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segunda-feira, 10 de agosto de 2015

Dirceu admite que o comportamento de Lula ao abandoná-lo segue o adotado pelos ratos quando o navio começa a afundar: abandonar a embarcação



Ressentido, Dirceu sente abandono até de Lula
Ex-ministro fica sem defesa do PT e se queixa da falta de apoio público. Mesmo assim, amigos garantem que não há hipótese de delação premiada
Dias antes de ser preso na 17ª fase da Operação Lava-Jato, o ex-ministro José Dirceu, de 69 anos, se mostrava vencido. Ligava para a família pedindo que o visitassem porque poderia “ser preso a qualquer hora”. Na semana que antecedeu a prisão, em conversa com amigos, chegou a calcular que ficaria preso por pelo menos “seis ou oito meses”. A tensão resultou em uma crise de hipertensão, com pico de pressão arterial de 19 por 12 (o normal é 12 por 8).

Nos últimos tempos, Dirceu se mostrava ressentido com lideranças do PT, sobretudo com Lula, com quem não fala desde antes de sua condenação no mensalão. Queixava-se da falta de apoio público por parte da cúpula do partido. Como esperava, sua defesa não foi feita, mais uma vez, na reunião de terça-feira da Executiva Nacional do PT. Desde que começou a cumprir pena, ele deixou de participar dos destinos políticos do partido e pouco foi visitado pelos “companheiros”. Em março deste ano, seu almoço de aniversário, antes marcado pela presença de políticos de todos os calibres, contou com poucas pessoas e nenhum figurão da legenda.

Há tempos a base de apoio de Dirceu deixou de ser sua corrente interna do partido, a Construindo Um Novo Brasil, e passou a ser o “setorial” da juventude. São esses jovens que organizam manifestações de apoio e gritam, em eventos petistas, “Dirceu, guerreiro do povo brasileiro”. O grito de guerra, no entanto, não foi entoado no último congresso nacional do partido, em junho passado. E a julgar pela reação dos petistas depois da revelação das evidências de que o ex-ministro teria recebido benesses pessoais como uma milionária reforma em sua casa e o aluguel de um jato particular talvez não volte a ser ouvido tão cedo. 

Integrantes do partido dizem que a suspeita de ter usado um esquema de corrupção para “enriquecimento pessoal” feriu a sensibilidade dos militantes.

CONTABILIDADE FICAVA POR CONTA DO IRMÃO
Mesmo com o faturamento de quase R$ 40 milhões de sua empresa, a JD, Dirceu nega ter enriquecido e diz ter dívidas de R$ 3 milhõesacumuladas com a defesa em processos e as atividades políticas. Em conversas com amigos antes da prisão, Dirceu admitiu erros: deixar que a Jamp, do operador Milton Pascowitch, pagasse suas despesas diretamente e pedir pagamentos adiantados, operação típica de lavagem de dinheiro.

Segundo amigos, até recentemente ele não sabia como a questão financeira era gerida. A contabilidade ficava por conta do irmão Luiz Eduardo, também preso. Luiz Eduardo foi escolhido justamente por características que agora podem complicar Dirceu: é um sujeito simples, completou só o ensino médio, nunca teve relação com a política ou vida pública e pode não saber como responder aos investigadores. De antemão, Dirceu acredita que será condenado. E diz lamentar não ter mais 50 anos para ter tempo de cumprir a pena e tentar redimir a biografia. Segundo amigos, não há hipótese de que ele aceite delação premiada.

O ex-ministro sustenta que o dinheiro que recebeu não era propina, mas resultado do trabalho como consultor internacional. Diz que valores recebidos enquanto preso vinham de taxas de sucesso dos negócios que intermediava. E afirma que o jatinho à sua disposição não era luxo, mas necessidade — ele quase apanhou algumas vezes em saguões de aeroportos pelo Brasil. A despeito do ostracismo no partido, fazia sempre um diagnóstico de política, assunto do qual declinava apenas para assistir ao desenho “Peppa Pig” com a filha Maria Antonia, de cinco anos.

