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sábado, 12 de junho de 2021

Carrefour fecha acordo na Justiça de R$ 115 milhões para ações de combate ao racismo após morte de João Alberto

O Globo

Segundo o Ministério Público, trata-se do maior Termo de Ajustamento de Conduta destinados a políticas de reparação e promoção de igualdade racial no Brasil 

O Carrefour assinou um Termo de Ajustamento de Conduta (TAC), no valor de R$ 115 milhões, na noite desta sexta-feira, em relação à morte de João Alberto Silveira Freitas, homem negro assassinado em uma unidade da rede, em Porto Alegre, em novembro do ano passado.
[admitimos uma certa dificuldade no entendimento de onde entra a motivação de reparação e promoção de igualdade racial no Brasil; ao que foi  apurado a morte não ocorreu por racismo ou desigualdade racial - o desentendimento que resultou na luta corporal entre João Alberto e integrantes da segurança do hipermercado Carrefour não teve como motivação ser ele um homem negro, ou ser inferior ou superior racialmente aos demais envolvidos.
João Alberto, que tinha uma movimentada  folha corrida, foi ao supermercado, desentendeu-se com os seguranças, houve a luta corporal, os seguranças se excederam na contenção dos ânimos, com o resultado morte.
Uma vida humana não tem preço, mas se constata na presente situação que uma indústria de indenizações sustentada por alegações de racismo cresce no Brasil
Além dos milhões pagos pelo Carrefour para ser usado em políticas de reparação e promoção de igualdade racial, a esposa da vítima recebeu uma indenização, que se João Alberto vivesse mais 50 anos (tinha quarenta) ganhando um salário mínimo e meio por mês, entregasse tudo para ela não alcançaria o montante da indenização. 
Além do mais, foram firmados acordos com pai, irmã, filhos, enteados, neta = de tudo se conclui que, lamentavelmente, a ambição desmedida na busca por indenizações fez com que a morte de João Alberto propiciasse aos seus parentes beneficios que vivo ele não propiciaria.]

O dinheiro vai ser destinado para políticas de enfrentamento ao racismo. Seis pessoas ainda respondem pelo crime na Justiça. Relembre detalhes do caso ao fim da reportagem.  O acordo foi firmado com o Ministério Público do Estado do Rio Grande do Sul (MPRS), o Ministério Público Federal (MPF), Ministério Público do Trabalho (MPT), Defensoria Pública do Estado do Rio Grande do Sul (DPE-RS), Defensoria Pública da União (DPU) e as entidades Educafro – Educação e Cidadania de Afrodescendentes e Carentes e Centro Santo Dias de Direitos Humanos.

(.........) 

No final de maio, a viúva de João Alberto aceitou a proposta de indenização feita pelo Carrefour. Segundo o advogado de Milena Borges Alves, o valor pago pelo hipermercado é superior a R$ 1 milhão. Milena estava com o marido no supermercado. A rede de supermercados já firmou acordos com quatro filhos, a enteada, a neta, a irmã e o pai de João Alberto.

 Em O Globo - MATÉRIA COMPLETA
 

terça-feira, 30 de junho de 2020

A crise continua - Eliane Cantanhêde

O Estado de S.Paulo

Bolsonaro mantém Decotelli em nome de seus 42 anos de vida pública, mas até quando?

A erosão do “robusto currículo” do professor Carlos Alberto Decotelli dá raiva, pena e, principalmente, medo da disputa reaberta no Planalto para fazer o novo ministro da Educação depois do inusitado Vélez Rodríguez, do inqualificável Abraham Weintraub e do constrangedor Decotelli. A ala militar, que indicou o doutor que não é doutor, está envergonhada. A ala ideológica, dos filhos do presidente, está esfregando as mãos, gulosa. E o Centrão, vai desperdiçar essa chance?

As chances de Decotelli permanecer ministro pareciam ter ruído junto com o seu currículo, já que a tese de mestrado na FGV é acusada de fraude, o título de doutor na Argentina não existe e o pós-doutorado na Alemanha foi uma um devaneio – não há pós-doutorado sem doutorado. O presidente Jair Bolsonaro, porém, decidiu prestigiar “o lastro acadêmico e sua experiência de gestor”, em detrimento de “problemas formais de currículo”. Por enquanto, Decotelli fica. Até quando?

