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sexta-feira, 7 de agosto de 2020

Por que a TV Justiça é a última na audiência? - Jorge Serrão

Os números da audiência da televisão aberta e a cabo revelam algo interessante. A liderança segue com Globo (12,09), SBT (4,14), Record (4,13), Band (1,13) e RedeTV! (0,52). Mas a lanterninha chama atenção. A TV Justiça ocupa o 91º e último lugar. Dá traço: 0,00. Parece sintomático no Brasil da injustiça, no qual ministros do Supremo Tribunal Federal enfrentam um mega desgaste de imagem.

É uma pena, uma injustiça, que a TV Justiça desponte no fim da lista. Zero audiência é sacanagem. O canal produz muita informação relevante, de qualidade, promovendo cidadania e tentando o milagre de traduzir o juridiquês para os reles mortais. Também transmite as espetaculares (ou espetaculosas) sessões plenárias do STF. Por isso, o “traço” é esquisito. Alguém assiste... Eu assisto... Portanto, se o ranking for verdadeiro, confirma que eu não existo... Maritacas me mordam...



Falando em números, o Senado aprovou, por 56 votos a favor, 14 contra e 1 abstenção, o texto-base do projeto do senador Alvaro Dias que limita a 30% ao ano os juros do cartão de crédito e do cheque especial. Durante o pandemônio, o percentual máximo fixado é 20%. A matéria segue para apreciação da Câmara dos Deputados. Mas a grande pergunta é: os bancos vão obedecer?

Na prática, foi aprovada uma intervenção estatal no mercado. Os juros foram fixados na base da canetada oficial. 
Muitos já perguntaram por que não seria mais fácil coibir a cobrança de juros compostos nas operações de crédito? Tabelar juros (ou limitá-los artificialmente) é tabelar o preço do crédito. 
Não seria mais fácil liberar a livre concorrência? 
Não seria mais fácil criar facilidades para mais bancos no mercado?

Por falar em dificuldade de crédito, o sistema cometeu uma covardia com o professor Olavo de Carvalho. A juíza Ludmila Lins Grilo detonou no Twitter: “Contra todo tipo de ódio, em nome do amor, da diversidade e de uma suposta tolerância, o PayPal cancelou a conta de um senhor de 73 anos que usa a plataforma para receber honestamente pelo seu trabalho como professor”.
Olavo de Carvalho espancou: “A esquerda brasileira INTEIRINHA – jornalistas, acadêmicos, politicos, turminha das artes e espetáculos – não conseguiu me vencer, então foi pedir socorro aos seus gurus estrangeiros, os Sleeping Bitches e similares. Gentinha de bosta”. A censura econômica é escrota!
No mais, é comemorar que hoje é Dia da Cerveja, com uma indagadora twittada do empresário Henrique Bredda, do fundo Alaska: “É impressão minha ou quando o presidente para de entrar em polêmicas as coisas andam em Brasília e ele até sobe nas pesquisas?”. [quando o presidente não entra em polêmicas e passa a governar, fazendo exatamente o que seus eleitores esperam e o Brasil precisa.
De bônus, - ao governar e ignorar seus inimigos, faz com que desçam mais rápido para o abismo.]
Até quando vai durar o “Bolsonaro paz e amor”? Só o Acima de Todos [TUDO] sabe...

Alerta Total - Editor-chefe: Jorge Serrão


sábado, 13 de junho de 2020

O guru despirocou e o hospício abriu as portas - IstoÉ

Derrotado em vários processos judiciais e condenado a pagar uma indenização de R$ 2,8 milhões por danos morais para Caetano Veloso, Olavo de Carvalho se desespera, chama Jair Bolsonaro de covarde e ameaça derrubar o governo 

O guru

[O guru, pretensiosamente, acalentou sonhos que iria governar em para relo, tipo um Rasputin. Só que não funcionou.
Aliás, até o próprio Bolsonaro, eleito com quase 60.000.000 de votos, conseguiu governar - ainda não deixaram.]

