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quinta-feira, 21 de abril de 2016

As mentiras que enterram Dilma

As mentiras que enterram o governo

Estratégia petista de difundir à exaustão uma versão falsa do processo de impeachment pode ter vitimado a própria presidente

De tanto repetir que está sendo “vítima de um golpe”, é possível que a presidente Dilma Rousseff hoje acredite que isso seja verdade. De tanto tentar desqualificar seus opositores e afirmar que, uma vez no poder, eles acabarão com os programas sociais instituídos no País nas últimas décadas, não é improvável que se julgue estar de fato defendendo direitos alheios. Dilma, dessa forma, revela que pode ter sido vítima, sim, mas da estratégia petista de tentar se perpetuar no poder através da propagação incessante de falácias. 

Numa versão contemporânea do antigo ditado que diz que uma mentira repetida infinitas vezes acaba se tornando verdade, os defensores da presidente decidiram adotar em sua defesa a tática de usar, em todas as aparições públicas de Dilma, Lula ou de qualquer de seus principais quadros, o mesmo discurso descolado da realidade que, ao invés de contrapor as acusações com fatos, cria um cenário ilusório e ofende outros poderes constituídos. 

O grande problema dessa estratégia é que, como um castelo de cartas, ela é frágil e pode ser facilmente derrubada com a verdade. Na semana passada, diante da insistência de Dilma em pregar com argumentos falsos, surgiu uma série de decisões judiciais, declarações e notas desmontando a sua versão. São incontáveis as vezes em que Dilma procedeu como na segunda-feira 18, dia seguinte à votação na Câmara dos Deputados que decidiu por autorizar o Senado a instaurar o processo de impeachment.

Num pronunciamento seguido de entrevista coletiva no Palácio do Planalto, a presidente disse que acompanhou todas as declarações dos deputados que votaram a favor do seu impedimento e que quase nenhum deles usou como justificativa o cometimento de crime de responsabilidade, o enquadramento legal reservado aos governantes que desrespeitam a Lei de Responsabilidade Fiscal. “A Constituição estipula que é necessária a existência do crime de responsabilidade para que um presidente possa ser afastado do cargo. Recebi 54 milhões de votos e me sinto indignada”, afirmou. Mais uma vez, a presidente recorreu à artimanha de se apresentar como vítima de um golpe. “Estou tendo meus direitos torturados.”

Torturados, nesse caso, foram os fatos. Intencionalmente, Dilma ignorou um processo legal, respaldado na mesma Constituição que ela reivindica para desqualificá-lo. Um processo que tramitou na Câmara, obedecendo prazos legais e deu a seu defensor, o advogado-geral da União, José Eduardo Cardozo, a oportunidade de expor os argumentos do governo contra as acusações que pesam contra ela. Um processo que, às vésperas de ir à votação em plenário, foi questionado, sem êxito, no Supremo Tribunal Federal (STF). A chefe do Executivo desconsiderou, ainda, uma votação encerrada com folgada margem pró-impeachment. Durante a entrevista no Planalto, a presidente falou que tem certeza de que os deputados sabem que ela não cometeu crime de responsabilidade. Essa não foi a conclusão do Tribunal de Contas da União, instituição auxiliar do Parlamento. Os ministros do TCU consideraram, por unanimidade, que a presidente Dilma Rousseff incorreu nas “pedaladas fiscais” para atrasar repasses a bancos públicos a fim de cumprir as metas parciais da previsão orçamentária. Fez isso em 2014 e insistiu em 2015.
Lula quer desqualificar o impeachment. Na lógica petista, uma mentira contada muitas vezes se torna verdade
Consta que Lula recebeu convite para ser ministro do satanás; o belzebu de Garanhuns está em dúvidas sobre em qual dos dois ministérios que lhe foram ofertados pode desviar mais enxofre 
 
Em vez de aceitar o que a realidade lhe impõe, a mandatária criou o hábito de atacar adversários. Então, misturou fatos com ilações. Um dos alvos foi o presidente da Câmara, Eduardo Cunha (PMDB-RJ). “(Ele) tem um retrospecto que não o abona para ser juiz de nada, abona para ser réu”. É fato: existem contra Cunha graves acusações no Petrolão, mas isso é problema para seus pares e para o Supremo Tribunal Federal (STF). Dilma também dirigiu críticas ao vice-presidente, Michel Temer. Em um texto divulgado nas redes sociais anterior à votação do processo de impeachment, a petista acusou Temer de querer acabar com programas sociais. “Querem revogar direitos e cortar programas sociais como o Bolsa Família e o Minha Casa Minha Vida’, afirmou. É ilação. O PT usa, com frequência, como arma política a acusação de que adversários irão acabar com os benefícios sociais. Fez isso na última campanha presidencial, quando desconstruiu a candidatura de Marina Silva (Rede). Temer já deu inúmeras declarações públicas defendendo esses benefícios.

A presidente repete à exaustão que não há acusações contra ela, numa referência à Operação Lava-Jato. “Meu nome não está em nenhuma lista de propina. Tampouco sou suspeita de qualquer delito contra o bem comum”, afirmou. Pode-se chamar esse discurso de meia-verdade. Se não há, de fato, indícios de enriquecimento, existem nas investigações que apuram corrupção na Petrobras depoimentos de delatores afirmando que Dilma sabia do Petrolão e indicando o uso de propina em suas campanhas. O senador Delcídio do Amaral (MS), ex-líder do governo, implicou a petista na tentativa de barrar a investigação. De acordo com Delcídio, Dilma teria nomeado o ministro Marcelo Navarro para o Superior Tribunal de Justiça (STJ) com a missão de liberar empreiteiros presos pela Polícia Federal. A presidente e o ministro Navarro negaram a existência de qualquer acerto escuso. 