O único item do currículo que fica em pé é o curso de Administração na Universidade Estadual do Rio (Uerj), o que poderia ser suficiente para a posse no MEC. O problema é inventar títulos e ser acusado de plágio, um vexame inominável para ele próprio e um constrangimento desnecessário para Bolsonaro, que, induzido ao erro, publicou nas redes sociais o currículo cheio de buracos. Assim como ele, a mídia também.

Bastaram os repórteres vasculharem daqui e dali para descobrir esses buracos. Por que a Agência Brasileira de Inteligência (Abin) não fez o seu trabalho de filtro? Ou displicência, ou a checagem de nomes é só ideológica, ou a decisão foi tão rápida pelo presidente que não deu tempo de consultar o GSI/Abin. A terceira hipótese faz mais sentido. Bolsonaro tinha pressa para indicar um nome, porque a “ala ideológica” – leia-se: os filhos e assessores fascinados pelo tal guru da Virgínia – não queria perder a vaga. A “ala militar” agiu rápido e o presidente assinou a nomeação.

O fato é que Bolsonaro não dá a mínima para o ministério e para a própria Educação, fundamentais em qualquer lugar do mundo e ainda mais no Brasil, onde o problema maior, o problema-mãe, é a desigualdade social. Como criar uma grande nação com uma parcela tão grande da população excluída, sem chance de um lugar ao sol. Como salvar a Educação, garantir o futuro das crianças pobres? Com Vélez, Weintraub, Decotelli, ideologias fajutas, currículos fraudulentos? E esse drama não acabou. Pobre MEC, pobre Educação, pobres crianças pobres.

E por que a “pena”, ao lado de raiva e medo no primeiro parágrafo? Decotelli é um professor negro, respeitado no meio acadêmico, com perfil técnico, e foi muito bem recebido depois de dois traumas sucessivos no MEC. Num momento de mobilizações nos Estados Unidos e no mundo democrático pela igualdade racial, ele seria o primeiro negro num governo que tem na Fundação Palmares Sergio Camargo, um negro que nega o racismo no Brasil. Logo, Decotelli tinha tudo a ver. Mas não resiste aos fatos.

O professor deu estranhas versões ontem ao presidente e à mídia, dizendo que o plágio na tese de mestrado na FGV foi porque “leu demais” e que sua tese de mestrado foi reprovada por ser “muito profunda”, o que remete a uma comparação injusta, mas que acaba surgindo, com o mentiroso advogado Frederick Wassef. Haja cara de pau! O que fica é tristeza, desencanto, constrangimento, vergonha. Decotelli parecia uma grande referência e exemplo, mas foi virando uma grande decepção e constrangimento. O presidente anuncia que ele fica, mas, como tudo o que é ruim sempre pode piorar, não convém desprezar a hipótese de um terceiro “olavista” no nosso MEC.

Eliane Cantanhêde, jornalista - O Estado de S. Paulo


segunda-feira, 17 de fevereiro de 2020

Não se enganem: nada disso é normal - Míriam Leitão

O Globo
Há quem prefira o autoengano. O governo hostiliza a imprensa, e o filho do presidente dá sequência a uma difamação sexista contra uma jornalista, da tribuna da Câmara. O presidente se cerca de militares da ativa. O ministro da Economia ofende grupos sociais. A Educação está sob o comando de um despreparado. Alguns ministros vivem em permanente delírio ideológico. Os indígenas são ameaçados pelo desmonte da Funai e pelo lobby da mineração e do ruralismo atrasado. Livros são censurados nos estados. A cultura é atacada. Há quem ache que o país não está diante do risco à democracia, apenas vive as agruras de um governo ruim. E existem os que consideram que o importante é a economia.

