Este espaço é primeiramente dedicado à DEUS, à PÁTRIA, à FAMÍLIA e à LIBERDADE. Vamos contar VERDADES e impedir que a esquerda, pela repetição exaustiva de uma mentira, transforme mentiras em VERDADES. Escrevemos para dois leitores: “Ninguém” e “Todo Mundo” * BRASIL Acima de todos! DEUS Acima de tudo!
Os jornalistas dos principais veículos de comunicação
criaram uma espécie de clubinho, de patota onde ninguém solta a mão de
ninguém
Foto: Shutterstock
Não tenho a pretensão de ser um ombudsman da imprensa, mas muito antes de virar um comentarista político eu já era bastante crítico a duas posturas que me incomodam muito na maioria dos jornalistas: o viés ideológico mascarado de imparcialidade e o excessivo corporativismo. É verdade que esse “espírito de corpo” não é exclusividade da imprensa e existe em várias áreas, mas nunca vi nada igual nesse setor.
Os jornalistas dos principais veículos de comunicação criaram uma espécie de clubinho, de patota, de tribo onde ninguém solta a mão de ninguém. Uma vez parte desse clubinho, você será protegido pelos colegas, estará blindado de críticas, até mesmo quando confundir coisas óbvias, como aquilo que está escrito em nossa bandeira nacional.
Você vai receber prêmios que são enaltecidos apenas pelo próprio clubinho, terá afagos constantes no ego, trocando elogios mútuos com seus pares.
O personagem de humor mais famoso das redes sociais, Joaquim Teixeira, resumiu bem: “Para quem não gosta de responsabilidades, eu indico o jornalismo: você pode falar o que quiser e quando é questionado sobre algo é só alegar que foi agredido”.
Ele se referia ao novo ato de vitimização da jornalista Vera Magalhães, que mentiu dizendo que foi agredida pelo deputado Douglas Garcia, alegando que precisou até de escolta para sair do local onde estavam.
As imagens mostram fatos bem distintos: o deputado pode ter sido inconveniente ao cobrar explicações da jornalista naquele momento e daquela forma, mas jamais a atacou.
Já Vera apertou o queixo do deputado, que é negro e gay, e chamou seguranças.
Um colega seu da TV Cultura, Leão Serva, arrancou o telefone da mão do deputado e o arremessou longe, xingando-o de F.D.P. e o mandando para a P.Q.P.Quem foi agressor no caso?
Podemos trocar de personagens num cenário hipotético para deixar mais claro o absurdo. Vamos imaginar que um parlamentar do Psol resolve questionar um “blogueiro bolsonarista” sobre seus ganhos públicos.
Um colega blogueiro arranca seu celular e o arremessa longe, xingando-o e mandando-o para aquele lugar. O parlamentar é negro e gay.
Qual a reação da velha imprensa?Sabemos a resposta a essa pergunta retórica: seria uma histeria sem tamanho contra os jornalistas, não contra o deputado!
Não obstante, todo o clubinho midiático embarcou na narrativa de que Vera Magalhães foi agredida, e o ministro Alexandre de Moraes, o imperador onipresente, chegou a determinar que a “ofensa” do deputado fosse analisada pela procuradoria eleitoral de São Paulo.
O sistema tucanopetista se protege, não é mesmo?
Eu adoraria que alguém me explicasse onde consta a ofensa ou o ataque na simples opinião pessoal de que determinado jornalista representa uma vergonha para o jornalismo nacional…
Eis a triste verdade:esse clubinho corporativista de jornalistas se acha acima do bem e do mal, pois exala empáfia e arrogância com sua visão de que são missionários numa cruzada moral, guias que devem apontar o rumo para o progresso a uma horda de ignorantes e bárbaros — sua própria audiência, formada por um monte de Homer Simpsons, segundo eles. Esses jornalistas jamais aceitariam ser cobrados na mesma moeda em que cobram os outros.
Eles não entenderam que a bolha estourou com as redes sociais. Ou entenderam, e por isso mesmo fazem de tudo para censurá-las.
O antibolsonarismo histérico, seja por viés ideológico ou por corrupção, tem sido a cola que une essa patota corporativista. É assim que uma simples opinião vira “ataque”
Quando há o Congresso em Foco, uma eleição dos melhores parlamentares escolhidos por jornalistas, invariavelmente temos a turma da esquerda radical como preferida. Uma reportagem de Bruna Komarchesqui na Gazeta do Povomostrou estudo que aponta o viés: “Em sua edição mais recente, uma das maiores pesquisas feitas com jornalistas brasileiros mostra que a maioria esmagadora (81%) dos que responderam sobre convicções políticas se declarara de esquerda (52,8%) ou centro-esquerda (29%). Por outro lado, apenas 4% dos jornalistas disseram ter posicionamento mais à direita (sendo 1,4% de direita e 2,5% de centro-direita). Até mesmo os que se identificam como extrema esquerda (2%) superam os que os que se dizem de direita”.
Mas, se você aponta o óbvio, o viés esquerdista da patota, você é recebido com pedras. Eles precisam manter as aparências, afinal, o ideal de isenção e imparcialidade aprendido na faculdade de jornalismo. Eles são JOR-NA-LIS-TAS, não esquerdistas ou militantes. Não importa que todos possam perceber o duplo padrão escancarado de quando entrevistam um petista ou um bolsonarista. Nossa mídia virou partido de oposição, os entrevistadores se acham debatedores quando o “alvo” é de direita, e, quando são cobrados da mesma forma com que cobram os políticos, bancam a vítima e alegam que foram “atacados”.
Não custa lembrar que são os mesmos que dizem que os atos patrióticos pacíficos e ordeiros do 7 de Setembrorepresentam “ataques” às instituições democráticas. Estão todos unidos num esforço conjunto para derrubar Bolsonaro, mesmo que para tanto seja preciso trazer o ladrão de volta à cena do crime.
São“jornalistas” que não se importam quando jornalistas, tratados como “blogueiros bolsonaristas”,são presos pelo arbítrio supremo. São “jornalistas” que pregam a censura a veículos de comunicação independentes e plurais, como a Jovem Pan — que possui mais petistas em seu quadro de comentaristas do que qualquer concorrente possui de conservadores.
A mais nova investida do clubinho foi justamente contra a emissora de rádio que virou TVe faz enorme sucesso por romper com essa “omertà” mafiosa, a espiral de silêncio imposta pelo clubinho.Guilherme Fiuza comentou:“A resistência democrática encontrou seu plano genial: capar a audiência dos Pingos nos Is na internet. Bravo! A censura é a alma da democracia. Ainda assim, considerem a possibilidade de um dia sair do armário. Vocês vão ver como é bonita a vista aqui fora”. Fiuza passou a chamar essa mídia corrompida de “consórcio”, e lamenta profundamente no que se transformou a velha imprensa. Resta a ironia mesmo: “Sobe para 99,9% o índice de jornalistas em transe dispostos a tudo para eleger um ladrão”.
