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quarta-feira, 8 de novembro de 2023

O que é um judeu? O caso Herzl - Gazeta do Povo

Bruna Frascolla - VOZES

Sionismo

 

 Theodor Herzl com sua família perfeitamente europeia. O menino não é circuncidado.| Foto: Domínio público

A escalada do conflito em Israel voltou os holofotes para o sionismo. De um lado, diz-se que o sionismo é uma coisa essencialmente maléfica; de outro, diz-se que ser contra o sionismo é o mesmo que tatuar uma suástica na testa
Arrisco dizer, porém, que a imensa maioria dos que falam sobre sionismo não fez mais que seguir as exortações e invectivas dos seus influencers prediletos, sem se dar ao trabalho de averiguar nada. 
Ninguém tem obrigação de saber sobre tudo, claro. 
Mas o mínimo que se espera é que, quando não temos a pretensão de conhecer um assunto, não subamos em palanques virtuais para pedir cabeças e dar chiliques.

Como faz parte da minha profissão escrever sobre as coisas – e como, ainda por cima, tenho interesse em história do pensamento racial por causa das semelhanças entre o neorracismo negro e o nazismo –, fiz o elementar: li O Estado Judeu (1895), de Theodor Herzl, a fim de comentá-lo aqui. Esse opúsculo é a fundação do sionismo (ou do “sionismo moderno”, como dizem os sionistas mais ousados que alegam que o sionismo está na Torá).

Theodor Herzl (1860 – 1904) nasce em Peste (metade de Budapeste), no Império Austro-Húngaro, numa família de judeus assimilados. O que é um judeu assimilado?

Bom, o judaísmo é pelo menos duas coisas ao mesmo tempo: uma religião e uma etnia
Ao contrário das demais religiões abraâmicas, o judaísmo não faz proselitismo e não está de portas abertas para a entrada de qualquer um. Nem sempre foi assim. 
Na Antiguidade tardia, os judeus converteram pelo menos dois grupos populacionais relevantes: algumas tribos nômades dos cazares, que ficavam rodando pela atual Ucrânia, Rússia e Cazaquistão, e algumas vilas etíopes. 
Os etíopes ficaram em relativo isolamento na maior parte da História, mas hoje judeus negros têm direito à cidadania israelense e, de fato, a esmagadora maioria vive lá hoje. 
Já os cazares, que deixaram de existir enquanto povo ou tribo, deixaram descendentes entre os judeus asquenazitas. Isso não quer dizer que os judeus asquenazitas não têm origem hebraica; quer dizer somente que são mestiços que têm o sangue dessa tribo extinta de língua túrquica.
De meados do século XIX a meados do século XX, floresceu o racismo científico. Por isso, o judaísmo era facilmente identificado com uma raça. À epoca de Herzl, portanto, um “judeu assimilado” era um indivíduo de raça judaica que aderiu à cultura do seu meio. 
Isso poderia incluir a conversão à cristandade, ou a adoção de um cientificismo ateu.
 
Theodor Herzl, então, era um judeu assimilado no Império Austro-Húngaro. Sua primeira língua era o alemão e ele era um fervoroso germanófilo em sua juventude: achava que a germanização progressiva faria os indivíduos de origem judaica, como ele, a evoluírem. No âmbito pessoal, tinha planos de ser um grande engenheiro. 
O motivo era o Canal de Suez, um grande um projeto utópico dos sansimonianos que acabou dando certo. 
Os sansimonianos eram engenheiros utópicos e predecessores tanto do positivismo como do marxismo. 
 Fizeram parte do movimento, inclusive, judeus sefarditas franceses, os Irmãos Pereire (um afrancesamento de Pereira), que eram banqueiros rivais dos Rothschild, também banqueiros judeus, porém asquenazitas.
 
Herzl não deu certo na engenharia e foi para as humanas. Virou jornalista, poeta e folhetinista (profissão hoje extinta, a do escritor de romances que saíam em capítulos nos jornais, como novela de TV, só que por escrito: Machado de Assis e Victor Hugo eram folhetinistas). 
Um episódio, porém, o converteu num ativista político: o Caso Dreyfus (1894 - 1906). 
Em resumo, um militar francês de origem judaica, Alfred Dreyfus, perdeu as patentes e foi condenado pela França à prisão perpétua por traição, mesmo sendo inocente.  
No fim, após grande comoção pública, Dreyfus foi inocentado e recuperou as patentes. A França é um país bem antissemita (basta comparar a boa vontade dos franceses para delatar aos nazistas gente de sangue judaico); assim, restou claro que o preconceito contra a origem racial de Dreyfus foi o motivo da condenação.
 
