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quinta-feira, 29 de março de 2018

Gilmar alerta que prisões da Operação Skala podem ser questionadas



Ministro do STF garante que volta a tempo de julgar habeas corpus de Lula

O ministro Gilmar Mendes, do Supremo Tribunal Federal (STF), ressaltou nesta quinta-feira em Paris que as prisões realizadas hoje na Operação Skala precisam ser olhadas com muito cuidado. E alertou que é possível que elas sejam questionadas na Justiça.
— Isso precisa ser olhado com muito cuidado. E certamente também haverá questionamentos sobre essas prisões, e isso será analisado. O importante é que se façam as coisas segundo o devido processo legal, que não haja exorbitância, e que se houver aqui ou acolá um equívoco, que o tribunal possa corrigi-lo.

Gilmar Mendes desembarcou hoje na capital francesa de um voo comercial originado de Lisboa, para um encontro com secretário-geral da Organização para a Cooperação e Desenvolvimento Econômico (OCDE), Angel Gurría. O ministro retornará à capital portuguesa amanhã, para participar de um seminário organizado pelo Instituto Brasiliense de Direito Público (IDP), do qual é sócio. Ao final da reunião na OCDE, o ministro conversou com jornalistas e comentou o clima tenso com violência política no país, manifestado em ameaças contra o ministro Edson Fachin e os ataques à caravana de Lula, exacerbado pela atual indefinição do quadro eleitoral.[quanto as ameaças ao ministro Fachin não existe elementos para questionamentos, certezas ou dúvidas; 
já o ataque à caravana de ladrões - também chamada caravana de Lula - até as pedras sabem que foi uma forma dos lulopetistas desviarem o foco sobre o fracasso da matilha.

Todas as notícias envolvendo a tal caravana eram altamente negativas já que mostravam  o fracasso que estava sendo a caminhada - recebida a pedradas, ovadas, impedida de entrar em cidades, etc.
Com a mentira do ataque a tiros o fiasco da caravana - que já estava se tornando motivo de galhofa - foi deixado, temporariamente, de lado.] 
Continua Gilmar:   - Acho que estamos vivendo um momento muito tenso. No nosso caso, no Judiciário, temos uma exposição muito grande. O STF tem um papel muito central em muitas das discussões, e, portanto, os ânimos se acirram. Muitas vezes as pessoas não estão bem informadas sobre o que se está discutindo. Acho que a mídia também tem apresentado uma visão maniqueísta do fenômeno, pró ou contra isso e aquilo, talvez até na necessidade de amplificar, e acaba contribuindo para este tipo de coisa. Temos é de manter a racionalidade, chamar a atenção para o papel que todos nós exercemos. Não podemos perder de vista que estamos celebrando 30 anos de democracia, de instituições normais. Vamos celebrar dia 5 de outubro os 30 anos da Constituição de 1988, e dentro de um ambiente de paz, respeito, alternância de poder. [será que a 'constituição cidadã - (que nem o Supremo, seu guardião, respeita) chega aos 30 anos?
A certeza que temos, nesta quadra de incertezas, é que sem ela (especialmente sem o seu artigo 5º - o dos direitos SEM deveres) o CAOS político no Brasil seria bem menor.] Não podemos perder este ativo e referencial. Não devemos incitar o conflito, mas chamar à razão.

Gilmar garantiu que viajará de volta ao Brasil no próximo dia 3, para estar presente no julgamento do habeas corpus do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva. E criticou a má condução do processo pelo tribunal.  - Eu sou um pouco crítico, acho que não tivemos a melhor condução desta matéria. Problemas sérios e grandes devem ser enfrentados, não podem ser colocados para baixo do tapete. De alguma forma, talvez por boas razões, se tentou retardar o debate, que já podia ter sido feito em dezembro ou no início de fevereiro. E a questão da 2° instância só se agigantou. E, na medida em que se aproximava a efetivação da ordem de prisão do ex-presidente Lula, o tema se tornou premente e o tribunal teve que decidir. E aí também não decidiu, por conta de limites circunstanciais. E a não decisão não contribui para o distensionamento.


