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terça-feira, 3 de novembro de 2020

Eleições americanas definirão parte do futuro global - Trump prepara batalha judicial em eleição histórica

Valor Econômico

Trump prepara batalha judicial em eleição histórica. .

O modelo de democracia no Ocidente foi o dos Estados Unidos, até Donald Trump. Como um aspirante a ditador de quinta categoria, Trump não acredita que alguém possa vencê-lo em uma eleição e não pretende entregar o poder a quem ganhar nas urnas. Ele ameaça uma histórica chicana eleitoral, colocando em xeque os fundamentos da democracia americana.

Há enorme tolerância nos EUA para presidentes medíocres - a maioria deles não escaparia a essa classificação. Trump, pior do que isso, foge à regra. Mentiroso compulsivo, tentou desmontar, em alguns casos com sucesso, tudo que seu país fez nos últimos 50 anos nas arenas internacional e doméstica. Politicamente desastroso, escondeu fraudes pessoais. Reportagens recentes mostraram-no mais como um fanfarrão incompetente e endividado do que o empresário bem-sucedido que sua propaganda vende.

A reeleição de Trump começou a ruir a partir do momento em que algo imprescindível foi exigido dele: comando. A pandemia do novo coronavírus, que desdenhou, pode merecidamente retirá-lo do cargo que nunca deveria ter ocupado. Não há nada que tenha feito em seu governo que mereça ser lembrado. Até feitos de que se gaba na economia, por exemplo, foram legados por antecessores, e os impulsos próprios, como o abatimento de impostos aos mais ricos, de nada serviram aos propósitos que visou: aumentar os investimentos no país. Eles diminuíram.

O democrata Joe Biden está a caminho da vitória, e lidera, por margem variável, a maioria dos Estados que não são fiéis a nenhum partido, os “swing states”, que decidem as eleições. Há tempos Trump tem preparado cambalachos para evitar a derrota. Ameaçou cortar verbas da Ucrânia se o presidente do país não investigasse supostos atos de corrupção do filho de Biden. Abandonou a trilha após um processo de impeachment do qual escapou graças aos republicanos de boa vontade - todos.

O colapso da economia com a pandemia, na qual os EUA são líderes em infectados e mortes, mostrou que Trump foi um dos piores presidentes a enfrentá-la e pode ter arruinado a tolerância dos americanos para com um presidente alienado e cheio de si. Prestes a ser destronado, Trump se preparou para um litígio judicial em grande estilo. Nomeou às pressas uma candidata para vaga na Suprema Corte, Amy Barrett, aprovada por um Senado de maioria republicana, deslocando o pêndulo judicial para causas conservadoras (maioria de 6 a 3). Amy, John Roberts e Brett Kawanaugh, outra indicação de Trump, trabalharam juntos no time de George Bush na contestação judicial de votos em 2000 na Flórida, que deu a vitória aos republicanos contra o eleito pelo voto popular, Al Gore.[o voto popular, nos Estados Unidos, elege os delegados do colégio eleitoral,  que elege o presidente da República.

E, no Colégio Eleitoral George Bush foi eleito.]

As eleições americanas definirão parte do futuro global. Governantes populistas e autoritários, que se inspiram nas bazófias de Trump, podem se fortalecer ou sumir na poeira da história dependendo do resultado. Trump, um realista, manobra com táticas provincianas. A pandemia levou os eleitores a enviar seus votos pelos correios, um fato que o presidente usou para vilipendiar como fraude democrata para derrotá-lo ilegalmente.

Pesquisas apontaram que 70% dos votos por via postal vieram de democratas, [coincidência ou fraude?] enquanto que metade dos republicanos colocará seus votos nas urnas. Como não há estrutura para atender com rapidez a enxurrada nunca vista de sufrágios pelos correios - a maior parte dos 93 milhões já enviados - há centenas de pedidos judiciais republicanos para invalidar os votos que não cheguem às autoridades eleitorais até amanhã. [medida cabível, devido que os votos começaram a ser enviados para os eleitores no inicio de outubro, permitindo o envio antecipado. A não definição sobre a data limite, deixa as portas abertas para prorrogar por tempo indefinido a contagem de votos.

Das duas uma: ou se estabelece a data das eleições - hoje, 3 novembro 2020 - como data limite para receber votos via postal, ou se anula todos os votos enviados via postal, a partir de 3 de novembro.] 