O senador acusou o ministro da Educação, Aloizio Mercadante, de tentar convencê-lo a não fechar a delação, oferecendo inclusive ajuda financeira. Não teria sido uma ação isolada do ministro, mas uma ação coordenada pelo Planalto. O procurador-geral da República, Rodrigo Janot, enviou ao ministro Teori Zavascki, do Supremo, o conteúdo da delação premiada de Delcídio para que seja avaliada a abertura de inquérito contra Dilma. Interferir em investigações é crime. Na quarta-feira 20, Zavascki, numa demonstração de que o teor dos depoimentos de Delcídio teria respaldo nos fatos, decidiu anexar trechos da delação que fazem citações a Dilma, Temer e Lula no principal inquérito da Lava Jato.

A estratégia de tentar desqualificar o processo de impeachment ganhou agora uma versão internacional. Dilma decidiu levar sua tese de “golpe” para um discurso na ONU. Ainda no Brasil, disse a jornalistas estrangeiros que, por trás da tentativa de impedimento, estaria o objetivo de um grupo de chegar à Presidência sem ter que se submeter à vontade popular. “É (o processo de impeachment) a maior fraude jurídica e política da história do País”, afirmou. A verdade é que não há ilegalidades no processo de impeachment. A Constituição prevê a possibilidade de cassação quando o governante comete crime. A presidente atenta contra os outros poderes quando diz que o processo é ilegal. Coube ao ministro Celso de Mello, decano do Supremo, afirmar na quarta-feira 20 que a presidente chamar o processo de impeachment de golpe é “gravíssimo equívoco”. O ministro Gilmar Mendes disse que o quadro é de “normalidade”. Além disso, Dilma esquece que o PT foi o partido que mais lançou mão do instrumento, em mandatos anteriores, contra presidentes então no cargo.

Além das reações no Judiciário, as ilações de Dilma provocaram repúdio de parte majoritária do Legislativo. Em nota, 15 partidos que apoiaram a abertura do processo de impeachment acusaram a presidente de “encenar” para a imprensa estrangeira que é vítima de um golpe.  Apoiado por presidentes e líderes de legendas como o PMDB, o PSDB, o DEM e o PSB, o comunicado afirma que Dilma “inverte sua posição de autora em vítima” e repudia “o “triste espetáculo” protagonizado pela presidente. Os oposicionistas alegam que, ao tachar a decisão de golpista, Dilma omite que o rito da tramitação do processo de impeachment foi “chancelado” pelo STF. Entidades que representam procuradores e advogados públicos federais repudiaram a utilização da estrutura da Advocacia-Geral da União para fins partidários. Sem mencionar o nome do ministro José Eduardo Cardozo, da AGU, os servidores criticam a atuação dele por se manifestar classificando como “golpe” o processo de impeachment. “Não é possível admitir que o advogado-geral da União desvirtue o exercício da função atribuída à instituição e atente contra atos praticados por outros Poderes da República”, diz o texto das entidades.

Com o avanço do processo de impeachment, que nesta semana começa a ser analisado pelo Senado, a presidente tenta empurrar a opinião pública contra seus adversários. “Os golpistas já disseram que será necessário impor sacrifícios à população”, afirmou. Mas a própria Dilma já reconheceu a necessidade de o País adotar um severo ajuste fiscal. No início do segundo mandato, ela colocou Joaquim Levy no ministério da Fazenda para promover um pacote de austeridade. Não só não cumpriu o que prometeu como aumentou gastos públicos, sobretudo na liberação de verbas que objetivavam cooptar parlamentares a votar em seu favor. E os poucos cortes efetuados atingiram, diferentemente do que alega Dilma, programas de cunho social como o Pronatec, uma de suas bandeiras eleitorais. 

Desesperado para tentar embolar o impeachment no Senado, o governo tenta agora mais uma de suas manobras diversionistas. Senadores governistas conseguiram reunir 27 assinaturas e apresentaram na terça-feira 19 uma proposta de emenda constitucional para a convocação de novas eleições presidenciais. Nenhum dos oposicionistas aderiu. O próprio governo sabe muito bem que não tem a menor chance de isso passar entre os senadores e muito menos entre os deputados. De acordo com parlamentares ouvidos por ISTOÉ, trata-se de uma “cortina de fumaça”. Petistas e alguns apoiadores de esquerda optaram por essa estratégia como uma tentativa de reforçar a tese de “golpe”, com que tentam rotular o processo de impedimento que conta com apoio regimental da Câmara e tem o Supremo como árbitro. O curioso é que esta ideia “republicana” de dar voz aos eleitores novamente só surgiu após a entourage da petista tentar de tudo para evitar o afastamento de Dilma e ainda assim perder a votação no domingo 17.

Rolando lero
José Eduardo Cardozo joga com as palavras para defender o indefensável
O advogado-geral da União, José Eduardo Cardozo, se esmera em defender o indefensável. Mal terminara a aprovação do processo de impeachment na Câmara, ele já concedia entrevistas desqualificando a Casa. Cardozo, mais uma vez, rompeu o seu papel institucional. 

Disse que os deputados tomaram uma decisão “absolutamente política”. Esqueceu-se que, se Dilma Rousseff não tivesse cometido crimes de responsabilidade, não sofreria processo algum. O fato é que ela infringiu a lei ao cometer as chamadas pedaladas fiscais e ao emitir decretos sem autorização do Legislativo. Mas Cardozo foi além. Afirmou que a decisão era golpista. “Um golpe na democracia, um golpe nos 54 milhões de brasileiros que elegeram a presidenta Dilma, um golpe numa Constituição que foi fruto de uma conquista histórica do povo brasileiro depois da ditadura de 1964”, disse. 

Antidemocrático é querer desqualificar o voto de 367 deputados. O que beira o golpismo é dizer que um processo de cassação que teve o rito aprovado pelo STF viola a Constituição. Cardozo só não parece achar errado usar a estrutura de um órgão como a AGU, que deveria zelar pelo patrimônio do Estado, para defender uma presidente acusada de prejudicar os cofres públicos. Quem responde a crimes não é a figura institucional da presidência da República, é a pessoa física Dilma Rousseff. Cardozo não deveria usar o cargo para defendê-la. Nem provocar crises institucionais.