A militância é tão bizarra que esses jornalistas precisam apagar o passado recente. Bolsonaro passou a representar a maior ameaça à liberdade de imprensa, sendo que não moveu uma palha contra o trabalho da mídia, enquanto Lula fala abertamente em controlar a imprensa e, quando esteve no poder, criou o famoso “PIG”, Partido da Imprensa Golpista. Sua tática consistia em ataques machistas e blogs “chapas-brancas” para radicalizar os ataques à imprensa independente.
O antibolsonarismo histérico, seja por viés ideológico ou por corrupção, tem sido a cola que une essa patota corporativista. É assim que uma simples opinião vira“ataque”, enquanto os constantes ataques contra o presidente viram mera opinião — ou pior,“reportagem”. Mas todos fora da bolha notam, e por isso a credibilidade da velha imprensa só faz desabar. Dentro da bolha, porém, ninguém larga a mão de ninguém, e um fica bajulando o outro. É constrangedor…
Militância de redação da extrema-esquerda DEPRIMIDA pelo número exorbitante de pessoas nas ruas. pic.twitter.com/dt1FTatpx1
— Leandro Ruschel
[Rumores....somente rumores..... boatos circulam em Brasília que o senador estridente, o Rodrigues do Amapá, - 'office-boy' dos partidos de esquerda junto ao STF - colocou debaixo do suvaco um pedido de liminar ao STF, para que Bolsonaro fosse proibido de comparecer ao desfile militar de 7 de setembro e que no evento as FF AA não poderiam usar nem a Bandeira Nacional nem qualquer detalhe em verde e amarelo.
Óbvio que o pedido seria negado - só que o Rodrigues fracassou, mais uma vez - não encontrou nenhum ministro do STF no DF.]
A militância zisquerdóide judiciária ultrapassa todos os limites da razão e da sensatez.
“É evidente que hoje a bandeira nacional é utilizada por diversas pessoas como sendo um lado da política, né?”, declarou a tal magistreca gaúcha.
Logo, logo ela vai inventar de tirar o verde-amarelo das camisas das seleções brasileiras de todos os esportes.
Querer proibir que seja exibida a
Bandeira do Brasil,um dos mais sagrados símbolos da nossa pátria,é
coisa mesmo de canhoto descerebrado que não tem amor ao seu país.
Mais um 7 de Setembro. A comemoração oficial, em Brasília, foi diante do Palácio Alvorada com hasteamento da bandeira. Depois, no decorrer do dia, vieram as manifestações pedindo liberdade, pedindo que o Supremo, em especial um ministro do Supremo, cesse as restrições às liberdades, às garantias e direitos fundamentais – como o direito de ir e vir, o direito de opinião e, sobretudo, à liberdade de expressão e o veto à censura, previstos todos na Constituição.
O presidente Jair Bolsonaro, tanto em Brasília quanto na Avenida Paulista (em São Paulo),disse, com o testemunho da multidão, que a partir de agora não serão mais cumpridas ordens que estejam fora da Constituição.Aliás é dever dele, é obrigação dele porque ele jurou no dia da posse cumprir, manter e defender a Constituição – juramento previsto no artigo 78 da mesma que, se ele não cumprir, pode levá-lo a um impeachment.
É uma questão para o Supremo e o ministro Alexandre de Moraes considerar:humildade para reconhecer os problemas desse inquérito do fim do mundo - como chamou o ex-ministro da Corte Marco Aurélio Mello. O Supremo está esticando a corda. Está reagindo à crítica desconhecendo que ele é um poder da República e que todo poder da República (em democracias) está sujeito a crítica. Se houver ameaças - ameaças realmente concretas, que não sejam só saliva - elas têm que ser enquadradas(se tiver injúria, calúnia, difamação, tem código penal para isso) e não ficar sujeitas ao arbítrio de um inquérito em que o próprio ofendido é quem julga, investiga e manda prender.
Ainda nesta terça, um americano que veio ao Brasil para a Conferência de Ação Política Conservadora (Cpac), ex-assessor do presidente Donald Trump, foi detido no aeroporto de Brasília para prestar depoimento. Segundo notícias ele participou de manifestações antidemocráticas no Brasil. Como assim? Ele chegou faz dois, três dias. E nesses últimos dias não houve nenhuma manifestação antidemocrática no Brasil.Houve lá atrás:queimaram a bandeira nacional, quebraram agência bancária, jogaram pedra na polícia, quebraram ponto de ônibus, tocaram fogo em estátua, mas ele não estava aqui naquele momento. Estranho isso.
Público nas manifestações: a grande discussão. Aqui vem a palavra do experiente narrador esportivo Milton Neves: “uma lição antiga do jornalismo é: não brigue com a imagem”. E eu acrescento, quem brigar com a imagem vai perder credibilidade e credibilidade a gente leva anos para recuperar quando perde. Fica feio dizer uma coisa sobre a Avenida Paulista quando a imagem está mostrando outra. Falar sobre Copacabana e a imagem mostra outra coisa, Esplanada dos Ministérios, a imagem mostra outra coisa.
Vale do Anhangabaú (em São Paulo), Torre de Tevê (em Brasília), Centro do Rio de Janeiro - pontos de concentração de manifestações contrárias ao governo nesta terça. Dizer uma coisa e a imagem está mostrando outra. Fica muito feio e tem gente que jogou pá de cal na credibilidade nesta terça. Uma pena.
A mentira do "fique em casa" Outra questão a ser relatada é, como disse o jornalista Cláudio Humberto, a mentira da violência. Pregaram no noticiário que haveria violência para assustar as pessoas, para que ficassem em casa. É o mesmo "fique em casa" do "fecha seu emprego", "perca seu emprego", "toque a sua empresa na falência" que se viu na pandemia, a mesma coisa. E o que se viu não foi nada disso. Foi uma manifestação ordeira, pacífica, patriótica, pela liberdade, sem bandeiras partidárias e que serve de exemplo.
Tomara que no ano que vem, nos 200 anos na Independência, a gente possa repetir uma grande festa cívica, do povo brasileiro, de fortalecimento da democracia, pedindo que todos, sem exceção, cumpram a Constituição brasileira - já que todos sabemos ler, temos acesso à Constituição pelas redes sociais e sabemos muito bem quando há gente que a desrespeita.
'Os ataques à democracia podem ser barulhentos; ao desfilar, podem parecer vistosos, mas não passam de fumaça', disse o ministro
Dantas: "Daí a importância de se velar pela preservação das conquistas democráticas, lembrando à sociedade de suas virtudes e das práticas de um período obscuro que elas suplantaram, evitando, assim, que o cidadão seja vítima das armadilhas de um saudosismo míope e desorientado" Ao analisar nesta quarta a proposta de auditoria do TCU sobre o sistema de votação eletrônica do TSE, o ministro Bruno Dantas fez uma defesa contundente da democracia, diante dos movimentos de Jair Bolsonaro para desacreditar o sistema eleitoral.
