Clérigo diz que brasileiro e outros quatro condenados estão resignados com a execução
Marco Archer, que será executado na tarde
deste sábado, recebeu a visita de familiares.
Brasileiro está preso na
Indonésia desde 2004 por tráfico de drogas
O brasileiro Marco Archer e outros quatro condenados que
serão executados na Indonésia a 0h deste domingo (15h deste sábado no
horário brasileiro de verão) estão resignados com a pena. Em entrevista
ao "Jakarta Post", o clérigo Hasan Makarim, responsável por dar
aconselhamento religioso ao grupo, os condenados gozam de boa saúde e
estão conformados. - Todos eles estão prontos e nenhum deles entrou com pedido
de protesto. Disseram que aceitaram nossa decisão legal - contou Hasan.
Na manhã deste sábado, Marco Archer recebeu a última visita da família antes do fuzilamento. Um canal local chegou a divulgar imagens dos familiares do brasileiro na cidade de Cilacap, na Ilha de Java, neste sábado.
O instrutor de voo livre foi preso ao tentar entrar na Indonésia,
em 2004, com 13 quilos de cocaína escondidos nos tubos de uma asa
delta. A Indonésia pune com pena de morte o tráfico de drogas. Antes de
ser preso, Marco vivia viajando entre Bali e o Rio. A presidente
Dilma Rousseff conversou pelo telefone, na manhã de sexta-feira, com o
presidente da Indonésia, Joko Widodo, mas não conseguiu clemência para o
brasileiro.
Segundo nota divulgada pela Presidência da República, Dilma
Roussef ressaltou, na conversa com o presidente da Indonésia, ter
consciência da gravidade dos crimes, disse respeitar a soberania daquele
país e do seu sistema judiciário, mas fez um apelo humanitário, como
“chefe de Estado e como mãe”. Até um pedido ao Papa Francisco foi feito pelo Palácio do Planalto para que intercedesse pelo brasileiro.
As
execuções agendadas para o domingo, na Indonésia, serão as primeiras
realizadas no governo de Joko Widodo, eleito em outubro do ano passado. O
presidente é conhecido por manter uma postura rígida contra o tráfico
de drogas. Segundo agências internacionais, além do brasileiro Marco
Archer Cardoso Moreira, serão executados um condenado da Nigéria, um do
Malaui, um do Vietnã e outro da Holanda. Há ainda um indonésio no
corredor da morte.
Fonte: O Globo
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