O guru Olavo de Carvalho pirou. Sem dinheiro, derrotado em vários processos judiciais, vendo seu pupilo, o ministro da Educação Abraham Weintraub com o cargo ameaçado e condenado agora a pagar uma indenização por danos morais de R$ 2,8 milhões para o cantor Caetano Veloso, a quem chamou insistentemente de pedófilo pelas redes nos últimos anos, Carvalho perdeu as estribeiras em vídeos transmitidos pelo YouTube na semana passada. Ele ameaçou derrubar o governo e acusou o presidente Jair Bolsonaro, a quem chamou de “inativo” e “covarde”, de não fazer nada para impedir crimes e agir contra bandidos.

Magoado, sentindo-se usado e perseguido, o guru renegou a amizade do presidente e falou que não quer mais condecorações. “Enfia a condecoração no cu”, afirmou, referindo-se à Grã Cruz, mais alto grau da Ordem do Rio Branco, com a qual foi agraciado no início de maio. “Se você não é capaz de me defender contra essa gente toda eu não quero a sua amizade”, prosseguiu. Carvalho não foi específico, não disse quem é o bandido e de quem quer ser defendido, mas deu sinais de que rompeu com Bolsonaro e rompeu também com a razão. A não ser que surja a solução para todos os seus males, uma providencial ajuda financeira para cobrir suas dívidas milionárias, Carvalho deverá continuar enlouquecido contra o governo. Mas, infelizmente, não parece provável que seja capaz de derrubar Bolsonaro.

Festival de tolices
Seus impropérios, lançados desde sua casa, na Virgínia (EUA), causaram surpresa entre seus simpatizantes e dispararam um festival de tolices que só o atual governo e seus aliados poderiam oferecer. Mesmo xingado pelo guru de “palhaço vestido de Zé Carioca”, por causa de seu terno verde com gravata amarela, o empresário Luciano Hang, dono da rede de lojas Havan, promoveu uma vaquinha entre amigos para ajudar o ideólogo do governo a sair do buraco. “Temos que ajudá-lo financeiramente”, proclamou num grupo de WhatsApp. “Ele está chateado, precisa de mais ajuda para continuar lutando pelo Brasil”. Hang conversou com Bolsonaro sobre o caso e os dois chegaram à conclusão de que é preciso dar um socorro financeiro a Carvalho para que ele se acalme. Alguns amigos empresários de Hang, porém, como Flávio Rocha, da Riachuelo, e Sebastião Bonfim, da Centauro, demonstram resistência em abrir os bolsos para o guru e se recusaram a participar da vaquinha. 

Carvalho também está revoltado com a possibilidade de Abraham Weintraub deixar o governo. Condecorado por Bolsonaro em maio com o grau de Grande Oficial da Ordem de Mérito Naval, ele ficou com a corda no pescoço desde que vieram a público suas ofensas contra os ministros do Supremo Tribunal Federal (STF) na fatídica reunião ministerial do dia 22 de abril. No Palácio do Planalto, depois de arrumar brigas e confusões e abandonar a educação brasileira, Weintraub perdeu qualquer apoio e já foi aconselhado a pedir demissão, como uma forma honrosa de largar o cargo. Nos seus planos, está, inclusive, uma candidatura para a Prefeitura de São Paulo. O ministro teria entrado em contato com o guru para se lamentar e tentar reverter o quadro de ruptura que se avizinha. Carvalho tomou suas dores e fez mais um ataque a Bolsonaro. “Porque eu fui seu amigo, mas você nunca foi meu amigo (…) Você só tira proveito. E devolve o quê? É que nem o Weintraub. Dá uma condecoração. Tá brincando com isso, porra. Só essas multas que os caras tão cobrando de mim, é pra me arruinar totalmente. Como é que eu vou sobreviver nos EUA sem um tostão furado”, protestou. Um provável nome para assumir a Educação é o do empresário Carlos Wizard, que desistiu recentemente de um cargo no Ministério da Saúde. Sobre seus problemas, Weintraub usou o Twitter para filosofar. “Estou contrariado, mas não derrotado, eu sou bem guiado pelas Mãos Divinas!”, disse.

