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segunda-feira, 14 de março de 2016

Lula debocha do programa Minha Casa Minha Vida



'É um tríplex Minha casa, Minha vida', diz Lula sobre imóvel no Guarujá
Em depoimento marcado por forte tensão, ex-presidente compara apartamento de 215 metros no Guarujá, que afirma não lhe pertencer, a unidades populares do programa do governo federal

O ex-presidente Lula disse à Polícia Federal que o tríplex 164/A do Condomínio Solaris – antigo Condomínio Mar Cantábrico -, no Guarujá, com 215 metros quadrados de área ‘era pequeno’. O relato de Lula ocorreu no dia 4 de março, no Aeroporto de Congonhas, em meio a um clima de forte tensão.

Em um trecho do depoimento, o petista comparou o imóvel na praia das Astúrias às unidades habitacionais do programa do governo federal tocado pela Caixa. A PF e o Ministério Público Federal suspeitam que Lula é o verdadeiro proprietário do apartamento no Guarujá – empreendimento iniciado pela Cooperativa Habitacional dos Bancários (Bancoop) e que acabou incorporado pela OAS, de Léo Pinheiro, amigo de Lula. O ex-presidente afirma que não é dono do tríplex.

Ele relatou à PF que ao visitar pela primeira vez o imóvel disse a seu amigo Léo Pinheiro, o empreiteiro da OAS condenado na Operação Lava Jato, que ‘o prédio era inadequado porque além de ser pequeno, um tríplex de 215 metros é um tríplex ‘Minha Casa, Minha Vida, era pequeno’.

O delegado da PF que ouviu Lula, conduzido coercitivamente para depor na Operação Aletheia, perguntou se ‘isso é bom ou é ruim’.
Lula disse. “Era muito pequeno, os quartos, era a escada muito, muito… Eu falei ‘Léo, é inadequado, para um velho como eu, é inadequado’. O Léo falou ‘Eu vou tentar pensar um projeto pra cá’. Quando a Marisa voltou lá não tinha sido feito nada ainda. Aí eu falei pra Marisa: ‘Olhe, vou tomar a decisão de não fazer, eu não quero.’ Uma das razões é porque eu cheguei à conclusão que seria inútil pra mim um apartamento na praia, eu só poderia frequentar a praia dia de Finados, se tivesse chovendo. Então eu tomei a decisão de não ficar com o apartamento.”

O ex-presidente reafirmou à PF sua versão de que não é o verdadeiro proprietário do tríplex do Solaris. A PF e o Ministério Público trabalham com outra linha de investigação, que aponta o petista como o dono do imóvel. Os investigadores suspeitam que a OAS também bancou a instalação da cozinha de alto padrão do imóvel e a colocação de elevador privativo – equipamento que custou R$ 62,5 mil.

A investigação mostra que Lula e Marisa foram ao apartamento depois de concluída a obra no tríplex. Léo Pinheiro teria ido junto com o casal ao apartamento que, formalmente, está registrado em nome da OAS – empreiteira que assumiu pelo menos quinze empreendimentos da Cooperativa Habitacional dos Bancários de São Paulo (Bancoop). O delegado da PF perguntou a Lula. “Essa unidade era 164/A, que o senhor visitou?”
Era, era”, respondeu Lula.
“O sr. visitou o imóvel?”, perguntou o delegado.
“Visitei, eu estive lá”, disse Lula.
“Foi em todos os cômodos?”
“Fui.”
“Tinha elevador no imóvel?”
“Não.”
“Tinha móveis nos quartos?”
“Nada.”
“Tinha cozinha montada?”
“Não, nada, nada.”
Lula disse que foi ‘uma outra vez’ no apartamento.
“Com quem?”, perguntou o delegado.



terça-feira, 8 de março de 2016

Dilma tenta fraudar risco das manifestações pró-impeachment de domingo, dia 13 de março, e decretar ESTADO DE EMERGÊNCIA

Dilma trata manifestações do domingo como 'situação de emergência'

A avaliação de petistas é de que a ação do juiz Sérgio Moro de decretar a condução coercitiva do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva levou o padrinho político de Dilma a insuflar a militância, que já tem feito convocações para contrapor as manifestações pró-impeachment marcadas para domingo

Depois do temor de que as manifestações marcadas para o próximo domingo, 13, contra o seu mandato possam acirrar a violência entre manifestantes contrários e a favor e trazer danos ainda maiores para a imagem do governo e do PT, a presidente Dilma Rousseff dedicou a maior parte da segunda-feira, 7, para tratar sobre o tema. Assim que retornou de uma agenda do programa Minha Casa, Minha Vida, em Caxias do Sul (RJ), Dilma convocou seus ministros mais próximos para uma reunião de emergência em Brasília. [o que faz a Dilma, Lula e a petralhada borrarem as calças não é medo do confronto - eles são favoráveis ao confronto - e sim a certeza de que as manifestações de domingo mostrarão que o POVO não quer mais Dilma na presidência da República e que deseja Lula preso e a petralhada escarrada.
Dilma vai tentar decretar o Estado de Emergência mas as Forças Armadas e as Auxiliares estão a servido do Estado, do Brasil, e não do imundo governo petralha.]

Enquanto Dilma ainda viajava, o presidente nacional do PT, Rui Falcão, esteve pela manhã no Palácio do Planalto e, segundo fontes, alertou aos ministros petistas Jaques Wagner e Ricardo Berzoini sobre o risco que o partido corre caso episódios de violência sejam registrados no domingo.

A avaliação de petistas é de que a ação do juiz Sérgio Moro de decretar a condução coercitiva do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva levou o padrinho político de Dilma a insuflar a militância, que já tem feito convocações para contrapor as manifestações pró-impeachment marcadas para domingo. A partir daí surgiu o temor de que confrontos, até mesmo fatais, possam ampliar a crise política, já que na última sexta-feira, 4, o depoimento obrigatório de Lula gerou graves enfrentamentos. [a petralhada disfarça, mas quer um cadáver, quer um 'Edson Luiz' e pode conseguir, podendo o cadáver ser o de um petralha.]
 
Fonte: Correio Braziliense

 

terça-feira, 9 de fevereiro de 2016

Ou expulsam Dilma, de imediato, ou antes de 2018 os programas sociais acabam - a meta dela é acabar aos poucos

Em 2015, 8 dos 9 principais programas sociais do governo perderam recursos

Com forte impacto da inflação, símbolos das gestões Lula e Dilma contaram com menos verbas no ano passado do que em 2014

Oito dos nove principais programas sociais que entraram em vigor ou tiveram seu auge nos governos Lula e Dilma perderam recursos em 2015, mostra levantamento do Estado com base em dados do Orçamento da União. O cenário para 2016 aponta mais retração de programas que são símbolos do governo. Para a oposição, a situação fortalece a sua estratégia de fazer embate político com os petistas na área social.
Dos oito programas sociais afetados, quatro tiveram corte nominal e outros quatro perderam verba por causa da inflação, que alcançou os dois dígitos em dezembro e registrou a maior alta acumulada desde 2002. Ou seja, até programas que tiveram mais orçamento em termos nominais viram seu valor ser corroído e, na prática, registraram perda real em relação a 2014. O Bolsa Família, por exemplo, recebeu R$ 1 bilhão a mais em 2015. Corrigido pela inflação, entretanto, o valor é 4,7% menor do que em 2014. Este também é o caso dos programas Brasil Sorridente, Pronaf e Luz Para Todos.