Suspeito é considerar válidos os votos que chegarem o que Como os votos presenciais são na maioria republicanos, serão contados antes e Trump já disse que pretende anunciar sua vitória tão cedo quanto possível, e armar um inferno judicial para a contagem posterior. Com isso, o resultado levará semanas até ser oficialmente proclamado.

Trump é um dos piores presidentes americanos de todos os tempos. Nada do que disse que faria deu certo, embora tenha satisfeito sua base de empresários e banqueiros bilionários, para quem baixou impostos. A promessa de mais empregos na indústria e revigoração do parque manufatureiro do país naufragou com uma política protecionista insustentável. Sua batalha contra a China favoreceu Pequim, enquanto seus ataques aos antigos aliados enfraqueceram os Estados Unidos. Apenas seu narcisismo o impede de ver seus retumbantes fracassos, que, ao que tudo indica, as urnas consagrarão com uma mensagem de adeus - isenta de saudades.

Opinião - Valor Econômico - 3 novembro 2020


domingo, 2 de setembro de 2018

Fachin é um fanfarrão; já teve a oportunidade de votar em favor de Lula segundo as leis brasileiras; não o fez; agora, inventa moda

Edson Fachin é um fanfarrão. Ele teve a chance de conceder habeas corpus a Lula. Não o fez. Mandou ao plenário e votou contra. É relator de um Recurso Extraordinária, com pedido de liminar, suspendendo os efeitos da condenação — o que inclui tirar Lula da órbita da Ficha Limpa — e não decide nada.

Agora resolve subordinar o Poder Judiciário do Brasil ao Comitê de Direitos Humanos da ONU.
Eis o nosso Supremo.
Eis o Supremo que PT nomeou. [oportuno destacar que o PT só nomeou o atual Supremo devido a maioria estúpida do eleitorado brasileiro ter eleito por duas vezes integrantes daquela organização criminosa - nos referimos ao pt = PERDA TOTAL.
O direito ao exercício do voto fosse limitado a pessoas com mais algum esclarecimento, muito provavelmente, a tragédia não teria ocorrido.

O título eleitoral deveria ser um documento a ser concedido apenas a pessoas aprovadas em testes específicos = algo tipo o que é feito para obtenção da CNH.

O mais bizarro no comportamento do ministro 180º é que quando veste a toga de ministro do STF, a toga reservada aos 'supremos' - que deve ter diferenças em relação a utilizada pelos 'superiores', tem posição totalmente contrária.

Será interessante se o recurso (mais um par ao perda total perder) que o PT pretende impetrar junto ao Supremo for ao Plenário e Fachin votar exatamente o contrário do que votou no TSE.]

Blog do Reinaldo Azevedo



segunda-feira, 6 de novembro de 2017

Fux, candidatura de Lula e desejo de cassar o povo e pôr em seu lugar juízes e membros do MPF

Ministro do Supremo fala bobagens em penca em entrevista à Folha e demonstra que está cansado do povo; ele quer juízes, procuradores e promotores como únicos eleitores do país

O ministro Luiz Fux, do Supremo, é um fanfarrão, em sentido lato, estrito e derivado. O que nele pretende passar por corajoso — salvo suas eventuais habilidades como faixa preta de jiu-jítsu; já se deu mal tentando aplicá-las — se traduz na suposta ousadia das ideias. Ocorre que o ousado não é; tampouco vejo ali coragem intelectual. Ele se mostra mesmo é confuso e expressa uma forma muito frequente de covardia nestes tempos: a subserviência ao alarido das redes sociais.

Toga de juiz tem de ser imune a megafone, a fofoca e a vagas de opinião. E entendo que a de Fux não é. Suas heterodoxias são incompatíveis com seu papel. E, sim, em entrevista à Folha, publicada no domingo, diz uma besteira múltipla sobre a eventual candidatura de Lula à Presidência. Explicarei por que múltipla. Foi só a bobagem mais barulhenta, mas não a única. Voltarei a ele em outro post. “Como um jornalista se atreve a falar assim de um ministro do Supremo?” Submeto a minha leitura à apreciação de advogados e juristas. Eles poderão dizer, então, se o fanfarrão sou eu.

Afirmou Fux, também ele, a exemplo de Roberto Barroso ao atacar Gilmar Mendes, tentando fazer uma embaixadinha para a galera antilulista das redes: Ora, se o presidente é afastado, não tem muito sentido que um candidato que já tem uma denúncia recebida concorra ao cargo. Ele se elege, assume e depois é afastado? E pode um candidato denunciado concorrer, ser eleito, à luz dos valores republicanos, do princípio da moralidade das eleições, previstos na Constituição? Eu não estou concluindo. Mas são perguntas que vão se colocar.