Gilmar acrescentou:
- Não estou aqui fazendo jogo de culpas, mas dizendo que a não decisão acabou fazendo com que essa crise se tornasse maior. Se tivesse marcado a data para o julgamento - e não precisava ser o processo do Lula, mas as ações declaratórias, por exemplo -, não estaríamos neste frenesi que estamos vivendo. Eu mesmo vim para um evento agora em Lisboa, que está marcado há um ano, e terei de voltar no dia 3 para participar do julgamento no dia 4, em função de todo este atraso. Não é nada pessoal, mas só para mostrar como a questão se colocou de maneira tão grave em função do processo não decisório que envolveu essa questão.

O Globo

Há dez anos, morte de Isabella Nardoni comovia o país

Os algozes, Alexandre, pai da menina, e sua esposa, Anna Carolina Jatobá, cumprem pena na Penitenciária de Tremembé, no interior de São Paulo

[Ana Carolina Jatobá, por especial deferência da Justiça, foi agraciada no último 12 de outubro, Dia da Criança, com direito ao saídão; 

a Justiça concedeu a benesse mesmo se tratando de uma assassina de criança o que não surpreende,  já que no DIA das MÃES e DIA dos PAIS, Suzanne Von Richtoffen, assassina confessa do pai e da mãe, teve também direito a saidão.]   

 Anna Carolina Jatobá, madrasta da menina e seu marido, Alexandre Nardoni, pai de Isabella (Grizar Junior/Futura Press - Fernando Donasci/Folha Imagem/Dedoc)

Há exatos dez anos, o país chorava a morte de Isabella Nardoni, com cinco anos. A menina, segundo as investigações, foi espancada e asfixiada antes de ser lançada pela janela do sexto andar do Edifício London, Zona Norte de São Paulo, onde morava seu pai, Alexandre Nardoni, sua madrasta, Anna Carolina Jatobá, e os dois meios-irmãos. Isabella visitava o pai a cada duas semanas.

Após o crime, o casal prestou depoimento durante toda a madrugada. Na versão dos dois, a criança havia sido lançada pela janela por um terceiro, que teria cortado um pedaço da tela de proteção, enquanto Anna e Alexandre buscavam os filhos mais novos no estacionamento do condomínio.  A história, no entanto, não convenceu os investigadores, e no dia 2 de abril, sob a suspeita de envolvimento no assassinato, o pai e a madrasta de Isabella tiveram a prisão temporária decretada. Oito dias depois, foram soltos por um habeas corpus. Na saída, foram recepcionados por uma multidão que parecia convicta da culpa do casal.

Durante as investigações, médicos legistas analisaram o corpo e atestaram que, antes da queda, Isabella foi espancada e asfixiada. Nas roupas de Alexandre, os peritos encontraram resíduos da tela de proteção da janela pela qual a menina havia sido jogada, além de sangue em sua bermuda e também no carro da família. Não havia indícios de uma terceira pessoa na cena do crime. Com as evidências, a Justiça aceitou, então, a denúncia do Ministério Público contra o casal, que voltou a ser preso.

Sob apelo e comoção popular, Anna e Alexandre foram levados a júri popular e, após cinco dias de julgamento, condenados. Alexandre, a 31 anos, 1 mês e 10 dias de prisão, Anna, a 26 anos e oito meses,  por homicídio triplamente qualificado pelo meio cruel (asfixia mecânica e sofrimento intenso), utilização de recurso que impossibilitou a defesa da vítima (surpresa na esganadura e lançamento inconsciente pela janela) e pela tentativa de ocultar os crimes anteriormente cometidos. Anna e Alexandre nunca confessaram a autoria do assassinato.

Na sentença, o juiz Mauricio Fossen destacou o agravante de a vítima ser menor de 14 anos. Alexandre recebeu pena maior por ter praticado o crime contra sua própria filha. Os dois cumprem pena na Penitenciária de Tremembé, no interior de São Paulo.