Fotos: WILTON JUNIOR/ESTADÃO CONTEÚDO; ANDRÉ DUSEK/ESTADÃO CONTEÚDO; Pedro Ladeira/Folhapress 

 


Lula, ministro nunca mais!

Não há data para que a liminar, e outros recursos contra a posse que estão nas mãos do ministro Teori Zavascki, voltem a ser julgados 

A decisão tomada pelo Supremo Tribunal Federal (STF) de não julgar, ontem, o mérito da liminar do ministro Gilmar Mendes que suspendeu a posse de Lula como ministro-chefe da Casa Civil da presidência da República, significou muito mais que um simples adiamento do exame do caso. Significa que Lula não será mais ministro do governo Dilma.

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Não há data para que a liminar, e outros recursos contra a posse que estão nas mãos do ministro Teori Zavascki, voltem a ser julgados. Se o Senado admitir receber o pedido de impeachment aprovado na Câmara dos Deputados, Dilma será obrigada a se afastar do cargo até o seu julgamento em um prazo de 180 dias - ou antes disso. Assumirá Temer. E no governo dele não haverá lugar para Lula.

Ele, porém, continuará a salvo da Lava-Jato mesmo sem o fórum especial a que têm direito os ministros de Estado. Tudo por que o STF ordenou ao juiz Sérgio Moro que suspendesse as investigações contra Lula. Um dia o STF devolverá Lula aos cuidados de Moro, que por ora está impedido de prendê-lo mesmo que quisesse e dispusesse de provas para isso. [mas os filhos de Lula e a esposa Marisa 'botox' estão sob os jugo do Moro e poderão ser presos no momento em que Sérgio Moro entender necessário.
E o traste do Lula logo será devolvido aos cuidados da Vara Federal de Curitiba.]

Fonte:  O Globo - Blog do Noblat 

 

A crise viaja a Nova Iorque


Se além de cair, Dilma prefere também ser motivo de galhofa no exterior, que persevere nos seus propósitos

[o caso de Dilma agora é psiquiátrico; a mulher desorientou de vez; vai chorar nos pés do Obama reclamando que está sendo vítima de um golpe previsto na Constituição, regulado pelo STF e votado pelo Congresso.
Somos contrários ao Brasil não possuir armas nucleares - mas, na situação atual até que é bom. Já pensou se essa mulher tem o controle do botão?
Por sorte a única bomba nuclear que Dilma tem acesso é um neurônio solitário em seu cérebro baldio.] 

No dia em que a taxa de desemprego no trimestre encerrado em fevereiro último ultrapassou a casa dos 10%, a mais alta desde que o IBGE iniciou suas pesquisas em 2012; em que se soube que 10,4 milhões de brasileiros estão em busca de trabalho; e que o governo, ficou com nove ministérios sem titulares porque mais três ministros do PMDB o abandonou, a presidente Dilma gastou parte do seu tempo com a arrumação de malas para embarcar com destino a Nova Iorque.

Pretexto da viagem: participar de uma cerimônia na sede da Organização das Nações Unidas onde será assinado o Acordo do Clima, aprovado em Paris no ano passado. Motivo real: aproveitar o pronunciamento que fará lá para denunciar “o golpe” que ameaça tirá-la do poder. Se tudo correr como ela planejou, dará várias entrevistas à imprensa internacional para dizer que a democracia, entre nós, corre sério risco. Trata-se de uma mentira. Mas nada demais para quem se reelegeu à base de mentiras.

Dilma foi desaconselhada a falar de golpe no exterior pelos ministros que a cercam. Três ministros do Supremo Tribunal Federal (Celso de Mello, Dias Toffoli e Gilmar Mendes) voltaram a repetir, ontem, que impeachment não é golpe. Nunca um presidente da República por aqui, nem ex-presidentes depostos como foram João Goulart em 1964 e Fernando Collor em 1992, ousaram falar mal do país lá fora. É o que Dilma, porém, está pronta para fazer.

Se o fizer, dará mais um tiro no próprio pé. No pé, não: desta vez dará um tiro no peito ou na cabeça. Parte da imprensa internacional comprou o discurso de Dilma e do PT de que o impeachment é golpe. Mas fora os governos de alguns países como a Bolívia e a Venezuela, os demais não compraram porque sabem que não é. Como poderia ser se o que ela chama de golpe é um processo previsto na Constituição, regulado pela mais alta corte da Justiça, e votado pelo Congresso?

Quer dizer que Temer, o maior golpista, segundo Dilma, a substituirá enquanto ela estiver fora do país, devolverá o poder tão logo ela entre de volta no espaço área brasileiro, e tudo isso acontecerá em meio a um golpe que estaria a poucos meses de se completar? Patético! Ridículo!

Se além de cair, Dilma prefere também ser motivo de galhofa no exterior, que persevere nos seus propósitos.

Fonte: Ricardo Noblat - Blog do Noblat 


O que une o Brasil



Dilma ainda não foi desmascarada em metade de seus malfeitos. Que a investigação continue. E que todos os bandidos políticos sejam punidos por seus crimes 

Não sei como será o julgamento de Dilma Rousseff no Senado, mas espero que o nível dos votos seja melhor. Porque aguentar horas de arroubos suados "pela minha esposa", "pelos meus netos e o que está por vir", "pela minha tia Eurídice que cuidou de mim pequeno", "por Deus e pela honra de minha família", "pela bandeira de minha cidade", "por Marighela", "pelas vítimas da ditadura", "pelos corretores de seguro", "pelo fim da vagabundização remunerada",  "pelos policiais", "pelo fim do Estatuto do Desarmamento", "pelo fim da troca de sexo" e, por fim, "pela memória do coronel Ustra", conhecido [acusado de ser; embora todos os processos que o acusavam foram arquivados pela Justiça.]  torturador militar, foi, sim, demais da conta.

