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sábado, 2 de fevereiro de 2019

O respeito chafurdou na lama

O lodaçal de lixo, areia e rejeitos tóxicos que varreu Brumadinho esparramou consigo as podres práticas de imprudência, descaso e impunidade que parecem expor um País em ruínas. Obras públicas caindo aos pedaços, pontes e viadutos interditados e catástrofes de grandes dimensões como o incêndio do Museu Nacional, no Rio, e da Boate Kiss, na cidade gaúcha de Santa Maria, demonstram cabalmente a fissura tremenda no quesito da fiscalização por órgãos públicos, como a relembrar ao povo que vivemos por aqui condenados a uma rotineira incúria administrativa. O Brasil parece incapaz de coibir e punir eficazmente os responsáveis por tragédias como essa, numa chaga lancinante sem fim. Nas estruturas federais e estaduais, nas agências reguladoras, no Congresso, em todas as autarquias e mesmo na Justiça prevalece a lei do mais forte, do jeitinho, do acordo com protelações infindáveis, com multas não pagas, reparações não executadas e, acima de tudo, um forte lobby das bancadas de mineradoras, construtoras, gestoras e o escambau a quatro na busca por favorecimentos acertados a peso de ouro. Corporações se movem com eficiência nos bastidores do poder para acobertar falhas. Ignoram alertas. Escamoteiam riscos. 

 Gastam fortunas com advogados para lesar milhares por meio do engavetamento das indenizações. Atolam o respeito e a dignidade humana na lama de seus dejetos. E depois oferecem alguns trocados a título de reparação. De certa forma, a delinquência empresarial atingiu status de prática vantajosa devido aos espúrios conchavos políticos. Um relatório da Agência Nacional de Águas apontou que menos de 3% das quase 25 mil barragens existentes no País foram fiscalizadas de 2017 para cá. A maioria delas segue sendo construída com tecnologia de resistência abaixo do ideal por custarem, naturalmente, mais barato. Os envolvidos na escolha demonstram desprezo pela coletividade e banalizam as consequências do perigo. Nos tornamos célebres pela ausência de responsabilidade. 

Nem mesmo compaixão pelo sofrimento implacável das vítimas que tudo perdem é levado em consideração nessas horas. Em Brumadinho, contam-se às centenas os mortos e desaparecidos. Milhares de impactados pela dimensão da calamidade. O repisar da agonia de famílias que ficam sem os entes queridos, os bens, a vida já difícil que tinham, é insuportável. O crime existe. Não pode ser classificado de outra forma. Não há atenuantes. Suposições alternativas. Atribuir a causas naturais ou a alguma fatalidade – como tentou abjetamente fazer a ex-presidente Dilma, que assinou até decreto nesse sentido – é de uma desfaçatez abominável. Brumadinho carrega consigo alguns aspectos absolutamente irrevogáveis que agravam a dor fruto da catástrofe. O mais relevante deles soa como premonição para outros futuros eventos do tipo: a falta de punições exemplares levou e, invariavelmente, continuará a levar o País a uma sucessão inconcebível de episódios trágicos dessa magnitude. Aconteceu diversas vezes e deve acontecer de novo nessa toada. Pode anotar. Tome-se o próprio exemplo de Mariana, ocorrido há três anos, e sobre o qual ainda arrastam-se ações não concluídas, determinações não cumpridas, realocações de desabrigados e reconstruções que não foram realizadas. 

 É inconcebível que uma companhia, em tão estreito hiato de tempo, seja protagonista de dois acidentes dantescos, promovendo uma dívida social imensurável, sem que o Estado demonstre a mínima capacidade de mudar esse quadro de coisas. Estão escancaradas as vísceras de um sistema falido. O modelo de atuação precisa ser repensado urgentemente. E aí reside a outra parte do problema. A complacência do setor público ainda grassa com fervor, mesmo sob a égide do governo que acaba de assumir. Não faz muito tempo, era o próprio presidente Jair Bolsonaro quem prometia o afrouxamento da legislação ambiental. ['afrouxar' legislação ambiental não significa afrouxar a segurança; é necessário ficar atento que a pretexto de aumentar a segurança, apertem tanto a legislação ambiental que desestimule investimentos - óbvio, vão conseguir evitar os acidentes, mas, pelo meio mais radical - destruindo a indústria.

segurança no sentido de preservar o meio ambiente é necessária e pode andar passo a passo com as medidas para preservar a segurança dos que trabalham com o 'meio ambiente'.]