O processo de Caetano Veloso contra Olavo de Carvalho já transitou em julgado e não oferece mais possibilidade de recurso. Caetano é uma obsessão antiga do guru, que ajudou a promover a hashtag #caetanopedofilo. A condenação pelos danos morais foi de R$ 40 mil, que chegaram, corrigidos, a R$ 54 mil. Tratou-se de uma ação de obrigação de fazer com pedido de tutela de urgência cumulada com indenização por danos morais, aberta em 2017. O pedido de tutela foi feito com o objetivo de obrigar Carvalho a retirar todas as postagens ofensivas contra Caetano e parasse de atacar o artista, sob pena de multa diária de R$ 10 mil. Olavo retirou algumas postagens, mas não todas, e por isso o valor da indenização começou a crescer, chegando agora a R$ 2,8 milhões. “A ideia é penhorar as coisas dele”, disse a empresária Paula Lavigne, mulher de Caetano.

Bullying virtual
“E se não conseguirmos fazer isso no Brasil, iremos cobrá-los nos Estados Unidos”. Segundo Paula, há um roteiro programado de ataque à classe artística no País e Olavo de Carvalho passou de todos os limites. Ela se diz satisfeita com o resultado da ação a adianta que o dinheiro do guru “será usado em causas que pautem nossa resistência”. “Nem todo mundo tem como se defender de ataques e linchamentos morais pela internet. A ação do Caetano tem uma função pedagógica e mostra que quem ofender os outros e praticar bullying virtual pode sofrer consequências gravíssimas”, disse a advogada Simone Kamnetz, que defende Caetano. “As pessoas tem que aprender que elas não podem fazer o que quiserem pela internet”. A defesa de Carvalho reiterou durante o processo que ele não mentiu quando chamou Caetano de pedófilo.


Eminência parda do governo, com influência direta sobre os filhos 02 e 03 de Bolsonaro, Carlos e Eduardo, Carvalho também reclama da imprensa, que diz atacá-lo sem piedade. “Nunca houve contra um cidadão particular um massacre jornalístico e judiciário desse tamanho, nem contra narcotraficantes e líderes revolucionários”, disse Olavo, referindo-se a si próprio. “Há décadas existe esse gabinete do ódio contra Olavo, porra!” 

(.....)

 “Idosos estão sendo algemados e jogados dentro de camburões no Brasil. Mulheres sendo jogadas no chão e sendo algemadas por terem feito nada”, disse a ministra da Mulher, Família e Direitos Humanos, Damares Alves. “A maior violação de direitos humanos da história do Brasil nos últimos trinta anos está acontecendo neste momento, mas nós estamos tomando providências”. Uma das providências, possivelmente, será pagar as dívidas de Olavo de Carvalho porque a fúria do guru tumultuou o governo.

Em IstoÉ, MATÉRIA COMPLETA


segunda-feira, 8 de junho de 2020

[se espera que Bolsonaro fique livre do guru de Virginia.] Bolsonaro dá aval à vaquinha de empresários para “sossegar” Olavo de Carvalho

Citado nominalmente em vídeo divulgado por Olavo de Carvalho, no qual ele diz que pode derrubar a “merda do governo Bolsonaro”, o empresário Luciano Hang, dono da Havan, deu início a uma vaquinha com empresários a fim de recolher pelo menos R$ 2,8 milhões para saldar dívidas do guru dos bolsonaristas com a Justiça.

 Segundo um integrante do Palácio do Planalto, Hang conversou com Bolsonaro sobre o vídeo no qual Carvalho critica e agride o presidente com palavrões. A conclusão foi a de que é preciso dar um socorro financeiro ao guru para que ele “sossegue”. Tanto Bolsonaro quanto o empresário se mostraram surpreso com a agressividade de Carvalho, que é idolatrado pelos filhos do presidente, sobretudo Eduardo Bolsonaro.

A desculpa encontrada por Hang para levantar o dinheiro para calar a boca de Carvalho é de que ele continue “trabalhando pelo Brasil”. Mas, por trás desta ação de benemerência, está o temor de que o guru desarticule a base de apoio a Bolsonaro nas redes sociais. Olavo de Carvalho movimenta nas redes o grupo mais ideológico de apoio a Bolsonaro. No entender de assessores do presidente, não é nada confortável ter o guru como adversário. Portanto, qualquer esforço para que ele se acalme é muito bem-vindo.