Regime Semiaberto
Anna Carolina Jatobá deixou a cadeia pela primeira vez em outubro do ano passado, após conseguir na Justiça, meses antes, cumprir a pena em regime semiaberto, com cinco saídas temporárias por ano. Já Alexandre, também preso em Tremembé, continua cumprindo pena em regime fechado, e só poderá pedir a progressão de regime em 2019.

Na decisão que autoriza a Anna a progressão ao regime semiaberto, a juiza Sueli Armani, da 1ª Vara de Execuções Criminais de Taubaté, considerou o “ótimo comportamento carcerário” da presa, que nunca cometeu infrações disciplinares.  Este ano, o advogado do casal, Roberto Podval, protocolou um pedido para tentar no Supremo Tribunal Federal (STF) a redução das penas. No documento, a defesa argumenta que as penalidades foram exacerbadas pela repercussão e comoção geradas pelo crime. O ministro Dias Toffoli será o relator do caso, que não tem prazo para ser julgado.

Veja 



O colosso beligerante de Stédile continua na clandestinidade

O chefão do MST provavelmente está guardando suas tropas para a guerra civil na Venezuela ou o engajamento na ofensiva da Coreia do Norte contra os EUA

[o exército do general da banda Stédile é formada por frouxos - só tem coragem quando são mais de 20 contra um ou dois  homens desarmados - e o Stédile é o frouxo de todos os frouxos.

Tanto que o Lula, outro frouxo, em tempos outros andou ameaçando usar o exército de Stédile - depois quando escarraram a Dilma e Stédile nada fez, levaram o  coisa ruim de Garanhuns para depor coercitivamente e Stédile fez cara de paisagem, Lula desistiu de mencionar a tropa.] 

O sumiço do exército do Stédile, que não deu as caras mesmo depois do ataque aos ônibus da procissão dos pecadores sem remorso, tem duas explicações: 
ou o colosso beligerante só existe na imaginação de Lula e do chefão do MST 
ou está se guardando para conflitos bem mais retumbantes, como a guerra civil na Venezuela ou o engajamento na ofensiva da Coreia do Norte contra os Estados Unidos. [Stédile está evitando aparecer justamente para não ser lembrado e convidado por algum 'companheiro' a participar de algum embate com homens armados de verdade e com coragem e experiência em combater marginais.]

Enquanto o mistério permanece, alguma coisa precisa ser feita para preservar a integridade física de Lula. É por isso que volto a sugerir a entrada em cena das tropas do comandante José Dirceu. A mera aparição do guerrilheiro de festim faz todo inimigo morrer. Morrer de rir.

Blog do Augusto Nunes - VEJA

 

A caravana de Lula pode atolar no terreno da galhofa

Depois de descobrir que chuva de ovo não transforma ninguém em mártir, o PT resolveu fazer um escarcéu em torno dos tiros contra a procissão dos pecadores 

Depois de descobrir que chuva de ovo não transforma ninguém em mártir político, o PT resolveu providenciar um formidável berreiro em torno dos tiros disparados contra dois ônibus da procissão dos pecadores sem remorso que vem zanzando pelo sul do Brasil. Nesta terça-feira, três perfurações na lataria dos veículos serviram de senha para o começo do escarcéu. 
“Depois do nazismo e fascismo, não vamos admitir milícias armadas no país”, ordenou o Supremo Pregador no sermão de mais um dia nada santo. “Nossa caravana foi vítima de uma emboscada”, berrou Gleisi Hoffmann. Maria do Rosário enxergou um atentado contra o chefe. E o delegado encarregado de apurar o caso já decidiu que está investigando uma tentativa de homicídio. Contra Lula, naturalmente.

Qualquer tipo de agressão física produz efeitos bem menos contundentes que a boa e velha vaia. Além do mais, a caravana de Lula tem encalhado nos descaminhos do ridículo de meia em meia hora. A gritaria precipitada e tola pode afundar de vez no que o grande Stanislaw Ponte Preta chamava de “perigoso terreno da galhofa”.