Até a extinção do ministério que cuida do assunto estava no radar do mandatário. Em reunião com produtores rurais chegou a garantir que iria segurar as multas. “Não vai ter um canalha de fiscal metendo a caneta em vocês”, disse. Talvez o bom senso prevaleça e ele agora mude de opinião. Em Davos, há poucos dias, Bolsonaro chegou a afirmar que “somos o País que mais preserva o meio ambiente”. Os fatos logo calaram a bravata. Há uma eterna e deliberada confusão que se faz por aqui entre estoque de florestas e a sua efetiva reservação. Somos privilegiados pela natureza, o que daí vai uma longa distância sobre nossa capacidade de mantê-la adequadamente. A riqueza do meio ambiente, que é de todos, não pode simplesmente chafurdar na pororoca da inconsequência e irresponsabilidade.

 Carlos José Marques,  diretor editorial da Editora Três


terça-feira, 29 de janeiro de 2019

Presença de militares de Israel incomoda Exército brasileiro

[Presidente Bolsonaro! vale a pena desgostar o EXÉRCITO DE CAXIAS para agradar Israel?

Israel pode ser muito competente, muito bom, muito capaz o resgate de civis soterrados sob escombros de prédios derrubado9sr 

Deixe Israel cuidando dos seus interesses no Oriente Médio, especialmente na Faixa de Gaza e dirija os interesses do Brasil para onde seja interessante para o Brasil e os brasileiros - foram esses que elegeram o Senhor.]

E também bombeiros de Minas que atuam no resgate em Brumadinho



A presença de militares de Israel para ajudar nas buscas em Brumadinho (MG) gerou incômodo em oficiais do Exército brasileiro. E também nas forças militares de Minas que trabalham no cenário da tragédia.  O capitão Bolsonaro, ao aceitar a ajuda do amigo Netanyahu, abriu arestas em sua própria casa.

Na caserna, virou motivo de chacota a imagem de um israelense se afundando na lama e sendo retirado por um bombeiro de Minas.  

 A constatação de que o maquinário israelense não é apropriado para terrno com tanta lama também gerou piadinhas.  
 
Não bastasse, mil militares do Exército estão de prontidão, mas foram descartados pelo governador Romeu Zema.





Viver é muito perigoso

“Enquanto Bolsonaro se recupera da cirurgia, o país acompanha comovido o trabalho de resgate dos corpos das vítima de Brumadinho, na esperança de eventuais sobreviventes”