Para este ano, o cenário é também de restrição. No Orçamento aprovado em dezembro, o Pronatec caiu 44% em relação ao ano anterior. O Minha Casa Minha Vida sofreu corte de 58%. Na semana passada, a presidente Dilma Rousseff assumiu pela primeira vez que não será possível atingir a meta de entregar 3 milhões de residências na terceira fase do programa.

O governo pretende revisar os programas sociais e já admite interromper alguns deles. O contingenciamento com cortes definitivos para o Orçamento de 2016 será anunciado depois do carnaval. Ao Estado, integrantes da equipe econômica asseguraram, contudo, que Bolsa Família, Fies e Minha Casa Minha Vida serão poupados.

Base. Além de potencial combustível para a impopularidade do governo em ano de eleições municipais, os cortes tendem a dificultar a relação com partidos aliados, entre eles o próprio PT, que tenta manter sua base de apoio social em meio à crise econômica. As legendas resistem em encampar medidas impopulares no Congresso, como a recriação da CPMF e a reforma da Previdência, temendo a repercussão perante o eleitor. Com a redução de recursos para a área social, o cenário para o governo se torna ainda mais adverso.

O líder do governo na Câmara, José Guimarães [mais conhecido como 'capitão cueca']  (PT-CE), sustenta que o impacto dos cortes em 2016 não será tão expressivo quanto o de 2015. “Os programas sociais são a alma de nossos governos e não serão fragilizados. Neste ano, começamos com uma nova agenda”, disse. Ele não teme que os cortes gerem uma ação pró-impeachment. “A população sabe que a sua vida melhorou nos últimos anos, portanto, não temos que temer mobilização social.”

A oposição, por outro lado, vê sua estratégia fortalecida. Para rivalizar com os petistas, o PSDB pretende lançar em março uma pauta própria com foco no segmento social.

“O PT está lidando hoje com três flagelos: os escândalos, o desemprego com queda de renda e agora a deterioração das políticas sociais, afirmou o senador José Serra (PSDB-SP). Para ele, a situação deixa o governo “mais vulnerável”, especialmente nas eleições municipais. “Isso leva a uma insatisfação geral e vai ter reflexo nas eleições. De modo geral, é muito negativo eleitoralmente.”

Creches. O caso mais grave é o do programa Brasil Carinhoso, vitrine da campanha de Dilma, que repassa verba para creches que recebem crianças beneficiadas pelo Bolsa Família. Em 2015, o programa sofreu perda superior a 51% em seu orçamento (já descontada a inflação), a maior registrada no levantamento do Estado.

Segundo o Ministério do Desenvolvimento Social, não houve perda de recursos, mas um desconto do saldo graças a repasses anteriores. Como nem todo o recurso repassado anteriormente havia sido usado pelos municípios, o governo federal optou por apenas “completar” o valor. O ministério destaca que, no mesmo período, o número de crianças atendidas subiu quase 22%.

No Ministério da Educação, os programas ProUni e Pronatec, que oferecem bolsas de estudo para ensino superior e técnico, aparecem em seguida na lista de maiores perdas orçamentárias. “O MEC, diante da situação fiscal pela qual passa o País, tem que fazer mais com menos, com maior foco na gestão e na eficiência para economizar recursos”, afirmou a pasta. [cortes na Educação, quando a presidente tem a cara de pau de chamar o Brasil de PÁTRIA EDUCADORA. Não podemos esquecer que no discurso de reabertura do Ano Legislativo a presidente, em nenhum momento, mencionou a palavra EDUCAÇÃO.]

O programa Minha Casa Minha Vida,
outro carro-chefe do governo Dilma, registrou corte bruto de quase R$ 200 milhões em 2015. O Ministério das Cidades admitiu, em nota, o impacto da recessão econômica e a necessidade de cortes. “O programa Minha Casa Minha Vida sofreu com o quadro recessivo mundial que atingiu a economia brasileira recentemente e impôs restrição orçamentária aos programas de governo.”

O programa Luz Para Todos é um caso à parte. Com o objetivo de levar luz elétrica para regiões remotas, o programa alcançou seus objetivos ao longo de anos e hoje enfrenta uma redução natural nos serviços prestados. Outra exceção é o Fies, programa de financiamento estudantil, o único do levantamento que não sofreu cortes. Em contrapartida, o programa registrou a maior queda em número de atendidos, reduzindo à metade os novos contratos assinados em 2015 – o MEC diz que este ainda não é o dado final.

Metodologia. A reportagem utilizou dados orçamentários oferecidos pelos ministérios responsáveis por cada programa avaliado. Os valores foram corrigidos pela média anual do Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA), que mede a inflação oficial do País, tendo como referência os preços médios de 2015. Os cálculos foram acompanhados por consultores de Orçamento do Congresso Nacional.


Fonte: Estadão Conteúdo 

 

quarta-feira, 3 de fevereiro de 2016

Encontro de poderes

A presidente Dilma fez bem em ir ao Congresso apresentar sua mensagem para o novo ano legislativo. Aliás, o que não faz sentido é o ritual brasileiro em que o ministro da Casa Civil entrega um discurso do presidente. Muito melhor é o do presidencialismo americano, em que o chefe do governo vai ao Congresso, faz seu balanço e fala de projetos.

As vaias contra a CPMF foram menos importante do que o ato em si de a presidente ir ao Congresso, que foi a proposta do ex-ministro Delfim Netto. Ela foi e falou sobre algumas reformas necessárias, mas gastou muito mais tempo em, de novo, elogiar o próprio governo com fatos e números que se distanciam da realidade. A oportunidade poderia ter sido mais bem aproveitada.

Este vai ser um ano difícil no conflito entre os dois poderes, como foi o ano passado. O governo está contando com receitas que dependem de aprovação de medidas controversas, como a CPMF. E o mais importante, este será o ano da tramitação do pedido de impeachment, o que vai elevar muito a tensão entre Congresso e executivo. Isso é mais um motivo que prova o acerto da presidente de ter ido ler a sua mensagem neste segundo ano da 55ª legislatura.

Nesta época de aperto de todos os cofres, ela lembrou que a CPMF terá uma parte para os estados. E para contornar a dificuldade de aprovar a DRU (Desvinculação de Receitas da União) ela disse que o governo proporá a mesma desvinculação para estados e municípios. Não chegou a sugerir acabar com as vinculações, mas tentou ter mais flexibilidade.

Ela levou adiante a proposta de flexibilizar a meta fiscal. Em má hora o governo pensa nisso. A ideia é criar limite para os gastos, mas ter metas mutantes, que acomodem perda de receita. Dilma continua afirmando que no ano passado foi feito um grande esforço fiscal. 