Para piorar, o demagogo Karl Lueger, na Áustria-Hungria natal de Herzl, arrastava multidões com sua pauta antissemita. Foi um modelo para o jovem austríaco Adolf Hitler. 
Assim, Theodor Herzl viu frustrada a sua ideia de viver reconhecido como um germânico pleno, cultor da língua. Daí resultou a sua ideia do Estado Judeu. O Caso Dreyfus começa em 1894; em 1895 sai Der Judenstaat, ou O Estado Judeu.

Mas o que é um judeu? Essa é uma questão com a qual Herzl se bate no seu opúsculo. Herzl decididamente não era um religioso: não se deu nem mesmo ao trabalho de circuncidar o filho. No entanto, a “fé” é apenas a segunda das duas coisas apontadas que unem o povo judeu, e aparece como fator de união só do meio para o fim do escrito. A primeira dela é o antissemitismo. Diz ele: “Nós somos um povo: nossos inimigos nos fizeram um só sem o nosso consentimento, como sempre acontece na História. Nós nos unimos no sofrimento, e no sofrimento descobrimos, de repente, a nossa força. Sim, nós temos a força para construir um Estado; na verdade, um Estado Modelo.” (Eis o alemão para quem quiser comparar: “Wir sind ein Volk – der Feind macht uns ohne unseren Willen dazu, wie das immer in der Geschichte so war. In der Bedrängniss stehen wir zusammen und da entdecken wir plötzlich unsere Kraft. Ja, wir haben die Kraft, einen Staat, und zwar einen Musterstaat zu bilden.” Basta ir no Wikisource, pois o texto original está em domínio público. Os direitos das traduções são outra história.)

Abstraída a questão religiosa, o que é um judeu? Para Herzl, um judeu é aquele que é perseguido por ser judeu. Assim, uma consequência óbvia tirada pelos contemporâneos de Herzl é que ele fomentaria o antissemitismo para fazer prosperar o seu projeto político. Do mesmo jeito que os líderes do movimento negro precisam aumentar o racismo para provar que o seu próprio trabalho é fundamental. A pretensão de falar em nome da coletividade dos judeus também lembra o identitarismo. Mas o que me salta às vistas nesse trecho é a possibilidade de criar uma identidade baseada na opressão social, em vez de numa realidade concreta. Transfira isso para a definição de “mulher” e pense no que pode dar.

Herzl se defende das acusações de que ele precisa criar antissemitismo onde não há, ou aumentar onde já há. A sua defesa consiste em atacar a “assimilação”, dizendo ser ela impossível, exceto por meio dos casamentos mistos. Só por meio da miscigenação os judeus poderiam ser assimilados: “A assimilação, pela qual compreendo não só a mera aparência exterior das roupas, dos estilos de vida, dos costumes e da língua, mas, em vez disso, uma identificação em um sentido e um tipo... A assimilação generalizada dos judeus só poderia ser feita por meio dos casamentos mistos.” (Em alemão, procurar pelo parágrafo que começa com “Die Assimilirung, worunter…)

Resta perguntar, então, o porquê. Será o judaísmo considerado uma raça também por Herzl? Uma raça associada a um modo interno de sentir? A biologia molda o nosso sentido interno, de modo que acabar com o judaísmo só seria possível por meio de uma mudança biológica? Outra vez, isso lembra o cartaz dos racialistas na Avenida Paulista: “Miscigenação é genocídio.” E os tribunais de heteroidentificação racial também exigem uma conformação psicológica (que nada mais é que a adesão ao movimento) para reconhecer alguém como negro.

Seja como for, uma coisa relevante que transparece em Herzl é que as comunidades de origem judaica àquela altura mantinham o hábito de casar entre si, de modo que a “raça” permaneceria sem muita mestiçagem. (O exemplo que ele dá é o de um "casamento misto" reconhecido pela Hungria no qual uma judia se casava com um "judeu batizado".) A relevância do caráter racial para o debate sionista não pode ser diminuída, e o melhor exemplo disso é a politização que a questão da remotíssima miscigenação com os cazares (lá na antiguidade…) causou entre judeus e não-judeus no século XX, com a publicação do livro de Arthur Koestler, um judeu asquenazita que queria provar que não tinha nada a ver com semitas.