Foi bem-sucedida cirurgia à qual foi submetido ontem o presidente Jair Bolsonaro, para retirar a bolsa de colostomia e religar o trânsito intestinal. Segundo a Presidência, “o presidente possuía em razão das outras duas cirurgias uma quantidade muito grande de aderências. E essas aderências exigiram do corpo médico uma verdadeira obra de arte em relação à cirurgia”. A operação durou oito horas, mais do que o dobro do previsto. Foi mais complexa do que se imaginava.
Enquanto Bolsonaro se recupera da cirurgia, a vida segue seu perigoso curso, como diria o jagunço Riobaldo, personagem de Grande Sertão: Veredas, de Guimarães Rosa. O país acompanha comovido o trabalho de resgate dos corpos das vítimas, na esperança de eventuais sobreviventes, do rompimento da represa de rejeitos de minérios de Brumadinho, na Grande Belo Horizonte. Essa é a nossa maior tragédia humana do gênero, que já contabiliza mais de 60 mortos e quase três centenas de pessoas desaparecidas. Foi muito mais grave do que a de Mariana, ocorrida há três anos e dois meses, cujo impacto ambiental no Rio Doce foi maior do que o atual, que transformou num rio de lama de minério o Córrego do Feijão, afluente do Rio Paraopeba, que deságua no São Francisco.
Equipes de resgate do Corpo de Bombeiros e da Defesa Civil do governo de Minas foram reforçadas por tropa especializada de militares israelenses, enquanto efetivos e equipamentos do Exército, disponíveis em Juiz de Fora e Belo Horizonte, não foram mobilizados ainda, aparentemente por entraves burocráticos. É muita tolice criticar a presença dos israelenses, que têm equipes treinadas para resgates em escombros. Embora nunca tenham passado por uma situação igual no seu país, os especialistas israelenses também se destacaram no México, socorrendo vítimas de terremotos. [os israelenses algumas vezes se destacam em salvar pessoas de destroços causados por eles mesmo, quando bombardeiam civis desarmados e depois, em alguns casos,  vão socorrer os soterrados por prédios que foram derrubados pelo exército te Israel.] 
Há muito mais do que marketing político na operação. Israel quer estreitar relações com o Brasil e vender sua alta tecnologia. Há empresas brasileiras que também desejam fazer isso, mas foram desconsideradas pela Vale, que optou por economizar naquilo que não deveria, principalmente depois da tragédia de Mariana. Como se sabe, metade da Samarco, empresa responsável pela tragédia de Mariana, é da Vale que, por sua vez, também não assume a responsabilidade pelo que aconteceu em Brumadinho. Não devemos demonizar a mineração, mas isso não significa passar a mão na cabeça da diretoria da Vale, cujo presidente, se fosse japonês, já teria feito harariqui.[existe uma única solução: reestatizar a Vale.]

Meio ambiente
O governo federal também está sendo obrigado a rever suas posições em relação à questão das licenças e fiscalização ambientais, como fez com o Acordo de Paris. O ministro do Meio Ambiente, Ricardo Salles, faz malabarismos conceituais para explicar a mudança de posição em relação aos controles dos órgãos ambientais. A demonização do Ibama e o ICMBio, discurso fácil até agora, está diante do outro lado da moeda das licenças ambientais. A diferença é que em outras áreas, que o ministro chama de baixo risco, populações ribeirinhas e indígenas são afetadas sem a mesma letalidade, como no caso de Belo Monte. Mas o drama humano também existe, com o desenraizamento, a favelização, o banditismo e a prostituição.
“Viver é muito perigo, seu moço!”A frase antológica do jagunço mineiro é verdadeira. Vale para as tragédias e para a política. Em menos de 30 dias, o novo governo do país está de cara com essa realidade. Rapidamente está descobrindo que boa parte dos problemas que enfrenta não decorre de ideologias, mas da realidade objetiva e das contingências do nosso desenvolvimento. Por isso, são muito importantes os projetos e estratégias; há problemas que não se resolvem na canetada, mas no esforço continuado e na mobilização permanente do Estado, dos agentes econômicos e da sociedade. Isso não se consegue com bravatas e frases de efeito, requer a construção de amplos consensos e a participação dos demais atores políticos.
 
 Nas Entrelinhas - Luiz  Carlos Azedo, CB


Quando a impunidade mata

Urge que o Estado aja com firmeza para que os culpados realmente paguem pelo que fizeram – dos empresários que colocaram vidas em perigo até os funcionários públicos, que se omitiram criminosamente

O Brasil parece incapaz de punir quem age de maneira irresponsável e coloca em risco a vida de terceiros. Se o fizesse, conforme mandam a lei e os imperativos morais, quase com certeza tragédias como a ocorrida em Brumadinho (MG) não ocorreriam.

