Blog Prontidão Total NO TWITTER

Blog Prontidão Total NO  TWITTER
SIGA-NOS NO TWITTER
Mostrando postagens com marcador Estado-Maior. Mostrar todas as postagens
Mostrando postagens com marcador Estado-Maior. Mostrar todas as postagens

quinta-feira, 29 de outubro de 2020

Bolsonaro decepciona os generais - William Waack

O Estado de S. Paulo

O desabafo do ex-porta-voz do presidente não é a voz isolada de um fardado

Foi já para lá da metade de 2018 que os altos oficiais das Forças Armadas encantaram-se com a popularidade de alguém que surfava a onda disruptiva, que oferecia a oportunidade de se alterar os rumos do País. Hoje levanta-se a tese se houve mesmo uma alternância entre “esquerda” e “direita” em 2018, pois o que se percebe é a prevalência de um sistema pelo qual os donos do poder descritos já há tantos anos continuam acomodando interesses setoriais e corporativos às custas dos cofres públicos, sem visão de conjunto ou de Nação – tanto faz o nome ou o partido.

Além da bem amarrada ou não agenda econômica proposta por Paulo Guedes, foram os militares formados em academias de primeira linha que trouxeram para Bolsonaro o que se poderia chamar, com boa vontade, de “elementos de planejamento” num governo que, logo de saída, titubeou entre entregar a coordenação dos ministérios para uma ala “política” (enquanto se recusava a praticar a “velha” política) ou depositá-la no que era a esperança dos generais: um dos seus como chefe de “Estado-Maior” (a Casa Civil). Hoje se constata que era o primeiro sinal inequívoco do que acabou virando a marca do governo: sem eixo, sem saber como adequar os meios aos fins (supondo que “mudar o Brasil” seja o objetivo final) num espaço de tempo definido (um mandato? Dois mandatos?). [Dois mandatos já era o mínimo necessário - classificação que a pandemia substituiu por indispensável.]

Os militares de alta patente no governo carregaram consigo uma aura de respeito e credibilidade e, em alguns ministérios, de eficiência e competência, mas não estão usufruindo disso. Ao contrário, a reputação deles como grupo está sendo moída em casos como o da Saúde, área na qual o presidente interfere como se entendesse alguma coisa disso, e da Amazônia, com um “governo do B” entregue a quem conhece a área (o general Hamilton Mourão) enquanto o enciumado Bolsonaro deixa que Meio Ambiente e Relações Exteriores pratiquem o “fogo amigo”.

Dois fatores políticos levaram os militares à “confortável mudez” à qual se refere o ex-porta-voz do governo, general Rêgo Barros, na destruidora descrição que fez do esfarelamento da autoridade dos militares num governo que eles nunca controlaram. É “subserviência”, diz o ex-porta-voz, que impede a prática da “discordância leal” (coisa de fato complicada para quem cresceu em hierarquias). O primeiro fator político era a consolidada noção de que governar o Brasil se tornara impossível por culpa de outros Poderes, como Legislativo e Judiciário. Caberia ao grupo militar “defender” o Executivo. [pela constituição cidadã, em plena vigência, cabe não ao grupo militar e sim à Instituição Forças Armadas moderar em situações especiais os Poderes - moderação que inclui, sem limitar, defender um Poder da interferência excessiva de um outro Poder.] 

O segundo componente político é mais amplo e difuso. Tem a ver com 2018 e o medo do esgarçamento do tecido social. Os militares “compraram” em boa medida o mantra repetido por Bolsonaro, segundo o qual “as esquerdas”, sorrateiramente postadas atrás da esquina, só estão esperando maus resultados econômicos, crise ainda maior de saúde pública e aumento de criminalidade para promover a baderna que colocará de joelhos o governo e, portanto, o projeto de “mudar o Brasil”. Fugiria tudo ao controle.

Ironicamente, Bolsonaro acabou encontrando seu porto seguro não tanto nos militares, de cuja coesão e capacidade de articulação desconfia (como desconfia de tudo ao redor). O presidente acomodou-se no conforto do Centrão e na capilaridade que esse conjunto de correntes políticas, desde sempre empenhadas em controlar o cofre e a máquina pública, exibe em todas as instâncias decisivas no Legislativo e também do Judiciário, onde acaba de ser colocado no topo um ministro para o Centrão chamar de seu.