Alguém precisa apresentá-la ao resultado divulgado pelo Tesouro: 2015 terminou com um rombo de proporções olímpicas, R$ 115 bilhões. Na hora de apresentar a suposta diminuição das despesas, ela propôs que fosse excluído o que o governo gastou com a conta de energia. Se isso fosse possível, os brasileiros adorariam usar o mesmo truque e provar que estão com os orçamentos equilibrados. O que pesou no ano passado foi realmente a conta de luz, e o tarifaço foi ela que fez, com sua contraditória política energética.

A presidente quis convencer também que reduziu a carga tributária. Foi quando ouviu outras vaias. Excluiu as receitas obtidas com a Previdência, FGTS e o Sistema S para dizer que carga tributária federal caiu de 16% para 13,5% do PIB. O governo está, na verdade, elevando os impostos. A arrecadação está caindo por causa da recessão.

Ela exaltou vários programas que na verdade encolheram em 2015 como o Minha Casa, Minha Vida e o Pronatec. E apresentou como vitória o Programa de Proteção ao Emprego que teria preservado 41 mil empregos, no ano em que o número de desempregados aumentou em um milhão e meio.

Dilma defendeu a reforma da Previdência, mas o projeto ainda não está pronto. Ela tem razão quando diz que a reforma não reduzirá os gastos no atual governo, mas sim nos próximos, porque seu efeito é sempre prolongado no tempo. Tempo que se perdeu nos últimos 13 anos em que o tema não foi tratado, ou até mais tempo ainda. O ex-presidente Fernando Henrique encaminhou uma reforma que teve a feroz oposição do PT e acabou descaracterizada no Congresso, que derrubou a idade mínima.

Na melhor frase do discurso, a presidente disse que “crise é um momento muito doloroso para ser desperdiçado”. E desta forma ela fez a defesa de reformas que equilibrem as contas públicas. Faltou na sua fala a capacidade de mobilização e convencimento para enfrentar a crise grave como é e transformá-la em uma oportunidade de mudança. Até quando falou na tragédia do vírus zika faltaram à presidente palavras que ajudassem a superar o enorme fosso que existe hoje no sistema político brasileiro.

Quem fez um apelo pela união em torno de projetos de interesse nacional foi o presidente do Senado, Renan Calheiros, que, em poucos minutos, defendeu a independência do Banco Central e mudança da regulação que hoje paralisa o investimento no setor de petróleo.

Fonte: Coluna Míriam Leitão - Com Alvaro Gribel, de São Paulo

quarta-feira, 20 de janeiro de 2016

A crise tem nome

Lula voltou a ser o principal protagonista da cena política brasileira. No último mês, não teve um dia sequer em que não ocupasse as manchetes da imprensa. Viajou pelo Brasil — sempre de jatinho particular, pago não se sabe por quem e falou, falou e falou. Impôs uma reforma ministerial à presidente, que obedeceu passivamente, como de hábito, ao seu criador.

Colocou no centro do poder um homem seu, Jaques Wagner, para controlar a presidente, reestruturar o pacto lulista — essencialmente antirrepublicano — com o Congresso e o grande capital e, principalmente, para ser um escudo contra as graves acusações que pesam sobre ele, sua família e amigos.

Como de hábito, não teve nenhum compromisso com a verdade. Vociferou contra as investigações. Atacou a Polícia Federal, como se uma instituição de Estado não pudesse investigá-lo. Ou seja, ele estaria acima das leis, um cidadão — sempre — acima de qualquer suspeita, intocável. Apontou sua ira contra o ministro da Justiça e tentou retirá-lo do cargo — e vai conseguir, cedo ou tarde, pois sabe quão importante foi Márcio Thomaz Bastos em 2005, quando transformou o ministro em seu advogado de defesa.

O ex-presidente, em exercício informal e eventual da Presidência, declarou que o Brasil vive quase um Estado de exceção, simplesmente porque a imprensa divulgou documentos sobre seus ganhos milionários nas palestras e apresentou como dois filhos vivem em apartamentos em áreas nobres de São Paulo sem pagar aluguel uma espécie de Minha Casa Minha Vida platinum, reservado exclusivamente à família Lula da Silva — e teriam recebido quantias vultuosas sem a devida comprovação do serviço prestado. Não deve ser esquecido que o Coaf justificou a investigação da sua movimentação financeira como "incompatível com o patrimônio, a atividade econômica e a capacidade financeira do cliente."

Lula passou ao ataque. Falou em maré conservadora, que não admite ser chamado de corrupto e que — sinal dos tempos — não teme ser preso. [na mesma ocasião Lula decretou que processaria a quem fizesse qualquer comentário que comprometesse sua imagem;  a ameaça do estrupício funcionou igual o adágio ' os cães ladram e a caravana passa', desde o momento da ameaça que centenas ou mesmo milhares de menções apontando Lula como corrupto, ladrão, lobista de empreiteira, foram veiculadas.
E ele nada fez.
Após a ameaça teve que depor por duas vezes - uma para não ser intimado se apresentou voluntariamente, em outra foi intimado - na Polícia Federal.
Na mais recente depôs por cinco horas.
E NÃO PROCESSOU NINGUÉM. O sujeito é analfabeto, filho de mãe que nasceu analfabeta, mas sabe que ao processar alguém, o processado tem direito a defesa e na defesa pode apresentar provas, ou mesmo indícios que comprometam mais ainda o 'ex-filho do Brasil' e o apedeuta tem ciência que cometeu vários delitos e sabe que é de investigação em investigação, um indicio aqui, uma pista acolá, uma acusação adiante, que a polícia tem encarcerado grandes bandidos.]  A presidente da República, demonstrando subserviência, se deslocou em um dia útil de trabalho, de Brasília para São Paulo, simplesmente para participar da festa de aniversário do seu criador. Coisa típica de República bananeira. Ninguém perguntou sobre os gastos de viagem de uma atividade privada paga com dinheiro público. O país recebeu a notícia naturalmente. E alguns ingênuos ainda imaginam que a criatura possa romper com o criador, repetindo a ladainha de 2011.

Mesmo após as aterradoras revelações do petrolão, Lula finge que não tem qualquer relação com o escândalo e posa de perseguido, de injustiçado. Como se não fosse ele o presidente da República no momento da construção e operação do maior desvio de recursos públicos da história do mundo. Nas andanças pelo país, para evitar perguntas constrangedoras, escolhe auditórios amestrados. Mente, mente, sem nenhum pudor. Chegou a confessar cometeu estelionato eleitoral, em 2014, como se fosse algo banal.

O protagonismo de Lula impede uma solução para a crise. Ele aposta no impasse como único meio de sobrevivência, da sua sobrevivência política. Pouco importa que o Brasil viva o pior momento econômico dos últimos 25 anos e que a recessão vá se estender, no mínimo, até o ano que vem. Pouco importam os milhões de desempregados, a disparada da inflação, o desgoverno das contas públicas.