Mas bom, a maior diferença entre os negros e os judeus, no que concerne a essa questão, é que podemos sem pestanejar dizer o que é um negro: um negro é alguém de pele negra. 
Não há nada de cultural envolvido nessa questão; negros podem ser judeus, muçulmanos, ateus, brasileiros, congoleses, etíopes... 
Não faz sentido perguntar se um negro é assimilado; faz menos sentido ainda um negro dizer que “se descobriu” negro. Por outro lado, as discussões sobre assimilação eram habituais na Europa de Herzl; e é possível alguém se descobrir judeu após analisar o próprio histórico familiar. 
Afinal, o que é um judeu? Herzl não dá uma definição, nem toca nos critérios pelos quais alguém é reconhecido ou se reconhece como judeu.

Respondamos, então. Considerando a biologia algo apenas acidental, podemos com facilidade apontar o critério primário segundo o qual alguém é apontado como judeu: ter nascido de um ventre judaico. Ou seja, o judeu é o filho da judia (e não necessariamente do judeu). Judeu nasce judeu, não se torna. E como a própria judia pode ser ateia ou convertida a outra religião, resulta que esse critério cultural acaba redundando na matrilinearidade pura e simples. Assim, das três religiões abraâmicas, só uma tem porta de saída: se no islamismo podem te matar caso você queira sair, no judaísmo você continua sendo considerado judeu mesmo que nunca tenha sido nem sequer circuncidado.

O leitor deve saber da “conversão” ao judaísmo de figuras ilustres, tais como a filha de Trump, que se casou com um judeu e hoje é considerada judia. A mãe da israelense Shani Louk é uma alemã de origem católica que fez o mesmo trajeto da Ivanka Trump: casou com um judeu e foi aceita como judia. Não posso apontar fontes, porque meu conhecimento do assunto é oral e o judaísmo não tem Papa, de modo que não é fácil apontar uma doutrina oficial. De todo modo, explico o que eu aprendi oralmente: não é possível se tornar judeu; o que é possível é a autoridade religiosa reconhecer que você é uma alma judaica que foi, digamos assim, extraviada para um útero não-judaico.

Sei disso porque um familiar mestiço, judeu segundo critérios étnicos, resolveu virar judeu religioso e quis que o lado gentio da família aderisse à religião judaica junto com ele. De minha parte, achei a religião mais parecida com um transtorno obsessivo compulsivo generalizado, e não poderia haver proposta menos tentadora. E por aí eu entendi também por que tem tanto judeu ateu: dá trabalho demais ser religioso e é muito aflitivo, pois envolve passar o dia inteiro pensando nisso. A religião inclui até agradecimento a Hashem quando se vai ao banheiro. E Hashem é o modo de se referir a Deus, cujo nome não deve ser pronunciado ou escrito à toa.

Em seu opúsculo, Herzl menciona a acusação de que ele fortaleceria o antissemitismo justamente quando o processo de assimilação estaria quase concluído. 
 De fato, muitos europeus de origem judaica (como se costumava dizer então) haviam se convertido a diversas religiões cristas, ou haviam até nascido num lar cristão novo. 
Karl Popper, austro-húngaro, nasceu num lar cristão novo luterano; 
Edith Stein se converteu ao catolicismo, virou freira e foi canonizada; Jacques Maritain, filósofo católico francês, casou-se com uma judia que se converteu ao catolicismo junto com a irmã; 
Karl Polanyi, austro-húngaro, nasceu num lar cristão novo calvinista; 
Aurel Kolnai, austro-húngaro, converteu-se ao catolicismo… 
Que eu saiba, não existia isso de ser reconhecida como alma judaica para se casar com um judeu; ou, se havia, não havia interesse. A tendência parecia ser a de o grosso da tribo judaica se dissolver na cristandade (como as tribos europeias fizeram antes), sobrando só os ortodoxos, cuja identidade estaria fundada na observância à religião judaica… Até aparecer o sionismo. Aí ficamos fazendo cálculos de matrilinearidade, ou recorrendo a tribunais de heteroidentificação de alma, para decidir quem é judeu.