Fonte: O Globo



terça-feira, 4 de agosto de 2015

16 de agosto: estaremos lá - Tudo isso pode insuflar os protestos contra Dilma Rousseff, marcados para o dia 16 de agosto.

Dirceu não é mais o mesmo, mas sua prisão pode manchar era Lula. Tudo isso pode insuflar os protestos contra Dilma Rousseff, marcados para o dia 16 de agosto.
Petista ainda cumpre pena pela condenação no mensalão e pode perder benefício do regime domiciliar

José Dirceu não é a sombra do que foi, mas sua nova prisão, ainda que fosse a bola mais cantada no mundo político atual, tem consequências significativas, no curto e médio prazos. A principal delas é política. Os investigadores disseram estar convencidos de que o esquema de corrupção na Petrobras nasceu no primeiro governo Lula e era a repetição do mensalão. Em ambos os casos, segundo os procuradores da Lava-Jato, Dirceu foi o principal estrategista, preenchendo postos-chaves para a engrenagem dos esquemas.

Como se sabe, no mensalão os recursos desviados foram usados na compra do apoio da base aliada no Congresso. Na Lava-Jato, os recursos foram drenados para campanhas eleitorais e, aqui e ali, para os bolsos de algunsDirceu entre eles,  aponta a investigação. Ainda que existam diferenças, a comparação tem o poder de deixar uma mancha na era Lula e enfraquece a tese, já em desuso, de que o ex-presidente desconhecia as negociações não republicanas de sua administração. E mais: em tom enigmático, os procuradores sugeriram que Lula, ele próprio, integra a lista de investigados da Lava-Jato.

Tudo isso pode insuflar os protestos contra Dilma Rousseff, marcados para o dia 16 de agosto. Esse é o maior temor dos dirigentes petistas. As manifestações anteriores já haviam se notabilizado pelo caráter antipetista, extrapolando a insatisfação contra a presidente. A depender da adesão, os atos podem deixar ainda mais vulnerável o governo, que vai encarar, fragilizado, o retorno de um Congresso frenético.

A prisão de Dirceu também tem consequências jurídicas para ele próprio. Sua situação é bem mais complicada do que a de outros alvos da Lava-Jato. O petista ainda cumpre pena pela condenação no mensalão e ganhou da Justiça o chamado benefício de progressão do regime, deixando a cadeia para cumprir o restante da pena em prisão domiciliar. Agora, é possível que, provocada pelo Ministério Público, a Justiça reveja esse benefício.

Pesa contra Dirceu o fato de que parte dos pagamentos recebidos do lobista Milton Pascowitch foi feita no período em que ele estava preso. Segundo o próprio Pascowitch, trata-se de propina. Portanto, em tese, Dirceu não tinha exatamente o "bom comportamento" que o levou para casa.  Também é certo que o passado do mensalão terá impacto numa eventual futura condenação do petista na Lava-Jato, quando o seu histórico será levado em conta.

É bom lembrar que a prisão ocorre ao mesmo tempo em que o ex-diretor da Petrobras Renato Duque, justamente o operador alçado ao cargo por Dirceu, em 2004, também negocia um acordo de delação premiada. Não sem razão, a notícia desta negociação reforçou o sentimento de pânico em Brasília.


Fonte: Alan Gripp - O Globo – Site: A Verdade Sufocada

Da mesma árvore

Mensalão e corrupção na Petrobras nasceram da mesma árvore. É o que será detalhado depois de amanhã, uma vez definida a lista dos candidatos à Procuradoria-Geral da República

Palácio do Planalto, janeiro de 2003. Lula degusta a primeira semana no poder em conversa com os ministros José Dirceu (Casa Civil), Antonio Palocci (Fazenda) e Miro Teixeira (Comunicações).  Preocupa-se com o novo Congresso, que toma posse no mês seguinte. Chegou à Presidência com 52 milhões de votos, mas o PT não conseguiu ir além dos 18% das cadeiras na Câmara, com 91 deputados federais.  Discute “como é que se organiza”, nas suas palavras, a maioria no Legislativo. Dirceu sai na frente com um enunciado sobre o “Congresso burguês”, evocação dos “300 picaretas” que Lula usara anos antes ao se referir à maioria dos parlamentares federais.