Em 1980, o então presidente do Sindicato dos Metalúrgicos de São Bernardo do Campo não pensou duas vezes em prorrogar a greve, mesmo levando-a à derrota e aos milhares de operários que tiveram os dias parados descontados nos salários —, simplesmente para reabilitar sua imagem frente à base sindical, isto porque, no ano anterior fechou acordo com a Fiesp sem que o mesmo fosse aprovado pela assembleia, daí que passou a ser chamado pelos operários de pelego e traidor.

Em setembro, Dilma chegou a balançar quando o PMDB insinuou que poderia apoiar o impeachment. Lula entrou em campo e, se não virou o jogo, conseguiu ao menos equilibrar a partida — isto na esfera da política, não da gestão econômica. Tanto que a possibilidade de a Câmara dos Deputados aprovar, neste ano, a abertura de um processo de impeachment é nula. Por outro lado, o Congresso Nacional não aprovou as medidas que o governo considera como essenciais para o ajuste fiscal. É um jogo cruel e que vai continuar até o agravamento da crise econômica a um ponto que as ruas voltarem a ser ocupadas pelos manifestantes.

As vitórias de Lula são pontuais, superficiais e com prazo de validade. As pesquisas mostram que ele, hoje, é uma liderança decadente e com alto grau de rejeição, assim como o PT. Mantém uma influência no centro de poder que é absolutamente desproporcional ao seu real peso político. Tem medo das consequências advindas das operações Lava-Jato e Zelotes. Mas no seu delírio quer arrastar o país à pior crise da história republicana. E está conseguindo. Tudo porque sabe que o impeachment de Dilma é o dobre de finados dele e do PT.

As ações de Lula desmoralizam o Estado Democrático de Direito. Ele despreza a democracia. Sempre desprezou. Entende o Estado como instrumento da sua vontade pessoal. Mas, para sorte do Brasil, caminha para o ocaso. Só não foi completamente derrotado porque ainda mantém apoio de boa parte da elite empresarial, que, por sua vez, exerce forte influência no Congresso e nas cortes superiores de Brasília.

O grande capital não sabe o que virá depois do PT. Na dúvida, prefere manter apoio ao "seu" partido e ao "seu" homem de confiança, Lula.

Por: Marco Antonio Villa é Historiador.

FONTE: http://www.alertatotal.net/2016/01/a-crise-tem-nome-lula.html

quinta-feira, 14 de janeiro de 2016

Dilma desorientou de vez; estultamente, sanciona Orçamento sem vetos, retira recursos de programas do governo e conta com CPMF que ainda não existe

Dilma sanciona Orçamento sem vetos e garante verba para partidos

Ao mesmo tempo, programas do governo perdem recursos. Proposta conta ainda com a arrecadação da CPMF, que ainda nem existe  

A presidente Dilma Rousseff sancionou nesta quinta-feira, sem vetos, o Orçamento da União de 2016, aprovado em dezembro pelo Congresso. O Orçamento foi aprovado com receitas infladas, que ainda não existem, e, por isso, a área econômica prepara um grande corte nas despesas para fevereiro. Mas, diante da crise, o Orçamento já saiu do Congresso com redução expressiva em programas emblemáticos como o Minha Casa, Minha Vida e o Programa de Aceleração do Crescimento (PACo), mas os partidos e os parlamentares tiveram garantidos recursos para a eleição municipal de outubro e para as emendas parlamentares. Segundo a Casa Civil, a presidente Dilma sancionou a verba de R$ 819,1 milhões do Fundo Partidário, como queriam os partidos.
 
Em ano eleitoral, o Fundo Partidário será menor em R$ 48 milhões do que em 2015, quando foi de R$ 867,5 milhões, como mostrou a coluna Panorama Político na última quarta-feira. Além disso, os 594 parlamentares terão direito a R$ 9,09 bilhões em emendas individuais, conforme a regra do Orçamento Impositivo. Isso dará uma cota de R$ 15,3 milhões para cada um dos 513 deputados e 81 senadores.

E, pela primeira vez, há a figura da emenda coletiva impositiva. As bancadas escolheram uma ação prioritária para ter execução obrigatória, como ocorre com as emendas individuais. A verba é de R$ R$ 4,5 bilhões.  O Orçamento, que em seu total chega a R$ 3 trilhões, prevê receitas infladas para fazer frentes às despesas, como R$ 10,15 bilhões da CPMF, que nem foi criada ainda.

No caso dos programas, o PACo caiu de R$ 38,9 bilhões autorizados em 2015 para um valor final de R$ 16, 8 bilhões. Já o Minha Casa, Minha Vida caiu de R$ 19,2 bilhões em 2015 para R$ 6,9 bilhões em 2016. Parte dos cortes foi feito pelo próprio governo, durante o ajuste fiscal, e parte pelo relator-geral do Orçamento, deputado Ricardo Barros (PP-PR).
Mas o governo conseguiu preservar o Bolsa Família, com a verba de R$ 28,2 bilhões.

GASTOS COM PESSOAL SOMAM R$ 277,55 BI
As despesas com pessoal e encargos sociais da União (Executivo, Legislativo e Judiciário) totalizarão R$ 277,55 bilhões em 2016. Segundo o Orçamento da União aprovado nesta quinta-feira pelo Congresso, houve uma redução de R$ 10,5 bilhões nas despesas iniciais de R$ 287,55 bilhões.

Segundo o próprio relator do Orçamento, deputado Ricardo Barros houve uma redução de R$ 7 bilhões informada pelo Ministério do Planejamento, com o adiamento de reajuste dos servidores do Executivo para agosto. Houve ainda um corte de R$ 2,1 bilhões proposto pelo Planejamento diante da reforma administrativa anunciada em setembro como parte do ajuste.


O Anexo V do Orçamento, onde estão previstas as despesas com contratações e reajustes, teve cortes. Ricardo Barros fixou em R$ 8,09 o valor para reajustes salariais em 2016 — quando o original era de R$ 15,8 bilhões, e em R$ 362,7 milhões para preenchimento de cargos, quando eram R$ 1,9 bilhão.  O Orçamento com receitas infladas já leva em conta uma meta fiscal de R$ 24 bilhões para a União e de R$ 30,55 bilhões (0,5% do PIB) para o setor público consolidado (União, estados e municípios) e com receitas ainda incertas, como da CPMF.

NOVOS CORTES
Os ministros já foram avisados de que haverá cortes nas chamadas despesas discricionárias (despesas que podem ser cortadas). O ministro da Saúde, Manoel Castro, admitiu ao GLOBO que até a Saúde terá cortes. O Orçamento prevê uma verba para a Saúde R$ 9 bilhões acima do proposto pelo governo. O decreto de programação orçamentária e financeira tem que ser publicado até o dia 20 de fevereiro. Em 2015, o contingenciamento já foi de R$ 80 bilhões. O ministro da Fazenda, Nelson Barbosa, ao assumir o cargo, avisou que as despesas discricionárias serão enxutas em 2016.

Fonte: O Globo

 
 

sexta-feira, 8 de janeiro de 2016

Dilma reclama da Pressão da cúpula do PT que dificulta o trabalho da equipe econômica - Lula ainda acredita no impeachment

Presidente já deu sinal que apoia reformas defendidas por Barbosa  

[não esqueçam que o mesmo ela disse quando o Levy apresentou suas reformas.]