Em meio à comoção geral que esses terríveis eventos suscitam, autoridades se apressam a prometer rigor na investigação dos fatos, na identificação dos culpados e na edição de medidas para impedir que os desastres se repitam. As empresas envolvidas pedem desculpas e se comprometem a renovar seus protocolos de segurança, e o Ministério Público promete caçada implacável aos criminosos. O País já viu esse filme incontáveis vezes, sempre com o resultado da impunidade geral.
Espera-se que, ante as centenas de vítimas soterradas sob 12 milhões de metros cúbicos de lama e rejeitos de mineração, nesse desastre de proporções inéditas que cobriu o País de vergonha e indignação, os responsáveis sejam devidamente castigados, à altura do crime cometido. Pois é de crime que se trata. 

Mas o fato é que, passados alguns dias da ruptura da barragem da mineradora Vale, tudo se repete como nas tragédias anteriores. O presidente da Vale, Fabio Schvartsman, pediu “desculpas a todos os atingidos, à sociedade brasileira”, embora considere o desastre “indesculpável”. Em seguida, porém, assegurou que a Vale, “uma empresa muito séria”, “fez um esforço imenso” e tomou “uma lista infindável de ações” para “deixar nossas barragens na melhor condição possível” – tudo isso, disse o executivo, “especialmente depois de Mariana”. 

A cidade mineira de Mariana virou sinônimo de tragédia ambiental em novembro de 2015, quando houve ali a ruptura de uma barragem de rejeitos de mineração, soterrando sob 43 milhões de metros cúbicos de lama vários distritos da região, matando 19 pessoas e causando o que até agora era considerado o maior desastre ambiental da história do Brasil. A barragem era de responsabilidade da mineradora Samarco, controlada por uma joint venture entre a Vale e a mineradora anglo-australiana BHP Billiton. Na ocasião, a direção da Samarco também garantiu ter cumprido todas as exigências de segurança para prevenir acidentes como aquele.

Ou as empresas envolvidas nessas tragédias faltam com a verdade quando dizem ter seguido todos os procedimentos de segurança, ou esses procedimentos são evidentemente insuficientes. Tanto em Mariana como em Brumadinho, as barragens eram consideradas de “baixo risco” de acidente pelas autoridades responsáveis pela fiscalização. Não é preciso ser especialista para concluir que há algo de errado nessas avaliações, até porque, nos dois casos, não houve acidente natural. O que houve foi a escolha deliberada de tipos de barragem de baixo custo e alto risco, acrescida de fiscalização e controle no mínimo desidiosos.

Depois do que aconteceu em Mariana, esperava-se que a comoção nacional gerasse ações concretas para impedir sua repetição. Na ocasião, constatada a insuficiência da fiscalização, foram feitas promessas de maior rigor na manutenção das barragens e garantiu-se que haveria reparação para as famílias atingidas. Três anos depois, a fiscalização continua insuficiente, poucas famílias receberam indenização e nenhum executivo ou autoridade respondeu por seus atos ou omissões.
O governo montou um “gabinete de crise” para acompanhar os desdobramentos do desastre de Brumadinho, mas a maior crise a ser administrada é moral, e isso “gabinete de crise” nenhum será capaz de fazer.

A tragédia de Mariana, os deslizamentos de terra que mataram centenas de pessoas em morros do Rio de Janeiro, o incêndio da boate Kiss, que matou 242 pessoas há cinco anos, e outras catástrofes que revoltaram os brasileiros nos últimos tempos têm algo em comum entre elas, além do grande número de vítimas: em nenhum dos casos, os responsáveis foram punidos. E a sequência dos casos sinistros é a evidência de que “fiscalização”, para o poder público, é um amontoado de letras sem qualquer significado. Agora, no caso de Brumadinho, urge que o Estado aja com firmeza para que os culpados realmente paguem pelo que fizeram – dos empresários que, além de arriscar seus capitais, colocaram vidas em perigo, até os funcionários públicos, que se omitiram criminosamente. Aí está a chave para evitar que tais desastres se repitam.