Coluna do Augusto Nunes - VEJA 
 

Tiros na noite






Depois da revelação de que a família do ministro do STF Edson Fachin,sofreu ameaças, os tiros contra o ônibus da caravana de Lula  fornecem ingredientes de um thriller policial às eleições presidenciais

O escritor norte-americano Dashiell Hammett (Maryland, 27 de maio de 1894; Nova York, 10 de janeiro de 1961) abandonou a escola com 14 anos e passou a trabalhar como mensageiro, entregador de jornal, escriturário, apontador de mão de obra e estivador na Filadélfia e Baltimore, até completar 20 anos, quando foi trabalhar na Agência Pinkerton de detetives. Em 1918, alistou-se no Corpo de Ambulâncias do Exército; voltou tuberculoso da guerra, tentou retomar a antiga profissão de detetive, mas acabou escritor de histórias policiais. Entre um porre e outro, foi o criador do noir americano, o gênero literário que surgiu nas revistas e jornais populares, a partir de contos e folhetins.

Autor de Seara vermelha (1929), O falcão maltês (1930), A chave de vidro (1930), Mulher no escuro (1933) e Continental OP (1945), Hammett trabalhou para o cinema em Hollywood. Na década de 1930, conheceu Lillian Hellman, jovem escritora e líder feminista, uma paixão até a morte. Ao lado de John dos Passos, Ernest Hemingway e Arthur Miller, entre outros intelectuais norte-americanos, destacou-se na luta contra o nazismo nos EUA, que somente entrou na II Guerra Mundial em 1941, após o ataque japonês a Pearl Harbor, no Havaí. Hammett se alistou novamente e serviu como sargento do exército americano.

Homem de esquerda, o escritor foi vítima da “caça às bruxas” promovida pelo senador Joseph McCarthy no início da década de 1950. Não colaborou com a comissão que investigava atividades supostamente subversivas na indústria cinematográfica, foi preso e incluído na lista que impedia os artistas de trabalharem em Hollywood. Hammett morreu doente e frustrado, mas deixou uma legião de seguidores. “Estava imóvel — os olhos amarelos acinzentados sonhadores —, quando ouviu o grito. Era um grito de mulher, agudo e estridente de terror. Spade estava atravessando a porta quando ouviu o tiro. Era um tiro de revólver, amplificado, reverberando pelas paredes e pelos tetos”, seus contos inspiram cenas recorrentes no cinema, como no clássico Um tiro na noite, de Brian de Palma, de 1981.

O sonoplasta Jack Terry (John Travolta) prepara a trilha sonora de um filme B sobre assassinatos em uma universidade. Na gravação de um áudio, em local ermo, salva a mocinha (Nancy Allen) de um acidente automobilístico. Ao resgatá-la, Jack descobre que ela estava em companhia do governador George McRyan (John Hoffmeister), um dos candidatos à Presidência dos EUA. Depois do incidente, na conferência do material sonoro, constata que o acidente pode ter sido um crime encomendado; percebe que o som do estouro do pneu, na verdade, era de um tiro de revólver.

Lava-Jato
Depois da revelação de que a família do ministro relator da Operação Lava-Jato, Edson Fachin, sofreu ameaças, os tiros disparados contra o ônibus da caravana do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva fornecem ingredientes de um thriller policial às eleições presidenciais. Só foram descobertos por causa dos buracos de bala. Os tiros precisam ser investigados, tal qual nas histórias noir.


Condenado em segunda instância a 12 anos e 1 mês de prisão em regime fechado, Lula desafia a Justiça e força a barra para manter a candidatura a presidente da República, com uma retórica de radicalização política no gogó e um salvo-conduto do Supremo Tribunal Federal nas mãos, enquanto aguarda a conclusão do julgamento de seu polêmico pedido de habeas corpus pela Corte, suspenso porque dois ministros não poderiam perder o avião. Seu adversário, Jair Bolsonaro (PSL), como já reiteramos, com discurso truculento e reacionário, retroalimenta a radicalização. É um ambiente que começa a sair do controle, como a segurança pública no Rio de Janeiro.