Vamos reduzir os votos de 10 segundos para 5 segundos na próxima etapa para evitar esse vexame todo? Sim ou não?  Não entendo o motivo do choque nas redes sociais com nossos representantes na Câmara de Deputados. Ninguém sabia que eles eram assim? O desconhecimento dos eleitores, mesmo os com diploma universitário, vai a esse ponto? Não sabíamos da indigência no idioma? Nem da falta de articulação, da falta de pruridos, da falta de raciocínio, da falta de classe, da falta de princípios, da falta de compromisso com ideias?

Ao vivo, dizem, é pior. Concordo. Muitos deputados pareciam imbuídos de uma missão divina, extraterrestre. Começavam num tom baixo e iam aumentando a um ponto tal que eu me encolhia na cadeira. Baixou a Janaina Paschoal na maioria deles. Surto coletivo das cobras. Poucos foram sóbrios.

Alguém esperava algo diferente dessa figura lamentável que é Jair Bolsonaro? Pergunta-se como alguém que elogia um torturador em público pode ser mito em um país democrático. [Bolsonaro será o futuro presidente do Brasil e terá como seu vice o senador Ronaldo Caiado - entendam brasileiros que a maior parte do eleitorado elegeu e reelegeu coisas como Lula e Dilma.......... qualquer mudança é lucro................e Bolsonaro, tendo como vice o Caiado,  devolverá aos brasileiros do BEM o orgulho de ser brasileiro.]  O pior é que ele é de fato ídolo de muita gente no Brasil. Os seguidores de Bolsonaro são, para a nossa felicidade e alívio, uma minoria, mas há muitos por aí que disfarçam a admiração que sentem por ele. Sempre existirão Bolsonaros em todos os países, não podemos nos iludir. Ele deveria ser processado por quebra de decoro, porque defender tortura dentro do Congresso e diante da nação equivale a crime contra a humanidade. [o verme do ex-BBB, especialista em defender tudo que não presta, no entendimento de muitos profissionais da imprensa deveria ser condecorado por ter cuspido em Bolsonaro. Será isso que Dona Ruth pensa? defende?

A leitura do artigo primeiro do Código Penal Brasileiro, em plena vigência, sepulta o argumento de que defender tortura é crime. Vejam: Código Penal Brasileiro - artigo 1º - não há crime sem lei anterior que o defina nem pena sem previa cominação legal.]  Por outro lado, um voto desses é salutar por expor as vísceras do autoritarismo - que só assim pode ser combatido.

Outra coisa que chocou o país foi ver centenas de votos "pelo impeachment e pelo fim da corrupção" dirigidas, em tom de reverência, a Eduardo Cunha, campeão de acusações de enriquecimento ilícito por propinas e contas secretas na Suíça. "Presidente (Cunha), eu digo sim ao impeachment, sim ao fim da corrupção!". Essa fala dava um tom tragicômico à votação. De vez em quando um se revoltava e vinha com o dedo em riste chamando Cunha de canalha e ladrão. Cunha reagia assim: "como vota, deputado? como vota, deputado?" Já vi muitas sessões de Congresso em vários países ocidentais. Nunca vi nenhum parlamentar que não mova um músculo do rosto ao ouvir um colega o chamar de canalha e ladrão aos gritos. É caso de estudo esse Eduardo Cunha. Quanto mais cedo sair, melhor para o Brasil.

Não entendo a indignação dos governistas e petistas com a traição de todos os partidos de aluguel que eram da "base aliada" do PT. Ora, por acaso o PT fez algum esforço na última década para se manter fiel a suas raízes? Algum esforço para manter no Partido seus fundadores? Ou preferiu "fazer como todos faziam" e se aliar a todas as oligarquias rurais e corruptas que agora são acusadas de golpe? PP, PR, Maluf, Sarney, estavam todos sustentando Lula e Dilma. Quem é desleal com sua própria história não pode esperar lealdade de alienígenas.

Dilma abusou do erro - como presidente, como líder e como pessoa. Quando se escolhe um vice, e ela, Dilma, escolheu o decorativo Michel Temer, deve-se cortejá-lo, deve-se dar a ele o papel devido na liturgia, pois a carinha do outro está na chapa que ganhou 54 milhões de votos. Dilma deu tanto as costas a Temer que ele aproveitou sua fragilidade e a crise econômica do país para dar o bote. Dilma nunca foi engolida pelo PMDB nem pelo baixo clero. Foi, no máximo, tolerada. Lembram aquele áudio constrangedor da conversa do prefeito do Rio Eduardo Paes com Lula, reclamando do "mau humor" de Dilma? Lula sabia muito bem que essa era uma verdade universal no governo Dilma. O mau humor. A arrogância. A centralização. Dilma não foi talhada para ser uma presidente, e menos ainda uma presidente popular.

Não foi o fim da série, mas ontem vimos o último episódio de uma temporada. A baixa qualidade da Câmara ficou escancarada. A quem diz tratar-se apenas de nossa imagem refletida no espelho, é bom lembrar que apenas 35 dos 513 deputados foram eleitos por voto próprio - a grande maioria foi carregada pelas legendas dos partidos. Isso não nos exime de culpa. Por muito tempo o brasileiro só quis saber de carnaval, samba, suor, cerveja, praia, futebol e consumo. Alienou-se totalmente da política e até de se informar sobre o exercício da política partidária, como se não tivéssemos nada a ver com isso. Quantas vezes comentamos que nossos hermanos argentinos tinham muito mais consciência política do que nós. O que fazer para o brasileiro se interessar por política?

