Saldo
negativo de R$ 2,8 bilhões é o maior em 21 anos, desde o início da série do
Mdic.
A
presidente Dilma Rousseff inicia o primeiro mandato com recordes negativos na balança comercial. O saldo das exportações e das
importações brasileiras ficou negativo em R$ 2,8
bilhões em fevereiro. Esse é o maior déficit para o mês da série
histórica da Secretaria de Comércio Exterior (Secex) do Ministério de
Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior (Mdic), iniciada nos anos 1980. Esse dado superou o recorde anterior, de
fevereiro de 2014, quando o resultado ficou no vermelho
em R$ 2,1 bilhões.
A balança também registrou o segundo pior
bimestre da história, com um deficit de R$ 6,01 bilhões de janeiro a fevereiro deste ano, pouco abaixo do saldo negativo de R$ 6,21
bilhões registrado no mesmo intervalo de 2014. Nesse período os embarques
de commodities encolheram 17%, para R$ 10 bilhões.
A maior queda nas exportações no bimestre foi de soja em grão (-70,7% ),
seguida de minério de ferro (-43,2%). Entre os manufaturados, os embarques de
combustível e as vendas de veículos para o mercado externo registraram queda.
No bimestre, o tombo foi de 67% e 28,7%, respectivamente,
e isso ajudou na retração de 13% das exportações de manufaturados de janeiro a
fevereiro, para US$ 9,9 bilhões. Apesar de a China ter ultrapassado os
Estados Unidos como principal destino dos produtos brasileiros em fevereiro, no
acumulado do bimestre, os EUA mantiveram-se na liderança. A Argentina
permaneceu em terceiro lugar nos dois casos.
Analistas preveem maior retração do PIB desde o
governo Collor
Mediana
das projeções ficou em 0,58%, contra previsão anterior de queda de 0,5%. Inflação deve ir a 7,47%
Pela nona semana consecutiva, as projeções de analistas do
mercado financeiro indicam mais pessimismo para a
atividade econômica e para a inflação no Brasil. De acordo com o boletim
Focus divulgado nesta segunda-feira pelo Banco Central, a mediana das previsões para o crescimento do Produto Interno Bruto
(PIB) já está
negativa em 0,58%, ante expectativa de queda
de 0,5% divulgada semana passada.
Se
a previsão se confirmar, será a maior retração da economia brasileira desde
1990, no
governo Collor, quando o cálculo do IBGE era diferente
e o indicador fechou em queda de 4,3%. A queda seria pior até que a registrada
em 2009, logo após a crise global, quando o PIB brasileiro encolheu 0,3%.
Já o IPCA, índice oficial que mede a alta
de preços no país, deve encerrar 2015 em 7,47%, contra estimativa de 7,33% da
pesquisa anterior. O número é
muito superior ao teto da meta do governo, de 6,5%. Se
a previsão estiver correta, o Brasil
terá a maior alta de preços desde 2004, quando houve alta de 7,6%.
Correio Braziliense e O Globo
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Balança comercial registra déficit de US$ 2,8 bilhões em fevereiro, piorsaldo da história para o mês
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