“Jair preocupou-se mais com seus filhos e reeleição do que com o País”, queixou-se, confidencialmente, um dos militares que chamam o presidente pelo primeiro nome. O desabafo do general Rêgo Barros [o poder 'inebria, corrompe e destrói'] não é simplesmente o de um indivíduo decepcionado. É de um grupo desarticulado.

William Waack, jornalista - O Estado de S. Paulo 


quinta-feira, 13 de fevereiro de 2020

Na Casa Civil, Braga Netto chefiará Estado-Maior do Planalto - O Estado de S.Paulo

Roberto Godoy e Marcelo Godoy

Atual Chefe do Estado-Maior do Exército foi convidado para ser o novo ministro da Casa Civil

Um comunicado de poucas linhas da Casa Civil informava que “por motivos de caráter estritamente pessoal, em grande parte de foro íntimo”, o então ministro Golbery do Couto e Silva pedia demissão do cargo. Era 8 de agosto de 1981. Golbery foi o último general a ocupar o cargo que deve ser de Walter Braga Netto, atual chefe do Estado-Maior do Exército (EME).
General é o primeiro chefe do Estado-Maior a ocupar o cargo desde 1981
 
A distância que separa os dois generais não é meramente temporal. Golbery representava um projeto político para o País, identificado com a Escola Superior de Guerra (ESG), que condicionava à segurança nacional o êxito de seu desenvolvimento. Via nos objetivos nacionais permanentes a razão de ser do Estado, que ampliaria, segundo Golbery, “cada vez mais a esfera e o rigor de seu controle sobre uma sociedade já cansada e desiludida do liberalismo”. Nas palavras do cientista social Oliveiros Ferreira, o general era então “um dos últimos discípulos de Thomas Hobbes, mesmo a contragosto”. “Por isso, para ele, a Liberdade – da mesma forma que a Propriedade– era instrumental.”

Quando Braga Netto era tenente-coronel e gerenciava nos anos 1990 no Palácio do Planalto o projeto Sivam-Sipam (o sistema de proteção e vigilância da Amazônia), o general Golbery se havia transformado em tema para livros de história. O Exército deixava a visão estatista do governo Geisel (1974-1979) e a ideologia esguiana para trás e começara a mandar seus oficiais fazer cursos nas Fundações Dom Cabral e Getúlio Vargas. A Força descobrira a gestão, a qualidade total e, por meio dela, o novo liberalismo.

O domínio da gestão estratégica e de seus métodos passaram a ser um atributo tão ou mais importante do que saltar de paraquedas, conhecer as direções táticas de atuação de grande unidades ou os requisitos operacionais básicos de um material bélico. É por isso que, ao ser nomeado interventor federal na Segurança do Rio, Braga Netto deixou o dia a dia da polícia – inclusive a investigação da morte da vereadora Marielle Franco – para seus subordinados e montou, no Comando Militar do Leste (CML), um gabinete para gerir compras e licitações, tentando pôr em ordem a frota de veículos, o arsenal e a manutenção dos materiais da polícia, da pericia e dos bombeiros.

Nas poucas entrevistas que concedeu, Braga Netto sublinhou que o grande legado da intervenção no Rio era o da gestão, da coordenação e do planejamento – e foi isso que o fez bater de frente com a decisão do governador Wilson Witzel (PSC) de dividir a Segurança Pública em duas pastas, uma da Polícia Civil e outra da Militar. “Ele é o Onix do Pujol (Edson Pujol, comandante do Exército)”, disse um general, comparando a função do EME com a da Casa Civil. “Será o chefe do Estado-Maior do Planalto”, completou seu colega de turma na Academia das Agulhas Negras – Braga Netto saiu aspirante em 1978 e passará para a reserva em julho.

A nova missão do general deve ser coordenar os ministérios – a articulação política permanecerá com Luiz Eduardo Ramos (turma de 1979 da Aman e ex-comandante do Sudeste), da Secretaria de Governo. Será algo inédito na República: dois generais da ativa e do Alto-Comando ocupando os mais importantes postos civis do Planalto. O tempo deixou para trás Golbery. Em seu lugar, o Exército vai ao Planalto com homens da tropa. São esses gestores que querem consertar o País. A Força mudou, mas o salvacionismo não foi esquecido.
 