O líder escuta, sorridente, a ideia de usar cargos com fatias do orçamento do governo e das empresas estatais para compor a “maior base parlamentar do Ocidente”. A proposta esconde e mistifica, tanto quanto revela. Palocci e Miro percebem o aval de Lula a Dirceu. Em oposição, sugerem alianças a partir de projetos específicos — a começar pelo “ajuste fiscal” —, até para atrair parte da oposição, o PSDB de Fernando Henrique Cardoso, sociólogo que exibia o orgulho de ter passado a faixa presidencial ao operário transformado em símbolo da democracia industrial brasileira. Palocci e Miro insistem. 

Acabam atropelados.
A partir de então, houve romaria ao quarto andar do Planalto, onde o secretário-geral do PT Silvio Pereira e o tesoureiro do partido Delúbio Soares loteavam cargos entre aliados. Dirceu homologava, auxiliado por Fernando Antônio Guimarães Hourneaux de Moura, mais conhecido como “FM”. No Congresso, provocavam-se frequentadores do Planalto: “O deputado anda ouvindo muita rádio ‘FM’”.

A mecânica das negociações havia sido testada na campanha. Numa noite de junho de 2002, Lula, o vice José Alencar, Dirceu e Delúbio foram ao apartamento do deputado Paulo Rocha (PT-PA), em Brasília. Lá estava Valdemar Costa Neto, líder do PR, que contou à revista “Época” em agosto de 2005: “O Lula e o Alencar ficaram na sala; fomos para o quarto eu, o Delúbio e o Dirceu. Comecei pedindo uns R$ 20 milhões...”

Valdemar levou metade e, mais tarde, ganhou como outros a “porteira fechada” de departamentos (Dnit), delegacias (Trabalho e Receita Federal) e diretorias (Infraero, Itaipu e Correios). O “filé” era a Petrobras, na definição de Roberto Jefferson, líder do PTB. Foi partilhado por dois Josés: Dirceu, do PT, e Janene, do PP. Logo, somaram-se líderes do PMDB.

Havia engenho na separação entre o mensalão e a reserva de até 3% nos contratos entre a Petrobras e cartéis privados — supervisionada pelo diretor Renato Duque, recrutado por Dirceu e “FM”. O mensalão viabilizava “a maior bancada parlamentar do Ocidente”. A Petrobras financiava a máquina eleitoral necessária aos “20 anos no poder”, incluindo uma espécie de folha complementar de salários para ocupantes de cargos-chave no governo.

Mensalão e corrupção na Petrobras nasceram da mesma árvore. Depois de dez invernos, evidencia-se seu cultivo com o uso sistêmico da política para crimes. Novos detalhes devem aflorar depois de amanhã, quando se define a lista de sucessão na Procuradoria-Geral da República. Como sempre, tudo foi encoberto em nome da luta “contra a exploração dos trabalhadores” — os mesmos que, hoje, estão pagando a conta.


Fonte: José Casado – O Globo

segunda-feira, 3 de agosto de 2015

INACEITÁVEL

Jatinho exclusivo para Dirceu?
Quando receber autorização do Supremo Tribunal Federal (STF) para a transferência do ex-ministro José Dirceu para Curitiba, a Polícia Federal trabalha com a possibilidade de levar o petista de Brasília para a capital paranaense sozinho um jatinho. O objetivo é que, pelo menos em um primeiro momento, presos "expostos politicamente" não sejam colocados no mesmo ambiente que os demais detidos na Operação Lava Jato. Dirceu teve a prisão preventiva decretada pelo Juiz Sergio Moro, que também autorizou buscas e apreensões na casa do ex-ministro. A mulher de Dirceu acompanhou os policiais enquanto eles cumpriram os mandados na residência do petista.


Dirceu, a prisão e as ironias do destino
José Dirceu se sentia abandonado por companheiros de partido desde que caiu em desgraça com a condenação a sete anos e 11 meses por corrupção ativa no julgamento do mensalão. Longe das decisões de alta cúpula tomadas no Palácio do Planalto ou no Congresso Nacional, Dirceu passou nesta segunda-feira por uma daquelas ironias do destino quando foi levado por policiais de sua casa, no bairro nobre do Lago Sul, em Brasília, para a Superintendência da Polícia Federal, do outro lado da cidade.