Porém, uma fé que concorria com as confissões cristãs era a fé laica na ciência, o cientificismo que tanto atraíra o jovem Herzl à engenharia. E o que vemos no seu esboço de como deveria ser o Estado Judeu é a manifestação da fé na Ciência. Que fica para o próximo texto.

quarta-feira, 30 de agosto de 2023

As travessuras de Dino - Gazeta do Povo

Rodrigo Constantino

Um blog de um liberal sem medo de polêmica ou da patrulha da esquerda “politicamente correta”.

Era uma vez um menino muito travesso chamado Dino. Ele só gostava de usar camisa vermelha desde criança. 
Mais tarde, assumiu que era um comunista, graças a Deus! 
Como bom comunista, Dino enaltecia os piores regimes do planeta. Quanto mais totalitarismo, censura, perseguição a inocentes, mais Dino aplaudia.

Dino virou ministro da Justiça numa aliança "para salvar a democracia". Era a piada pronta, pois o país não era bem uma nação que merecesse tal título, mas sim um grande circo. Logo no começo de seu mandato, uns arruaceiros desesperados resolveram invadir instituições de estado.

Dino ficou lá, com seu sorriso diabólico, só acompanhando os acontecimentos que poderia impedir. Ele mesmo meio que confessou para a imprensa aliada, sem saber que haveria uma CPMI em que a oposição cobraria as imagens.

Tanto o governo de Dino como a mídia subserviente trataram os acontecimentos daquele fatídico dia como o maior atentado golpista contra a democracia na história do país. Com base nisso, o aliado ministro supremo chegou a prender, de férias em Paris, mais de mil "meliantes", que teriam tentado dar um golpe usando algodão doce como arma.

Os parlamentares da CPMI exigiram, então, as tais imagens. O governo, que chamou aquilo tudo de ato golpista e não queria a abertura da CPMI para investigar, ficou de embromação e mandou a pelota para o campo supremo. Autorizado a entregar as imagens, Dino disponibilizou somente duas câmeras de segurança, enquanto um deputado da oposição provou existirem várias outras.

Os jornalistas prostituídos não se incomodaram, pois para eles basta a narrativa de Dino. Mas os insistentes opositores não desistiram, pois Dino ainda não conseguira transformar esse grande circo num típico país comunista, sua eterna inspiração. Aí algo teve de ser dito para dar alguma explicação, por mais fajuta que fosse, aos deputados e senadores.

"Imagens do Ministério da Justiça e Segurança Pública em 8 de janeiro foram apagadas",
dizia a chamada. "A justificativa é que as gravações ficam salvas por 15 dias e são excluídas para abrir espaço de armazenamento no sistema", constava no subtítulo. Puxa vida! Logo as imagens daquele dia tão importante, que o próprio Dino chamou de golpe terrorista?!

Quanto custa um hard disk com terabytes de capacidade de armazenamento? É bem baratinho, não é mesmo?  
Para salvar a democracia, então, creio que o valor compensasse. 
Mas nada disso importa. O tal país, como já disse, é um enorme circo, e o povo assume compulsoriamente o papel de palhaço.

Dino apenas sorriu uma vez mais, imaginando o contorcionismo dos jornalistas que comprou e transformou em militantes. Com sua pança esparramada no sofá caríssimo pago pelos trabalhadores, Dino se lembrou de quando era apenas um travesso menino na escola, e chegou sem seu dever feito.

A professora cobrou explicações, pois valia ponto, e o garoto Dino, rindo, apenas disse: "O cachorro comeu meu dever, professora". E depois saiu gargalhando, direto para o circo com tenda vermelha...

Rodrigo Constantino, colunista - Gazeta do Povo - VOZES

 

sexta-feira, 15 de julho de 2022

Bolsonaro e Joãozinho - Rodrigo Constantino

 Gazeta do Povo 

 

“Casamento é entre homem e mulher”

“Casamento é entre homem e mulher”. Quem disse isso? Bolsonaro? Se pegarmos algumas declarações de Obama sobre casamento ou conceito de família durante seus anos na Casa Branca e divulgarmos hoje sem dizer a fonte, muitos vão achar que é algum republicano “reacionário” falando
Isso ilustra como a radicalização do Partido Democrata foi acelerada nos últimos anos. 
A militância “woke” tomou de assalto o partido, impondo sua agenda extremista com a ajuda da imprensa.