Roberto Godoy e Marcelo Godoy - O Estado de S. Paulo/Análise

 

terça-feira, 7 de maio de 2019

A crise no Estado-Maior

“Todas as crises no governo foram criadas pela própria corte de Bolsonaro, pois, desde as eleições, a oposição perdeu a capacidade de iniciativa política”


As tragédias na política costumam acontecer quando os governantes não conseguem formar um estado-maior e deixam se aprisionar numa “jaula de cristal”, na qual pululam os áulicos da corte, que são aqueles que realmente têm acesso à sua personalidade. O presidente Jair Bolsonaro tem um Estado-Maior predominantemente formado por generais acostumados ao planejamento estratégico, a partir de construção de cenários, definição de objetivos e construção de alternativas, mas sua corte é formada pelos filhos e áulicos, com um guru sem papas na língua, o escritor Olavo de Carvalho, que zela pela “pureza” ideológica do governo.

Via de regra, um governante é um homem sem vida privada, na vitrine da opinião pública, que não pode aparecer perante os cidadãos como é realmente nem deixar transparecer seu estado de ânimo. Aparentemente, durante a semana, Bolsonaro não tem muito como fugir dos protocolos, da agenda oficial, da rotina imposta pelos generais que controlam o Palácio do Planalto; no fim de semana, porém, a família e os áulicos se encarregam de “libertá-lo” desse esquema de quartel. E é aí que o circo pega fogo. Na maioria das vezes, o fogaréu é provocado pelo escritor Olavo de Carvalho. Não foi diferente no último fim de semana, quando o amigo e ideólogo do governo novamente direcionou sua metralhadora verbal de baixo calão para o ministro-chefe da Secretaria de Governo, general Santos Cruz, aprofundando a disputa entre os militares e o grupo político do clã Bolsonaro.

A diferença, desta vez, foi a reação do ex-comandante do Exército Eduardo Villas Boas, que hoje ocupa uma discreta assessoria no Gabinete de Segurança Institucional da Presidência, mas é uma eminência parda no governo. Apesar de gravemente enfermo de uma doença degenerativa, com seu estoicismo e capacidade intelectual, Villas Boas ainda é o grande líder das Forças Armadas. Foi duríssimo com Olavo de Carvalho: “Verdadeiro Trotski de direita, não compreende que substituindo uma ideologia pela outra não contribui para a elaboração de uma base de pensamento que promova soluções concretas para os problemas brasileiros. Por outro lado, age no sentido de acentuar as divergências nacionais no momento em que a sociedade brasileira necessita recuperar a coesão e estruturar um projeto para o país”.

A comparação com Trotski é até injusta, pois o líder comunista foi o responsável pela formação do Exército Vermelho e teve um papel na história muito mais relevante, pois rivalizou com Stálin na disputa pelo comando da antiga União Soviética, enquanto Olavo de Carvalho é escritor radicado nos Estados Unidos que ganhou fama e influência com a eleição de Bolsonaro, mas não ocupa nenhum cargo no governo. Com essa declaração nas redes sociais, porém, acentuou a principal contradição do atual governo: como Carvalho, Bolsonaro aposta na divisão ideológica do país, num momento em que a nação precisa de coesão política para enfrentar seus desafios.

Crises internas
Por pura ironia, como aconteceu com Trotski, porém, Bolsonaro faz história, mas não tem consciência de que não controla as circunstâncias em que isso ocorre. Por isso, a divisão entre seus generais e os políticos que o cercam está se tornando um fosso cada vez mais profundo, ainda que o presidente da República tente minimizar o problema. No fim da tarde de ontem, mais uma vez, pôs panos quentes na crise: “Não existe grupo de militares nem grupo de olavos aqui. Tudo é um time só”, disse.


A declaração serviu para acabar com os boatos de que Santos Cruz estava demissionário. O general havia se reunido com Bolsonaro no domingo e saiu do encontro sem dar entrevistas. “O que eu tenho falado é que, de acordo com a origem do problema, a melhor resposta é ficar quieto. Essa orientação que eu tenho falado”, disse o presidente da República, resumindo a conversa com o ministro. Segundo afirmou, Santos Cruz segue prestigiado no cargo e saberá lidar com a situação: “Estamos em uma guerra. Eles, melhores do que vocês, estão preparados para uma guerra”, disse Bolsonaro, a propósito dos ataques de Olavo de Carvalho nas redes sociais tanto a Santos Cruz quanto ao vice-presidente Hamilton Mourão, alvo constante de ataques de Olavo e do vereador Carlos Bolsonaro, filho do presidente da República.