Existe mesmo uma diferença entre governo ruim e ameaça à democracia, mas, no caso, nós vivemos os dois problemas. As instituições funcionam mal até pela dificuldade de reagir a todos os absurdos que ocorrem simultaneamente. Quando um tribunal superior decide que uma pessoa que ofende [sic]  os negros pode ocupar um cargo criado para a promoção da igualdade racial, é a Justiça que está funcionando mal. O Procurador-Geral da República, desde que assumiu, tem atuado como se fosse um braço do Executivo. O Supremo Tribunal Federal (STF) parece às vezes perdido no redemoinho de suas divergências.

 
[O Brasil em que dizem que nada é normal, é um País em que uma decisão do Superior Tribunal de Justiça é criticada de forma negativa. Motivo: a decisão não foi nos moldes que os censores da esquerda esperavam.  
 
Normalidade para eles só vale se as coisas forem assim:
- decisões da Justiça, ainda que impliquem em cerceamento do Poder Constitucional do presidente da República,  deverão seguir o maldito 'politicamente correto' = um clichê - se é político, não pode se correto.
- estudantes na fase fundamental dos estudos devem ter acessos a obras 'culturais' nos moldes de 'macunaíma';
- militares da ativa, exercendo funções civis, é considerado militarização do governo;
- qualquer ministro, vale também para qualquer membro da equipe do presidente Bolsonaro, devem  em qualquer manifestação que emitirem, ter em conta  que a mesma será interpretada e sempre da forma mais desfavorável ao emitente e, por extensão, ao presidente;
- o ministro da Educação ter que ter a sabedoria de um Einstein, somada a de Aristóteles, Darwin e outros, apesar de sua função ser apenas a de coordenação da política educacional, cujo preparo cabe a vários asessores.
E, por aí vai... querem pautar o procurador-geral da República, o Suremo Tribunal Federal... é esta a normalidade que querem impor.

A calúnia contra a jornalista Patrícia Campos Mello, da “Folha de S.Paulo”, foi cometida dentro do Congresso Nacional. O depoente de uma CPI praticou o crime diante dos parlamentares. Um deles, filho do presidente, reafirmou a acusação sexista. É mais um ataque à imprensa, num tempo em que este é o esporte favorito do presidente. Mas é também uma demonstração prática dos problemas do país. Alguém se sente livre para mentir e caluniar usando o espaço de uma comissão da Câmara e é apoiado por um parlamentar.

Não é normal que um general da ativa, chefe do Estado Maior do Exército, ocupe a Casa Civil, nem que o Planalto tenha apenas ministros militares e dois deles da ativa. Não é bom para as próprias Forças Armadas. Essa simbiose com o governo seria ruim em qualquer administração, mas é muito pior quando o chefe do Executivo cria conflitos com grupos da sociedade, divide a nação, faz constante exaltação do autoritarismo e apresenta projetos que ofendem direitos constitucionais. As Forças Armadas são instituições do Estado, com a obrigação de manter e proteger a Constituição. Deveriam preservar sua capacidade de diálogo com todo o país, neste momento de tão aguda fratura. O trauma da ruptura institucional comandada por generais é recente demais.

Não é normal que um governo estadual se sinta no direito de retirar das mãos de estudantes livros clássicos, um deles escrito pelo mestre maior da nossa literatura. A leitura de “Memórias Póstumas de Brás Cubas”, do genial Machado de Assis, precisa ser estimulada e não proibida. É tão despropositada a ideia de colocar livros em um índex que muitos reagem apenas com incredulidade e desprezo. O obscurantismo, a censura, o retrocesso são graves demais.[lembrem-se: este parágrafo omite que entre aquelas obras, estava macunaíma.]

A economia nunca poderá ir bem num país enfermo. Não há uma bolha em que se possa isolá-la. Mesmo se houvesse essa capacidade de separação da realidade, é preciso entender que a economia não está nada bem. Se no mercado financeiro, se alguns líderes empresariais querem vender esse otimismo falso é porque têm interesses específicos. A verdade, que bons empresários e economistas lúcidos sabem, é que o mercado de trabalho exclui um número exorbitante de brasileiros, o país ainda tem déficit em suas contas, a alta excessiva do dólar cria distorções e a incerteza tem aumentado.