No Brasil, até agora, não houve atentados ou mortes na Operação Lava-Jato. Aparentemente, todos os envolvidos são pessoas de índole pacífica. Nem um pouco parecida com a dos responsáveis pelo assassinato da vereadora carioca Marielle Franco (PSol), há duas semanas, executada com quatro tiros na cabeça, logo após sair de uma reunião de mulheres negras, supostamente uma resposta à intervenção federal na segurança pública daquele estado.

Na Itália, a Operação Mãos Limpas, deflagrada em fevereiro de 1992, com a prisão de Mario Chiesa, que ocupava o cargo de diretor de instituição filantrópica de Milão (Pio Alberto Trivulzio), em dois anos, resultou em 2.993 mandados de prisão e 6.059 pessoas sob investigação, incluindo 872 empresários, 1.978 administradores locais e 438 parlamentares, dos quais quatro haviam sido primeiros-ministros. Mas houve 12 suicídios e os juízes Giovanni Falcone e Paolo Borsellino foram assassinados pela máfia.

Luiz Carlos Azedo - Nas Entrelinhas - CB

quarta-feira, 28 de março de 2018

Boulos, um dos líderes da truculência no país, critica ódio e intolerância no caso de ataque ao PT. Ele promete se corrigir?

[PT é desmascarado: enquanto integrantes da caravana relatam que os supostos tiros foram disparados em rodovia federal, motorista do ônibus alvejado afirma que foi na entrada do município Quedas de Iguaçu, em rodovia estadual. 

A diferença entre os dois locais é em torno de 50km.]


Guilherme Boulos, pré-presidenciável do PSOL, resolveu fez a seguinte afirmação sobre o ataque a tiros a ônibus da comitiva do PT: “Temos visões diferentes na esquerda e é legítimo que isso se expresse em distintas candidaturas. Mas isso não pode nos impedir de sentar na mesma mesa para defender a democracia. O que está em questão é que, neste momento, estão prevalecendo atitudes de ódio e intolerância”, diz Guilherme Boulos, pré-candidato a presidente pelo PSOL e coordenador do MTST (Movimento dos Trabalhadores Sem Teto). [um agressor covarde da laia do Boulos agora quer posar de bonzinho.]
E ainda acrescentou: “Com isso, não se brinca”.
De Mahatmas Ghandis como Boulos, o inferno está cheio. Olhe aí o rapaz a liderar um protesto “pacífico”
 [fácil de explicar o súbito pacifismo do condenado Lula, do general da banda Stédile e do arruaceiro Boulos.
Todos eles são covardes e agora começam a descobrir que as PESSOAS DE BEM quando ficam de saco cheio com ladrões e desordeiros sabem ser violentas.
Aliás, é folclórico o pavor que o Stédile tem da PM do Pará: quem duvidar o convide para uma viagem ao Pará. Não vai nem amarrado.]
Começo por onde?
O MTST brinca de queimar pneus em praças públicas.
O MTST brinca de invadir propriedades públicas e privadas.
O MTST brinca de incentivar confrontos com a Polícia Militar quando esta cumpre determinação da Justiça E É OBRIGADA a promover reintegração de posse.
O PSOL, o partido ao qual ele se filiou, brinca de promover ações conjuntas com os black blocs.
O PSOL brinca ainda de organizar confrontos com a Polícia em passeatas e manifestações contra isso e aquilo.
O PSOL brinca de não censurar o narcotráfico no Rio.

Vale dizer: Guilherme Boulos, um notório promotor da violência e do confronto, agora brinca de ser o “Todo-Puro” do jogo político.
Não! Não censuro a sua declaração em si, que está correta. A minha crítica aqui é dirigida a seus atos anteriores.
Ele deveria aproveitar para fazer um mea-culpa: “Andei errado até aqui; confundi a minha causa, que considero meritória, com métodos truculentos. E a truculência é sempre ruim”.
De Mahatmas Ghandis como Boulos, o inferno está cheio.
Ainda não sei se disse algo, mas, daqui a pouco, João Pedro Stedile, do MST, também vai censurar a violência. Nada impedirá, nesse caso, que, na semana seguinte, seus liderados invadam uma propriedade privada e depredem tudo.
Em nome da causa.