Mas que guerra é essa? Bolsonaro é um governante com metas ambiciosas de diferenciação política. O que está sendo posto à prova é sua capacidade e a de sua equipe para alcançar essas metas. Uma das maneiras de dissimular as próprias dificuldades e justificá-las é a linguagem bélica, atribuindo os fracassos aos inimigos. Todas as crises no governo foram criadas pela própria corte de Bolsonaro, pois, desde as eleições, a oposição perdeu a capacidade de iniciativa política. Um governo não pode ser melhor do que o gabinete do presidente da República.

Nas Entrelinhas - Luiz Carlos Azedo - CB

 

quinta-feira, 21 de fevereiro de 2019

A hora do capitão

As dificuldades de articulação política do Planalto vão testar a estratégia dos militares

Levava um tempão antigamente até que conversas confidenciais envolvendo um presidente e seus principais ministros aparecessem transcritas em algum arquivo. Agora é quase em “real time”. Como sempre, são elucidativas.
A audionovela envolvendo o presidente Jair Bolsonaro e o exonerado ministro da Secretaria-Geral Gustavo Bebianno – um de seus colaboradores mais próximos – confirma um vencedor ainda em clima de campanha eleitoral, totalmente preso ao círculo mais próximo familiar e subordinando temas centrais às rusgas pessoais. Ou seja, Bolsonaro está muito distante ainda de “institucionalizar” seu papel, talvez nunca o consiga.
Ao dar entrevistas comentando a audionovela que ajudou a divulgar (o episódio confirma que não existe lealdade em política), Bebianno forneceu uma importante radiografia do papel dos militares em todas as fases do processo que levou Bolsonaro ao Palácio. Sabe-se publicamente agora que os militares forneceram os planos estratégicos de governo. E os quadros para executá-los. Sem eles, o presidente provavelmente não tem condições de sobreviver no cargo, tal como a situação se coloca agora.
Cabe recordar que a entrada de algumas principais cabeças entre os militares (então fardados ou não) na campanha de Bolsonaro ocorreu de forma relativamente tardia. Deu-se em grande parte por uma leitura angustiada com a possibilidade de o País resvalar para uma situação incontrolável. Esse temor se agravou entre lideranças militares durante a semianarquia da greve dos caminhoneiros. E foi exacerbado pela bagunça institucional no domingo em que Lula saía e ficava na cadeia de hora em hora por causa de uma canetada de um desembargador.

Os líderes militares acolheram Bolsonaro também como instrumento eficaz na “guerra cultural” – os militares usavam a expressão “frear a esquerdização do País” – e como personagem político de apelo à estabilidade e à ordem. Não cabe na cabeça deles um Bolsonaro como agente de caos político, seja pela influência do clã familiar, seja pela dificuldade em impor um sentido e disciplina ao próprio partido pelo qual se elegeu, seja por estapafúrdia ideologia – e às vésperas de seu grande desafio do momento, a reforma da Previdência. Essa mesma reforma, com o projeto apresentado ontem, vai testar, talvez precocemente (pela confusão política inicial), a “grande estratégia” de juntar a uma onda disruptiva e abrangente (a que levou Bolsonaro à Presidência) os méritos e o preparo de um grupo treinado para administrar e coordenar coisa que os oficiais-generais aprenderam nas escolas de Estado-Maior. Esse lado eles, os militares, entendem bem. O que os deixa inseguros, pois não têm treino nisso nem experiência direta, é a política.

Bolsonaro pretende agora ser o articulador político dele mesmo. O teste é severo, e muito mais abrangente do que conseguir os 308 votos mínimos necessários na Câmara dos Deputados para aprovar a reforma da Previdência (sem a qual a economia não destrava) e fazer andar o pacote anticrime de Moro (importante medida de sucesso do governo). Requer um jogo de cintura que as hostes esbravejantes em redes sociais confundem com tibieza. E a inevitável colaboração de profissionais (como a do ex-ministro de Dilma agora na função de líder do governo no Senado) que a mesma turma da lacração carimba de “política desprezível”.
Bebianno diz que chamava Bolsonaro sempre de “capitão”. É um título de forte apelo positivo. O capitão do avião, do navio, do time. A figura da autoridade, comando e respeito. Na acepção puramente militar do termo, capitão ainda é um oficial júnior que, por mais brilhante que seja, não tem o sentido de direção e a visão abrangentes dos oficiais superiores.
 