Pelos vidros do carro negro da PF, passou diante do imponente prédio da Procuradoria-geral da República, responsável pelas acusações que o levaram pela primeira vez para a cadeia. A menos de 500 metros dali, viu os contornos do Palácio do Planalto, onde ocupou o poderoso quarto andar na chefia da casa Civil do primeiro mandato de Lula até 16 de junho de 2005.



quarta-feira, 15 de julho de 2015

SERÁ QUE O TERRORISTA VAI ENTREGAR O CHEFÃO?

 Dirceu diz que "não aguenta mais a situação" 

Em novo pedido a juiz Sérgio Moro para não ser preso pela Lava Jato, ex-ministro suspeito de receber propina justifica que está com idade avançada, aflito e angustiado

O ex-ministro-chefe da Casa Civil José Dirceu informou o juiz federal Sérgio Moro, que conduz os processos da Operação Lava Jato, na noite desta terça-feira, 14, que “não aguenta mais a situação”. Em novo pedido para não ser preso preventivamente no inquérito que investiga seu envolvimento com o esquema de propina na Petrobras, por meio de sua empresa a JD Assessoria e Consultoria, ele afirma que foi ”rotulado indelevelmente de inimigo público”.

“Com seus 70 anos e rotulado indelevelmente de inimigo público, não aguenta mais a situação a qual é submetido diariamente”, informou Dirceu, por meio de seu defensor, o criminalista Roberto Podval.

“A aflição do peticionário – e também de seus defensores – a respeito de uma possível ordem de prisão contra si já é fato público e notório. Não apenas pipocam diariamente na imprensa notícias sobre seu iminente encarceramento, mas, também, todos os dias surgem ‘novos’ depoimentos que, ainda segundo a mídia, complicariam a situação do peticionário”, diz o criminalista, em petição anexado aos autos às 23h48.

A nova tentativa para afastar o risco de uma prisão preventiva surgiu após depoimento do lobista Julio Gerin Camargo, na tarde desta terça-feira, na Justiça Federal em Curitiba, em que ele afirmou ter pago R$ 4 milhões para o ex-ministro a pedido do ex-diretor de Serviços da Petrobras Renato Duque.

No pedido, Podval informou que buscou no Tribunal Regional Federal – corte superior – uma medida que afastasse o risco de prisão preventiva nos autos da Lava Jato “tamanha a angústia” do ex-ministro, que é condenado no mensalão e cumpre pena em regime domiciliar.

Segundo o criminalista, “para caracterizar de vez como suplício a situação psicológica que se encontra” Dirceu, durante todo dia de ontem um veículo de rede de televisão permaneceu estacionado na porta da residência do ex-ministro, “certamente aguardando a tão esperada prisão”. E isso, para regozijo de uma sociedade que, infelizmente, se contenta e festeja o encarceramento prévio, sem processo, sem formação de culpa e sem qualquer observância ao sistema Constitucional que, ironicamente, serviria para proteger essa mesma sociedade do arbítrios do Estado.”

Para a defesa, “à luz do princípio da presunção de inocência”, o novo depoimento do lobista Júlio Camargo não pode servir de base para uma preventiva. “Máxime quando o suposto delator (Júlio Camargo), anteriormente, em nenhum momento narrou afirmado qualquer fato envolvendo o peticionário, que tivesse o condão de lastrear uma custódia cautelar.”

À disposição. No documento Dirceu informou que por diversas vezes procurou, via defesa, para se colocar à disposição para esclarecer todo e qualquer questionamento e para tentar demonstrar a desnecessidade de uma prisão preventiva.

“Não obstante, e apesar de seus pedidos formais para que fosse ouvido (em Curitiba ou em Brasília, onde cumpre pena), o fato é que até hoje não sinalizou a força tarefa qualquer esforço concreto nesse sentido. José Dirceu nunca pôde, até o momento, mesmo querendo, explicar quaisquer dúvidas porventura existentes quanto a seus negócios, realizados no passado.”