“A democracia brasileira nos dias de hoje pode ser comparada metaforicamente a um fino corte, um tecido tramado por aqueles que nos antecederam, a partir de uma delicada e complexa técnica de tecelagem, com milhares de nós e camadas sobrepostas formando um arranjo que chamamos de Instituições, estabelecidas pela Constituição”, disse Dantas. “Esse tecido maleável e flamejante às vezes parece frágil, mas sua estrutura é uma sociedade coesa, representada pela Bandeira Nacional. Qualquer um que a tente rasgar se depara com uma costura resistente, à prova das agressões do que eu chamaria de lâminas do arbítrio”, seguiu o ministro.
[ministro! pedindo todas as vênias possíveis, afirmamos que o pronunciamento do senhor é excelente, cheio de citações, frases de efeito, didático, especialmente para os estudantes de literatura, mas NADA PROVA, NADA MOSTRA sobre a BLINDAGEM TOTAL, por hard e soft das urnas eletrônicas.
O senhor afirma que o sistema é seguro, mas nada apresenta em termos concretos - como o VOTO AUDITÁVEL faz.
Para acreditar no afirmado pelo senhor, que certamente foi passado por alguém, é preciso proceder como se faz com DOGMAS DE FÉ, se acredita e pronto.
E, ao que sabemos só quem pode tornar uma afirmação DOGMA DE FÉ , é Sua Santidade, o Papa, atualmente o Papa Francisco.]
Sem citar o desfile de blindados promovido pelo governo no dia em que o Congresso rejeitou a proposta de voto impresso, o ministro foi duro nas observações. “Os ataques à democracia podem ser barulhentos; ao desfilar, podem parecer vistosos, mas não passam de fumaça: pode ser escura e amedrontadora, mas se dissipa na atmosfera cristalina dos ares democráticos. Blindado é o nosso regime de liberdades, blindados são os nossos valores democráticos, blindado é o nosso plexo de garantias fundamentais, blindado deve ser o nosso compromisso irrenunciável com a Constituição que juramos respeitar, cumprir e fazer cumprir”, disse Dantas.
O ministro, em seu voto, descartou fraudes no sistema eletrônico de voto e garantiu que ele é “plenamente auditável”. “De maneira geral, o resultado da auditoria permite a conclusão de que o atual sistema de votação eletrônica é plenamente auditável, aderente ao arranjo normativo instituído, embora comporte melhorias em termos de comunicação para evitar a desinformação e aumentar a compreensão dos eleitores sobre o processo”, disse Dantas.
Implementar o voto impresso, segundo o trabalho do TCU, levaria a maior “intervenção humana no processo”, o que favoreceria fraudes e falhas. “A equipe de fiscalização conclui que a adoção de mecanismo de impressão de cédulas físicas conferíveis pelo eleitor, além de ser medida excessivamente dispendiosa, incrementa a intervenção humana no processo, e consequentemente deixa a sistemática mais vulnerável a fraudes, erros e manipulações”, disse Dantas. “A impressão e a contagem do voto em papel diminuem a segurança da eleição por diversas razões: o voto pode ser subtraído da urna durante a abertura para recontagem; votos falsos podem ser inseridos, a urna pode ser rasgada, extraviada ou sequestrada, seja no transporte, seja no local de guarda”, segue o ministro.[ministro! temos certeza que o senhor sabe perfeitamente que o VOTO AUDITÁVEL não oferece os riscos acima enumerados. Mas, enganos acontecem e portanto, respeitosamente, sugerimos ao senhor que assista o vídeo abaixo:]
Entenda o VOTO AUDITÁVEL em 3 minutos
“A auditoria deste Tribunal concluiu que o sistema eleitoral brasileiro dispõe de mecanismos de fiscalização que permitem a auditoria da votação eletrônica em todas as suas etapas… Os diversos mecanismos de verificação implementados em atendimento às exigências estabelecidas na Lei 9.504/1997, que estabelece as normas para as eleições, trazem um grau satisfatório de confiabilidade e segurança ao processo eleitoral e que a inexistência de voto impresso no regramento eleitoral brasileiro não compromete a auditabilidade do voto”, segue o ministro.
Ao analisar a desinformação em relação ao sistema eleitoral, propagada pelo bolsonarismo, o ministro chama atenção para a responsabilidade das instituições na preservação da confiança na votação: “No caso das eleições brasileiras, julgo haver uma responsabilidade coletiva das instituições, dos líderes e da sociedade civil na disseminação de informação correta e responsável, essencial para a formação da confiança e harmonia da sociedade”. “Alterar o atual sistema pode significar a transferência da confiança na estabilidade tecnológica para dependência da higidez do resultado quase que integralmente nos mesários, que somam hoje aproximadamente 1,8 milhão de pessoas”, diz Dantas.
“O Tribunal pode afirmar ao eleitor brasileiro, do alto de sua credibilidade, fundamentada em sua experiência na aplicação de métodos consagrados de auditoria, que as urnas eletrônicas são auditáveis e confiáveis”, diz o ministro, encerrando com um pensamento sobre a necessidade de lembrar dos erros do passado nesse momento de discursos golpistas no governo. “Nesse sentido já advertia Alexis de Tocqueville, nas páginas de sua obra clássica ‘Da Democracia na América’, ao registrar que quando ‘o passado não ilumina mais o futuro, o espírito caminha nas trevas’. Daí a importância de se velar pela preservação das conquistas democráticas, lembrando à sociedade de suas virtudes e das práticas de um período obscuro que elas suplantaram, evitando, assim, que o cidadão seja vítima das armadilhas de um saudosismo míope e desorientado. Pois é assim que as liberdades morrem. Com estrondosos aplausos”, disse Dantas.
ATUALIZAÇÃO: O ministro Jorge Oliveira pediu vista.
Quinta-feira
(18) começou com a prisão de Fabrício Queiroz, acabando com a frase
“cadê o Queiroz?”. O ex-assessor estava no sítio do advogado do senador
Flávio Bolsonaro que fica em Atibaia, lugar famoso. Ele
já está no presídio, no Rio de Janeiro, depois de ficar um ano
foragido. A Polícia expediu uma ordem de prisão para a mulher dele
também.Desconfia-se de que entregue uma confissão pronta para Queiroz
assinar para poderem liberar a mulher dele.
O motivo
da prisão foi um suposto envolvimento no esquema de rachadinha no
gabinete de Flávio Bolsonaro, enquanto ele ainda era parlamentar na
Assembleia Legislativa do Rio de Janeiro. Segundo o
Coaf, Fabrício Queiroz movimentou R$ 2 milhões na conta dele, foram
quase 500 depósitos feitos por assessores ligados ao senador. Houve até alguns depósitos na conta da primeira-dama, Michele Bolsonaro. Mas,
essa não é a maior movimentação de esquema rachadinha na Assembleia
Legislativa do Rio de Janeiro. A primeira é do deputado Jorge Picciani e
chega a R$ 478 milhões, a segunda é de uma deputada do PDT com R$ 81
milhões.