A crise econômica foi herdada por este governo, [o essencial, o que realmente importa, é que aos poucos - não na velocidade desejada, impossível de ser alcançada devido o desastre da economia herdade - as coisas estão melhorando, apesar da hostilidade de um Congresso e que é muitas vezes referendada pelo Judiciário.]  mas ele está cometendo o erro de subestimar os desafios. O ambiente de conflito constante com diversos grupos da sociedade, provocado pelo governo, esse clima de estresse permanente, não é bom para quem faz projetos de longo prazo no país. Quando o cenário de ruptura tem que ser considerado, os investidores se afastam. uem prefere o autoengano pode viver melhor no presente, mas deixa de ver os avisos antecedentes do perigo e, portanto, não se prepara para enfrentá-lo. Manter a consciência dos riscos é a atitude mais sensata em época tão difícil quanto a atual. Nada do que tem nos acontecido é normal.
 
Não se enganem: nada disso é normal
 
Míriam Leitão, colunista - Com  Alvaro Gribel, de São Paulo - O Globo


 


Com Alvaro Gribel (de São Paulo)

sábado, 3 de outubro de 2015

Dilma Rousseff consegue envelhecer o novo - chama de reforma do estado o que não passa de uma reles negociação para garantir por mais algumas semanas sua permanência no cargo

Dilma faz o que dizia ser 'escândalo', e envelhece o novo

A presidente Dilma Rousseff conseguiu envelhecer o novo. Apresentou como reforma do estado o que é, na verdade, a negociação de apoio à sua permanência no cargo. 

Defendeu como administração da coalizão o que foi mais um evento do lamentável toma-lá-dá-cá. E, de quebra, entrou em nova contradição com o que dizia na campanha.  Vale a pena ver de novo o que ela disse há pouco mais de um ano, no dia 15 de setembro de 2014, diante da declaração feita pelos candidatos Marina Silva e Aécio Neves de que era preciso reduzir o número de ministérios. “Acho um verdadeiro escândalo querer acabar com ministério. Tem gente querendo reduzir ministérios. Vocês podem saber os ministérios que eles querem reduzir. Um deles é o da Igualdade Racial, o outro é o que luta em defesa da mulher. O outro é de Direitos Humanos. E tem um ministério que eu criei e eles estão querendo acabar que é o da micro e pequena empresa.”

A redução de ministérios tem vantagens, claro, porque o gigantesco gabinete da presidente só servia para gastos excessivos e para ministros continuarem batendo cabeça. Era o caso da Secretaria de Assuntos Estratégicos que, por falta do que fazer ou por temperamento do ministro, invadia área de outras pastas. É lógico que é bom ter essa visão estratégica dentro do Planejamento. A redução significará corte de gastos, apesar de ela não ter reconhecido isso durante a campanha. Dilma usou também o tema para constranger os outros candidatos, e hoje diz que o faz em nome da modernização do estado.

Se a redução é bem-vinda, a forma e o objetivo da mudança anunciada nesta sexta-feira são o que há de mais antigo e deplorável na política brasileira. Ela perdeu a chance de fazer uma verdadeira reforma quando anunciou ministros sem qualificação para os cargos que ocuparão, ligados a caciques que estão sob a mira da lei, ou ligadas a práticas que precisam ser abandonadas.

A presidente afirmou que o governo é de coalizão e ela precisa governar com as forças que a apoiam. É verdade. Disse que é preciso estabilidade política. E é verdade. Mas o momento em que esse discurso de renovação e estabilidade se perde é quando chegam os nomes — e as sombras por trás dos nomes. Neste momento, deixa de ser a natural administração da coalizão de governo, para ser um mero balcão de negócios.