A equipe econômica avalia que a pressão da cúpula do PT para que o governo adote medidas heterodoxas para recuperar a economia dificulta o trabalho do ministro da Fazenda, Nelson Barbosa, de convencer o mercado de seu compromisso com o ajuste fiscal. Integrantes do governo afirmaram ao GLOBO que algumas ideias propostas pelo partido, como usar reservas internacionais para estimular o crédito e baixar os juros num momento de alta da inflação, precisam ser deixadas de lado para que se reconquiste a confiança dos agentes econômicos. Nessa tarefa, Barbosa ganhou a aliada mais importante: a própria presidente Dilma Rousseff, que em café da manhã com a imprensa ontem, defendeu os pontos básicos da agenda do novo ministro, como a reforma da Previdência e o enxugamento da máquina pública.

O discurso da presidente foi importante especialmente porque os técnicos avaliam que a nova equipe tem quatro meses para sair da situação entre “a cruz e a caldeirinha". Esse seria o prazo para dar algum fôlego à atividade sem as ferramentas do passado (como subsídios e desonerações) e ao mesmo tempo mostrar um trabalho firme pelo reequilíbrio das contas. 

Assim, Barbosa conseguiria agradar aos agentes econômicos sem se tornar persona non grata no partido.Temos que normalizar o ambiente de modo que o crescimento entre na agenda sem deixar de lado o fiscal. Isso vai ficar claro aos poucos. Precisamos de tempo para mostrar alguns resultados — afirmou um técnico, citando como um primeiro passo importante o pagamento das “pedaladas” fiscais.

A troca de Joaquim Levy por Barbosa no comando da Fazenda criou no PT a expectativa de que o novo ministro partiria para uma política mais agressiva para tirar o país da recessão, incluindo medidas que causam arrepios no mercado, como redução dos juros na marra e estímulos ao crédito com o uso de reservas internacionais. No entanto, as primeiras falas de Barbosa, em defesa de ajuste e reformas previdenciária e trabalhista, desagradaram à cúpula do partido. O presidente do PT, Rui Falcão, cobrou do governo a adoção de medidas mais ousadas na economia. O ex-presidente Lula também tem conversado com o Planalto sobre a urgência de medidas para reverter a recessão.

CENÁRIO DEVE AJUDAR MINISTRO
Os integrantes das equipe econômica afirmam que defender o uso das reservas internacionais para incentivar o crédito demonstra desconhecimento. Eles lembram que vender reservas e usar o dinheiro para gastos públicos significaria deteriorar ainda mais as contas públicas. Outro elemento que deve ajudar a acabar com a encruzilhada, dizem os técnicos, é que o cenário econômico estará melhor no segundo trimestre. O câmbio, por exemplo, não terá a mesma desvalorização de 2015, a balança comercial continuará melhorando, a inflação será um pouco menor. Isso, apostam, deixará o PT mais aberto ao discurso de Barbosa ao mercado.

A área econômica também aposta que, em quatro meses, o processo de impeachment terá sido concluído, dando segurança à presidente para tocar as reformas mais polêmicas. Interlocutores do Palácio afirmam que, por cautela, não haverá movimento na Previdência e nem na área trabalhista nos primeiros meses de 2016. — Nada vai ser feito antes de resolver o impeachment — afirmou uma fonte do Planalto — O governo não quer ganhar a antipatia dos sindicalistas e nem contrariar a base no Congresso.


A área econômica conta com a ajuda de alguns interlocutores no Congresso que podem ajudar na aprovação de medidas do ajuste e também a construir o discurso moderado de que Barbosa precisa. Entre os petistas, além de ações pelo crescimento, há uma expectativa de que o ministro tenha um diálogo mais aberto com a base. Eles não querem ser surpreendidos pela imprensa com as propostas a serem enviadas ao Congresso, como Levy costumava fazer.

HORA DE AFINAR DISCURSOS
O líder do governo na Comissão Mista de Orçamento (CMO), deputado Paulo Pimenta (PT-RS), foi quem encampou as posições de Barbosa na CMO, onde ele e Levy travaram as principais batalhas fiscais no fim do ano: — O ministro tem consciência da gravidade da crise e tem compromisso com a responsabilidade fiscal. O melhor seria uma reunião da bancada do PT para ajustar o discurso e falar a mesma língua. É preciso encontrar medidas que reaqueçam a economia e não tenham impacto na inflação, no fiscal. É essa a equação que todos estão tentando fechar — disse Pimenta, admitindo que “todos no PT" defendem a queda dos juros.


'Impeachment não está enterrado', afirma Lula em reunião com Dilma

Lula desembarcou em Brasília, sem alarde, e jantou com Dilma, ao lado do ministro da Casa Civil, Jaques Wagner, do presidente do PT, Rui Falcão, e do assessor especial Giles Azevedo, no Palácio da Alvorada

Em reunião realizada na noite desta terça-feira, 5, o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva aconselhou a presidente Dilma Rousseff a aproveitar este mês de recesso do Legislativo para "vender o peixe" do governo, divulgar medidas de estímulo à economia e recuperar o protagonismo político. Para Lula, o impeachment "está morto, mas não enterrado" e Dilma deve convencer a população de que precisa de um voto de confiança por ter o que entregar.

Lula desembarcou em Brasília, sem alarde, e jantou com Dilma, ao lado do ministro da Casa Civil, Jaques Wagner, do presidente do PT, Rui Falcão, e do assessor especial Giles Azevedo, no Palácio da Alvorada. A conversa girou sobre como construir um discurso para o governo e o PT sobreviverem, sob fogo cruzado, neste ano de eleições municipais.

O ex-presidente reiterou que é preciso agir rápido para reverter o clima de pessimismo. Preocupado com a queda de popularidade de Dilma, Lula disse que ela precisa viajar mais e visitar locais onde o PT sempre teve boa votação, mas vem perdendo cada vez mais votos. A ideia é que Dilma sempre dê entrevistas nestas cidades, principalmente a rádios do interior, que divulgam a mensagem do governo. [Lula esqueceu que Dilma está proibida, pelo povo, de conceder entrevistas - se desobedecer será vaiada.
Aliás, ele mesmo, o maior de todos os mentirosos, tem evitado falar para plateias que não sejam as formadas por 'militontos' amestrados.]



Moradias

Ficou acertado que a presidente fará uma espécie de "road show" para entregar moradias do plano habitacional Minha Casa Minha Vida. Além disso, retomará visitas às obras de transposição do Rio São Francisco. Dilma também pretende inaugurar, ainda neste mês, uma estação de bombeamento de água no Eixo Norte do projeto, em Pernambuco.


Base

Lula aconselhou a sucessora a chamar deputados e senadores para conversas logo que eles retornarem a Brasília. Embora as férias do Congresso terminem em 1.º de fevereiro, muitos parlamentares estarão na capital federal antes desta data. Na avaliação do ex-presidente, é preciso recompor o mais rápido possível a base de sustentação do governo no Congresso para "sepultar" o impeachment.


