cartinha foi ao jornal nesta quarta "explicar" a necessidade de uma defesa da democracia neste momento
O sujeito disse que a carta não era contra ninguém em especial, e logo em seguida passou a detonar Bolsonaro e falar de ameaças imaginárias ao nosso sistema democrático. Fala mansa, é verdade, mas como disfarça mal!
 
Quando o apresentador - já que os comentaristas não puderam participar da entrevista - questionou sobre a corrupção, o procurador disse que a carta era específica sobre democracia, e corrupção é outro assunto, tal como desigualdade social.  
Ele ignorou que a corrupção do mensalão petista corroeu a própria democracia!

Em seguida, o militante petista chamou as manifestações patrióticas pacíficas de "golpistas", e mencionou um pensador esquerdista gringo qualquer para dizer que a preocupação com nossa democracia era "científica". Tão "científica" quanto a "ciência" da esquerda na pandemia. Uma farsa que já veio abaixo também, inclusive com um professor de educação física tratado como especialista pela imprensa toda e que agora já se filiou ao PT para encerrar o teatro.

Tudo no Brasil anda farsesco demais quando se trata de oposição ao governo Bolsonaro. E eis o que temos na prática:  
- o Brasil apresenta os melhores indicadores econômicos da região, enquanto os países vizinhos mergulham no caos inflacionário, na recessão e em escândalos infindáveis de corrupção.
Para piorar, a Argentina lulista passou a considerar a Venezuela e a Nicarágua "países democráticos". Isso sim é virar pária mundial, motivo de chacota e vergonha no mundo todo. [o que se aproveita da Argentina de hoje: Sua Santidade Papa Francisco e Leonel Messi. Claro, também,  o povo argentino - povão -  que são vítimas da esquerda maldita.]
 
Eis aí a "democracia" que os signatários da tal cartinha tucana pregam...
Rodrigo Constantino, colunista - Gazeta do Povo - VOZES
 
 

domingo, 29 de maio de 2022

Até quando? - Ana Paula Henkel

Revista Oeste

O que aconteceu nesta semana em Uvalde, no Texas, e em outras ocasiões semelhantes na história norte-americana vai além do raso debate “mais armas ou menos armas" 

Cruzes com os nomes das vítimas do tiroteio em Uvalde, no Texas, são colocadas do lado de fora da escola Robb Elementary | Foto: Jae C. Hong/AP/Shutterstock
Cruzes com os nomes das vítimas do tiroteio em Uvalde, no Texas, são colocadas do lado de fora da escola Robb Elementary | Foto: Jae C. Hong/AP/Shutterstock

Qualquer tragédia que arrebata vidas humanas é devastadora. Mas uma tragédia que ceifa vidas de crianças inocentes é algo tão avassalador que deixa marcas profundas em todos nós. É difícil sequer imaginar o que os pais e os familiares das 19 crianças mortas nesta semana por um atirador em uma escola no Texas podem estar passando. Como alguém pode cometer uma atrocidade dessa magnitude? E aqui, antes de seguirmos com a nossa conversa semanal, peço, por gentileza, que fechem os olhos por alguns segundos e façam uma prece para essas famílias.

Como sempre fazem, as almas vazias do mundo aproveitaram a tragédia para empurrar suas agendas políticas. Durante uma coletiva de imprensa das autoridades do Texas, com a presença de policiais, do prefeito da cidade de Uvalde e do governador, Gregory Abbott, todos visivelmente abalados pelo terrível evento, o candidato democrata ao governo do Estado, Beto O’Rourke, um dos que participaram das primárias democratas em 2020, resolveu se levantar e ir até a mesa “cobrar” uma resposta do governo sobre o banimento de armas, pauta de seu partido. De maneira desprezível e oportunista, O’Rourke usou a tragédia para impulsionar sua candidatura ao governo do Estado e continuar sob os holofotes.

Enquanto as autoridades do Texas identificavam as vítimas do massacre, avaliavam suas consequências e tentavam, dentro do humanamente possível, cuidar dos familiares das vítimas do massacre, o ex-presidente Barack Obama divulgou uma mensagem no Twitter invocando a morte de George Floyd, assassinado pelo policial Derek Chauvin, em Minneapolis, durante uma prisão, em 25 de maio de 2020. Em um malabarismo insensível e bizarro, Obama conectou o tiroteio da escola em Uvalde ao segundo aniversário do assassinato de Floyd: “Enquanto lamentamos os filhos de Uvalde hoje, devemos ter tempo para reconhecer que dois anos se passaram desde o assassinato de George Floyd sob o joelho de um policial. Sua morte permanece com todos nós até hoje, especialmente aqueles que o amavam”, tuitou o ex-presidente. Narcisismo e psicopatia em estado puro.