Opinião - O Estado de S. Paulo


 

domingo, 27 de janeiro de 2019

O Brasil não precisa de ajuda de Israel para Brumadinho - dispensamos tal ajuda

Militares israelenses embarcam em direção ao Brasil para ajudar nas buscas em Brumadinho

Delegação com 130 soldados chega ao Brasil na noite deste domingo e, segundo governo de MG, começa a atuar na segunda. Mais de 30 pessoas morreram e mais de 280 estão desaparecidas após o rompimento de uma barragem da mineradora Vale.

[Israel possui um bom parque tecnológico, mas, seus conhecimentos não serão de utilidade no resgate das vítimas de Brumadinho - aliás, o controle de tragédias envolvendo grandes volumes de água não está entre as especialidades do exército hebreu - aliás, água não abunda em solo israelense.

A ajuda de Israel é tão dispensável que nem a nota do Planalto conseguiu explicar como será tal ajuda.

Abaixo, em itálico, o que disse o Planalto:

"... A nota do Planalto não especifica como será a ajuda de Israel. Procurada pelo G1, a Presidência informou que ainda não tem detalhes sobre o assunto. Mais cedo, durante reunião em Minas Gerais, Bolsonaro falou que o auxílio israelense será dado por meio de tecnologia para buscar desaparecidos...."

Entendemos que essa ajuda, a exemplo da suposta mudança da embaixada do Brasil para Jerusalém, são assuntos que podem deixar para ser resolvidos em época futura.

Por tudo isso, apresentamos  agradecimentos sinceros à disposição para ajudar e expressamos votos de um feliz retorno a Israel - não há sequer necessidade de vinda ao Brasil, podem fazer meia volta, com certeza o avião tem autonomia para retornar a Israel sem precisar pousar no Brasil - ainda que em escala técnica.] 

Blog Prontidão Total 

Em Tempo: Repudiamos, com veemência, a pretensão da imprensa esquerdista de vincular a ajuda humanitária oferecida por Israel a uma forma de disfarçar o envio de um grupo de assalto a Venezuela.

A Venezuela é assunto a ser resolvido pela  especialmente o Grupo de Lima, sendo dispensada e dispensável ajuda de Israel - que deve cuidar da Faixa de Gaza e dos demais territórios que ocupa ilegalmente.

 

Os autores do múltiplo homicídio em Brumadinho imploram por castigo

A fila dos responsáveis pelo crime ambiental é tão extensa quanto a lista dos fregueses da Odebrecht


A fila de responsáveis pelo múltiplo homicídio, culposo ou doloso, seguido de destruição ambiental é tão extensa quanto a lista dos fregueses do Departamento de Propinas da Odebrecht. O desfile dos criminosos de Brumadinho merece ser puxado pelo ex-governador Fernando Pimentel, cujo descaso pela vida dos mineiros foi escancarado pela reprise da erupção de horror em Mariana, e pelo presidente da Vale, Fabio Schvartsman. O comandante da empresa reincidente jura que não tem palavras para descrever o sofrimento que lhe causou o rompimento de outra barragem. O que anda fazendo a turma que preside cabe em 18 letras: canalhice assassina.


A multidão de protagonistas e coadjuvantes agrupa cúmplices acampados na Agência Nacional de Águas e na Agência Nacional de Mineração, comparsas infiltrados no Ministério de Minas e Energia, campeões da vadiagem que infestam os órgãos encarregados de zelar pelo meio ambiente, engenheiros malandros, fiscais corruptos a serviço de mineradoras, ineptos fantasiados de promotores de Justiça e magistrados que, por safadeza ou estupidez, poupam de punições os delinquentes que produzem tsunamis de rejeitos. Fora o resto.

A contemplação do passado informa que o Brasil se habituou a só colocar fechadura em porta arrombada. Para que essa deformação repulsiva deixe de obstruir o caminho que leva ao futuro civilizado, é preciso transformar em marco zero o drama que assombrou novamente o mundo. Os autores do crime em Brumadinho são casos de polícia. Têm de aprender que já não existem condenados à perpétua impunidade. Todos merecem algum tipo de castigo. Muitos merecem cadeia.