Já não é este o caso. Aos atropelos, empurrada por uma crise que desemprega, mata e pune com mais severidade as classes mais desfavorecidas e a classe média, Dilma sofre um pedido de impeachment que não inclui metade de seus malfeitos. Gostaria de ver investigado em detalhes o papel de Dilma no cenário arrasado da Petrobras, de Pasadena, de Belo Monte. Gostaria de ver investigada em detalhes a ligação do PT com o assassinato de Celso Daniel. Gostaria de ver investigado em detalhes o absurdo enriquecimento de Lulinha. Gostaria que José Dirceu falasse sobre Lula. Gostaria de ver investigado em detalhes o que entrou de doação ilegal e de propina de obra superfaturada na campanha da reeleição de Dilma e Temer em 2014. Gostaria de ver investigado em detalhes o que aconteceu nos bastidores dos programas Bolsa Família e Minha Casa Minha Vida.

Gostaria que Aécio Neves e todo o tucanato paulista fossem investigados em detalhes, com rigor e sem perdão. Gostaria que eles prestassem contas sobre as fraudes no metrô, nos transportes, na merenda escolar. Gostaria que o PMDB deixasse de ser essa eminência parda que dança conforme a música do poder. Gostaria que o Senado não fosse presidido por Renan Calheiros. Gostaria que todos os bandidos políticos e de colarinho branco fossem desmascarados e punidos de acordo com os crimes que cometeram.

Só assim se consegue unir o Brasil.


 Fonte: Ruth de Aquino - Época
 

O homem de Dilma no esquema

A delação que compromete Dilma

Em depoimento, a dona da Pepper, Danielle Fonteles, afirma que recebeu recursos "por fora" num total de R$ 58 milhões, para abastecer as campanhas de 2010 e 2014. Quem a orientou no esquema foi o braço direito da presidente, Giles Azevedo

 Assessor especial de Dilma Rousseff, o discreto Giles Azevedo é considerado no Palácio do Planalto os olhos e os ouvidos da presidente da República. O único na Esplanada com autorização para falar em nome de Dilma e a quem ela confia as mais delicadas tarefas. Por isso, quem recebe instruções do fiel auxiliar da presidente não entende de outra maneira: ele fala na condição de enviado da principal mandatária do País. Foi com essa credencial que Giles se aproximou da publicitária Danielle Fonteles, dona da agência Pepper Interativa. Em uma série de encontros, muitos deles mantidos na própria residência da publicitária no Lago Sul, em Brasília, Giles orientou Danielle a montar a engenharia financeira responsável por abastecer as campanhas de Dilma de 2010 e 2014 com recursos ilegais. 


A maior parte do dinheiro oriunda de empreiteiras do Petrolão e de agências de comunicação e publicidade que prestam serviço para o governo federal. As revelações foram feitas pela própria dona da Pepper em seu acordo de delação premiada, a cujo conteúdo ISTOÉ teve acesso. Ainda não homologado, o depoimento tem potencial explosivo, pois sepulta o principal argumento usado até agora por Dilma para se apresentar como vítima de um “golpe” destinado a apeá-la do poder: o de que não haveria envolvimento pessoal seu em malfeitos. Agora, fica complicado manter esse discurso em pé. No governo, e fora dele, há um consenso insofismável: Giles é Dilma. Nas conversas com Danielle, segundo a delação, Giles tratava sobre as principais fontes de financiamento que irrigariam as campanhas de Dilma por intermédio da Pepper. Sem registro oficial. Segundo ela, as orientações partiam do discreto assessor da presidente.

No depoimento aos investigadores, a publicitária confessou ter recebido recursos “por fora”, por meio de contratos fictícios, da Andrade Gutierrez, da Queiroz Galvão, da OAS, da Odebrecht – empreiteiras implicadas no Petrolão –, da Propeg e de uma grande empresa de assessoria de comunicação dona de contas no governo, tudo conforme combinado com Giles. A Propeg, agência de publicidade baiana que, de acordo com Danielle, teria sido responsável por vultosos repasses, figura entre as oito que mais receberam verbas do governo Dilma nos últimos anos. Atualmente, ela possui a conta da Caixa Econômica Federal e do Ministério da Saúde. Na quebra de sigilo da Pepper, a pedido da CPI do BNDES, foram identificados quatro depósitos da Propeg totalizando R$ 223 mil entre 2011 e 2012.

Da Andrade Gutierrez, a dona da Pepper admitiu ter recebido de maneira ilegal R$ 6,1 milhões, ratificando depoimento de Otávio Azevedo, ex-presidente da empreiteira. Com o montante, a empresa pagou funcionários do comitê de Dilma na campanha de 2010, entre outras despesas. Em outro trecho da delação, Danielle afirma que abriu uma conta na Suíça em 2012, sob o conhecimento de Giles, para receber da Queiroz Galvão na chamada “Operação Angola”. Por ela, a Pepper recebeu US$ 237 mil. A conta para movimentar os recursos, identificada com a sequência CH3008679000005163446, foi aberta por Danielle no banco Morgan Stanley.

Com tantos recursos para internalizar e uma teia de interesses em jogo, a Pepper acabou se transformando numa espécie de lavanderia de dinheiro do PT. Só entre 2013 e 2015, a Pepper movimentou em conta própria R$ 58,3 milhões. Com parte destes recursos, a empresa bancou despesas das campanhas de Dilma à reeleição, principalmente o pagamento a blogs favoráveis ao PT contratados para atuar na guerrilha virtual travada nas redes sociais. O dinheiro, segundo orientação de Giles Azevedo, veio da OAS e da Odebrecht por meio de contratos fictícios ou superestimados. Essa informação consta da delação de Danielle. 

Coube a Pepper, por exemplo, o pagamento de um pixuleco de R$ 20 mil mensais para o criador do perfil de humor chapa branca “Dilma Bolada”, Jefferson Monteiro. A personagem faz troça de adversários com a mesma veemência com que exalta iniciativas e discursos da presidente, até mesmo os mais frugais. Outros ativistas digitais pró-PT têm motivos para estarem bolados com a delação da publicitária. Uma lista contendo o nome de dezenas de jornalistas destinatários da verba repassada pela Pepper foi entregue por Danielle aos investigadores. Os nomes permanecem guardados a sete chaves e podem ensejar outra investigação. Oficialmente, a Pepper foi responsável pela estratégia de internet da campanha da presidente Dilma em 2010. Na reeleição, em 2014, ficou encarregada de produzir as páginas da candidata do PT no Facebook e Twitter. Pelo trabalho, recebeu R$ 530 mil por mês.