Fonte: Coluna da Míriam Leitão 

sexta-feira, 2 de outubro de 2015

Eduardo Cunha não aceita se rebaixar e ser ministro do governo Dilma e indica preposto

Dilma define nomes do PMDB e dará ministério a 'pau-mandado' de Cunha

Celso Pansera (PMDB-RJ), aliado do presidente da Câmara, assumirá Ciência e Tecnologia; Marcelo Castro (PMDB-PI), relator da reforma política, substituirá Chioro na Saúde 

[Cunha certamente não é honesto nem deve ser indicado como modelo de probidade; mas, em um governo em que Renan Calheiros dá sustentação a presidente de araque, Lula faz lobby para empreiteiras, Dirceu foi quase primeiro ministro, temos que concordar que Cunha não está entre os mil mais desonestos e sua presença é útil para o desmonte do governo petralha.]
A presidente Dilma Rousseff fechou nesta quinta-feira os ministérios reservados ao PMDB na reforma administrativa que será anunciada amanhã. O deputado Marcelo Castro (PMDB-PI) vai para o Ministério da Saúde, e o deputado Celso Pansera (PMDB-RJ), para o Ministério da Ciência e Tecnologia. A decisão foi informada ao líder do PMDB na Câmara, Leonardo Picciani, após reunião com Dilma. As duas pastas são da cota da bancada do PMDB na Câmara. Hélder Barbalho, atual ministro da Pesca, vai para Portos. O ministro Eliseu Padilha continuará na Aviação Civil, Kátia Abreu, na Agricultura, Henrique Alves, no Turismo, e Eduardo Braga se mantém no Ministério de Minas e Energia.
 
O ministro Miguel Rossetto (Secretaria Geral), por sua vez, assumirá o Ministério do Trabalho e Previdência.O atual ministro Carlos Gabas (Previdência) será secretário nacional dessa área e o ex-presidente da Central Única dos Trabalhadores (CUT) José Feijó, secretário nacional do Trabalho. Atualmente Feijó é assessor especial de Rossetto. A presidente Dilma desistiu de fundir o Ministério do Desenvolvimento Social nessa estrutura.

Reforma ministerial

No fim da tarde de hoje, Dilma chamou ao seu gabinete no o ministro Eliseu Padilha para fazer um último apelo para que ele aceitasse ser transferido para a Ciência e Tecnologia, liberando sua atual pasta para a bancada do PMDB na Câmara. Padilha não aceitou a oferta, e Dilma definiu então mantê-lo onde está. [imaginem a moral que Dilma tem: quer trocar um  ministro, suplica para que ele aceite a troca, ele recusa e ela desiste e fica tudo ao gosto do ministro.]

Durante a tarde, Dilma conversou com o vice Michel Temer. A presidente disse que faria a proposta a Padilha e que se não prosperasse, pediria, então, ao líder do PMDB na Câmara, Leonardo Picciani, o nome de um deputado para a Ciência e Tecnologia. Após receber Padilha, a presidente se reuniu com Picciani, que foi ao Planalto acompanhado dos deputados Celso Pansera (PMDB-RJ) e Marcelo Castro (PMDB-PI).

A presidente também recebeu em seu gabinete à noite o presidente do PDT, Carlos Lupi, e o líder da bancada na Câmara, André Figueiredo (CE), para oficializar o convite para que o parlamentar assuma o Ministério das Comunicações. Com isso, o PDT deixa o Ministério do Trabalho, que vinha sendo conduzido por Manoel Dias, que deixa a Esplanada. O Ministério do Trabalho se fundirá com Previdência e Desenvolvimento Social. O anúncio da reforma ministerial está marcado para esta sexta-feira às 10h30, no Palácio do Planalto. A própria presidente fará o anúncio com todos os ministros envolvidos presentes.

LÍDERES DISCUTEM POR MINISTÉRIO
Mais cedo, Picciani e o líder do PMDB no Senado, Eunício Oliveira (CE), entraram em confronto direto sobre os ministérios reservados ao partido. Eunício disse nesta quinta-feira que a pasta dos Portos foi oferecida pela presidente ao atual ministro da Pesca, Helder Barbalho desde a semana passada. Em resposta, Picciani (RJ) afirmou que a presidente prometeu à bancada de deputados os ministérios da Saúde e de Portos. Picciani disse que as divergências são uma tentativa de “tumultuar” a reforma ministerial. O impasse foi resolvido por pressão do grupo ligado ao vice-presidente que conseguiu indicar Hélder Barbalho para a vaga.