 

segunda-feira, 8 de junho de 2015

José Dirceu queixa-se da falta de solidariedade de Lula e Dilma



Se escapar a uma nova prisão por causa da roubalheira na Petrobras, Dirceu pensa em se mudar para outro país
Dez anos depois de Roberto Jefferson ter denunciado o escândalo do mensalão, o ex-presidente do PT, ex-coordenador da candidatura de Lula a presidente em 2002, ex-ministro-chefe da Casa Civil da presidência da República e ex-deputado federal José Dirceu de Oliveira é um pote até aqui de mágoas, segundo Ricardo Galhardo, repórter do jornal O Estado de S. Paulo.

Condenado a 7 anos e 11 meses de prisão por corrupção ativa, ele passou 11 meses trancado na Penitenciária da Papuda, em Brasília, e desde novembro último cumpre a pena em casa. Durante todo esse tempo jamais recebeu a solidariedade de Lula nem ele nem os mensaleiros mais ligados ao ex-presidente, como José Genoino, também ex-presidente do PT, e Delúbio Soares, ex-tesoureiro. [alguém explique: a Lei de Execuções Penais, que alcança todos os bandidos, incluindo os mensaleiros, todos = inclusive José Dirceu = estabelece que o bandido para pleitear sair do regime fechado tem que ter cumprido, NO MÍNIMO, 1/6 da pena.
Zé Dirceu foi condenado a 7 anos = 84 meses + 11 meses = 95 meses.
1/6 de 95 meses, aqui ou no inferno -  local que esperamos seja o destino final e eterno do ex-guerrilheiro de festim -  equivale a 15 meses e 25 dias. Qual a razão do reeducando Zé Dirceu ter permanecido na jaula apenas 11 meses?
Além da exigência temporal de cumprimento de 1/6 o sentenciado tem que atender outros requisitos que o consultor Dirceu não cumpriu.
Quando estava na Papuda Dirceu foi indiciado em um processo por uso indevido de celular, o processo não foi julgado – assim, Dirceu não foi inocentado. Por razões MENSALESCAS o processo foi arquivado sem decisão final, mas o MENSALEIRO foi liberado.]

Ultimamente, Dirceu tem manifestado entre amigos sua insatisfação com o comportamento de Lula. Na semana passada, por exemplo, ele usou a palavra “covardia” ao se referir à postura de omissão de Lula e da presidente Dilma Rousseff durante todo o processo do mensalão. Omissão, que segundo o próprio Dirceu, se repete agora em relação à Operação Lava Jato, na qual ele é investigado.

Isso faz com que todos os petistas condenados ou não “carreguem a pecha de corruptos”.  Fala, Dirceu:  - De que serve toda covardia que Lula e Dilma fizeram na ação penal 470 [o processo do mensalão] e repetem agora? Estamos no mesmo saco – eu, Lula e Dilma.  Dirceu ainda insiste em dizer que o mensalão foi apenas Caixa 2 – o uso de dinheiro omitido da Justiça Eleitoral para pagar despesas de campanhas. Não foi pagamento de propina a deputados federais para que votassem como queria o governo. E que Lula nada teve a ver com as negociações entre partidos aliados do PT que levaram ao escândalo do mensalão.

Quanto a uma eventual nova candidatura de Lula a presidente, Dirceu não vê no momento nenhum movimento dele nesse sentido. Vê Lula ocupado em tentar costurar o apoio do PMDB ao governo Dilma. O PMDB tomou do PT o protagonismo político. E o PT deverá colher nas eleições municipais do próximo ano piores resultados do que colheu em 2012.  

Se escapar a uma nova prisão por causa da roubalheira na Petrobras, Dirceu pensa em se mudar para outro país. Não vê clima por aqui para que possa arranjar trabalho e viver em paz com a família. [Dirceu os mais nojentos dos seres vivos – hienas e chacais =- tem direito a um lampejo de dignidade.
Use este lampejo e abra o jogo sobre toda a participação do Lula e Dilma no MENSALÃO – PT = você não poderá ser mais condenado pelos crimes do MENSALÃO – PT.
E se você abrir sobre o PETROLÃO – PT, caso o processo te alcance, você pode negociar uma delação premiada e entregar Lula e Dilma – só precisa ter cuidado para não ser um novo Celso Daniel.] 