(...) 

A má notícia para Giles Azevedo e, consequentemente, para Dilma, é que os investigadores reconhecem a consistência dos depoimentos de Danielle Fonteles. Foi com base neles que, na sexta-feira 15, o empresário Benedito Oliveira, o Bené, amigo de Pimentel, foi preso preventivamente, também na Operação Acrônimo. Em 2010, Bené foi o responsável por custear as despesas de uma mansão em Brasília alugada para abrigar funcionários da campanha da presidente, sob a coordenação de Pimentel. Para a PF, o governador de Minas recebeu “vantagens indevidas” de Bené, como o pagamento de despesas pessoais dele e de sua mulher, Carolina Oliveira. Na delação, a dona da Pepper confirmou que Benedito Oliveira atuava como um dos financiadores da primeira campanha presidencial de Dilma. As empresas de Bené, como a Gráfica e Editora Brasil, receberam meio bilhão de reais do governo do PT. Muitos desses pagamentos para serviços gráficos e organização de eventos, sem comprovação de prestação de serviços. Como aqueles combinados entre Giles Azevedo, o homem de Dilma no esquema, e Danielle Fonteles. 

Ler na íntegra.............................. Isto É - http://www.istoe.com.br/reportagens/451625_A+DELACAO+QUE+COMPROMETE+DILMA?pathImagens=&path=&actualArea=internalPage

 

Dilma põe interesses pessoais e do PT acima do país

Presidente usa prerrogativa do cargo para, da tribuna da ONU, denunciar um golpe inexistente e, com isso, mancha a imagem do Congresso e do Supremo Tribunal

[a 'neurônio solitário' só está desmoralizando o  Brasil e as instituições brasileiras unicamente por:

- mais da metade do eleitorado brasileiro ser formada por pessoas ignorantes, sem noção, vendidas, que elegeram e reelegeram coisas como Lula e Dilma;

- o Congresso que não teve postura de criar leis que coibissem esse tipo de aberração;

- e a sempre presente gratidão de alguns ministros do STF que não cortaram a cabeça da serpente.

Ainda está em tempo de se impedir a vergonha, seja impedindo Dilma de viajar - as excelências do STF se desejarem encontrarão o caminho ou punindo Dilma quando ela retornar - prendendo-a ao descer do avião. Meios legais existem.]

Em clássico exemplo de ato falho, Dilma deixou escapar que nas eleições se “solta o diabo”. Transcorria 2013 e, no ano seguinte, na campanha à reeleição, ela demonstraria na prática o que entendia pelo termo: aprofundou o uso da contabilidade criativa para mascarar o crescente déficit fiscal, pedalou bilhões ao obter crédito disfarçado em banco público e usufruiu da ácida criatividade contra adversários do marqueteiro João Santana, há algum tempo cumprindo temporada na carceragem de Curitiba. E, no final, deu tudo certo. 

Em termos, porque ganhou a eleição, mas, devido a alguns dos demônios que liberou, enfrenta processo de impeachment, já aprovado na Câmara e em tramitação para ser julgado no Senado. A presidente continua colocando o diabo à solta. E cada vez mais, com a decisão extemporânea de viajar para Nova York, a fim de participar da solenidade de assinatura do Pacto de Paris, sobre o clima, na sexta, pretexto para aproveitar o palanque internacional e fazer o discurso mentiroso do “golpe”.

Assim, Dilma assume o comportamento de dignitários de “repúblicas bananeiras”, tendo um comportamento bizarro perante a diplomacia internacional. Pior: com a própria presidente fazendo ataques à ordem instituída do seu país, contra o Congresso e o Supremo Tribunal Federal. Ineditismo absoluto — no mau sentido — na História do Brasil.

É evidente que o governo e o PT executam uma estratégia de comunicação a fim de passar a sua versão errada do impeachment para a imprensa estrangeira. Daí as entrevistas coletivas em que Dilma responde apenas a perguntas de jornalistas estrangeiros. Querem desinformar a imprensa internacional, na impossibilidade de fazerem o mesmo com o jornalismo profissional brasileiro. 

A tese do “golpe”, construída como forma de manter a militância mobilizada, saiu da rua e invadiu o Planalto, por meio dos discursos feitos pela presidente em comícios organizados nos salões do Palácio. E foi adiante até se infiltrar entre as teses da defesa da presidente brandidas no Congresso e no STF pelo advogado-geral da União, ministro José Eduardo Cardozo.

Agora, a própria presidente se vale da prerrogativa de ser representante máxima do país em fóruns diplomáticos para usar a tribuna da ONU, de maneira oportunista, a fim de tratar de um problema político pessoal e do seu partido.


A diplomacia brasileira sempre foi respeitada no mundo, pela seriedade e profissionalismo. Agora é usada de forma rocambolesca. Infelizmente, de tudo isso deverão restar arranhões na imagem das instituições do país perante governos e empresas internacionais.

Ministros do Supremo, como o decano Celso de Mello, já se pronunciam contra esta manobra de comunicação do Planalto. Ontem, ele foi objetivo: “Até agora, tudo (o processo de impeachment) funcionou em perfeita ordem”. Dentro das regras constitucionais. Mas Dilma e PT parecem acreditar na teoria do nazista Joseph Goebbels de que uma mentira dita mil vezes vira verdade. Mesmo que eles prejudiquem o Brasil.

Fonte: Editorial - O Globo

Foi Lula que começou

A crise foi produzida meticulosamente pela prática de um típico populismo latino-americano

A presidente Dilma tem razão. Ela não é a única culpada pela crise brasileira. Lula iniciou os estragos.