Já a terceira maior movimentação é de um
deputado do Solidariedade que soma R$ 50 milhões; a quarta é de um
deputado PSC, de 32 milhões. E só depois de alguns deputados é que vem o
filho 01, que movimentou R$ 2 milhões. Além de
Fabrício Queiroz, Alessandra Esteve também foi alvo de busca e
apreensão. Alessandra ganhou um cargo comissionado de auxiliar
parlamentar no escritório de apoio do senador.
Até
agora eu não ouvi nenhuma palavra dos presidentes da Câmara e do Senado
sobre a quebra de sigilo de deputados e um senador para averiguar se
eles estão financiando manifestações antidemocráticas. Certamente
eles não estão financiando nenhuma manifestação contra a democracia,
porque eles não estão dando dinheiro para aqueles que promoveram fogo na
bandeira nacional, quebra quebra em São Paulo. O lado deles é o oposto,
é o de quem fala.
Agora,
Alexandre de Moraes autorizou um pedido da Procuradoria-Geral da
República para apreender equipamentos do jornal Folha Política, que
existe há sete anos. Chegaram a apreender os computadores do local.
Foi
um empastelamento. Eu lembro que esse termo era muito usado na ditadura
Vargas, mas dessa vez foi por ordem de um ministro do STF. O jornal não
sabe do que está sendo acusado porque a acusação é genérica.
Um
dos termos usados foi “devido processo legal”. Eu gostaria de perguntar
a Temer que é professor de direito Constitucional, e que indicou
Alexandre de Moraes, o que ele tem a dizer sobre isso.
O
ministro Abraham Weintraub saiu do Ministério da Educação. O pedido de
demissão foi uma forma de arrefecer os atritos entre o STF e o Palácio
do Planalto. Weintraub vai para uma diretoria do Banco Mundial.
O
ministro gravou uma declaração ao lado de Bolsonaro mostrando que vai
continuar o apoiando. O presidente agradeceu a participação dele no
governo e aproveitou para falar que vai fazer o que o povo mandar, foi o
que ele combinou durante a campanha eleitoral.
Ficou
valendo aquela frase do Weintraub sobre prender os ministros do Supremo
Tribunal Federal porque, segundo o ministro, eles são vagabundos sendo
que a reunião era para ser secreta? Mas Celso de
Mello não vai ser processado por comparar o Brasil atual a Alemanha
nazista, em uma mensagem que ele mandou para os amigos mais próximos que
tem. Está tudo muito estranho.
A mídia também não
está falando que o STF está tirando a liberdade de imprensa e de
expressão, e provavelmente também não se deu conta disso. Tem aquela
frase que começar assim: “levaram meu vizinho porque ele é judeu, eu não
sou judeu então não dei bola”.
Ela continua com:
“depois levaram meu vizinho do outro lado por ser comunista, eu não sou
comunista e não dei bola. Depois levaram meu vizinho da frente por ser
católico, eu não sou católico e não liguei. Agora estão me levando e eu
não tenho nenhum vizinho para pedir ajuda ”.
Resistir e unir é preciso, mas sem criar pretextos e ambiente favorável a golpistas
A ida às ruas de torcidas organizadas e de grupos pela democracia no
Rio, São Paulo e Curitiba serviu como aperitivo. [grupos pela democracia? baderneiros, ladrões, já representam os favoráveis à democracia? se afirmativo, qual democracia?] E não foi aprovada. A
intenção é boa, o temor com a audácia dos atos golpistas existe e
resistir à escalada contra as instituições é preciso. Mas há que se
considerar a questão da oportunidade e da forma: quem, como, quando,
onde e por que, tal como no jornalismo.
Há que se investigar a possibilidade de infiltrados, de “black blocs”,
no movimento pela democracia para promover vandalismos e confrontos com
as polícias.[a maldita esquerda, os malditos 'black blocs', os malditos infiltrados estão presentes até nas manifestações pacíficas pró Bolsonaro realizadas em Brasília; imagine nas cidades em que sempre encontraram terreno fértil, admiradores e até patrocinadores.]Se você dá um espirro hoje, tem sempre uma câmera ou um
celular por perto, mas não há um só registro do momento em que o ato
pacífico descambou na Avenida Paulista. Com pedrada de manifestante? Ou
com bombas de efeito moral da polícia? A única imagem de infiltração é
daquela bolsonarista com um taco de beisebol (beisebol?!)...
Assim, a união de corintianos e palmeirenses pela democracia, que merece
aplausos, produziu comparações incômodas com atos bolsonaristas. De um
lado, as torcidas com gente parruda e agressiva, vestida de preto e em
ritmo de guerra. [um amontoado de covardes, entendimento convalidado pelo fato de integrarem torcidas organizadas e pela covardia de usarem a força contra famílias.] Do outro, famílias até com crianças usando os símbolos e
cores nacionais (da maioria...), como se estivessem passeando. Imagem é tudo e, nesse confronto, inverteram-se objetivos e percepções.
Afinal, os parrudos de preto defendem a democracia, os princípios, as
boas causas, enquanto as aparentemente inocentes famílias usam a
bandeira nacional contra a democracia, o Supremo e o Congresso.
No dia seguinte aos choques dos novos manifestantes com as polícias dos
governadores João Doria e Wilson Witzel, de oposição, o presidente Jair
Bolsonaro, que confraterniza alegremente e até a cavalo com golpistas em
plena pandemia, chamou de “marginais” e “terroristas” os que passaram a
dividir as ruas com seus apoiadores. [os dois governadores deveriam em vez de estar preocupado com baderneiros que tentam golpear o governo Bolsonaro, estar cumprimento a missão que, a exemplo dos demais alcaides estaduais, receberam do Supremo: combater a pandemia.] Já o vice Hamilton Mourão acusou a
novidade paulista de“baderna” e indagou em artigo no Estadão: “Aonde
querem chegar? A incendiar as ruas do País, como em 2013?”
Quem defende a democracia é “terrorista” e faz “baderna”. Quem prega
golpe contra a democracia é e faz o quê? E, enquanto Bolsonaro e Mourão
condenavam os manifestantes pró-democracia, setores bolsonaristas faziam
uma leitura enviesada do artigo 142 da Constituição para defender o uso
das Forças Armadas contra os Poderes. São movimentos isolados? [voltamos a lembrar que uma hora alguém vai ler o artigo 142 da Constituição em em conjunto com com o artigo 15, 'caput' da LC 97/99 - que foi editada pelo Congresso não para modificar a CF e sim para esclarecer a intenção do legislador ao redigir o atigo 142, da Lei Maior.]