A cúpula do PT defende uma guinada à esquerda nos rumos da economia, mas Dilma acredita que será possível fazer inflexões, sem nenhum "cavalo de pau". Mesmo assim, Lula e Falcão cobraram o anúncio de "medidas concretas" para injetar ânimo na população.  O plano já é tratado no Planalto como uma espécie de "novo PACo" e uma das prioridades é estimular a construção civil. O setor foi o que mais cortou postos de trabalho em 2015, com cerca de 500 mil demissões. 

As informações são do jornal O Estado de S Paulo.


 

terça-feira, 10 de novembro de 2015

Lula: o nome da crise

A crise tem nome: Lula


Seu protagonismo impede uma solução para a crise. Ele aposta no impasse como único meio de sobrevivência política 

[A propósito: ele continua sendo chamado de corrupto, ladrão, chefe de gang  e ainda não processou ninguém.]


Lula voltou a ser o principal protagonista da cena política brasileira. No último mês, não teve um dia sequer em que não ocupasse as manchetes da imprensa. Viajou pelo Brasilsempre de jatinho particular, pago não se sabe por quem e falou, falou e falou. Impôs uma reforma ministerial à presidente, que obedeceu passivamente, como de hábito, ao seu criador. Colocou no centro do poder um homem seu, Jaques Wagner, para controlar a presidente, reestruturar o pacto lulista essencialmente antirrepublicano com o Congresso e o grande capital e, principalmente, para ser um escudo contra as graves acusações que pesam sobre ele, sua família e amigos.

Como de hábito, não teve nenhum compromisso com a verdade. Vociferou contra as investigações. Atacou a Polícia Federal, como se uma instituição de Estado não pudesse investigá-lo. Ou seja, ele estaria acima das leis, um cidadão sempre acima de qualquer suspeita, intocável. Apontou sua ira contra o ministro da Justiça e tentou retirá-lo do cargo — e vai conseguir, cedo ou tarde, pois sabe quão importante foi Márcio Thomaz Bastos em 2005, quando transformou o ministro em seu advogado de defesa.

O ex-presidente, em exercício informal e eventual da Presidência, declarou que o Brasil vive quase um Estado de exceção, simplesmente porque a imprensa divulgou documentos sobre seus ganhos milionários nas palestras e apresentou como dois filhos vivem em apartamentos em áreas nobres de São Paulo sem pagar aluguel uma espécie de Minha Casa Minha Vida platinum, reservado exclusivamente à família Lula da Silva — e teriam recebido quantias vultuosas sem a devida comprovação do serviço prestado. Não deve ser esquecido que o Coaf justificou a investigação da sua movimentação financeira como “incompatível com o patrimônio, a atividade econômica e a capacidade financeira do cliente.” [Lula é tão sem noção que ameaça processar quem o chamar de corrupto, de ladrão, de chefe do MENSALÃO-PT e do PETROLÃO-PT.
Finge não ter percebido - ou é estúpido o bastante para não perceber - que em 2005, no alvorecer do MENSALÃO-PT, a imprensa falava no poderoso chefão, sem dar o nome.
Agora todos falam que  Lula é o corrupto, Lula é o chefe da roubalheira, que os filhos dele, especialmente o Lulinha, que processava até quem pensava em dizer que ele era lobista, e o apedeuta apenas gane ameaçando processar.
Certamente, seus advogados já o alertaram que o processado pode se defender e na defesa fundamentas as acusações.
Lula, breve você estará preso, dividindo celas com criminosos comuns, iguais a você - sinceramente, desejamos que piores, assim 'cuidarão' de você.] 

Lula passou ao ataque. Falou em maré conservadora, que não admite ser chamado de corrupto e que — sinal dos tempos — não teme ser preso. A presidente da República, demonstrando subserviência, se deslocou em um dia útil de trabalho, de Brasília para São Paulo, simplesmente para participar da festa de aniversário do seu criador. Coisa típica de República bananeira. Ninguém perguntou sobre os gastos de viagem de uma atividade privada paga com dinheiro público. O país recebeu a notícia naturalmente. E alguns ingênuos ainda imaginam que a criatura possa romper com o criador, repetindo a ladainha de 2011.

Mesmo após as aterradoras revelações do petrolão, Lula finge que não tem qualquer relação com o escândalo e posa de perseguido, de injustiçado. Como se não fosse ele o presidente da República no momento da construção e operação do maior desvio de recursos públicos da história do mundo. Nas andanças pelo país, para evitar perguntas constrangedoras, escolhe auditórios amestrados. Mente, mente, sem nenhum pudor. Chegou a confessar cometeu estelionato eleitoral, em 2014, como se fosse algo banal.

O protagonismo de Lula impede uma solução para a crise. Ele aposta no impasse como único meio de sobrevivência, da sua sobrevivência política. Pouco importa que o Brasil viva o pior momento econômico dos últimos 25 anos e que a recessão vá se estender, no mínimo, até o ano que vem. Pouco importam os milhões de desempregados, a disparada da inflação, o desgoverno das contas públicas. Em 1980, o então presidente do Sindicato dos Metalúrgicos de São Bernardo do Campo não pensou duas vezes em prorrogar a greve, mesmo levando-a à derrotae aos milhares de operários que tiveram os dias parados descontados nos salários —, simplesmente para reabilitar sua imagem frente à base sindical, isto porque, no ano anterior fechou acordo com a Fiesp sem que o mesmo fosse aprovado pela assembleia, daí que passou a ser chamado pelos operários de pelego e traidor.

Em setembro, Dilma chegou a balançar quando o PMDB insinuou que poderia apoiar o impeachment. Lula entrou em campo e, se não virou o jogo, conseguiu ao menos equilibrar a partida — isto na esfera da política, não da gestão econômica. Tanto que a possibilidade de a Câmara dos Deputados aprovar, neste ano, a abertura de um processo de impeachment é nula. Por outro lado, o Congresso Nacional não aprovou as medidas que o governo considera como essenciais para o ajuste fiscal. É um jogo cruel e que vai continuar até o agravamento da crise econômica a um ponto que as ruas voltarem a ser ocupadas pelos manifestantes.

As vitórias de Lula são pontuais, superficiais e com prazo de validade. As pesquisas mostram que ele, hoje, é uma liderança decadente e com alto grau de rejeição, assim como o PT. Mantém uma influência no centro de poder que é absolutamente desproporcional ao seu real peso político. Tem medo das consequências advindas das operações Lava-Jato e Zelotes. Mas no seu delírio quer arrastar o país à pior crise da história republicana. E está conseguindo. Tudo porque sabe que o impeachment de Dilma é o dobre de finados dele e do PT.

As ações de Lula desmoralizam o Estado Democrático de Direito. Ele despreza a democracia. Sempre desprezou. Entende o Estado como instrumento da sua vontade pessoal. Mas, para sorte do Brasil, caminha para o ocaso. Só não foi completamente derrotado porque ainda mantém apoio de boa parte da elite empresarial, que, por sua vez, exerce forte influência no Congresso e nas cortes superiores de Brasília. O grande capital não sabe o que virá depois do PT. Na dúvida, prefere manter apoio ao “seu” partido e ao “seu” homem de confiança, Lula.