O caso envolvendo a lei sancionada pelo governador Ron DeSantis na Flórida e a reação da Disney mostrou bem isso. Os militantes da empresa tiveram de assumir sua real intenção: usar até as salas de aula para sua revolução sexual cada vez mais precoce, incutindo em crianças pequenas que ninguém nasce menino ou menina e cada um pode escolher o que quiser em termos de gênero.

Eis que sequer podemos mais constatar coisas óbvias até “ontem”, como o fato biológico de que homem é homem e mulher é mulher. A esquerda não consegue mais nem definir o que seja mulher, apesar de, quando o tema é aborto, alegar que somente mulheres podem opinar – ignorando que há uma terceira vida em questão. Agora virou preconceito levar a sério a biologia responsável pela sobrevivência e avanço da humanidade há milênios.

A esquerda brasileira importou essa agenda insana da esquerda universitária americana. Basta observar as pautas da turma do PSOL. O presidente Bolsonaro tem sido uma voz firme na resistência a essa loucura. 
Eis como a Folha de SP, porém, relatou a recente fala do presidente em defesa dos bons costumes: “Bolsonaro adota fala homofóbica e defende que 'Joãozinho seja Joãozinho a vida toda'”.
Para o jornal, afirmar que o modelo de família é composto por "homem, mulher e prole" é um pecado imperdoável, um absurdo total.  
Bolsonaro defendeu ainda que tais valores familiares não sejam deturpados em sala de aula, o que parece inaceitável para o jornal esquerdista também. 
Ou seja, a esquerda quer doutrinadores disfarçados de professores enfiando ideologia de gênero na cabeça de crianças nas escolas públicas!
 
Por covardia, muita gente tem preferido se calar diante desse avanço totalitário e intransigente da patota “woke”. Grave erro!  
A espiral de silêncio vai apenas alimentar os chacais e hienas que pretendem destruir a vida de quem não se ajoelhar diante dessa cartilha ideológica.

Nesse contexto, a postura firme do presidente Bolsonaro merece aplausos. Ele está dizendo o óbvio ululante, claro. Mas, atualmente, o óbvio virou algo “chocante” para a militância midiática. E por isso mesmo ele precisa ser dito e repetido inúmeras vezes. Homem é homem. Mulher é mulher. Mãe é mãe. E paca é paca.

Rodrigo Constantino, colunista - Gazeta do Povo - VOZES


quinta-feira, 7 de julho de 2022

Morre o jovem mais alérgico do mundo: 'Ele só queria viver uma vida normal', diz pai

Paul Braithwaite, de 20 anos, foi diagnosticado com doença rara e debilitante chamada 'gastroenteropatia eosinofílica' quando tinha apenas um mês de vida

Conhecido como o "menino mais alérgico do mundo", Paul Braithwaite morreu aos 20 anos de idade nesta terça-feira, em Manchester, na Inglaterra. Ainda quando bebê, médicos diagnosticaram Paul com "gastroenteropatia eosinofílica", o primeiro caso registrado no mundo desde 1906.

Trata-se de uma doença rara que prevalece no sexo masculino e causa dores abdominais devido a infiltração de eosinófilos (célula de defesa do sangue) no trato gastrointestional. A vida do jovem era repleta de restrições devido as alergias.

Aos 20 anos ele ainda vestia roupas para crianças de 10 a 11 anos, pois seu crescimento foi atrofiado pelas medicações.

Ele só queria viver uma vida normal: queria ter um cachorro, queria aprender a dirigir e dar a volta no quarteirão. Ele tinha um conjunto de necessidades muito complexas e lutava a cada passo. Esteve em ambulâncias aéreas, reanimação e terapia intensivas e nada o derrubou — disse Kelly, mãe de Paul, em entrevista ao The Sun.

Outro sonho que não pode ser realizado pelas alergias era o de ter um cachorro e comer diferentes tipos de alimentos, coisa que muitas pessoas tem garantidas por suas condições de saúde.— Meu filho tinha vergonha de sua aparência e de quão pequeno ele era. Mas a coragem dele era inigualável. Ele não pediu para nascer assim, e eu fiz tudo o que pude por ele — completou a mãe.