Blog do Reinaldo Azevedo
 
LEIA TAMBÉM: Assistam ao vídeo em que Barroso afirma que Mendes é referência no estudo de Direito constitucional. Quem ensina quem

Receita de caos: tiros, ovos, cadáver e insensatez, com o Supremo, com tudo

É preciso reconhecer que o Brasil apaixonou-se pelo desastre. Se os últimos acontecimentos indicam alguma coisa é que essa paixão nacional pelo insolúvel é plenamente correspondida. O último privilégio da nação é poder formular sua própria receita para o caos. Do jeito que vão as coisas e as pessoas, a expectativa é fúnebre. Organiza-se o funeral da sensatez. Depois, todos se culparão mutuamente pela sua morte. Mas o estrago estará feito.


A convulsão que toma as redes sociais, nos choques de ódio, transborda para a praça. Condenado a 12 anos de cana, Lula está no palanque, não na cadeia. Inelegível, fantasia-se de candidato. Suas manifestações são cada vez mais desconexas. No Sul, entrega-se à rotina de percorrer plateias companheiras. Mas elas são cada vez menores. E passaram a ser perseguidas por milicianos travestidos de opositores. Jogaram pedras. Arremessaram ovos. Dispararam três tiros contra um par de ônibus da caravana —um levava jornalistas. Outro, convidados.

A presidente do PT, Gleisi vai ter que matar gente Hoffmann, ergueu a voz: “É um atentado, foi uma emboscada, é tiro. Querem matar o presidente Lula.” Ao lado de Gleisi, o próprio Lula. Atrás, o companheiro Stédile, personagem que o pajé do PT evoca sempre que deseja informar que sua infantaria inclui o “exército” do MST.

O  pedaço do movimento anti-Lula que não se esconde no mato para puxar o gatilho exibe em manifestações barulhentas uma simpatia irrefreável por Jair Bolsonaro. Alguns desses rivais levam à vitrine um paradoxo: caminham para as urnas enrolados numa bandeira metafórica da volta dos militares. É a turma da “direita já”.  A esse ponto chegou a polarização nacional: Lula e Bolsonaro tornaram-se cabos eleitorais um do outro. E o eleitor brasileiro aproxima-se do dia da eleição enxergando um enorme passado pela frente. A preferência de metade do eleitorado oscila entre um condenado por corrupção e um defensor da “bancada da metralhadora” no Congresso. [há diferenças:
o condenado por corrupção em outubro estará preso e já é inelegível;
já o presidente que vai moralizar o Brasil só suscita uma dúvida: ganha já no primeiro turno ou precisará do segundo?]

Alguém já disse que a civilização é o que sobra para ser desenterrado mil anos depois. Quando os arqueólogos desencavarem o que restou do Brasil, encontrarão os sinais de uma sociedade doente. Nela, denunciado por corrupção disputa a reeleição, reforma ministerial vira troca de cúmplices, autoridades assassinam na internet a reputação de uma vereadora fuzilada…

Nessa sociedade em ruínas, magistrados supremos sofrem ameaças, corruptos trafegam livremente sob a marquise do foro privilegiado e o Supremo Tribunal Federal, além de não condenar ninguém acima de um certo nível de poder e renda, cultiva a política das celas vazias para os poderosos que tiveram o azar de ser alcançados pelas instâncias inferiores do Judiciário.  Juntando todos os achados, os responsáveis pela arqueologia do Brasil chegarão à receita perfeita do caos: tiros, ovos, ladroagem, cadáver e muita insensatez —com o Supremo, com tudo.

Blog do Josias de Souza
 


Contradições e perigos

O juiz Sérgio Moro deu ao Roda Viva o dado definitivo sobre a importância de se manter o cumprimento da pena após a condenação em segunda instância. Desde 2016, só na 13ª Vara Federal em Curitiba, houve 114 execuções de pena por esse motivo. 