Não é qualquer quantia 
 Resta saber se os empresários estão dispostos a entrar na vaquinha encabeçada por Hang. Carvalho quer muito mais do que os R$ 2,8 milhões que ele precisa para pagar uma ação judicial que perdeu para o cantor Caetano Veloso. “Não é qualquer quantia que Olavo de Carvalho quer. Isso pode ser medido pelo tamanho da agressividade dele no vídeo.

O guru dos bolsonaristas gravou mensagem reclamando que está isolado e que nunca teve apoio de presidente. No vídeo, ele diz que está sendo cobrado por “multas” e que não tem como pagar, pois está sem dinheiro. O guru deixou claro que esperava estar numa situação financeira melhor com Bolsonaro no governo.

“Bolsonaro, o que ele fez para me defender? Bosta nenhuma! Chega lá, me dá uma condecoraçãozinha… enfia essa condecoração no seu cu”, disse Carvalho. “Essas multas que esses caras estão cobrando de mim vão me arruinar totalmente. Como é que eu vou poder sobreviver aqui nos Estados Unidos sem nenhum tostão furado?”, indagou. [quer uma palavra de consolo? f ... se.]

Correio Braziliense


quinta-feira, 13 de fevereiro de 2020

MILITARES NO PODER - O capitão entre os generais - O Globo

Bernardo Mello Franco

Convite a Braga Netto cria situação inédita

O convite ao general Braga Netto cria uma situação inédita em Brasília. Pela primeira vez desde o fim da ditadura, a Casa Civil será chefiada por um militar. Isso não ocorria desde que o general Golbery do Couto e Silva deixou o governo Figueiredo. Ele esvaziou as gavetas em agosto de 1981, três meses depois do atentado do Riocentro.

Agora o governo de Jair Bolsonaro passa a ter nove militares entre os 22 ministros. Isso inclui as quatro pastas com assento no Planalto. Já estavam lá os generais Luiz Eduardo Ramos (Secretaria de Governo) e Augusto Heleno (Gabinete de Segurança Institucional), além do major da PM Jorge Oliveira (Secretaria-Geral).

Eleito por um partido nanico, Bolsonaro apelou aos militares para compensar a falta de quadros sem dividir poder com o Congresso. Logo passou a esvaziar os auxiliares de farda. Isolou o vice Hamilton Mourão e demitiu o general Santos Cruz. Os dois haviam entrado em colisão com o guru do clã presidencial, Olavo de Carvalho. [não existe subordinação hierárquica do vice-presidente da República  ao presidente.
Ambos foram eleitos e a função primeira do vice-presidente é substituir o titular em seus impedimos.
O presidente da República pode delegar atribuições ao vice-presidente - atribuições é mais adequado que missões, ainda que ambos sejam militares, tendo em conta que o vice-preidente pode recusar a delegação.
O general Santos Cruz estava no cargo na condição de militar da reserva.]

No auge do conflito, o autoproclamado filósofo disse que a contribuição dos militares à cultura nacional se limitava a “cabelo pintado e voz impostada”. A ala verde-oliva ensaiou uma rebelião, mas preferiu engolir as humilhações calada.

Além de decapitar Santos Cruz, o presidente demitiu generais que chefiavam órgãos como Correios, Funai e Incra. Agora ele volta a recorrer à caserna para substituir o deputado Onyx Lorenzoni.  “Bolsonaro não queria ser visto como um capitão entre os generais. Por isso, usou o primeiro ano do governo para mostrar quem manda”, explica o cientista político João Roberto Martins Filho, da UFSCar. [a frase é inadequada, tendo em conta que um militar sempre tem presente o mandamento constitucional de que o Presidente da República é o comandante supremo das FF AA.] 

Referência no estudo das Forças Armadas, ele diz que os militares acumularam desgastes ao associar sua imagem ao governo. Agora a aliança dos quartéis com o palácio ganha um reforço de peso. Até ontem, Braga Netto chefiava o Estado-Maior do Exército.