Líderes da saudável resistência de instituições, partidos, entidades e
cidadãos pró-democracia vêm-se declarando contra atos de rua fora por
causa da pandemia. Se os bolsonaristas fazem aglomeração, problema
deles, os pró-democracia são também pró-ciência, isolamento social,
vida. Mas esse não é o argumento principal. O pedido para não disputar as ruas agora tem base mais complexa: a
desigualdade, literalmente, de armas. De um lado, juristas, artistas,
intelectuais e cidadãos se armam com as palavras e manifestos. De outro,
Bolsonaro amplia a munição disponível para a sociedade, enquanto reduz a
fiscalização das armas de civis e milícias; atiça o bolsonarismo contra
governadores, enquanto adula as polícias estaduais – ou seja, deles.
Convém, assim, avaliar o risco de atos contra Bolsonaro provocarem
confrontos desiguais com milícias e polícias e até justificativa para
convocação das Forças Armadas. Vira e mexe, militares e o entorno do
presidente se referem a um cenário de caos social que não interessa a
ninguém, a não ser a golpistas. Líderes responsáveis e do bem têm de desprezar o egocentrismo do
ex-presidente Lula e mobilizar o centro, unir as esquerdas, buscar
alianças com a direita democrática e resistir. [denominem da forma como quiser, podem chamar até de líderes responsáveis, mas o significado é um só: "COVARDIA".
Covardia por faltar motivação justa, legal e moral à causa que poderiam tentar defender - defender pontos de vista que não se sustentam é tarefa difícil - incluindo a tarefa tentar impedir de que um presidente eleito com mais de 57.000.000 de votos, governe.
Por reconhecimento aos dos limites dos que defendem causas absurdas, vazias é que grafamos covardia entre aspas.] Mas sem criar pretextos e
ambiente favorável para golpes defendidos à luz do dia, com estímulo e
empurrão de... vocês sabem de quem.
''Se
alguém posta a intenção de tocar fogo no Supremo ou enfiar outra faca
em Bolsonaro, isso não é notícia falsa - é ameaça, crime previsto no
Código Penal"
Em agosto de 1954, o major-aviador Rubem Vaz, guarda-costa voluntário do
jornalista Carlos Lacerda, foi morto por um tiro no atentado que visava
Lacerda, praticado por integrantes da segurança do presidente Getúlio
Vargas. A Aeronáutica tomou a si a investigação do fato, instalando uma
espécie de tribunal na Base Aérea do Galeão, que entrou para a história
como República do Galeão. A Força Aérea se sentiu agredida, ignorou os
caminhos legais, fez o inquérito e julgou. Dois dias depois, Getúlio se
matou. Não creio que o Supremo de hoje queira se comparar à República do
Galeão, para tirar um presidente. A arma mais persistente já tem 14
meses nas mãos de Alexandre de Moraes, é o inquérito das Fake News.
Ironicamente, essa denominação em si já é uma fake news. Contrariando o Ministério Público desde o tempo de Raquel Dodge, está
embutida na investigação uma intimidatória censura, proibida pela
Constituição, que garante a liberdade de opinião e de expressão.
Injúria, calúnia e difamação são crimes, não fake news. Se alguém posta a
intenção de tocar fogo no Supremo ou enfiar outra faca em Bolsonaro,
isso não é notícia falsa –– é ameaça, crime previsto no Código Penal. E
fake news não são exclusividade das redes sociais, onde, aliás, uma
notícia falsa é detectada e desmentida em minutos. Fake news é
quando um grupo de camisas-pretas, punhos cerrados, com todas as
características de movimento fascista, atacando manifestantes pacíficos a
socos e pontapés. No noticiário é chamado de “antifascista” porque
gritava “democracia”. Quando um grupo arranca do mastro do Palácio
Iguaçu, em Curitiba, a bandeira nacional e a rasga e queima, e é chamado
de antifascista na TV, isso é fake news. [Onde estava a guarda do Palácio Iguaçu que não interviu, usando da força necessária, para evitar que a Bandeira Nacional fosse ultrajada e, por extensão a Pátria que representa?] No próximo dia 10, o
plenário do Supremo vai examinar esse inusitado inquérito que não tem
sequer finalidade clara. Uma outra questão, essa nas mãos de Celso de
Mello, é o pedido de partidos de oposição para quebrar o sigilo do
celular do presidente. Acaba de ser arquivada pelo ministro,depois que o
procurador-geral o ensinou que partido político não é parte legítima
para isso. Também contra o presidente, a insinuação de Sergio Moro de
influência indevida na polícia Federal, mas isso já se diluiu depois da
divulgação do vídeo da reunião ministerial de 22 de abril. Nem Vargas
teve tantas acusações na República do Galeão. Agora, o
ministro Barroso, que assumiu a Justiça Eleitoral, tira da gaveta pedido
de dois candidatos derrotados, Boulos e Marina, para anular o registro
da chapa Bolsonaro-Mourão. Isso cassaria o voto de quase 58 milhões de
eleitores.No primeiro artigo da Constituição, o parágrafo
único que diz que todo poder emana do povo.E isso não é fake news, é a
base da democracia.
Bolsonaro dá sinais de que quer autogolpe, mas falsos democratas só reagem em notas inócua
Em
19 de abril, Dia do Exército, o presidente da República tomou café com
os filhos 01, 02 e 03 e foi ao Quartel-General da Força, à frente do
qual discursou para manifestantes que carregavam cartazes, entre os
quais um clamava: “Intervenção militar já com Bolsonaro”. O ato
reivindicava novo Ato Institucional n.º 5 para fechar o Congresso
Nacional e o Supremo Tribunal Federal (STF). Ali, entre acessos de
tosse, afirmou: “Eu estou aqui porque acredito em vocês”.A Polícia do
Exército garantiu a segurança dos presentes. E nenhum golpista foi preso
em flagrante. [flagrante? de qual crime? a Constituição Federal garante a todos o livre direito de expressão e de reunião.] O procurador-geral da República, Augusto Aras, pediu e o
STF autorizou inquérito para investigar quem organizou, financiou e
compareceu ao ato, mas omitiu o nome dele. Ninguém foi processado e
preso por ter violado a Lei da Segurança Nacional, incorporada à ordem
legal vigente. No dia seguinte, parodiou Luís XIV: “Eu sou a
Constituição”.
Em 30 de abril, proibido de empossar na chefia da
Polícia Federal (PF) Alexandre Ramagem, seu segurança na campanha e
amigo de seu filho 02, por liminar dada pelo ministro do STF Alexandre
de Moraes, Bolsonaro chamou a decisão de “canetada política”, em insulto
inédito de chefe de um Poder a ocupante de outra instituição sediada na
Praça dos Três Poderes. [o ministro Marco Aurélio, do STF, que pode ser acusado de muitas coisas, mas jamais de ser bolsonarista, apresentou projeto de mudança do RISTF de forma a que decisões contra atos do Chefe de qualquer um dos Poderes da República não possam ser monocráticas. - assim, evitando abusos e ofensas.]