Desses, 12 são da Lava-Jato. Os outros 102 foram de “peculatos milionários” e também “traficantes, pedófilos, doleiros”. Será que o STF quer soltar todos eles? Quando, depois da Semana Santa, os ministros do STF se reunirem para decidir sobre o habeas corpus para o ex-presidente Lula, precisam ter em mente o que farão com todos os inúmeros condenados que, pelos crimes mais diversos, estão cumprindo pena no país. Porque o impressionante número de 114, em menos de dois anos, se refere apenas à 13ª Vara Federal.

Quantos são os condenados na mesma situação no resto do país? O habeas corpus para Lula pode ter fundamento e, se for o caso, que eles o expliquem. Mas se suspenderem o cumprimento da pena após o julgamento colegiado do mérito terão aberto o caminho da impunidade. De todo o tipo de criminoso. Do político corrupto, do funcionário público que desviou dinheiro público, do traficante, do doleiro, do pedófilo e do assassino.

O país voltará da Páscoa para a semana em que o STF ficará de frente com as suas contradições, de ter dado um salvo-conduto ao ex-presidente contra suas próprias súmulas e entendimentos. Há situações difíceis de explicar, como a decisão de ontem na 2ª Turma que favoreceu o senador Romero Jucá. Os ministros disseram que a denúncia de que houve doação ilegal do grupo Gerdau a Jucá é fraca e, claro, diante disso a decisão certa foi a que tomaram. Mas sobre o senador pairam tantas dúvidas que seu sonho, como ele bem a expressou, é de parar a Lava-Jato.

Depois da Páscoa haverá também a troca de ministérios. É preciso, em ano eleitoral, blindar o Ministério da Fazenda contra a pressão de políticos. Por isso, neste momento, a maior virtude de um possível ocupante do posto é ser criticado pelos políticos. É o que acontece com o secretário executivo Eduardo Guardia e o secretário de Acompanhamento Econômico, Mansueto de Almeida. No BNDES, também haverá novo presidente.

A Fazenda tem a chave do cofre de um país que está em crônica crise fiscal. No BNDES estão os empréstimos subsidiados. Os dois terão seus atuais ocupantes saindo para possíveis candidaturas presidenciais. A escolha terá que ser a mais técnica possível, e de pessoa que não se submeta a acertos políticos nas decisões do Ministério. Do contrário, a pouca melhora na economia pode retroceder.  Pessoas que ocupam esses cargos deveriam seguir, por bom senso, outra regra de desincompatibilização, mesmo que não escrita. Não é compatível estar nesses postos-chave e negociar uma candidatura. Um trabalho contamina o outro. Quem tem pretensão político-eleitoral simplesmente não pode continuar sendo ministro da Fazenda ou presidente do BNDES. Rabello de Castro anunciou que fará hoje em coletiva o anúncio da sua saída: está usando a estrutura do banco como palanque até na saída. Meirelles ainda continuará no cargo até a semana que vem.

A economia chega ao início do tempo de maior tensão político-eleitoral com vários ganhos, e um deles foi explicado ontem na Ata do Copom. Como a inflação está abaixo do previsto, foi de 0,96% no primeiro trimestre, os juros que caíram para 6,5% devem cair mais na próxima reunião. Além disso, a recuperação econômica está muito devagar, o pouco aumento do emprego ocorre no postos do mercado informal. Diante disso, a Selic será cortada pelo menos mais uma vez.

Mas há um imenso rombo fiscal ainda não coberto. Uma das previsões do ano era a privatização da Eletrobras. Ontem a estatal divulgou mais um resultado negativo. Desde a desastrosa MP 579, de 2012, já são R$ 29 bilhões de prejuízo. Se ela não for privatizada, precisará de aporte do governo. Numa situação fiscal tão frágil, se um candidato com ideias populistas avançar nas intenções de voto, ou se a área econômica passar a tomar decisões de ampliação de gastos para alavancar a candidatura oficial — seja Meirelles, seja o presidente Temer — o quadro econômico pode piorar fortemente. O país está assim, nesse fio da navalha, em todos os lados.

Miriam Leitão - O Globo