É difícil marcar datas em política econômica — os erros, assim como os acertos, demoram a aparecer — mas pode-se dizer que Lula começou a introduzir um viés de esquerda-populista por volta de 2005, quando reagia ao mensalão. Nesse ano, em junho, Dilma Rousseff assumiu a Casa Civil, passando a ser um contraponto ao então todo poderoso ministro da Fazenda Antônio Palocci.

Ficou assim: de um lado, a política econômica neoliberal, ortodoxa, tocada pela dupla Palocci/Henrique Meirelles (presidente do Banco Central) e, de outro, a oposição interna, à esquerda, de Dilma. Ao longo do tempo, a balança pendeu para o lado de Dilma, afinal escolhida candidata em 2010.

Essa disputa se materializou em torno de dois temas-chave: superávit primário versus aumento de gastos públicos praticamente sem limite; buscar a meta de inflação de 4,5% versus tolerar inflação mais alta.

Alguns momentos importantes dessa disputa: em novembro de 2005, Dilma produziu relatório dizendo que Palocci estrangulava o governo com seu controle de gastos; logo em seguida, Dilma desqualificou como tosco e rudimentar um plano de ajuste fiscal de longo prazo, defendido por Palocci; em março de 2006 Palocci caiu, substituído por Guido Mantega, aliado de Dilma e que comandaria a “nova matriz”, causa imediata do atual desastre, no primeiro mandato da presidente.

No final do governo Lula, o único pilar da política econômica ortodoxa que permanecia de pé era o BC de Meirelles. A dupla Dilma/Mantega tentou derrubá-lo. Lula quase topou, acabou desistindo. Seria uma complicação inútil, mesmo porque Meirelles entregava inflação em torno da meta e juros baixos para o momento. Com a saída de Meirelles, já no governo Dilma, o populismo imperou sem limites.

E Lula aplaudiu. Ele havia topado a ortodoxia não por acreditar nisso, mas por medo. Iniciou seu governo, em 2003, sob imensa desconfiança. O dólar havia chegado a R$ 4,00 quando ele foi eleito (seria o equivalente hoje a seis reais), houve fuga de capitais, alta de juros e da inflação. A percepção era clara: Lula vai desmontar o Real, a estabilidade fiscal, o regime de metas de inflação.

A montagem de uma equipe super-ortodoxa começou a mudar essa sensação. A ação efetiva dessa equipe — logo de cara produzindo o maior superávit nas contas públicas da era do Real — virou o jogo. A estabilidade deu ganho de renda e permitiu a volta do crédito, com a consequente expansão do consumo. Acrescente aí o boom das commodities — o Brasil exportou duas vezes mais pelo triplo do preço — e Lula nadou de braçada. Sobrou dinheiro, sobraram dólares.

Curioso: sobrou dinheiro para gastar e começar a introduzir o populismo. Lula fez isso de diversas maneiras: aumento do gasto com funcionalismo, tanto com mais contratações quanto com reajustes salariais generosos; aumento real do salário mínimo, que indexa aposentadorias e outros benefícios pagos pelo governo; aparelhamento do Estado e estatais com os companheiros; e distribuição de verbas públicas aos sindicatos e movimentos sociais.

Mas o movimento mais forte se deu no lançamento de um plano megalomaníaco de investimentos tanto do governo quanto de estatais. E empurrou bancos públicos para negócios arriscados e/ou duvidosos.

O melhor exemplo desse desastre está na Petrobras. Em 2008, Lula obrigou a empresa a adotar um programa de construção de quatro refinarias (das quais duas foram abandonadas e duas nem chegaram a um terço, a preço muito maior), ao mesmo tempo em que ampliava sua atuação para outras áreas e na exploração do petróleo.

Ficou assim: a ideologia indicava que se podia aumentar o gasto público sem limite; a má gestão levou a maus investimentos; e a corrupção, de que só soubemos com a Lava-Jato e que vem desde o primeiro mandato de Lula, completou o desastre.

Parecia tudo bem enquanto durou o dinheiro obtido com a estabilidade e o boom das commodities. Dilma achou que estava tão bem que resolveu sepultar de vez o ajuste fiscal e as metas de inflação.

Hoje, diz que era impossível perceber a chegada da crise. Lula também tira o corpo.

Mas esta crise foi produzida meticulosamente pela prática de um típico populismo latino-americano.

Fonte: Carlos Alberto Sardenberg - O Globo

 

quarta-feira, 20 de abril de 2016

A heroína de ocasião e o farsante de estimação



Após sofrer, domingo, derrota fragorosa no plenário da Câmara dos Deputados 367 do total de 513 votaram pela abertura do processo de seu impeachment, 146 contra, 7 se abstiveram e 2 faltaram à sessão –, a “presidenta” da República, que já causara as crises monumentais na economia e na política, deu a partida para um leviano e grave conflito de natureza institucional. Anteontem, em entrevista coletiva, Dilma Rousseff acusou mais de dois terços desses parlamentares de terem autorizado o Senado a processá-la por motivo torpe: vingança do presidente da Câmara, Eduardo Cunha, “por não termos aceitado negociar os votos dentro do Conselho de Ética”. A titular do Poder Executivo afrontou o Poder Legislativo, que representa a cidadania. E não atentou para o Judiciário, que, por 8 votos a 2, definiu o processo como dentro da lei.

Sua arrogante e meramente retórica insistência na hipótese estapafúrdia da ocorrência de um golpe de Estado jurídico, parlamentar e popular (!) reflete o isolamento de um desgoverno incompetente e inconsequente, cuja “chefa” sempre dá as costas para a grande maioria da população, que, assustada com a catástrofe que torna seu dia a dia infernal, festejou a decisão da Câmara com um carnaval nas ruas, em que restou a quem a apoia chorar e calar.