Começo pela saborosíssima questão dos tais “valores republicanos” e do “princípio da moralidade”. Para os heterodoxos como Fux e Barroso, esses termos têm justificado a parceria com o capeta. Porque veem aí a chance de se comportar como juízes da própria Constituição. Foi assim que Barroso levou a Primeira Turma a, na prática, tornar legal o aborto provocado até o terceiro mês de gestação; esse foi o caminho empregado para tentar aplicar a um senador uma punição que não está prevista na Constituição. Apelam-se a abstrações para proferir votos “contra legem”, contra a letra explícita da Constituição.

Eu, por exemplo, acho que agride “valores republicanos” e o princípio “da moralidade” um candidato a ministro do STF se encontrar com então figurões da República petista para cabalar votos, como Fux fez com José Dirceu e João Paulo Cunha. Esses dois pilares da decência também são abalados quando, ao tratar de um futuro julgamento (no caso, do mensalão), esse pretendente a uma vaga na corte promete que “mata no peito” a questão.

Mais agredidos eles são quando o doutor, já indicado, resolve, em agradecimento, beijar os pés da primeira-dama do Estado do Rio — Adriana Ancelmo, mulher do à época governador do Estado, Sérgio Cabral. Os valores republicanos e a moralidade não ficaram gratos ao ministro quando ele, explicitamente, buscou votos para que sua filha, Marianna Fux, fosse nomeada desembargadora do Tribunal de Justiça do Rio, na vaga do quinto constitucional, ocupada por advogados.

O ministro também não deu chance ao republicanismo e à moralidade quando cedeu ao lobby da OAB e destroçou as regras para pagamento de precatórios, sendo obrigado a recuar depois, passando o ridículo de ter de conceder liminar contra o seu próprio voto. E também não tinha os dois princípios na ponta da língua quando estendeu, por meio de liminar, o auxílio moradia para 17 mil juízes e 13 mil membros do MPF, o que custa aos cofres mais de R$ 1 bilhão por ano.

Assim, no campo da moralidade e do republicanismo, doutor Fux tem, quando menos, um passado recente a ser debatido, não? Mas atenção! Não serei eu a dizer aqui: “Já que o doutor não parece um fiel seguidos desses credos, então que os desrespeitemos todos…” Nada disso. Eu quero debater leis, não o moralismo tosco que diverte os tolos e enterra a moral. Vamos ao que diz a lei.

Volto a Lula
Estabelece o Parágrafo 1º do Artigo 86 da Constituição que:
O Presidente ficará suspenso de suas funções:
I – nas infrações penais comuns, se recebida a denúncia ou queixa-crime pelo Supremo Tribunal Federal;
II – nos crimes de responsabilidade, após a instauração do processo pelo Senado Federal.
No que diz respeito a Lula, não cabe discutir o Inciso II. Vamos nos ater ao I, que é aquele que interessa. Para que o Supremo, que é última instância, não primeira, faça réu um presidente por crime comum, é preciso que a denúncia oferecida pela Procuradoria Geral da República tenha contado com a anuência de pelo menos dois terços da Câmara. Ainda assim, cumpre lembrar: a Casa autoriza o tribunal a examinar a questão. A maioria do pleno pode simplesmente recusá-la.

Entenderam? Para que o presidente seja afastado, é preciso que haja pelo menos dois votos de colegiado ou três, se quiserem considerar a Comissão Especial: os dois primeiros — comissão e plenário da Câmara — são políticos. Não basta: vem depois o crivo jurídico, que ainda não é palavra final. Se o STF decidir acatar a denúncia, ainda não se trata de condenação — e, até que não seja julgado, tem-se um “presidente afastado”, não um ex-presidente.
Comparem isso com a decisão monocrática, de um homem só, tomada por um juiz de primeira instância.

E voltemos à sua fala. Diz ele: Ora, se o presidente é afastado, não tem muito sentido que um candidato que já tem uma denúncia recebida concorra ao cargo.” Notem que ele nem mesmo diz “candidato condenado”. Não! Bastaria a denúncia! Ora, por esse critério, os estimados 150 milhões de eleitores em 2018 seriam substituídos pelos 17 mil juízes e 13 mil membros do Ministério Público. Para sanear as eleições, estes ofereceriam toda denúncia que julgassem procedente e aqueles, por princípio, aceitariam.  Teríamos uma democracia comandada pela autocracia da toga.