Bernardo M. Franco, colunista - O Globo

 

sexta-feira, 19 de julho de 2019

Por favor, Senado, freie o Bolsonaro! - Ruth de Aquino

O Globo

O jogo só acaba quando termina. Por isso, não vamos arriscar definir nos pênaltis ou no VAR. O que começou como um mero “balão de ensaio” – a indicação de Eduardo Bolsonaro para a embaixada do Brasil em Washington – começa a ganhar ares de verdade. O presidente ignora impedimentos, atropela críticas de juízes, peita o bandeirinha Olavo de Carvalho, refuta apitos de nepotismo e infla o passe do filho.

Jair Bolsonaro, o pai do ano, só pensa nisso. Naquilo também. Porte de armas e fuzis, trabalho infantil, desmatamento, especulação imobiliária em reservas, cortes na educação básica, agrados a infratores de trânsito e gratidão ao árbitro Dias Toffoli, presidente e plantonista do STF, por livrar o 01 Flávio de uma eventual penalidade máxima por desvios de dinheiro. Mas, senadores e cidadãos, vamos ficar só nisso, na indicação para a embaixada americana

Vamos manter o foco para não parecer biruta nos ventos do Planalto. É tudo o que Bolsonaro deseja. Desconcentrar, quebrar a resistência, arrumar emprego para a família toda enquanto é o dono da bola. Agora levou o caçula, o 04 Jair Renan, para a Argentina e se referiu a ele como “embaixador mirim”. O rapaz de 20 anos é conhecido como “Bolsokid” nas redes. Pelo menos, Bolsonaro não tem 11 filhos.
Caro presidente do Senado Davi Alcolumbre, não vamos expor o Brasil ao ridículo, combinado? Articule discretamente esse veto ao Dudu embaixador. O voto é secreto, mas há um movimento para torná-lo aberto e a nação saber quem é quem. Caso o Senado barre a esdrúxula ideia de consagrar embaixador nos EUA o 03, especialista em fritar hambúrguer, será um grande momento para o Congresso.

Senadores terão agido pelo interesse público e nacional. Além de se gabar de uma pós-graduação não concluída, Eduardo derrapa no português: num tuíte, escreveu “fundo do posso” em vez de “poço”. Mas, segundo o pai, bate um bolão no inglês.
O pai Jair premedita isso faz tempo. Em março, jogou para escanteio o chanceler na visita a Donald Trump, botou o Dudu no Salão Oval a portas fechadas, esperou os 35 anos do filho para convocá-lo. Jair defendeu o filho como um futuro “grande embaixador”. Se é amigo de Trump, deveria desistir de Washington. Porque essa amizade trava o jogo diplomático honesto. Também não sei de onde os Bolsonaro tiraram essa noção de que Eduardo é “conhecedor de relações internacionais”.

Será que foi dessa declaração de Eduardo? “São bombas nucleares que garantem a paz. Se nós já tivéssemos os submarinos nucleares finalizados, que têm uma economia muito maior dentro d'água; se nós tivéssemos um efetivo maior, talvez fôssemos levados mais a sério pelo (Nicolás) Maduro”. Sensacional. O Senado deveria explorar essas teses de Eduardo na sabatina. Ah, mas ele também conhece segurança pública. Defende “acesso às armas para que amanhã a gente aqui não fique sob os desmandos de um governo autoritário”. Pronto para assumir uma embaixada.

Bolsonaro já reclamou do Congresso e disse que o Brasil era “ingovernável”. Temia virar um presidente figurativo, uma rainha da Inglaterra. Mas quem se coloca como um bobo da corte é ele. O Congresso tem o dever de frear os delírios bolsonaristas. Tem muita gente que ainda vê o atual presidente como estadista. Afinal, 7% dos brasileiros afirmam que a Terra é plana. Então tem de tudo. Não adianta a gente se lamuriar e se desnortear. Precisamos é resistir. Com abaixo-assinados, jogo aberto e respeito a todas as regras democráticas.

Ruth de Aquino, jornalista - O Globo

 

sábado, 6 de julho de 2019

Moro, que tal investigar o Foro de São Paulo?