Veja


As tragédias permitidas

[Qual a razão para os opositores, os adversários do presidente Bolsonaro - inimigos, é o adjetivo mais adequado - insistirem em só destacar eventuais falhas do atual presidente?

São pessoas sensatas, inteligentes, experientes na vida profissional e do dia a dia e sabem que JAIR BOLSONARO é presidente do Brasil, com as bençãos de DEUS vai fazer um bom governo e terá chances concretas de reeleição.

Então o que resta aos inimigos de Bolsonaro é se conformar, aceitar o inevitável = BOLSONARO, presidente do Brasil = e aproveitar os tempos melhores que virão para a nossa Pátria Amada.]

(...)
ESTÁ NO AR
Excluído do Exército, sob ponderações no Superior Tribunal Militar que puseram em dúvida até seu equilíbrio mental, Bolsonaro ficou à distância de sua classe por muito tempo. [o processo ao qual Bolsonaro respondeu, há três décadas, se encontra nos arquivos do STM, pode ser consultado e o resultado da consulta mostrará que nem sempre o afirmado na Imprensa combina com o que está no processo.] Embora refletindo-a nas opiniões e, proveito também eleitoral, nas reivindicações. A perspectiva da candidatura à Presidência mudou sua relação com o passado. Por utilitarismo, sem dúvida, Bolsonaro empenhou-se em ser dado como capitão, representante legítimo de todas as idiossincrasias e da radicalidade conservadora, anticultural e patrioteira da caserna. [Bolsonaro não precisou, da mesma forma que qualquer militar da reserva não precisa, ser dado como capitão - o militar da reserva permanece sujeito a todas as regras militares, tanto na parte dos DEVERES quanto das PRERROGATIVAS - está na Lei.] O candidato identificado com as Forças Armadas.
Os comandos do Exército aceitaram o risco dessa identificação, apesar da preocupação até revelada. Os da reserva, categoria em que as pretensões de superioridade e os sectarismos podem se mostrar mais, regozijaram-se com a atitude de Bolsonaro. O então comandante do Exército, general Villas Bôas, que se reconhecera como um dos preocupados, formalizou a aceitação do risco, aparentando dá-lo por extinto.

Em duas semanas após a posse, a preocupação voltou a muitos. Pelo avesso, porém. Como preocupação com a possibilidade de identificação, aos olhares internos e sobretudo externos, dos militares e seus generais com Bolsonaro, suas ideias irrealistas e o círculo familiar-religioso insustentável. Desde a terceira semana, o lento desenrolar do caso Flávio Bolsonaro e seus tentáculos até o próprio Bolsonaro tiveram a contribuição do vexame no Fórum Econômico Mundial para agravar o estado de coisas. [o que tem atrapalhado, atrasado,  as investigações da movimentação atípica de um ex-assessor de Flávio Bolsonaro (ressalte-se que movimentações atípicas não são necessariamente ilegais) movimentações que parte da Imprensa suspeita envolver o deputado Flávio e outra parte já considera (baseada em que não se sabe) o presidente da República, JAIR BOLSONARO, envolvido nas mesmas, é que uma câncer - doença gravíssima, especialmente quando em estágio avançado, caso do Queiroz - resolveu aparecer por agora e tem impedido que os esclarecimentos sejam prestados.
 
Enquanto isso não ocorre, parte da imprensa insiste em requentar a notícia antiga com manchetes de duplo sentido.
 
Dificil de acreditar, mas, já tem inimigos de Bolsonaro, com acesso à Imprensa anti Bolsonaro, insinuando que o presidiu decidir retirar a bolsa de colostomia nesta semana, para se livrar de qualquer compromisso advindo da posse dos novos parlamentares.
 
Só não estão acusando Bolsonaro pela tragédia de Brumadinho - que lamentamos - devido o calendário não permitir.] 
 
(...)
 
 
Comentário inserido em transcrição parcial do artigo 'as tragédias permitidas', Jânio de Freitas, Folha de S. Paulo.