Mas, é claro, a conversa torta de Fux encontra eco nos dias que correm, não?
Mas pensemos mais. Quando a lei da Ficha Limpa, apesar de todos as maluquices que lá vai, estabelece a inelegibilidade a partir da condenação em segunda instância, está buscando, ao menos, a opinião de um colegiado. Entende-se que é orientação que emana daquele Inciso I do Artigo 86. Decisão recente do Supremo, que exclui da linha sucessória ainda que temporária, presidente da Câmara ou do Senado considerou a aceitação da denúncia como elemento de exclusão, não o simples oferecimento da dita-cuja pelo MPF.

Se Lula for condenado em segunda instância no caso do apartamento de Guarujá, e acho que ele vai, ainda que inexistam as provas — e elas não existem, destaco —, estará inelegível pela Lei da Ficha Limpa. E ponto. O PT promete recorrer ao TSE, num primeiro momento; se o fizer, a questão acabará no STF. Dada decisão recente, não menos absurda, que resolveu pela aplicabilidade da lei antes mesmo de sua existência (!!!), o que tem potencial para alterar até coisa julgada, o petista certamente seria malsucedido. O partido certamente levará a questão até o fim porque, ao assim decidir, estará fazendo campanha eleitoral. Mas a chance de ser bem-sucedida é inferior a zero.

Se e quando isso acontecer, espero que Fux, que está no TSE — e deve presidi-lo a partir de setembro do ano que vem; antes dele, a partir de fevereiro, será Rosa Weber (como num antigo roquinho de Léo Jaime, às vezes, “a vida não presta”… —, se declare impedido de votar. Afinal, ele já está antecipando um voto sobre coisa que será ainda julgada. E, coitado!, ele o faz de modo todo atrapalhado. Ofende, ademais, também a filosofia do direito, o seu saber essencial. Por quê?

Notem: aquele presidente usado por Fux como exemplo já foi, por óbvio, eleito e só terá a pena — a perda do mandato — se for condenado em sentença irrecorrível porque dada pela última instância. Fux, mais uma vez, quer punição preventiva, sem julgamento ou sem garantir ao punido ao menos o duplo grau de jurisdição, como prevê a Convenção Americana de Direitos Humanos (Pacto de San José da Costa Rica). Bastaria um procurador ou promotor acordar invocado e fazer uma denúncia. Se o doutor juiz também estiver invocado, ele aceita. Pena antecipada: inelegibilidade. E se a denúncia, depois, for arquivada? Que pena, né?

É o que Fux entende por republicanismo e moralidade.
Ah, sim, todos sabem: penso que uma eventual eleição de Lula, que considero remota por questões judiciais (hoje ao menos, é o que faria a maioria do eleitorado, infelizmente), seria péssima para o país. Seu simples favoritismo já é nefasto. Mas isso não me impede de apontar as imposturas de tipos como Fux. O lulismo corrói valores que considero essências da política e tem de ser combatido com a política e com a polícia quando necessário. Mas dentro da Constituição e das leis. E o ministro está longe de ser o modelo ao qual se ajusta o Estado Democrático e de Direito.

Transcrito: Blog Reinaldo de Azevedo


domingo, 25 de junho de 2017

Lula conta os dias de liberdade

Começou a contagem regressiva da primeira de uma série de condenações do “comandante supremo”, o desbragado faroleiro petista Lula, grande “chefe da quadrilha”, conforme denúncia dos procuradores federais. Na prática, ao pé da letra da lei, a corrupção do ex-presidente está fartamente evidenciada por provas documentais e testemunhais. Nem é necessário verificar a propriedade em seu nome do referido tríplex, alvo do processo em análise.


Lula, o presidiário, passando o tempo, 'medindo' a passadas, pela centésima milésima vez,  o tamanho da cela

A simples e elementar demonstração de benfeitorias e modificações feitas no imóvel a seu pedido ou de sua família, como gratidão por préstimos, conforme relato dos empresários corruptores, já configuraria o crime. O empreiteiro Leo Pinheiro reiterou. Os fornecedores da obra idem. Os papéis de opção da compra rasurados foram parar na sua casa. Mas Lula seguiu fazendo cara de paisagem. Atribuiu à falecida esposa Marisa a explicação necessária pelo toma-lá-dá-cá. Nem corou de vergonha. Em compensação, soou banal e risível a desculpa com ares de lorota dos representantes legais de Lula, tentando imputar à Caixa Econômica a posse do comprometedor tríplex.