William Waack - O Estado de S. Paulo
 
 
 
 

terça-feira, 13 de novembro de 2018

Bolsonaro anuncia general do Exército, assessor de Toffoli no STF, para o Ministério da Defesa

Militar atuava como braço-direito do presidente da Corte

O presidente Jair Bolsonaro anunciou nesta terça-feira, através de sua conta oficial no Twitter, que escolheu o general-de-Exército Fernando Azevedo e Silva para o cargo de ministro da Defesa . A indicação faz cair por terra a intenção do vice de Bolsonaro, general Hamilton Mourão, de indicar um oficial de outra força para a pasta da Defesa

O general indicado estava no Supremo Tribunal Federal (STF) como assessor do presidente da Corte, Dias Toffoli. Azevedo e Silva ficará com a vaga deixada pelo general Augusto Heleno, inicialmente cotado para a Defesa e posteriomente anunciado para ocupar o Gabinete de Segurança Institucional (GSI)
O futuro ministro da Defesa já foi chefe do Estado-Maior, até ir para a reserva, neste ano, e atuou no Congresso, como assessor parlamentar do Exército. Também esteve à frente da Autoridade Pública Olímpica (APO), durante o governo de Dilma Rousseff (PT).
Ele é próximo de três generais do círculo de Bolsonaro: o vice-presidente Hamilton Mourão, Augusto Heleno e Oswaldo Ferreira (cotado para o Ministério da Infraestrutura). Durante a campanha, participou do grupo que ajudou a formular o plano de governo. 
 Eduardo Bolsonaro: "Se quiser fechar o STF, é só mandar um soldado e um cabo"

Um perfil publicado pela revista ÉPOCA em outubro mostrou que Azevedo e Silva tem ótima interlocução com parlamentares e com o Alto Comando do Exército. A reportagem identificou que veio dele o conselho para que Toffoli se posicionasse publicamente no final de outubro após a divulgação de um vídeo em que Eduardo Bolsonaro, filho do presidente eleito, falava sobre como fechar o STF com um cabo e um soldado . O episódio terminou com pedidos de desculpas feitos pelo pai e pelo filho e com uma nota em que o presidente do STF afirmava que "atacar o Poder Judiciário é atacar a democracia"

O Globo


 

quinta-feira, 1 de novembro de 2018

Democratas pró-Bolsonaro, uni-vos!

Democratas pró-Bolsonaro precisam chamar o líder à razão

São vocês que precisam – aqui e agora – chamar à razão o líder que elegeram, cobrando dele uma ação vigorosa para desencorajar e reprimir abusos de seus seguidores

Sem brincadeira nem ironia, este é um apelo às pessoas – especialmente lideranças políticas e sociais – que se aliaram à campanha de Jair Bolsonaro e ajudaram a conduzi-lo à Presidência da República. É lugar-comum dizer que, terminada a eleição, chegou a hora de esfriar os ânimos, pacificar o país e olhar para o futuro, visando um governo pelo bem de todos brasileiros e brasileiras. Em suas entrevistas pós-eleição, Bolsonaro já afirmou e reafirmou seu compromisso com a Constituição e com o império da lei, independentemente de cor política, ideologia ou qualquer outro atributo pessoal. Mesmo não sendo nada além do que se poderia esperar do futuro presidente de nosso país, essa é uma posição muito bem-vinda, tendo em conta os discursos e atitudes que pavimentaram seu caminho até o triunfo eleitoral. No Brasil de hoje, isso, porém, não basta.

O que elegeu Bolsonaro não foram programas de TV ou entrevistas bem-comportadas, mas sim, como todos sabem, as redes sociais, onde fervilham as vozes de seus milhões de seguidores, dos mais variados matizes. Entre eles, com especial estridência e visibilidade, grupos abertamente homofóbicos, intolerantes e avessos a qualquer contradição ou diversidade. Mais que isso, portadores de um discurso violento que, legitimado pela eleição de seu líder, já transborda pelo mundo real sob a forma de ameaças, intimidações e, inclusive, atos violentos. Não é preciso dizer que essa situação inflama e alimenta reação igual em sentido contrário, ensejando a violência também de grupos do lado que perdeu nas urnas. Tanto faz quem atirou a primeira pedra: o que importa agora é baixar as armas, antes que comecemos a contar vítimas à esquerda, à direita e, principalmente, ao centro, onde está a maioria que deseja tão somente um país livre e democrático. 