A condição exaustiva de saúde o fazia vomitar e ter erupções cutâneas se tivesse contato com a luz do sol, grama, tecidos, poeira e animais. As alergias deixavam a pele vermelha, mas o sofrimento diário não tirava a alegria de Paul.— Ele era muito solitário, mas era feliz assim. A vida é muito curta. Tudo o que ele sempre quis foi ser normal — lamentou o pai, Darren Braithwaite.

O funeral de Paul, jovem que solidarizou diversas pessoas ao longo da sua vida, será realizado em 18 de julho.

 Saúde - Jornal O Globo


sexta-feira, 24 de dezembro de 2021

UMA HISTÓRIA DE NATAL - Percival Puggina

Eu já suspeitava de que o tal Papai Noel fosse uma enrolação dos adultos quando, certa noite, meus pais e tios reuniram-se e correram a porta onde, logo após, colei o ouvido de detetive para receber a má notícia: Papai Noel não existia e meu desejado carrinho de pedais não estava em cogitação. 


Papai Noel é um mito fugaz da infância, um comerciário gordo e simpático, ou um parente bem disfarçado, com touca vermelha de pompom branco, sumido nas recordações infantis referentes ao 25 de dezembro. Mas o menino Jesus, não. Ignorá-lo neste dia, notadamente numa família cristã, é embarcar na canoa furada do politicamente correto para ocultar um acontecimento real. É transformar uma data marcante da Fé e da humanidade numa festa pagã e comemorar, como em tempos remotos, o solstício de inverno no hemisfério norte... Convenhamos!

Diferentemente do velhinho de vermelho, o menino da manjedoura é o Redentor referido neste pequeno texto que há 25 anos escrevi para o Correio do Povo, com o título “Uma história de Natal”.

Numa noite assim, quando os mais nobres sentimentos varrem o pó do cotidiano e rompem a carapaça com que paradoxalmente sufocamos o bem para nos proteger do mal, inspiram-se os escritores para iluminar a literatura com páginas comoventes. São as histórias de Natal. Em cada uma delas se encontram fragmentos desse insondável mistério que é o homem, habitual espantalho de si mesmo, que cresce quando se ajoelha e se humaniza quando chora.

Entretanto, leitor amigo, por mais histórias de Natal que você tenha lido, em nenhuma delas nem em todas elas existe a força do episódio ocorrido nas cercanias de Belém, a cidade de Davi, numa noite fria da Palestina. Nasceu o Menino, o Senhor da História, o Rei dos Reis. Envolveram-no em panos e o deitaram numa manjedoura.

Penso, às vezes, sobre como escreveríamos nós se nos coubesse conceber o roteiro daqueles fatos. Certamente não escolheríamos aquele local. Nunca aquela época e, nela, nunca aquele povo. Jamais personagens assim. A humanidade já produziu ambientes melhores bem como circunstâncias e elenco mais promissores. E é exatamente por isso que não havia lugar na estalagem.

Essa história de Natal, a própria história do Natal, tecida com os fios sutis com que o divino autor urdiu sua rede de amor à humanidade, vence os séculos, se torna eterna e se impõe ao coração dos homens. É tempo de repetir: “Glória a Deus nas alturas e paz na terra aos homens de boa vontade”.

Percival Puggina (77), membro da Academia Rio-Grandense de Letras, é arquiteto, empresário e escritor e titular do site www.puggina.org, colunista de dezenas de jornais e sites no país. Autor de Crônicas contra o totalitarismo; Cuba, a tragédia da utopia; Pombas e Gaviões; A Tomada do Brasil. Integrante do grupo Pensar+.


sexta-feira, 26 de novembro de 2021

EUA: rede de ensino é processada por tratar menina como menino sem a permissão dos pais

Gazeta do Povo - Educação

Mary Margaret Olohan - The Daily Signal

Hoje vamos fazer mais um alerta sobre o ativismo LGBT e a infância.

[Senhor Pais: Recomendamos enfaticamente a leitura do artigo adiante e alertamos que a linguagem neutra é um dos instrumentos para implantar a política de opção sexual precoce em nossas crianças; Nossa alerta é consequência de já existir decisão do STF, ainda que monocrática, restabelecendo o uso do dialeto não binário em escolas públicas e privadas de Rondônia. Entendemos que tal decisão é um passo que poderá prejudicar em muito nossas crianças. Confiram aqui.]

Desta vez envolve uma rede pública de ensino nos EUA, que começou a tratar uma menina de 12 anos com nome e pronomes masculinos, sem o consentimento dos pais.