Além das divergências internas do PMDB, Dilma também terá que arbitrar uma disputa dentro do PT pelo comando do ministério que reunirá as atuais secretarias das Mulheres, Igualdade Racial e Direitos Humanos. [tudo indica que o novo ministério ficará com a Benedita da Silva e o nome será: Ministérios dos Assuntos Inúteis.] 
As deputadas Benedita da Silva (RJ) e Moema Gramacho (BA) estão em campanha para assumir o comando da nova pasta.

Fonte: O Globo 

quinta-feira, 17 de setembro de 2015

Igualdade Racial, Mulheres e Direitos Humanos serão mantidos na reforma - ministérios que até hoje ninguém sabe para que servem

Dilma mantém Mulheres, Igualdade Racial e Direitos Humanos em reforma

Dilma deve preservar as pastas das Mulheres, da Igualdade Racial e dos Direitos Humanos.  A economia de extingui-las seria pífia e o desgaste muito grande.

Ao sinalizar que reduziria o número de ministérios, Dilma deixou aberta a possibilidade de fundir as três pastas em uma só. Depois sinalizou que as manteria com status de ministérios. O martelo agora foi praticamente batido.  [são três inutilidades que poderiam ser  fundidas em um subsetor, subordinado à uma subseção, vinculado a um vice-departamento, subordinado ao departamento de conveniências políticas da subsecretaria de políticas secundárias.
Tudo funcionando em uma única sala no subsolo de algum ministério e ninguém daria pela fato.
Vale lembrar que a ministra chefe da tal secretaria das Mulheres é uma aborteira = assassina de seres humanos inocentes e indefesos = sendo conhecida pela alcunha de 'vó do aborto'.] 

Dilma assume articulação no Senado para manter vetos de pauta-bomba

 [Dilma não consegue nem articular as palavras, imagine fazendo articulação política. Já perdeu.]

Tête-à-tête A presidente Dilma Rousseff decidiu assumir pessoalmente a articulação da votação do que o governo considera a primeira batalha por sua permanência no cargo: a manutenção dos vetos a itens da pauta-bomba. O Planalto decidiu centrar esforços no Senado, onde considera mais fácil evitar derrotas. A presidente pediu à sua equipe de articulação política uma lista com pontos pendentes das negociações com os senadores da base e vai procurar um por um para resolver a questão.

Todas as fichas Um interlocutor da petista resume a importância com que o governo está vendo a votação prevista para a próxima semana: “Se perder, acabou tudo”.

Troco 1 Líderes da articulação pró-impeachment pretendem também iniciar um contato individual com deputados de partidos sem posição definida. Acreditam que o governo deve avançar em breve sobre o grupo.

Troco 2 Um dos deputados à frente da conspiração brinca com a possibilidade de ação do Planalto: “Nós também temos a caneta na mão: 20 ministérios e 11 mil cargos comissionados livres assim que assumirmos o governo”.

Refundação A bancada do PMDB na Câmara fez chegar a Dilma que a única maneira de manter parte do grupo afastada da ideia de impeachment é entregar uma pasta de peso a uma indicação dos deputados na reforma prevista para quarta-feira.

Fonte: UOL/Notícias 
 

terça-feira, 1 de setembro de 2015

Dilma desmente Dilma



Um governo que tomou tudo dos brasileiros. Um partido que saqueou as contas públicas aparelhando o Estado com um “sindicato de ladrões, como bem definiu o ministro do Supremo, Gilmar Mendes.
 
Uma presidente que implodiu com a economia e praticou mirabolantes pedaladas fiscais para esconder seus erros. Uma administração que tem inúmeros atos investigados pelo Tribunal de Contas da União (TCU) e pelo Tribunal Superior Eleitoral (TSE), que podem cassar o mandato ou levar ao impeachment. Aliados e tesoureiros presos. Um oceano de provas sobre esquemas fraudulentos. Desvios de estatais. Doações ilegais em campanha. Negociatas de cargos e verbas para garantir apoio. O enredo de podridões já podia estar no limite. Mas a esquadra petista segue armando tramoias sem fim e mentindo descaradamente para sustentar a todo custo o seu projeto de poder. Costura acordos e paga pelo aval parlamentar. 