Em 3 de maio, profissionais da saúde
protestaram em silêncio naquela praça contra a inércia do governo
federal em relação à pandemia de covid-19. Marluce Gomes fez parte do
grupo de bolsonaristas que reagiu à manifestação e insultou uma de suas
participantes: “Quando a gente sente o cheiro de quem não passou
perfume, a gente entende o tipo de pessoa que você é”. Identificada pelo
Conselho Federal de Enfermagem, ela foi processada. Na terça-feira 5,
ela iria ao cercadinho, que o chefe do governo usa como tribuna de fala
do trono, para homenageá-lo em altos brados. No ataque aos heróis
populares, que, ao contrário do “Mito”, arriscam a vida para enfrentar o
contágio do novo coronavírus, ela teve a companhia de Renan Sena. Este
agrediu um manifestante e é empregado de uma empresa que presta serviços
ao Ministério da Mulher, da Família e dos Direitos Humanos (!), de
Damares Alves, por R$ 20 milhões. O empresário Gustavo Gayer completa o
trio identificado. Não há notícia de que seu idolatrado condottiere os
tenha recriminado.
No dia seguinte, domingo 4 de maio, Sua
Excelência voltou a se dirigir a manifestantes antidemocráticos da rampa
do Palácio do Planalto, símbolo do poder nesta insana República. Mais
uma vez, os golpistas [?] não foram abordados pela polícia, cujo superior
hierárquico é Ibaneis Rocha, advogado trabalhista e governador do
Distrito Federal, que decretou isolamento social e passou um fim de
semana em Maceió (AL) com um grupo de amigos. Uma vez mais, o
procurador-geral da República não incluiu o nome de Jair Messias no
inquérito, autorizado pelo STF.
Na segunda-feira 8 de maio, o
chefe do Poder Executivo arrebanhou um grupo de dirigentes de
associações sindicais de industriais, que compareceu a seu gabinete para
cobrar medidas por ele prometidas três semanas antes à Confederação
Nacional da Indústria para uma saída organizada do isolamento social. Em
vez de lhes dar satisfação, liderou uma caravana até o outro lado da
praça, numa réplica da Marcha sobre Roma, com que Benito Mussolini
instalou a ditadura fascista na Itália, em 1922. Foi recebido pelo
amigão Dias Toffoli na presidência do STF e este lhe avisou que a
responsabilidade sobre o pedido dos empresários era do presidente da
República, e não da Justiça. A invasão da cúpula do Judiciário foi
transmitida ao vivo em live em rede social.
Ontem, por decisão do
decano do STF, Celso de Mello, autoridades e advogados representando o
presidente da República, a PGR, a PF, o STF e o ex-ministro da Justiça
Sergio Moro viram o vídeo de uma reunião do tal Conselho de Governo, com
30 membros, como parte do inquérito aberto a partir de acusações que o
ex-auxiliar lhe havia feito ao pedir demissão. Não faltam vexames: o
presidente ameaçando o ex-ministro de demissão, o ministro da (falta de)
Educação insultando as homenageadas no domingo 10 pelos membros do STF,
o chanceler acusando a China de ter usado o novo “comunavírus” para
dominar o mundo e o chefão de todos cobrando de Moro não ter falsificado
o atestado de óbito de um agente da Polícia Rodoviária Federal morto
por covid-19.
Sua obsessão em debochar da pandemia chegou ao
extremo de anunciar um churrasco no sábado 9 de maio, quando o total
oficial de óbitos ultrapassou 10 mil. E depois dizer que foi um anúncio
fake para desmoralizar repórteres“idiotas”. E passeou de jet ski no
Lago Paranoá, enquanto a princesa Sofia, da Suécia, atendia pacientes de
covid-19 num hospital em Estocolmo.
Apavorada, a Nação pergunta
até quando falsos pais da Pátria, que deviam defender o Estado de
Direito com fatos, vão se abrigar em notas oficiais inócuas, enquanto
ele inspira canalhas que chutam ataúdes e desonram a Bandeira Nacional
hasteada a meio mastro em luto [oportuno apontar o óbvio: o hasteamento da Bandeira Nacional no Congresso foi uma solidariedade política, falsa:
afinal, foram os senadores que moveram ação para cassar decisão de juiz federal que havia autorizado o bloqueio dos recursos dos Fundos Eleitoral e Partidário - R$ 3.000.000.000,00 - ,para que fossem usados no combate à pandemia.] pelas vítimas de um genocida ignorante,
perverso e insensível.
O Brasil sempre foi o lugar das grandes promessas, maiores reservas florestais, infindáveis mananciais de rios, lagos e terras cultiváveis. Celeiro do mundo. Cinturão verde da terra. Campeão na produção de carne bovina, suína e de aves. Líder nas commodities que alimentam o planeta — café, soja e milho dentre elas.
Detentor das principais fontes d’água mineral existentes. Varrido por um solo abundante em ouro e minérios diversos. A Nação abençoada por Deus, onde se plantando tudo dá. Enfim, o País do futuro, a grande potência de riquezas naturais na face da terra. Não faltaram epítetos. Mas como todo celeiro de prosperidade que se preze, o Brasil padecia de atitudes e visões coloniais que o impediam do pleno aproveitamento de tamanhas oportunidades. Na prática e objetivamente, nunca, em tempo algum, soube monetizar adequadamente seus atributos. Fechou acordos míopes e limitados com parceiros vizinhos. Jamais imaginou conquistar firmemente as longínquas e rentáveis praças mais distantes de seu território. Deixou de atuar com a estatura que lhe era devida, digna das reservas que ostentava e ostenta. O Brasil de dimensões geográficas continentais não passava, no plano comercial, de uma gota no oceano das transações globais, com índices de exportação e importação ínfimos, representando uma fração mínima do todo. Com esses números risíveis, insignificantes no comparativo, o mercado a dominar seguia gigantesco, embora parecesse inalcançável.
Essa realidade está prestes a mudar. No mais promissor e histórico acordo jamais fechado com parceiros do primeiro mundo, o Brasil liderou um entendimento entre os blocos do Mercosul e da União Europeiacapaz de rentabilizar em bilhões de dólares, da noite para o dia, indústria, comércio e serviços. É, na prática, a maior conquista do governo Bolsonaro em sua tenra trajetória de seis meses de gestão e se converte também, automaticamente, na sua principal bandeira daqui para frente. O entendimento teve início há 20 anos. Arrastou-se, desandou, foi congelado. O mérito da equipe que desembarcou no Japão para a reunião anual do G-20 e saiu de lá com o contrato assinado debaixo do braço foi o de ter percebido a oportunidade e o senso de diplomacia necessário, com ações na medida adequada, cedendo em exigências diversas, para alcançar o objetivo. A união dessas duas forças continentais, por si só, é extraordinária, eloquente em números nunca antes vistos por essas paragens.