 Uma rede de ensino público no estado de Wisconsin, nos Estados Unidos, está sendo processada por ter começado a tratar uma menina de 12 anos com nome e pronomes masculinos, sem o consentimento dos pais.

Depois de assistir a aulas e mais aulas sobre identidade de gênero, a menina afirmou que era um menino. Os pais a levaram a um terapeuta, que fez um diagnóstico rápido e a incentivou ainda mais a “admitir” que era menino. Com o “diagnóstico”, a escola se negou a obedecer aos pais e passou a tratar a menina com o nome e pronomes masculinos.

Preocupados pela possibilidade de ser um sentimento momentâneo da filha, com decisões permanentes que poderiam prejudicar a vida dela, os pais a trocaram de escola e de terapia. Resultado? Eles estavam certos: a menina percebeu que não era um menino e nem queria ser, voltou atrás, agradeceu os pais e está feliz. A rede de escolas foi processada e a ação seguiu para ajudar outros pais com o mesmo problema.

Essa história, que se repete em diversas instituições de ensino dos EUA, não está longe de se dar no Brasil.

Com a desculpa de ensinar o legítimo respeito a pessoas de perfil LGBT, grupos ativistas, com argumentações falsas, tentam convencer as crianças a mudar de sexo de forma precoce o que é perigoso para a saúde mental e física, com danos irreversíveis.   Estudos, como o do American College of Pediatricians, mostram como a maior parte das crianças e jovens que apresentam disforia de gênero muda de ideia pouco tempo depois.

Esses grupos ativistas também tentam apresentar os pais que não concordam com a transição abrupta de gênero das crianças como inimigos, influenciando seus filhos contra eles.
Os autores do processo, o Instituto pela Lei e Liberdade (Wisconsin Institute for Law and Liberty) e a Aliança em Defesa da Liberdade (Alliance Defending Freedom), alegam que o distrito escolar Kettle Moraine violou os direitos dos pais, protegidos pela Constituição dos Estados Unidos, levando uma aluna de 12 anos a tomar uma decisão para a qual não estava preparada.

Em entrevista ao Daily Signal, uma das advogadas do caso, Kate Anderson, da Aliança em Defesa da Liberdade, afirmou que práticas semelhantes têm sido vistas em outras redes de ensino do país, e citou, além de Wisconsin, os estados de Virgínia e Washington. “Os pais têm o direito de orientar a educação de seus filhos e, para isso, eles só querem informações sobre o que está acontecendo com seus filhos na escola”, disse Anderson. “E essas políticas são tão perigosas porque estão permitindo que as escolas incentivem os alunos a começar a transição para um gênero que não está de acordo com seu sexo biológico, sem informar os pais e, em muitos casos, inclusive mentindo para os pais de propósito, sobre o que o aluno está fazendo na escola”.  “Quando as escolas escondem dos pais informações básicas sobre os cuidados de saúde de seus filhos, isso os impede de fazer o que é melhor para seus filhos que é o que, constitucionalmente, eles têm todo o direito de fazer, orientar a sua educação”, acrescentou ela.

Militante trans diz que crianças não têm gênero e que pais não devem “impor” padrões

Antes de iniciar o processo, os advogados enviaram em maio uma carta ao distrito escolar. No texto, eles relatam a história da menina de 12 anos, que começou a apresentar “disforia de gênero de forma abrupta”, bem como “ansiedade e depressão significativas” em dezembro de 2020. Seus pais “a retiraram temporariamente da instituição de ensino para permitir que ela frequentasse um centro de saúde mental onde pudesse ser ajudada sobre o que estava passando”, dizia a carta.

“Mas, em vez de ajudá-la a resolver suas questões sobre seu gênero, o centro rapidamente 'afirmou' que ela era realmente um menino trans e a encorajou a fazer a transição para uma identidade masculina”, continuaram os advogados. “No início de janeiro, ela disse aos pais e aos funcionários da escola que queria adotar um nome e pronomes masculinos quando voltasse para a escola.”