Olavo de Carvalho aconselha Moro a cassar registro político de partidos de esquerda

Guru do governo gravou um vídeo dizendo que Moro não deve satisfações aos deputados e o aconselhando a cassar o registro político dos partidos brasileiros que integram o Foro de São Paulo, além de investigar a organização  


Mensagem urgente ao ministro Moro

Na gravação, Olavo aconselha o ministro a não dar satisfação aos parlamentares. Eles que deveriam estar respondendo perguntas sobre os crimes que cometeram”, disparou.
O deputado Federal Luiz Philippe de Orleans e Bragança chama atenção para a próxima reunião do Foro de São Paulo, em Caracas, no final deste mês de julho:A pauta? O mesmo latrocínio progressista de sempre. O objetivo? Vencer prefeituras brasileiras com orçamento para manter os movimentos de esquerda em toda América Latina... A Lava Jato precisa se regionalizar”.

O ideólogo Olavo de Carvalho também dá uma oportuna sugestão ao ministro da Justiça, Sérgio Moro. Que tal investigar, oficialmente, a relação ilegal entre vários partidos políticos brasileiros e o Foro de São Paulo? De onde vem e como circula o dinheiro que sustenta esta entidade transnacional que mistura partidos de esquerda e grupos narcoguerrilheiros da América Latina?

Quem, por acaso, ainda não conhece a fundo o Foro de São Paulo, deve ler o livro de Graça Salgueiro“O Foro de São Paulo, A mais perigosa organização revolucionáriadas Américas” (Observatório Latino, 2016, 216 páginas). O FSP não é um mero fórum político esquerdista. É uma organização criminosa transnacional. O Brasil não pode ficar refém de bandidos que misturam ideologia e corrupção para conquistar o poder.

Atenção, Sérgio Moro: centenas de parlamentares que operam o Crime Institucionalizado no Brasil são ativistas do Foro de São Paulo. Por isso, o combate verdadeiro às organizações criminosas depende, diretamente, do enfrentamento e neutralização do Foro de São Paulo. Ficar restrito ao campo do mero debate político-ideológico é jogar o jogo do inimigo criminoso. Eliminar o Foro de São Paulo deve ser prioridade estratégica do Governo Jair Bolsonaro.



Repelir o agressor é dever moral de quem está sendo agredido. PT, saudações!
[Nota do Blog Prontidão Total: Temos restrições ao Olavo de Carvalho e também aos filhos do presidente Bolsonaro - não concordamos que eles queiram governar o Brasil e fiquem ofendendo integrantes do governo do Brasil.



Mas, concordamos com a sugestão dele. 


O ministro Moro não tem nenhuma obrigação de ficar dando explicações ao Congresso Nacional por ter sido roubado e estar sendo acusado com a divulgação de supostas conversas cuja autenticidade não foi comprovada até o presente momento.

Ele é a vítima. Ele e os procuradores; foram eles que foram roubados e estão sendo caluniados.

É o mesmo que um cidadão ser assaltado e o delegado exigir que ele compareça a delegacia para explicar as razões de ter sido roubado.]
 




terça-feira, 30 de abril de 2019

PGR 2: Carta não traz lista tríplice; Moro ainda quer o seu Menino Prodígio



Não! O presidente da República não é obrigado a indicar para a Procuradoria Geral da República um nome da lista tríplice, saída da eleição promovida pela ANPR (Associação Nacional dos Procuradores da República), entidade de caráter sindical. Essa foi uma das jabuticabas inventadas pelo PT, de que o partido deveria se envergonhar e se arrepender. Mas não fez nem uma coisa nem outra. Sei lá se Bolsonaro indicaria alguém melhor ou pior do que o trio. O fato é que a eleição é ilegal e, de fato, absurda.

O Artigo 84 da Constituição dispõe que indicar o procurador-geral é prerrogativa do presidente da República (Inciso XIV). Nada diz sobre eleição. O Artigo 128 define que o Ministério Público abrange "I – o Ministério Público da União e II – os Ministérios Públicos dos Estados". O Ministério Público da União, por sua vez, compreende: "a) Ministério Público Federal; b) Ministério Público do Trabalho; c) Ministério Público Militar; d) Ministério Público do Distrito Federal e Territórios".