Por: Marco Antonio Villa é historiador - O Globo

 

sábado, 3 de outubro de 2015

Escrúpulo ZERO de Dilma destrói as chamadas conquistas sociais

A ruína das conquistas sociais

Corte de R$ 26 bilhões na Saúde, Educação e moradia faz ruir o último discurso petista, aniquila conquistas e põe em xeque a capacidade de o governo domar a crise

NADA MUDOU
Jackeson de Jesus abandonou a escola aos 11 anos. Taisiane Simião
engravidou aos 15. Rubson Leite só vive de bicos. A visita de Lula
ao povoado, há 10 anos, não surtiu efeito algum
Ele, é o principal responsável , o Benito Mussolini
Em uma tarde de fevereiro de 2005, Taisiane Simião viu o então presidente Luiz Inácio Lula da Silva descer do céu, no bairro de Canaã, em Caruaru, Pernambuco.“Eu jogava bola com os meninos quando voaram dois helicópteros por cima da gente”, diz. “Saímos correndo do campinho e fomos para perto da cerca. Na época eu não sabia, mas era o Lula. Ele se agachou, perguntou nossos nomes e  idades. Aí deu lanche, pão e bolo. Depois, sumiu.” 


 Ela, a Clara Petacci
 Taisiane – no retrato ao lado, ela é a criança que encara o fotógrafo com olhos sonhadores – tinha 5 anos e estava prestes a entrar na escola. A vida era dura para a família dela. Ivonete, a mãe, fazia bicos como faxineira, mas o dinheiro não dava para nada. João, o pai, ganhava uns trocados como servente de pedreiro. Taisiane e outras seis pessoas viviam em uma casa de um cômodo, sem água encanada e banheiro. Na rua, o esgoto era a céu aberto. A chegada estrondosa de Lula, que desceu do helicóptero como um herói que retornou para salvar o seu povo, mexeu com aquela garotinha. O presidente, afinal, encarnava a esperança de um futuro melhor.

Nos últimos 13 anos, desde que o PT chegou ao centro do poder, Lula tem repetido a mesma cantilena. A grande marca da gestão petista, diz ele, é a inclusão social. Para Lula e seus seguidores, políticas públicas como o Bolsa-Família, o Farmácia Popular e o programa Minha Casa, Minha Vida transformaram a vida de milhões de brasileiros ao oferecer oportunidades negadas em governos anteriores. Na campanha presidencial, Dilma Rousseff conquistou votos ao afirmar que seu partido foi o único capaz de diminuir drasticamente a distância que separa os pobres dos que estão no topo da pirâmide. É preciso reconhecer que, durante muito tempo, esse argumento pareceu válido. Se a principal marca do governo Fernando Henrique Cardoso foi a estabilidade monetária, na era petista muita gente ascendeu socialmente. O símbolo máximo dessa escalada atende pelo nome de “classe C”, a nova camada social que fez disparar os níveis de consumo no País. Tudo isso poderia ser verdade até pouco tempo atrás, mas não agora. A bandeira do avanço social não pode mais ser hasteada pelos petistas. O discurso da inclusão, tão caro a Lula e Dilma, ficou sem sentido. Ele faz parte do passado. Acabou.

Os números falam por si só. De acordo com dados do Ministério do Planejamento, em 2016 o governo Dilma vai cortar pelo menos R$ 26 bilhões dos programas sociais, o que equivale a quase todo o investimento feito por uma empresa do porte da Petrobras durante um ano. Uma conta rápida mostra como a tesoura de Dilma está afiada, e em que direção ela aponta. Com os R$ 26 bilhões, é possível construir mais de 17 mil leitos de UTI ou 6 mil creches. Só o programa Minha Casa, Minha Vida será ceifado em R$ 9 bilhões, ou cerca de 50% do total gasto no ano passado. Com isso, a equipe governamental decidiu suspender o lançamento da já prometida terceira fase do programa de moradia.


O PACo Saneamento, indispensável para levar água e esgoto para regiões pouco desenvolvidas do Brasil – como a Caruaru de Taisiane –, perderá R$ 2 bilhões. Para se ter uma ideia da agressividade do ajuste, o orçamento de 2015 previa R$ 2,8 bilhões para este programa. O de 2016, portanto, destinará apenas R$ 800 milhões para a construção de obras sanitárias. Diante desses dados, não é exagero dizer que o PT de Dilma está virando as costas para os mais pobres. O discurso da inclusão pode soar bonito, mas se tornou fajuto. 

Na prática, o segundo mandato da presidente ficará marcado como o da exclusão. Muitos brasileiros terão benefícios suprimidos pela insensibilidade de Dilma. O novo jeito petista de governar suscita dúvidas. Os avanços sociais dos últimos anos resistirão ao atual retrocesso? Qual foi o real impacto dos programas de inclusão instituídos na última década?

Dez anos depois que Lula desceu do helicóptero para se encontrar com as crianças de Caruaru, pouca coisa mudou. Elas cresceram, mas a vida continuou tão difícil quanto antes. Enquanto Dilma ganhava duas eleições presidenciais, os pernambucanos da foto que foi usada para simbolizar uma era – a da inclusão social – tiveram que enfrentar muitos obstáculos. Taisiane abandonou a 5ª série aos 13 anos para se dedicar ao trabalho em uma confecção. Aos 15, ficou grávida. Hoje, com 16, cuida do bebê Ângelo Miguel e faz algum dinheiro costurando roupas. Ela ainda mora, com outras sete pessoas, no mesmo casebre de um quarto, que continua sem água encanada e rede de esgoto. Josivan, um dos irmãos de Taisiane, tem um sonho prosaico: tomar banho todos os dias. No máximo, faz isso quatro vezes por semana, porque nunca tem água em casa. Lula tirou uma foto bacana com as crianças, mas a dura verdade é que seus programas sociais não fizeram nada por elas. A escola não foi capaz de mantê-las por perto. Não apareceram boas oportunidades de emprego. Os pais de Taisiane vivem, como faziam há 10 anos, com os recursos do Bolsa Família, mas eles não deram um passo sequer à frente. Permaneceram imóveis, asfixiados pela ausência de perspectivas.

A falta de horizontes também aflige Jackeson Manuel da Silva de Jesus, o garoto de 9 anos que, na foto, olha sério para Lula, como se adivinhasse os desafios que o destino reservaria para ele. Em 2005, quando encarou o presidente, Jackeson não imaginaria que, em pouco tempo, nunca mais pisaria em uma escola. Ele deixou os estudos por volta dos 11 anos para trabalhar como passador de roupas. Até hoje, Jackeson não sabe o dia em que nasceu e continua sobrevivendo de serviços informais, apesar da promessa de pleno emprego do governo petista. Na semana passada, depois de um mês sem se ocupar, conseguiu alguns reais instalando uma cisterna. Se depender de Dilma, vai faltar dinheiro para esse tipo de trabalho. De acordo com o plano orçamentário de 2016, o investimento na construção de cisternas, fundamentais para armazenar água potável e abastecer famílias do agreste brasileiro, vai cair pela metade.