Juntos, os dois blocos colocarão à disposição cerca de 800 milhões de consumidores, que atualmente geram resultados da ordem de US$ 17 trilhões ou 25% do PIB mundial. Numa conta rasteira e superficial, chegou-se à conclusão de que o Brasil diretamente poderá capitalizar mais de US$ 125 bilhões adicionais em exportações diretamente lastreadas no acordo. O PIB, em dez anos, terá um incremento de US$ 87,5 bilhões. Os investimentos, em 15 anos, subirão US$ 113 bilhões, nas estimativas mais conservadoras. Os resultados, em se tratando do bloco em gestação, são todos eloquentes. Ao longo da próxima década as tarifas irão decrescendo até chegarem à zero em diversos produtos da cesta de produção. O impacto de uma notícia como essa do acordo pode ser capaz de produzir um círculo virtuoso de oferta e demanda sem precedentes em prazo quase imediato. Europeus já estão revendo procedimentos e o Brasil, a partir de um entendimento entre Executivo e Legislativo, deveria pensar em fazer o mesmo.
O quanto antes. Para o cidadão comum, está se falando em vantagens que vão da geração de empregos a uma maior capacidade de compra com a moeda real, passando pela oportunidade de aquisição de bens a preços mais baratos. O Brasil, como Nação com um leque diversificado de mercadorias a ofertar, se credencia ao clube dos desenvolvidos e passa a jogar, de pronto, no tabuleiro dos grandes players internacionais. Não é pouca coisa. O clima de expectativas mais favoráveis atrai investimentos. Empreendedores novos. E consolida um ambiente de confiança no futuro. A competitividade das mercadorias é outra área palpável de ganhos. Empresas terão de enfrentar uma enorme transformação nesse sentido para se adequar. No cômputo geral do que foi trazido daqueles dias de negociações no G-20, a histórica assinatura do acordo é mais do que um passo adiante. Em tempo algum o cenário no plano internacional se mostrou tão promissor.
Enquanto Bolsonaro gera crises, generais executam uma política clara de ocupação de espaços
A queda estrondosa do ministro Gustavo Bebianno e a confirmação de que o
Brasil vive a era da“filhocracia”reforçam uma tendência clara: quanto
mais o presidente Jair Bolsonaro tropeça nos próprios pés, mais os
militares se aprumam, ganham poder e se infiltram em todos os setores do
governo, não mais apenas em áreas fortes do Exército, como a
infraestrutura, mas até em política externa, educação e meio ambiente.
Ao anunciar nesta semana o fim da Superintendência do Ibama no DF e a
substituição de exatamente todos os demais 26 superintendentes
estaduais, o ministro do Meio Ambiente, Ricardo Salles, tem um objetivo
muito claro: substituir pelo menos 20 deles por militares. “Não se pode brincar com isso, os superintendentes é que concedem
licenças e alvarás e eu não sou obrigado a conhecer gente confiável em
todos os Estados, no Amapá, no Acre, em tantos lugares em que nunca
fui”, diz Salles.
Ele pediu ajuda ao Ministério da Defesa e aos generais do entorno de
Bolsonaro para sugerir nomes. Como os militares têm boa formação e se
aposentam cedo, como coronéis e capitães, não é difícil encontrar mão de
obra. Eles, aliás, já ocupam cargos-chave no ministério de Salles,
inclusive a chefia de gabinete.No caso da Educação, houve até quem sonhasse em ter um general no MEC,
mas a ideia não vingou porque a reação poderia ser de surpresa,
primeiro, e de confronto, depois. Mas o que não falta no governo é gente
enaltecendo os colégios e institutos militares, que de fato são de
excelência, e articulando um processo de longo prazo para militarizar o
ensino público. [um dos melhores ministros do MEC foi o general Rubem Ludwig; Outro ponto que precisa ser ajustado é a decisão absurda da USP ao rejeitar alunos oriundos dos colégios militares do Exército, invocando dois argumentos absurdos, imorais mesmo: - que os colégios militares não são escolas públicas; - que receber alunos dos colégios militares prejudica os cotistas - temos que torcer para que os filhos do presidente Bolsonaro deixem o pai trabalhar e logo esse imoral e inconstitucional sistema de cotas seja extirpado do Brasil.
Para a USP, que pretende ser a 'universidade dos cotistas' (quando deveria envidar todos os esforços para a meritocracia) os alunos dos colégios militares ocupam vagas dos cotistas.]
A experiência-piloto pode ser no Distrito Federal, onde o governador
Ibaneis Rocha criou por portaria a “gestão compartilhada” das escolas,
entre as secretarias da Educação e da Segurança, e assim empurrar
policiais militares e bombeiros da reserva para 40 escolas até o fim do
ano. Isso implica “mais disciplina”, com Hino Nacional todo dia, alunos
de fardas e marchando. [o hasteamento da Bandeira Nacional não pode ser esquecido; o governador Ibaneis acertou bem com a politica da militarização das escolas do DF, que tem quer estendida para pelo menos metade das escolas públicas do DF e para todo o Brasil.]
Assustados com a violência que grassa no DF – quanto mais violenta a
região, mais violenta a escola –, pais e mães até se animam com a ideia,
mas os pedagogos, assustados, argumentam que “militarização” das
escolas é muito diferente de policiamento ostensivo para garantir a
segurança de alunos e professores. [esses pedagogos que ficam 'assustados' com a presença da polícia, devem ter sólidas razões para tanto: provavelmente são adeptos de uma cheiradinha ou de uma fumaça.
Onde já se viu pessoas de bem terem medo da Polícia? Quem não gosta da presença da Polícia são os bandidos. Aluno, pai de aluno e professor que for contra a presença da Polícia precisa ser investigado.]
Aliás, fica uma dúvida: se o presidente da República pode usar chinelo e
camiseta de time de futebol em reunião com ministros, com foto
distribuída publicamente, por que alunos têm de vestir fardas, as
meninas precisam andar de coque e os meninos de cabelo curto? [dúvida sem sentido, impertinente, visto que: enquadrando os alunos vestindo farda, meninos com cabelos cortados curto, padrão militar, e meninas usando coque (evitando certos penteados horrorosos que são liberados atualmente), respeitando os Símbolos da Pátria, a disciplina surgirá, a violência será reduzida.
Para conhecimento dos nossos dois leitores: - uma menina no DF, adolescente, aluna de escola pública, seguindo a regra que muitos defendem - meninos e meninas com liberdade para fazer o que quiserem- decidiu usar 'piercing', tudo maravilhoso, só complicou quando infeccionou o local da colocação do acessório, e a garota está paraplégica, usando cadeira de rodas e com poucas chances de recuperação.]
Os generais que cercam (em vários sentidos) Bolsonaro no Planalto também
têm posições muito claras sobre política externa e agem para o fim das
maluquices e a volta do pragmatismo. Se combatem a “esquerdização” do
Itamaraty após a era Lula, eles também não gostaram dos excessos do
chanceler Ernesto Araújo para o outro lado e trataram de reequilibrar as
coisas.