O Parágrafo 1º deste Artigo 128 é claríssimo: "O Ministério Público da União tem por chefe o Procurador-Geral da República, nomeado pelo Presidente da República dentre integrantes da carreira, maiores de trinta e cinco anos, após a aprovação de seu nome pela maioria absoluta dos membros do Senado Federal, para mandato de dois anos, permitida a recondução." Fim de papo! Em nenhum lugar está escrito, como se pode notar, que o Procurador-Geral da República tem de ser um membro do Ministério Público Federal, que é apenas um dos entes que compõem o Ministério Público da União

Ocorre que há uma Lei Complementar que tem de entrar na conversa:  LEI COMPLEMENTAR 75

Sérgio Moro, ministro da Justiça, quer emplacar o nome de Deltan Dallagnol para a Procuradoria-Geral da República. Se Bolsonaro for doido, faz isso e entrega a chave do país a seu subordinado. Na hipótese de o coordenador da Lava Jato sobreviver politicamente a uma disputa, será que ele pode ser procurador-geral?  

A Lei Complementar 75 disciplina a organização do Ministério Público da União
O Artigo 67 define que cabe privativamente a subprocuradores-gerais da República, cargo mais alto do Ministério Público Federal, as funções de "I – Vice-Procurador-Geral da República; II – Vice-Procurador-Geral Eleitoral; III – Corregedor-Geral do Ministério Público Federal; IV – Procurador Federal dos Direitos do Cidadão; V – Coordenador de Câmara de Coordenação e Revisão." Notaram? O vice do procurador-geral, que por este é escolhido, tem de ser um subprocurador-geral da República, coisa que Dallagnol não é

Nomear um procurador de primeira instância, que não tem competência para atuar junto a tribunais superiores, como procurador-geral seria uma excrescência. É só em processos eleitorais que capitão se subordina a general.  Desde que todos sejam reformados, claro! Assim, ainda que a escolha do procurador-geral da República ficasse restrita ao Ministério Público Federal — a Lei Complementar 75 não trata do assunto —, não faz sentido botar o menor para chefiar o maior. De todo modo, essa restrição, como resta evidente, não existe. A coisa tem lá a sua graça. O MPF, por intermédio da Lava Jato — e não de Olavo de Carvalho ou de Carlucho — foi fundamental na eleição de Jair Bolsonaro à medida que devastou a chamada classe política. E agora corre o risco de ver cassado um privilégio corporativo. [com o pedido de escusas ao ilustre articulista e proprietário do Blog,  faço dois registros que, entendo necessário:
- em processos eleitorais, ainda que com militares participando,  não há hierarquia militar, visto que a participação em processo eleitoral exige a filiação a um partido político, o que é vedado ao militar em serviço ativo, e estando fora do serviço ativo, devido a filiação a um partido político, a hierarquia não prevalece; 

- se tratando de uma indicação que fica ao exclusivo arbítrio do presidente da  República, desde que recaia sobre integrante da carreira, nada impede que o indicado seja, dentro da carreira, hierarquicamente inferior aos subordinados, visto se tratar de um cargo de confiança do presidente da República, com a ressalva que não pode ser demitido 'ad nutum'. 

Seria interessante que Bolsonaro indicasse  um membro do Ministério Público Militar - MPM,  apesar de não se tratar de um militar, o fato de integrar o MPM já deixaria a turma anti Bolsonaro, adeptos do 'quanto pior, melhor', bastante agitada.]

O que eu penso? Como sempre, digo: que se cumpra a Constituição. Bolsonaro não tem de se subordinar a lista nenhuma. Encerro com uma pergunta a Bolsonaro: ele afirma que vai escolher alguém que respeite o Artigo 53 da Constituição, justamente aquele que julga ter sido agredido no seu caso — embora isso seja falso. Diga, presidente: o senhor também faria a mesma exigência sobre o Inciso LVII do Artigo 5º? A saber: "Ninguém será considerado culpado até o trânsito em julgado de sentença penal condenatória". Se não entendeu: cumprindo-se a Constituição nesse caso, Lula não poderia estar preso. Ou o senhor só aprecia a parte da Carta que julga beneficiá-lo?