Os pais da menina decidiram que “a transição imediata não seria do interesse de sua filha”, dizia a carta, aconselhando que ela procurasse entender a causa de seus sentimentos antes de dar um passo tão significativo. Eles também pediram aos funcionários da escola que continuassem usando seu nome legal e pronomes femininos.  “Mas o distrito escolar se recusou a honrar o pedido”, escreveram os advogados, e os pais “foram informados de que, de acordo com a política do distrito escolar, os funcionários da escola seriam obrigados a se dirigir à filha usando um nome e pronomes masculinos, se ela quisesse”.

Os pais, então, afastaram a filha da escola, do centro de saúde mental e do terapeuta que a estava atendendo para evitar que a afirmação diária de uma identidade masculina pudesse prejudicar sua filha”.

A carta continuou: 
“As preocupações foram logo confirmadas. Depois de deixar o centro e sair da escola, o comportamento de sua filha começou a mudar. Algumas semanas depois, ela disse à mãe que ‘a terapia afirmativa realmente me confundiu’. Ela explicou que os terapeutas do centro não a questionaram ou ajudaram a entender seus sentimentos, mas apenas lhe disseram que agora que ela sabia que seria realmente menino, quanto mais cedo fizesse a transição, melhor, porque seria mais fácil na juventude. Eles também disseram que ela estava certa em ficar com raiva de sua mãe por não permitir que ela ‘fosse quem ela era’ imediatamente. Ela agora percebe que isso era errado e realmente alimentou a raiva de sua mãe. Ela voltou a se identificar pelo nome de nascimento e pronomes femininos e se matriculou em uma escola diferente.”

“Nosso objetivo é garantir que o que aconteceu [com a estudante] nunca mais ocorra novamente”, dizia a carta. O distrito escolar, porém, ignorou o texto, disse a Aliança em Defesa da Liberdade em um comunicado à imprensa, não deixando aos pais outra opção a não ser processar seus dirigentes. O processo questiona a política escolar que permite que alunos menores de idade mudem seus nomes e pronomes na escola sem o consentimento dos pais. “As escolas não podem ignorar os pais quando se trata de decisões sobre seus filhos”, disse Luke Berg, do Instituto para a Lei e Liberdade de Wisconsin, em um comunicado. “As decisões dos alunos sobre quais nomes e pronomes de gênero eles preferem não são exceção. As escolas devem se submeter aos pais sobre o que é melhor para os alunos”.

The Daily Signal. Publicado com permissão. Original em inglês.

Transcrito Educação - Gazeta do Povo - Mary Margaret Olohan

terça-feira, 10 de março de 2020

Bolsonaro lamenta não haver prisão perpétua para casos como de Suzy [caso dr. Drauzio Varela]

O Antagonista 

Pelo Twitter, Jair Bolsonaro postou que “infelizmente a Constituição não permite prisão perpétua para crimes tão cruéis”, referindo-se ao caso de Suzy, transexual condenado a mais de 30 anos por estuprar e matar um menino de 9 anos.

“Enquanto a Globo tratava um criminoso como vítima, omitia os crimes por ele praticados: estupro e assassinato de uma criança. Graças à internet livre, o povo não é mais refém de manipulações”, diz o post.




Transcrito "O Antagonista"


segunda-feira, 11 de maio de 2015

Dez minutos de fama

Vontade de aparecer

Criança negra é expulsa de lanchonete em Ipanema: 'Racismo', acusa mãe
A figurinista Maria Diaz acusa um funcionário da lanchonete Quiosque do Suco, na Vinicius de Moraes, em Ipanema, de enxotar seu filho, de cinco anos, que é negro, do estabelecimento. “Ele foi expulso com as palavras: ‘Aqui não, pode ir saindo’”, conta. “Depois de ver que ele estava comigo, que sou branca, o rapaz pediu desculpas. Se fosse um menino louro, não fariam isso. Foi racismo e vou dar queixa na polícia”.

O outro ladoO atendente Camilo Barros confirma o episódio, mas diz que o motivo da expulsão foi outro. “Ele estava sozinho dentro da loja e podia ser pisoteado, estávamos cheios naquela hora.



(Foto: Reprodução)
 
[é fora de questão que milhares ou mesmo milhões de pessoas agora sabem que existe uma figurinista chamada Maria Diaz; descuidada o bastante para deixar uma criança de cinco anos, sozinha, em uma lanchonete lotada em plena Ipanema
Convenhamos que ela expôs seu filho a uma série de riscos, afinal, trata-se de uma criança de cinco anos.
Mantemos o nosso entendimento que só existe uma raça: a HUMANA.]