Mais armas X menos armas
Longe das abjetas tentativas de usar a inimaginável dor de pais e mães para as agendas políticas, é preciso abordar de maneira honesta e com maior profundidade alguns pontos importantes que podem estar mudando os perfis da sociedade norte-americana, principalmente dos adolescentes. O que aconteceu nesta semana em Uvalde e em outras ocasiões semelhantes na história norte-americana vai além do raso debate “mais armas ou menos armas”. A própria expressão “tiroteio em massa” (mass shooting), usada em eventos como esse, já carrega em si uma ansiedade difícil de ser controlada. Nos Estados Unidos, existem várias definições diferentes, mas comuns, de “tiroteios em massa”.

O Serviço de Pesquisa do Congresso define tiroteios em massa como incidentes múltiplos, com arma de fogo e homicídio envolvendo quatro ou mais vítimas em um ou mais locais próximos uns dos outros. A definição do Federal Bureau of Investigation (FBI) é essencialmente a mesma. Muitas vezes há uma distinção entre tiroteios em massa privados e públicos, como uma escola, um local de culto ou um estabelecimento comercial. Os tiroteios em massa realizados por terroristas estrangeiros não estão incluídos, não importa quantas pessoas morram ou onde o tiroteio ocorra. Essas formulações são certamente viáveis, mas o limite de quatro ou mais mortes é arbitrário. Há também exclusões importantes. Por exemplo, se 20 pessoas são baleadas, mas apenas duas morrem, o incidente não é um tiroteio em massa. Mas nada disso importa quando essas tragédias acontecem. O fato é que, em menos de duas semanas, Salvador Ramos, 18 anos, matou 19 crianças e dois professores em uma escola primária no Texas, e Payton Gendron, também de 18 anos, assassinou dez pessoas em um supermercado em Buffalo, Nova Iorque.

Ambos, Gendron e Ramos, tinham sérios distúrbios mentais. As pessoas ao seu redor sabiam disso. Família, amigos, escolas. Ambos os assassinos disseram a outras pessoas que planejavam cometer um tiroteio em massa e então o fizeram. O atual sistema de alerta em vigor não está funcionando. O que, de fato, está acontecendo com muitos jovens? 
Uma pessoa que tem a intenção de cometer violência é muito difícil de ser parada em qualquer circunstância. 
Um ato do Congresso norte-americano não vai fazer isso, nem o controle de armas, nem a extinção da Segunda Emenda. 
Há mais armas nos Estados Unidos do que pessoas, cerca de 400 milhões. Sempre houve. 
Seja qual for sua opinião sobre esse fato, os norte-americanos nunca se disporão de suas armas. 
A Constituição proíbe isso e uma nova guerra civil provavelmente seria desencadeada se a proposta fosse adiante.
 
Sobre controle de armas, quer você concorde com ele ou não, isso não impedirá o próximo Payton Gendron ou Salvador Ramos de agirem, e toda pessoa racional sabe disso. 
Quem puxa o gatilho, esfaqueia, queima, atropela são pessoas, e a única maneira de parar muitos desses assassinatos é descobrir por que a sociedade norte-americana (assim como a brasileira) está produzindo tantos jovens violentos. 
Há uma razão pela qual eles estão agindo dessa maneira. Qual é esse motivo? 
E não são apenas atiradores em massa na América, esses que aparecem diabolicamente de tempos em tempos na televisão. 
Nos Estados Unidos e também no Brasil, são bandidos armados com armas ilegais, ladrões de carro, de estabelecimentos e residências. 
Por que estão agindo assim? 
Essa deveria ser uma das principais perguntas em todo esse contexto. Obviamente, é um dos pontos que democratas odeiam abordar, porque cavar soluções dentro de problemas complexos acabaria por enterrar as agendas políticas.

Armas, big techs e big pharmas
Poucas horas depois de 19 crianças terem sido assassinadas, o presidente dos Estados Unidos fez um pronunciamento na televisão e o tom não foi de união ou elevação do espírito de uma nação profundamente ferida e em agonia.  
Em vez disso, ele aproveitou a oportunidade para mais uma vez discutir com quem não votou nele, e o fez, como sempre, de maneira vergonhosa. Biden disse: “Como nação, temos de perguntar: ‘Quando, em nome de Deus, vamos enfrentar o lobby das armas? Quando, em nome de Deus, saberemos dentro de nós o que precisa ser feito? Para que, em nome de Deus, você precisa de armas, exceto para matar alguém?’ É simplesmente doente e os fabricantes de armas passaram duas décadas comercializando agressivamente armas, o que os torna maiores e com maior lucro. Pelo amor de Deus, temos de ter a coragem de enfrentar a indústria”.
 