Fonte: O Globo

sábado, 21 de fevereiro de 2015

PETROLÃO - PT - Dono da UTC quer contar tudo e governo tenta impedir

Revelações estarrecedoras - que se feche o PT


Ricardo Pessoa, da UTC, está prestes a falar – e fechar o elo da cadeia criminosa do petrolão

Petrolão: dono da UTC quer contar tudo – e governo faz tudo para demovê-lo

Preso em Curitiba, Ricardo Pessoa quer falar: esquema começou em 2003, operado por Delúbio; bancou despesas de Dirceu; carreou R$ 30 mi para o PT só em 2014; e Cardozo tenta mesmo evitar sua delação premiada

Que se feche o PT: revelações de empreiteiro demolem Lula, Dilma, Dirceu, Cardozo, Wagner, Delúbio, Gabrielli…

O engenheiro baiano Ricardo Pessoa, dono da construtora UTC e coordenador do cartel de empreiteiras no esquema de corrupção da Petrobras, fez chegar à VEJA um resumo do que está pronto a revelar à Justiça caso seu pedido de delação premiada seja aceito:
 
1) O esquema organizado de cobrança de propina na Petrobras foi montado em 2003, no governo de Luiz Inácio Lula da Silva, então amigo do empreiteiro. O operador era o tesoureiro do PT Delúbio Soares, réu do mensalão.
2) A UTC financiou clandestinamente as campanhas do hoje ministro da Defesa, Jaques Wagner, ao governo da Bahia em 2006 e 2010. A campanha de Rui Costa, em 2014, também foi financiada com dinheiro desviado da Petrobras.
3) A empreiteira ajudou o ex-ministro e mensaleiro petista José Dirceu a pagar despesas pessoais a partir de simulação de contratos de consultoria. Dirceu recebeu 2,3 milhões de reais da UTC somente porque o PT mandou.
4) O presidente petista da Petrobras, José Sérgio Gabrielli, sempre soube de tudo.
5) Em 2014, a campanha de Dilma Rousseff e o PT receberam da empreiteira 30 milhões de reais desviados da Petrobras.

Ricardo Pessoa pode demonstrar que esse dinheiro saiu ilegalmente da estatal, através de contratos superfaturados, e testemunhar que o partido conhecia a origem ilícita. 

Também pode contar que o esquema de propinas foi montado pelo PT com o objetivo declarado de financiar suas campanhas eleitorais.  O presidente do BNDES (mantido no cargo), Luciano Coutinho, avisou Pessoa que o tesoureiro de Dilma, Edinho Silva, o procuraria para pedir dinheiro, conforme VEJA revelou três semanas atrás. Pessoa confirma que deu mais 3,5 milhões de reais à campanha presidencial petista após ser procurado por Edinho e a revista acrescenta agora que a conversa entre eles teve duas testemunhas.
6) O suposto ministro da Justiça, José Eduardo Cardozo, ciente de que Pessoa estava prestes a denunciar Lula, Dilma e Dirceu, procurou os advogados do empreiteiro, e o acordo de delação premiada que ele negociava com os procuradores da Operação Lava Jato foi suspenso.

Ao contrário do que pregam OAB, Kennedy Alencar, Ricardo Noblat e o próprio ministro, as reuniões secretas não partiram dos advogados, mas sim de Cardozo, disposto a cometer qualquer tipo de abuso para obstruir o inquérito.

Em suma: se Ricardo Pessoa, em vez de ceder à pressão petista, denunciar à Lava Jato toda essa máfia infiltrada na máquina pública, e se os investigadores conseguirem demonstrar item por item, então o impeachment de Dilma na base legal do artigo 85, inciso 5, ou a cassação de seu mandato na da lei federal nº 9.504 são muito pouco para o bem do Brasil: o PT tem de ser extinto e os mandantes do esquema têm de apodrecer atrás das grades.