Jackeson é mais um entre milhões de trabalhadores sem qualificação profissional. E isso é ruim por diversos motivos. Para os empresários, a escassez de mão de obra qualificada afeta os índices de produtividade de suas companhias. Para o governo, a informalidade reduz a arrecadação de impostos. Para os trabalhadores, ela representa uma barreira que freia o crescimento pessoal. No momento de romper esse ciclo pernicioso, o governo Dilma faz o oposto. O Pronatec, programa social voltado para o ensino profissionalizante, foi um dos mais afetados pela navalha da presidente. Mesmo com o lema “Brasil, Pátria Educadora”, Dilma mandou desidratar o programa em R$ 2,3 bilhões. Além de ter endurecido as regras de acesso ao benefício, o projeto Ciência Sem Fronteiras, que promove intercâmbio de estudantes, terá seu orçamento reduzido em cerca de 50%, passando de R$ 4,1 bilhões para R$ 2,1 bilhões.

Os cortes de R$ 26 bilhões nos programas sociais correspondem a 74% do superávit primário (economia para o pagamento dos juros da dívida) prometido pela União em 2016. Ou seja: para atingir uma meta monetária, Dilma não se envergonhou de dizimar benefícios conquistados a duras penas nos últimos anos. Enquanto não corta, de verdade, na própria carne (a reforma ministerial saiu muito mais tímida do que se previa), a presidente eliminou recursos até de áreas sensíveis. Ela deixará de investir, em 2016, R$ 3,3 bilhões na construção de creches e pré-escolas. Seria mais do que justo arrancar dinheiro de outro lugar, num Estado cercado de pompas e compadrio, para garantir o direito de mães levarem seus filhos para lugares seguros enquanto trabalham. É a falta de creches que impede pessoas como a pernambucana Taisiane Simião de encontrar um emprego, ou de voltar a estudar, porque ela é obrigada a ficar com o filho o dia inteiro.

Rubson Deivid Leite, 17 anos, diz que o seu sonho é viajar para fora do Brasil, mas ele está a anos-luz de realizá-lo. O menino, o de sorriso sapeca na foto de 2005 com Lula, repetiu diversas vezes a primeira série até que, aos 13, desistiu de estudar. Conhecido no bairro como Rubinho, ele trabalha pregando botões e tachinhas em roupas e já é pai do recém-nascido Nathan Rafael. Os dois moram de favor na casa dos avós de sua mulher, que não trabalha. A renda da casa é complementada pela venda de “dudu”, o picolé caseiro de saquinho. Rubson é o retrato acabado da omissão do Estado, que não ofereceu as bases mínimas para que ele pudesse mudar seu destino. Lula fracassou com o garoto.

A incompetência generalizada do governo Dilma eclipsou muitas conquistas dos últimos anos. Pesquisas mostram que a crise política e econômica sem fim atingiu em cheio a classe C, divisão social mais beneficiada pelo crescimento do País. O PT gabava-se de ter ajudado os integrantes dessa faixa de renda a viajar de avião, comprar carro zero quilômetro e pagar faculdade para os filhos. Mas a festa acabou cedo. Nos últimos 12 anos, o Brasil perdeu quase 1 milhão de empregos, e boa parte deles diz respeito a trabalhadores da classe C. Uma pesquisa realizada em agosto pelo instituto Data Popular mostra o tamanho do problema. De acordo com o levantamento, 94% das famílias foram obrigadas a mudar hábitos de consumo, pelo simples motivo de não conseguirem honrar seus compromissos. O mesmo estudo mostrou que 62% dos brasileiros da classe C fazem bico para complementar a renda, enquanto metade deles deixou de pagar ao menos uma conta. Os seja, as pessoas trabalham mais e ganham menos.

Presidente do Data Popular, Renato Meirelles define com clareza o que se passa com a chamada nova classe média. “As famílias estão fazendo um ajuste fiscal em casa”, diz. Entenda-se por isso o corte radical de gastos, e mais tesouradas devem vir por aí. “Houve um incentivo exagerado do crédito e agora a conta chegou”, afirma Fernando Luis Schuler , professor e cientista político do Insper. “A inadimplência bateu recorde e vários outros indicadores preocupam. O que acontece hoje é o esgotamento das famílias”. A oferta abundante de crédito foi praticamente uma política de Estado dos governos petistas, mas nenhum País saudável sobrevive com o consumo descontrolado. Nasceram daí a inflação alta e o calote, dois monstros que travam a recuperação econômica.

A cabeleireira Elisabete Kanzler, 55 anos, tinha no mural de fotos pregado na parede de seu salão em São Paulo um retrato dela ao lado de Lula. De uns tempos para cá, tudo começou a dar tão errado que ela resolveu se livrar da recordação. Com a crise, o movimento do salão caiu 30% ao mesmo tempo em que os preços dos produtos de beleza dispararam. Se repassar a alta de custos, o sumiço da clientela vai ser maior ainda. “Tenho feito acrobacias para pagar as contas”, diz Elisabete. O encarregado de manutenção, Agmário Carneiro, 32 anos, enfrenta o mesmo sufoco financeiro. Ele não recebe salário há dois meses. Para dar um alívio nas contas, foi obrigado a vender um carro. “O ano está complicado demais”, diz. 

Atrasos também se tornaram rotineiros para a secretária Maurani Varanda Ramos, 44 anos, que está sem receber o salário há três meses. O marido Jefferson, 48 anos, está desempregado. Entre atrasar a prestação do apartamento em Cotia (SP), custeado pelo programa Minha Casa, Minha Vida, e o cartão de crédito, o casal ficou com a segunda opção. Mas os juros altos demais – na semana passada, o do rotativo chegou a 400% ao ano – fizeram a dívida dar um salto e agora eles não sabem o que fazer. “Tenho medo de perder tudo o que conquistei”, diz Maurani.

Pouco depois que a foto de Lula em Caruaru foi tirada, o senador Cristovam Buarque (PDT-DF) resolveu visitar as crianças e suas famílias. Preocupado com o futuro delas, ele enviou uma carta ao presidente, com conteúdo premonitório. Dizia o texto: “No olhar dessas crianças, vi a tragédia que herdamos. Mas vi outra maior: a possibilidade dessa realidade continuar com os filhos dessas crianças. Uma herança que, aí sim, seria deixada por nós”. Anexou uma série de propostas que, imaginava, poderia evitar a perpetuação da miséria. Uma década depois, Buarque retomou o contato com aquelas famílias e descobriu que a realidade continua tão áspera quanto antes. Agora, pretende escrever uma nova carta, desta vez endereçada à presidente Dilma.

Com reportagem de Fábio Brandt - Revista IstoÉ
Fotos: Ricardo Stuckert/PR; Geyson Magno/Ag. Istoé, Divulgação, Felipe Gabriel/Ag. Istoé; João Castellano/Ag. Istoé