As crianças estão morrendo porque o lobby das armas está lucrando. A desonestidade chega a ser inacreditável. E irracional também. Logo após o terrível tiroteio, o New York Times publicou a mesma ideia sobre o lobby das armas. Só não contaram que a National Rifle Association (NRA) declarou falência no ano passado, enquanto as big techs gastaram mais de US$ 70 milhões fazendo lobby no Congresso. 
As big pharmas gastaram US$ 92 milhões também fazendo lobby em Washington apenas no primeiro trimestre de 2021, enquanto a NRA gastou US$ 2,2 milhões em todo o ano de 2020, ano de eleições presidenciais. Seja qual for o problema, não é o lobby das armas que está matando pessoas inocentes. Este é um assunto muito sério para bobagens como essa, empurrada pela assessoria do Partido Democrata, ou a velha imprensa norte-americana, como preferirem.
 
Segundo uma pesquisa feita pela ABC News, “cerca de 11% dos crimes violentos na cidade de Los Angeles envolveram um sem-teto em 2018, 13% em 2019 e 15% em 2020”
Tenha em mente que os moradores de rua representam cerca de 1% da população total de Los Angeles, mas estão envolvidos em quase um quinto de todos os crimes violentos na cidade. 
Ah, mas não há nada para ver aqui. Circulando, circulando. 
Todos aqui em Los Angeles sabem que isso está acontecendo porque esses números aumentam a cada ano. 
E o que está acontecendo nas ruas também acontece nas escolas.

O que mudou?
O diretor-executivo da Associação Nacional de Oficiais de Recursos Escolares, Mo Canady, disse recentemente em uma entrevista que as escolas estão “vendo mais agressão em termos de brigas e roubos”. Segundo Canady, isso não costumava acontecer, mas está acontecendo agora em grande intensidade. Por quê? Não são armas. Não é sobre o lobby de armas
Mais famílias norte-americanas tinham armas em casa há 50 anos do que agora. De acordo com a Rand Corporation, 45% dos lares norte-americanos tinham uma arma em 1980. Em 2016, isso caiu para 32%. Então o problema não é que estamos mais armados do que estávamos. O problema é que as pessoas mudaram. Os jovens mudaram e estão mais violentos. Por quê?

Essa deveria ser a conversa bipartidária aqui nos Estados Unidos e a que deveria unir políticos de todos os espectros no Brasil. Mas ela vem sendo abafada por lunáticos que buscam atenção e que esperam apenas ganhar a próxima e a próxima e a próxima eleição, sem se preocupar, de fato, com as raízes profundas de problemas que não são simples.

Mais de 107 mil norte-americanos morreram de overdose de drogas em 2021. Esse é o maior número anual de mortes já registrado e um aumento de 15% em relação ao ano anterior

Provavelmente existem muitas causas para essas dificuldades e transtornos em adultos e adolescentes. O uso de antidepressivos nos Estados Unidos — como no Brasil — está aumentando dramaticamente. Entre 1991 e 2018, o consumo total de Selective serotonin reuptake inhibitors (SSRIs), ou inibidores seletivos da recaptação de serotonina, aumentou nos EUA em mais de 3.000%. Esses inibidores deveriam reduzir doenças mentais, mas algo não está indo na direção correta. No Canadá, as prescrições de antidepressivos financiadas pelo Estado para jovens dobraram na última década
Durante os lockdowns da pandemia, as prescrições dos inibidores aumentaram ainda mais. Um grupo de farmácias chamado “Express Scripts” relatou que as prescrições de antidepressivos aumentaram mais de 20% durante a pandemia de covid. De acordo com os números mais recentes, mais de 40 milhões de norte-americanos estão tomando drogas psicoativas. Isso é aproximadamente uma em cada dez pessoas!

Mostrei esses dados a uma amiga médica que está no campo da psiquiatria há quase 30 anos, e ela relatou que está assustada com o movimento dos antidepressivos na América. O objetivo dessas drogas é tornar o indivíduo mentalmente mais saudável, reduzir o suicídio e a violência, mas, ainda assim, as taxas de suicídio e violência estão aumentando. Não sabemos se isso é causalidade, mas precisamos encarar esse assunto com profissionalismo e preocupação. Novos números divulgados nesta semana pelo Centers for Disease Control and Prevention, o hoje famoso CDC, mostram como as overdoses de drogas aumentaram durante a pandemia. Mais de 107 mil norte-americanos morreram de overdose de drogas em 2021. Esse é o maior número anual de mortes já registrado e um aumento de 15% em relação ao ano anterior.