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sexta-feira, 30 de janeiro de 2015

Bandido, a depender do entendimento do guerrilheiro de festim Zé Dirceu, tem direito a contar para fins de aposentadoria o temo que passou foragido



José Dirceu quer incluir anos de clandestinidade na contagem de sua aposentadoria
Em 2002, ex-ministro foi anistiado pelo governo de Fernando Henrique considerando 11 anos de perseguição
O ex-ministro José Dirceu quer contabilizar os onze anos que viveu na clandestinidade, durante a ditadura militar, na contagem para sua aposentadoria. Ele quer se aposentar. Esse período abrange sua prisão no Congresso da União Nacional do Estudante (UNE), em Ibiúna (SP), em 1968, até a abertura política, em 1979, quando desfez cirurgia plástica que alterou seu rosto, e voltou a viver em definitivo no Brasil.
A pretensão de Dirceu precisa ser apreciada pela Comissão de Anistia, ligada ao Ministério da Justiça, órgão que julga e concede, ou não, contagem para a aposentadoria dos anos de perseguição política, além de indenização financeira. O ex-ministro já foi anistiado por essa comissão, em fevereiro de 2002, durante o governo Fernando Henrique Cardoso, do PSDB. Seu processo foi aprovado por unanimidade de nove votos e a comissão concedeu a Dirceu o direito de reparação econômica, em prestação única, de R$ 59,4 mil. A portaria confirmando sua condição de anistiado, e o recebimento da indenização, foi assinada pelo então ministro da Justiça, Aloysio Nunes Ferreira, hoje senador pelo PSDB de São Paulo e que foi candidato a vice-presidente da República em 2014 na chapa de Aécio Neves (PSDB). Foi publicada no Diário Oficial da União em 7 de março de 2002.
Naquele ano, então presidente nacional do PT, Dirceu disse ao GLOBO sobre sua anistia: — Tenho direito a esse reconhecimento. O valor da indenização é secundário. Fui banido e perdi a nacionalidade durante onze anos. Vivi na clandestinidade, tiver que fazer plástica e mudar de identidade  [ao ser banido – medida adotada pelo Governo Militar sob coação,  baseada na prática por outros terroristas do crime de sequestro – Dirceu perdeu, merecidamente, sua nacionalidade brasileira – que nunca deveria ter sido devolvida.
Por que o Zé Dirceu não foi punido pelo uso de falsa identidade para casar civilmente? Afinal, ao usar falsa identidade para contrair casamento civil, aquele criminoso cometeu um crime comum, por isso não alcançado pela Lei da Anistia nem pela prescrição, já que o prazo prescricional começou a contar do momento em que o crime de falsa identidade cometido pelo reeducando Zé Dirceu  se tornou público.]
Dirceu, à época, não solicitou contagem de tempo para se aposentar. O que vai fazer agora, para tentar completar o tempo que falta para se aposentar. Ele argumenta que os anos de perseguição o impediu de exercer atividade profissional. Até se envolver no movimento estudantil, em São Paulo na década de 60, Dirceu trabalhava. Na comissão, esse tipo de caso tem sido aprovado.
José Dirceu foi deputado estadual, em São Paulo, e deputado federal por 10 anos e dez meses, até ser cassado em 2005. Esse período como parlamentar em Brasília conta para sua aposentadoria. Destes, 4 anos foram pelo Instituto de Previdência dos Congressistas (IPC) e 6 anos e 10 meses pelo Plano de Seguridade Social dos Congressistas (PSSC). Se comprovar 35 anos de tempo de serviço, Dirceu poderá receber, pela Câmara, proporcional à aposentadoria integral. Ou seja, cerca de R$ 10 mil. Valor superior ao teto do INSS, de R$ 4,3 mil.
Em 69, Dirceu estava preso e foi trocado, junto com um grupo de militantes de esquerda, pelo embaixador americano Charles Elbrick, que foi sequestrado pelo MR-8 e pela ALN. Seguiu para o México. Nesses anos, viveu um período também em Cuba.
Fonte: O Globo