Alternativa logo desmentida pela instituição. Pouco importa! Não cabem mais tantas baboseiras e absurdos lançados pelo esquadrão do ex-presidente numa única ação com o objetivo de procrastinar, a qualquer custo, a sentença inevitável. Seguem na lista interminável de vantagens angariadas por Lula não apenas o apê, como o sítio, a remuneração milionária por palestras, a compra de terreno, a ajuda a parentes, a estocagem de bens, os desvios e caixa dois para campanhas eleitorais e um sem-número de delitos ainda não julgados.

Réu em cinco processos, o cacique do PT ainda arrota soberba. Diz que só ele e seu partido podem ensinar a como combater a corrupção. Distribui ditirambos. Tripudia de autoridades: “Se eles não me prenderem logo, eu é que vou prender eles”. E dá “lições” de indignação reclamando que “a desgraça tomou conta do País” desde que o PT deixou o poder. Um mestre do embuste, fanfarrão em decadência, hoje ele é levado a sério apenas por seguidores fanatizados que na sua fé cega exercitam a negação da bandidagem praticada sob as próprias fuças. Lula se regozija.

A recente mudança de foco e ataques para Temer, dada através da delação do empresário encalacrado Joesley Batista, serviu sob medida para proteger, ao menos temporariamente, o verdadeiro capo di tutti capi. A colaboração prestimosa do dono da Friboi virou piada corrente. Como “Dom” Lula, que comandou por 13 anos os desígnios nefastos do País teria perdido o trono de malversações para o infante mandatário Temer com menos de um ano de poder? Só nas mirabolantes e mal intencionadas versões de Joesley isso seria possível.

A conveniente transferência de status atende ao intento de obliterar investigações, especialmente sobre o BNDES que generosamente, nos tempos de Lula e Dilma, incensou a fulgurante trajetória do grupo dos irmãos Batista, entrando inclusive como sócio nas empreitadas. Os comparsas se protegem e atacam. Criaram uma grande pantomima para escamotear os acertos de coxia e desfiam mentiras que não param em pé.

Joesley informa apenas dois encontros com o cacique do PT. Lhe atribui menções vagas, como a da responsabilidade por institucionalizar a corrupção. Mas não lhe confere qualquer conversa “não republicana”. A condução oportunista de seus relatos é constrangedora. Lula, salvaguardado, tenta reacender o mito do herói dos pobres, ungido por desígnios sagrados, acima do bem e do mal – e de qualquer imputação de penas por erros que eventualmente tenha cometido. Tarde demais. Ele já está no patíbulo à mercê dos julgadores. Deverá, no mínimo, ficar inelegível pela Lei da Ficha Limpa. Ou mofar na cadeia.

Fonte: Editorial - IstoÉ - José Carlos Marques

sábado, 8 de abril de 2017

Lula, o fanfarrão

As fanfarrices de Lula

O ex-presidente Lula agora faz proselitismo em horário nobre de TV. Diz que a economia piorou depois que o PT saiu do poder e que tudo pode voltar às mil maravilhas – se o Partido (claro!) recuperar o controle do Planalto. Quem ainda pode acreditar nas lorotas desse senhor, réu em cinco processos, metido num emaranhado inominável de esquemas, que não cansa de cometer atentados aos fatos em prol de uma ambição desmedida? Com a cara mais lavada do mundo, mirada solene, tal qual um restaurador da ordem, cabelos meticulosamente para trás, cada fio em seu lugar, vestindo terno de fino corte, Lula aparece na telinha para exercer o conhecido apego a falácias no intuito de convencer incautos. 


Alardeia um mundo de fantasias, de programas de educação e saúde que redundaram em rotundos fracassos, com estouros de verbas e pífios resultados, aqui e ali resvalando na corrupção. Vangloria-se da criação de mais de 22 milhões de empregos na era petista (de onde ele tirou esse número?) quando, na prática, o rastro de destruição deixado pela agremiação gerou um saldo de quase 13 milhões de desempregados. Vende exuberância e prosperidade. Abusa de demagogias populistas. Escora-se na propaganda e marketing pessoal, mesmo para tapear, como a alma do negócio. Ele nem toca no assunto dos erros que levaram à pior e mais longa temporada de recessão de nossa história.