O problema imediato não é só o Bolsonaro institucional, que monta seu ministério, articula com políticos e fala com a grande imprensa. Ainda mais grave, hoje, é o incêndio que continua a grassar nos porões das redes sociais. E só quem pode agora tentar controlá-lo é Capitão Bolsonaro, o mito das redes, que ateou fogo aos instintos primários de brucutus e fundamentalistas que ameaçam não as instituições, mas seus vizinhos, colegas, professores e incautos transeuntes que por algum motivo lhes pareçam portadores de inaceitáveis diferenças.

Não foram poucos os que apoiaram Bolsonaro acreditando que esses grupos são minoritários, e que mais latem do que mordem. Pessoas que sinceramente acreditam na democracia mas que – enojadas pelos reais ou supostos malfeitos do PT, cansadas dos políticos de plantão ou apenas mais afeitas ao discurso da ordem – deram ao presidente eleito seu voto de confiança. 

É a vocês, democratas pró-Bolsonaro, que se dirige este chamado: apareçam! Unam-se! Articulem-se! São vocês que precisam – aqui e agora – chamar à razão o líder que elegeram, cobrando dele e de seu Estado-Maior uma ação imediata e vigorosa para desencorajar e reprimir abusos de seus seguidores. E que façam isso não só na superfície da mídia tradicional, mas também nas torrentes das redes sociais, onde se formou e habita o mito que elegeram.

Aron Belinky é pesquisador e professor, especialista em sustentabilidade  

domingo, 25 de junho de 2017

Lula, capo petista, a um passo da condenação


terça-feira, 3 de novembro de 2015

TESTEMUNHO AO GEN MOURÃO




Conheço-o bem!

Pertenceu por duas ocasiões ao meu Estado-Maior. Quando comandei o 8º GAC PQDT era o então Cap Mourão comandante e líder inconteste da 1ª BO Pqdt, Bateria operacional da Força Tarefa Santos Dumont da Bda Inf Pqdt.

Promovido a Maj não titubeei em colocá-lo no EM da OM como S/3 do Grupo, devido aos seus conhecimentos profissionais e capacidade altamente operacional.  Mais tarde, na AMAZÔNIA, como CHEM do CMA, convidei o Cel Mourão para o meu EM, onde desempenhou com impecável galhardia a função de E/2, à época do Gen Pedrozo Cmt do Comando Militar da Amazônia.

Sua característica principal é a operacionalidade.
Excelente em tudo que faz... Líder inconteste.
“ Milico” ao extremo e como é chamado no seio familiar. 

INSERIR FOTO: SOMOS TODOS GENERAL MOURÃO
 Já na reserva, ele me convidou e, com muito orgulho, fui seu “PADRINHO NA ENTREGA DA ESPADA“ na sua promoção a Oficial General. 

 Quero neste momento externar minha solidariedade e apoio ao ex subordinado que conquistou minha admiração, confiança e amizade, independente do que foge ao meu alcance, apoio este à tudo que estamos vivenciando na mídia, pela internet, nas redes sociais e “vibrando” com sua liderança a nível Nacional.

Conte comigo... conte conosco... sempre... Mourão!

Quando passei para a Reserva, me lembro bem, o então Cel Mourão me ligou e disse: “General, o Exército perde um Soldado!“, e , agora Eu o digo : “Gen Mourão, o Exército continuará contando com um grande Soldado!”. Continue firme e determinado nas suas convicções. Não esmoreça jamais!

Parabéns por seus posicionamentos firmes, determinados e corajosos!
Parabéns pela homenagem ao Ustra!

A sua exoneração do - operacional Comando Militar do Sul - não deixa de ser uma promoção. Despontou o líder castrense em defesa da Pátria angustiada. Merece o nosso respeito e apoio diante do grave momento em vivenciamos, onde impera a corrupção em todos os níveis, a falta de confiança no Congresso Nacional, o comprometimento de parte do Judiciário e o descrédito do Governo.

Felizmente o Exército lidera as pesquisas de opinião como instituição mais confiável pela população brasileira. Fostes apenas movimentado, mas não silenciado, pois continuarás na luta em outra TRINCHEIRA.A Instituição sai fortalecida pela ressonância de suas palavras e atitude patriótica. O espírito de Corpo”, chama que nunca se apaga, está mais acesa que nunca !

Estamos juntos, Gen Mourão, ombro a ombro, e que o  :. Grande Arquiteto do Universo  :. o ilumine e dê forças para continuar na brilhante trajetória! O Brasil precisa de lideranças da sua estirpe!

Tríplice, Forte e Fraterno Abraço,

Brasil acima de tudo!

Por: Gen Paulo Assis:. – Site: A Verdade Sufocada