Na entrevista, Dilma insistiu num discurso no qual todo brasileiro de posse das faculdades mentais identifica o desprezo dela e de quem a apoia pela inteligência do cidadão e pelo Estado Democrático de Direito, sob cuja égide a sociedade tem tentado manter-se, ainda que a duríssimas penas. Como no domingo, à noite, havia feito José Eduardo Cardozo, advogado-geral da União, que age como causídico privado da madama, esta também apelou para a luta dela por suas convicções, que ele chamou de “libertárias”. Mas a ex-guerrilheira da VAR-Palmares é uma libertária de ocasião. Ela entrou na política desafiando uma ditadura que torturou, matou e restringiu liberdades para ficar no poder. Mas nunca o fez em defesa da liberdade.

Dilma pegou mesmo em armas na tentativa lunática de substituir o regime direitista por outra ditadura, só que de esquerda. Mas com o mesmo ódio mortal do regime oponente por quaisquer arroubos de dissidência, por mais tênues que fossem. A aventura irresponsável dos jovens de extrema esquerda de sua geração podia ter objetivos generosos. Mas os ideais comunistas foram conspurcados por tiranos de truculência similar à de seus inimigos (nem sempre) da direita. Stalin, Pol Pot, Mao Tsé-tung e Fidel Castro nunca em nada ficaram a dever a Hitler, Mussolini, Franco ou aos militares, ditos gorilas, latino-americanos

Essa saga é mentirosa, como as promessas que ela fez na eleição de 2014. Como a Pasionaria espanhola, Dilma “Coração Valente” arriscou a vida pela causa e sobreviveu. Com o fim da ditadura, que a torturou, ela participou da reconstrução da plena democracia com os pés na disputa pelo voto popular e a cabeça na utopia de Marx e Engels, que Lenin deturpou.

Não lhe faltou companhia nesse populismo de fancaria. Tendo, antes, sobrevivido à sombra do “socialismo moreno” do caudilho Leonel Brizola, chegou aos píncaros da glória na República no Partido dos Trabalhadores (PT) de Lula, nosso farsante de estimação. Mais popular líder político da História, o operário braçal chegou à Presidência e a fez sucessora numa trajetória em que se misturam falácia, bazófia e farsa. Egresso do sindicalismo dito autêntico na ditadura e principal prócer petista, o ex-dirigente sindical expurgou do PT os deputados que votaram em Tancredo Neves no Colégio Eleitoral, porque eles se recusaram a obedecer a seu equívoco de considerar o candidato que fundaria a Nova República igual ao adversário, Paulo Maluf. O PT nunca aderiu a Tancredo e seus seguidores fiéis. Mas se aliou a quem, antes, tratava como símbolo da corrupção e “filhote da ditadura”.

Em nome do purismo ideológico, o partido recusou-se a aceitar os termos da Constituição democrática, que pôs fim à ditadura. Assinou-a a contragosto e à undécima hora. Mesmo tendo participado, em 1992, da derrubada de Collor, que o derrotara em 1989, Lula opôs-se ao mandato-tampão do vice empossado, Itamar Franco. E expulsou do PT a ex-prefeita de São Paulo Luiza Erundina por ter ela ocupado cargo de alto escalão na gestão que faria a maior revolução social da História: o Plano Real.

Para superar a rejeição, que o levava a perder eleições por culpa dos sagrados princípios socialistas do partido de ex-guerrilheiros, ex-padres de passeata e ex-sindicalistas, Lula, com seu charme de retirante da seca e homem do povo, subiu, enfim, ao topo do poder republicano. Ali instalado, logo relegou os ideais populistas bolivarianos ao papel secundário de convencer os pobres a manterem no poder seus asseclas, que se dedicaram a arrombar os cofres da viúva.

Assim, tornou viável o maior assalto praticado no Brasil em todos os tempos. Os casos Celso Daniel, Mensalão e Petrolão são capítulos de um roubo só, desvendado pela Lava Jato. E a utopia esquerdista virou nota de pé de página na história policial de uma roubalheira feita por bandidos empenhados em enriquecer à custa de pobres, cujos votos de cabresto foram garantidos em troca de esmolas para sobreviver, pagas enquanto a Pátria Enganadora pôde bancar a farra bilionária.

Essas são a verdadeira história do lulopetismo e a autêntica saga da guerrilheira de codinome Estela, que neste momento usa a sede do poder republicano, o Palácio do Planalto, como se fosse esconderijo (“aparelho”) para se manter a salvo da polícia e da Justiça. O resto é retórica rasteira para vender o papo de camelô das “conquistas sociais”. A derrota na Câmara, domingo, pode ter sido o primeiro parágrafo do epílogo dessa narrativa de filme noir de gângster. Mas, para isso, o Senado ainda precisa corresponder à ira do povo enganado, que ronca nas ruas.

Fonte: Estadão - José Nêumanne


Oposição vai à Justiça Federal para impedir que Dilma denuncie golpe à ONU - golpe que só existe na cabeça SEM NOÇÃO da Presidente

Depois da informação de que Dilma pretende usar um evento na ONU para denunciar um golpe no país, o Solidariedade decidiu pedir à Justiça Federal que impeça a presidente de viajar aos Estados Unidos com recursos da União para participar do evento.
As ações preparadas pelo partido sustentam que, ao usar o evento para criticar o processo de impeachment que tramita no Congresso, a presidente vai tratar de um tema particular e, portanto, não poderia viajar com recursos públicos.

Dilma pretende fazer um discurso duro contra o impeachment na cerimônia de assinatura do Pacto de Paris, na ONU (Organização das Nações Unidas), na próxima sexta (22).

A presidente Dilma deverá mesmo ir Nova York, nos Estados Unidos, para participar da reunião sobre clima na Organização das Nações Unidas (ONU) nesta sexta-feira, 22. Dilma pretende falar na tribuna internacional para denunciar o golpe contra seu mandato, por considerar que está sofrendo impeachment sem crime de responsabilidade. A previsão é que a presidente embarque na quinta-feira, 21, e volte ao Brasil no sábado, dia 23.

Matéria transcrita do Blog  amigos do presidente lula

Transcrevi apenas para que conheçam o que esse pessoal pensa. A começar pelo cérebro baldio que ainda preside o Brasil.