No conjunto, Lula e Dilma, durante mais de 13 anos, erigiram uma máquina de desperdício, inépcia e ineficiência. Como dar lições de moral com esse currículo? É bom revisitar sistematicamente as chagas abertas nas gestões do PT, para nunca esquecer. De sua lava saíram o Mensalão”, o “Petrolão”, o aparelhamento sindical do Estado com apaniguados e inexperientes compadres a consumir recursos e saúde das empresas estatais. Quebraram quase tudo. Inviabilizaram as contas da União. Saquearam a riqueza dos brasileiros. Ninguém quer o retorno a esses tempos de tragédia. Qualquer pessoa minimamente informada sente a virada de expectativas desde a recente troca de comando em Brasília. Mas Lula não se cansa de pintar com imagens mais sutis, mais benevolentes e menos reais, os feitos petistas. 

Se esquece, ou desconsidera propositalmente, que a inflação só começou a cair após a deposição da pupila Dilma. Que os investimentos estão, aos poucos, retornando. Bem como a produção industrial, o financiamento em conta, os juros civilizados, os gastos públicos disciplinados no limite do orçamento. Não precisa ir longe para recordar a marcha da insensatez na qual nos metemos. Em apenas dez meses de lá para cá, mudaram os indicadores, as decisões e planos monetários, os objetivos de governo que hoje luta por reformas estruturais para consertar os estragos deixados e os vícios de origem. 

Lula ataca as reformas – especialmente a da Previdência – no intuito de sabotar o Brasil. Não pensa no que é melhor para o País. Apenas nele mesmo e em suas costuras eleitorais. Atalho para (quem sabe!) livrá-lo das punições da Justiça. O ex-presidente posa de paladino, de “salvador da pátria”, em um figurino surrado e de baixo crédito. Fala o que lhe dá na telha. Como, aliás, sempre fez, sem medir consequências. E articula as peças do seu tabuleiro em proveito próprio. Repetiu a tática mais uma vez há poucos dias na escolha do candidato a presidir o Partido. O cacique estava mais propenso pela senadora paranaense Gleisi Hoffmann e tentou dissuadir o ex-líder estudantil carioca, Lindbergh Farias, a desistir da pretensão. Sem sucesso. Abriu um racha nas bases. Nada que o lulopetismo não seja capaz de contornar. Tarefa, com certeza, menos inglória do que a de convencer milhões de brasileiros de suas boas intenções numa eventual volta ao governo.

Fonte: Editorial - Carlos José Marques - Diretor Editorial

 

domingo, 6 de novembro de 2016

DONALD TRUMP: o MELHOR para os Estados Unidos - sua adversária = um ZERO à esquerda

Donald Trump é uma síntese do que os americanos têm de pior e representa tudo que os faz odiados pelo mundo, até republicanos reconhecem. Sua cara, sua fala, seus valores, seu estilo de vida, sua arrogância, sua ignorância e seu topete são a mais completa tradução do que eles chamam de white trash (lixo branco), o oposto ofensivo de nigger para os pretos.

O pior é que ele parece representar um modelo vitorioso para o americano médio, para as multidões anônimas do Centro-Oeste, para a autossuficiência provinciana que acredita que os Estados Unidos são o centro do mundo. Gente que trabalha de 9 às 5, tem dois carros na garagem, só assiste o telejornal local, não liga para as notícias nacionais e internacionais, passa logo para o beisebol ou um reality show. Como cantava Michael Jackson, “they don’t care about us”, eles não ligam para nós, o resto do mundo.

O pior exemplo é o presidente George W. Bush, que foi eleito com 52 anos e nunca tinha saído dos Estados Unidos, com exceção de uma curta viagem ao México, sabe Deus para quê, quando era jovem e tinha problemas com álcool e cocaína. Nunca teve curiosidade de conhecer Londres, Tóquio, Roma ou Paris. O Texas lhe bastava.


Diante de Trump, Bush é um intelectual, um estadista. Trump acha que o mundo está dividido entre vencedores e perdedores, que os americanos são superiores aos outros, que um país deve ser administrado como uma empresa, que os ricos devem pagar menos impostos, que o México deve construir um muro na fronteira, que Arábia Saudita, Israel, Japão e Europa devem pagar pelo apoio militar americano... e os pobres que se danem.

Os maiores eleitores de Trump são o ódio aos políticos, e Hillary Clinton, que, embora muito mais preparada, durante 30 anos construiu a imagem de uma política dura, ambiciosa e prepotente, apaixonada pelo poder e capaz de suportar qualquer humilhação, como a pior síntese americana da “empoderada”. Ou da nasty woman (nojenta), segundo Trump.

Fonte: O Globo - Nelson Motta