O isolamento humano através das telas digitais
Mas, então, as pessoas estão usando mais drogas, estão mais instáveis, estão se matando com maior frequência e, em outros casos, matando outras pessoas. O problema é tentar encontrar a raiz da mentalidade de quem mata crianças em uma escola primária! A pessoa deve estar tão terrível e profundamente desconectada de outros seres humanos que isso pode parecer normal, como uma regra que se aplicaria a todos nós. O que poderia estar aumentando o sentimento de desconexão que temos um do outro? Pesquisando alguns dados na internet, encontrei que, em 2020, os adultos nos Estados Unidos passavam em média oito horas todos os dias nas mídias e nas plataformas digitais olhando para uma tela. Os lockdowns eternos pioraram, e muito, essa situação. É claro que não estou apontando para uma, duas ou qualquer causa certa para insanos possuídos matarem pessoas, não acredito que haja uma única causa, mas não é difícil ver que esse isolamento humano através das telas digitais pode estar pesando mais do que imaginamos. Em relação a 2019, esse aumento foi de 20%.

Charles Krauthammer, proeminente escritor norte-americano, comentarista político, médico psiquiatra por Harvard e colaborador-chefe do terceiro Manual Diagnóstico e Estatístico de Transtornos Mentais (falecido em 2018), disse, após um tiroteio em massa no Washington Navy Yard, em setembro de 2013, que há muitos doentes mentais em nossa sociedade e que precisamos parar de ignorá-los, especialmente quando políticos travestem esse isolamento covarde e vil com vestes de falso amor e cuidado. Krauthammer, vencedor do Prêmio Pulitzer em 1987, disse: “Ele (o atirador) precisava de ajuda. Há 30 anos, os policiais o teriam levado para uma sala de emergência psiquiátrica. Ele provavelmente teria recebido antipsicóticos e provavelmente teria sido hospitalizado por algumas semanas. Era assim que se fazia nos anos 1970, quando eu exercia a psiquiatria, mas hoje isso não acontece. Os policiais foram embora e ele foi deixado sozinho. Ele era um homem que não deveria estar sozinho. Ele deveria ter o Estado cuidando dele e acabou matando pessoas. Olha, você quer respeitar as liberdades civis de todos, mas há um ponto em que, se você não assumir o controle de pessoas que estão claramente fora da realidade, você está prejudicando essas pessoas, expondo-as e, claro, expondo tragicamente muitos inocentes ao seu redor”.

No rescaldo de tragédias como a desta semana no Texas, e outras como Columbine, Parkland, Sandy Hook, os norte-americanos ouvem as características compartilhadas dos atiradores: normalmente são jovens do sexo masculino que obtiveram uma arma normalmente de maneira ilegal, usaram drogas ou estão fazendo uso de antidepressivos pesados, abandonaram a escola e cometeram ou planejaram suicídio como o grand finale para seus assassinatos, além de sérios problemas familiares com lares sem pais.

A mente humana é complicada. Fato. Mas paramos de falar de pessoas para dar lugar ao coletivismo macabro que ignora o indivíduo, seus problemas e as consequências muitas vezes diabólicas de seus atos. O que esses assassinos têm em comum? A resposta aos tiroteios em massa nos Estados Unidos ou à criminalidade no Brasil não pode ser a sempre fácil e rasa retórica de confisco universal de armas. A falsa bondade em ignorar doentes mentais ou viciados em drogas, sejam as ilícitas, sejam as com prescrição médica, pode ter um preço alto demais e sem volta. Foi assim que, nesta semana, a pequena cidade de Uvalde, no Texas, mudou para sempre.

Leia também “O ativismo judicial e a barbárie”

Ana Paula Henkel, colunista - Revista Oeste


quarta-feira, 3 de junho de 2020

Uma aberração de circo - J.R. Guzzo



O ministro Luís Roberto Barroso, do Supremo Tribunal Federal, fez na última segunda feira um discurso no qual deu uma opinião surpreendente sobre o Brasil e o momento presente. “Nós já percorremos e derrotamos o ciclo do atraso”, disse Barroso. “Hoje vivemos sob o reinado da Constituição, cujo intérprete é o STF.” Em seguida, achou oportuno observar que o Supremo, “como qualquer instituição em uma democracia, está sujeito à crítica pública”. De qual Brasil estaria falando Barroso? Dois dias depois, o ministro Alexandre de Moraes, do mesmo tribunal, ordenou que agentes da Polícia Federal fizessem 29 operações de busca de documentos, apreensão de celulares, quebra de sigilo bancário e outros atos de repressão contra editores de blogs pró-governo e anti-STF, indivíduos diversos, incluindo um humorista e oito deputados no exercício dos seus mandatos, seis deles federais. Não foram acusados, legalmente, de nada: só se informou que fazem ataques destrutivos contra o tribunal e a democracia nas redes sociais. No Brasil de Moraes, o STF não está sujeito a críticas que ele, Moraes, não aprova.