Perto de R$ 500 milhões sairão dos cofres do Tesouro para emendas de deputados e senadores (novamente no toma-lá-dá-cá, não importando dificuldades de caixa ou ajustes em andamento). O interesse partidário acima de tudo! Nesse teatro de absurdos, protagonistas e coadjuvantes não enxergam limites para a farsa. Agora vem a presidente dizer que nada sabia sobre a gravidade da crise. Mente ou dissimula? Foram vários os alertas que recebeu de especialistas, de adversários políticos e mesmo de assessores.
Preferiu ignorar. Fez ouvidos moucos. Só enxergava a reeleição. Indagada, em meados do ano passado, sobre o encolhimento gradativo do PIB, disse ser conversa de pessimistas

Afirmou com todas as letras que a inflação estava controlada e que, em breve, retornaria ao centro da meta. Que o crescimento viria, vigoroso e sustentável. Dilma atacou toda e qualquer proposta de ajuste. Sua teimosia em classificar de “catastrofismo” os sinais do desastre iminente não era miopia. Mas estratégia. Ela deliberadamente distorceu a realidade a seu favor e iludiu os brasileiros que acreditaram em suas promessas. Continua com a mesma tática. Ao sabor das conveniências, recorre de improviso a lances de marketing para agradar a plateia. Mesmo que depois não cumpra o anunciado. Foi assim mais uma vez na semana passada ao comunicar publicamente a almejada redução de ministérios. Dilma resolveu ali desmentir Dilma.
 
Ela que considerava a ideia desse enxugamento da máquina uma “imensa cegueira tecnocrática” voltou atrás. De novo. Durante a campanha chegou a reagir com veemência a propostas nesse sentido de candidatos opositores: “tem gente querendo reduzir ministérios. Um deles o da Igualdade Racial, outro o que luta em defesa das mulheres. Eu acho um verdadeiro escândalo querer acabar com ministérios”. Das duas uma: ou Dilma mentiu lá atrás ou mente agora. De maneira amadora e desorganizada mandou avisar que cortará 10 pastas. Dentre as quais entraram também na mira as duas citadas por ela

É preciso acompanhar se irá adiante. Para dar estofo à empreitada estabeleceu o objetivo de eliminar mil cargos de confiança. Um pingo d’água na estrutura que conta com 22 mil postos comissionados. Para se ter uma ideia da multiplicação acelerada de vagas na esfera federal basta dizer que em meados de 2007 o número total não passava de seis mil postos. Os seguidos governos de Lula e Dilma levaram à estratosfera essa ocupação da máquina e o movimento em curso pode não passar de mera maquiagem. Serão extintos menos de 5% dos cargos existentes, a maioria dos quais sequer ocupados

Resta saber se na tesourada vão prevalecer critérios técnicos e de eficiência administrativa ou a velha motivação política de acomodação dos apaniguados e simpatizantes partidários. O leilão está aberto. Para o ex-ministro e economista, Delfim Netto, “o atual governo decidiu destruir as finanças públicas para conseguir a reeleição”. Na sua classificação, o “Palácio é um serpentário”. E fica para os brasileiros a dúvida: Como emprestar alguma credibilidade a esse grupo que ocupa o Planalto?

 Dilma pede voto de confiança e quer que esqueçam o que ela disse. O mesmo tentou o seu antecessor, Lula. A propósito dele a pupila alega existir uma “intolerância inadmissível”. Em entrevista a jornalistas, dias atrás, falou que “a intolerância é a pior coisa que pode acontecer numa sociedade porque cria o nós e o eles. Isso é fascismo”. Talvez a presidente tenha “esquecido” que foi o próprio Lula quem criou o “nós contra eles” e que ainda difunde a divisão. Se não, é de se imaginar que Dilma reviu o conceito a respeito de Lula e passou a encará-lo como fascista. Afinal, a presidente vive mudando de opinião. Vai saber! 

Fonte: Carlos José Marques – diretor-editorial, IstoÉ