Enquanto recebiam representantes da China e do mundo árabe para amenizar
o mal-estar causado pelo novo governo, também amansavam o próprio
Araújo, que foi escolhido por Eduardo Bolsonaro, o 02 do presidente, e
agora parou de escrev
er aquelas excentricidades. Ele parece bem mais
razoável ao vivo do que por escrito.
Por fim, foram os generais Hamilton Mourão, Augusto Heleno e Santos Cruz
que se investiram de uma função política ao tentar – inutilmente, aliás
– apagar o incêndio que está torrando o ministro Gustavo Bebianno, um
dos dois únicos civis com algum poder no Planalto de Bolsonaro. O outro é
Onyx Lorenzoni. Ele que se cuide, enquanto Paulo Guedes, Rodrigo Maia e
Davi Alcolumbre se blindam da crise e tocam o que interessa: a reforma
da Previdência e a recuperação da economia.
O capitão não pode ficar preso a discursos de campanha, exige-se dele coragem de decidir
[importante ter presente que o combate ao PT e a toda a esquerda tem que estar sempre presente, visto que o partido perda total e a esquerda representam o mal que tem que ser combatido sempre, sempre.]
O discurso do presidente Jair Bolsonaro em sua posse foi coerente com
suas posturas de candidato. Retomou suas teses centrais, formuladas no
calor da disputa eleitoral, como se, agora, pudessem simplesmente servir
como orientações de governo. Uma coisa é a campanha, com suas
necessidades retóricas, voltadas para o convencimento do cidadão, outra,
muito diferente, reside nas ideias concretas de governar.
O candidato conseguiu articular em torno de si tanto sentimentos difusos
e setoriais da sociedade quanto posturas focadas em dizer não ao
petismo e ao politicamente correto, identificado com concepções de
esquerda. O combate ao PT foi a sua grande bandeira, fazendo ver à
opinião pública a sua responsabilidade pelo descalabro fiscal, pelo
desemprego, pela ideologização da educação, pela criminalidade
desenfreada e pela corrupção generalizada.Foi, nesse sentido, imensamente favorecido pela escolha eleitoral
petista, que preferiu, ao arrepio da verdade, tornar Lula um perseguido
político, quando não passa de um criminoso já julgado e condenado em
várias instâncias. Em vez de reconhecer a corrupção em seus governos,
optou por se esconder, não assumindo a própria culpa. Poderia ter-se
aberto um novo caminho!
Tampouco foi de valia permanecer no discurso inverossímil do “golpe”,
quando a Constituição foi fielmente obedecida, até mesmo com o
beneplácito de ministros do Supremo que haviam sido escolhidos pelos
ex-presidentes Lula e Dilma. A corroborar sua ausência de visão, deu-se
ao luxo de não comparecer à posse do novo presidente, numa atitude de
não reconhecimento do resultado das eleições e das regras mesmas do jogo
democrático. Pode-se dizer que o PT facilitou a vida do candidato
Bolsonaro. Este, certamente, agradece!
Acontece que o antipetismo, ao aglutinar diferentes formas de oposição e
de descontentamento, terminou por agrupar interesses os mais diversos,
alguns abertamente contraditórios entre si. De modo geral, pode-se falar
de conservadores e liberais, defensores da ordem e da segurança,
partidários da livre-iniciativa e de uma economia concorrencial de
mercado, e assim por diante. Conservadores nos costumes e na educação,
por exemplo, sinalizam para os valores da família, da religião e da
pátria, podendo ou não ser favoráveis a uma economia de livre mercado.
Liberais na economia podem ser radicalmente avessos aos conservadores,
advogando por uma liberdade generalizada.
A base eleitoral do agora presidente Bolsonaro conseguiu reunir essas
diferentes posições, o que fez seu discurso de posse procurar dar
satisfação a todas. Em certo sentido, pode-se dizer que o caráter
abstrato e genérico de suas formulações foi consoante com os diferentes
interesses que abriga em seu seio. Ao procurar atender todos, pouco foi
dito sobre o modo concreto desse atendimento, o que certamente agradará a
alguns e desagradará a outros.A sociedade brasileira reconhece-se em seu novo governante, cuja vitória
não deixa margem nenhuma a dúvidas. Cansou-se do palavreado político em
geral, sobretudo quando constata, em seu cotidiano, uma criminalidade
galopante. Pessoas querem simplesmente caminhar tranquilas pelas ruas,
sem ser assaltadas ou assassinadas. Para elas, bandidos devem estar na
prisão e as leis devem ser implacavelmente aplicadas.
O reconhecimento
nacional da Lava Jato é uma prova disso.
Não tolera o desemprego, fruto
de uma economia emperrada e atravessada por interesses corporativistas,
embora a reversão da curva já tenha sido empreendida pelo governo Temer.
O povo quer um Estado que funcione, atendendo os mais carentes e a
classe média em geral com serviços de saúde e educação consoantes com os
impostos arrecadados. Muito se paga ao Estado e pouco se recebe dele em
retribuição. Em troca, assiste ao deplorável espetáculo de estamentos
estatais usufruindo privilégios e advogando em causa própria por
aumentos salariais, quando outros, na base, nada recebem. Pode-se dizer
que a sociedade se cansou dos privilégios usufruídos por uma minoria que
desconhece o interesse geral.
Bolsonaro soube muito bem capitalizar
para si esse sentimento generalizado. Contudo a fase da expressão política popular dá agora lugar à de
governar, fazer opções, desagradar e realizar a necessária transformação
do País. Governar não é agir numa reunião aleatória de interesses
divergentes, mas ver além deles em benefício de um todo mais abrangente,
o Brasil. O atendimento de diferentes interesses particulares não
significa resolver os problemas prementes do País. As virtudes de um
candidato não coincidem necessariamente com as virtudes de um governante
ou de um estadista.
As últimas décadas foram, sobretudo, marcadas por um forte viés
distributivista, como se a função do Estado fosse simplesmente
redistribuir a riqueza segundo os anseios particulares dos governantes
de plantão. A questão da produção de riquezas foi, em boa medida,
relegada, salvo, nestes últimos anos, na política de responsabilidade
fiscal do governo Temer. O novo presidente, por sua vez, deverá contrapor-se a essa tendência
distributivista da sociedade brasileira, o que certamente terminará por
acarretar o descontentamento dos que se sentirem prejudicados. Deverá
ver o Brasil do amanhã, e não somente o das urgências do dia presente.
Dele será exigida a coragem de decidir, de mudar o Brasil.
Para tanto não poderá ficar preso a seus discursos de campanha. Valores
religiosos não são de valia para a condução da economia, por mais que
tenham validade em outras esferas da vida humana. O País exige o que o
próprio presidente chamou de “reformas estruturantes”, dentre as quais a
mais importante é a reforma da Previdência. Sem ela o Brasil soçobrará.
Com ela a Bandeira Nacional não voltará a ser vermelha!
Denis Lerrer Rosenfield -Professor de filosofia na UFRGS