Este espaço é primeiramente dedicado à DEUS, à PÁTRIA, à FAMÍLIA e à LIBERDADE. Vamos contar VERDADES e impedir que a esquerda, pela repetição exaustiva de uma mentira, transforme mentiras em VERDADES. Escrevemos para dois leitores: “Ninguém” e “Todo Mundo” * BRASIL Acima de todos! DEUS Acima de tudo!
Como sempre acontece, a mídia, as classes culturais e os
“progressistas” brasileiros engolem com casca e tudo seja lá o que vier
de Nova York, de Londres ou de Paris
A Índia tem 1,4 bilhão de habitantes,ou três vezes mais que a Europa;
sozinha, tem mais gente que a Europa e os Estados Unidos juntos, e
abriga um quinto de toda a população mundial.
Por que raios, tendo as
duras realidades que têm, seus habitantes deveriam sentir as mesmas
angústias de europeus e americanos — essas que você vê todos os dias na
mídia, maciçamente, e que são apresentadas como se fossem um problema de
vida ou morte para todo ser humano vivo?
Por que os seus atletas, por
exemplo, deveriam se ajoelhar antes das competições para protestar
contra o “racismo sistêmico”?
Não passa pela cabeça de um indiano sair à
rua para dizer que “vidas negras importam”, ou que a cor da pele seja
um problema em seu país;por que, então, iriam ficar de joelhos para
combater o racismo?
Também não fazem parte do seu mundo e de sua vida as aflições com o“aquecimento global”, visto o calor que faz na Índia há 5.000 anos,nem que um cidadão esteja proibido de dizer que só mulheres podem ficar grávidas e parir um filho.
O “indiano médio”, como diriam nossos institutos de pesquisa de opinião, acha que um homem é um homem e uma mulher é uma mulher — e, queiram ou não queiram, um em cada cinco habitantes atuais do planeta é um “indiano médio”. Não ocorreu ali a nenhum colégio de gente rica, ou a qualquer colégio, ensinar uma “linguagem neutra” a seus alunos; ficaria complicado, levando-se em conta que na Índia são falados 400 idiomas e dialetos diferentes, e que há 23 línguas oficiais.
O nível do mar está subindo na Flórida?
As pessoas são legalmente autorizadas a roubar até US$ 900 por dia, como acontece na Califórnia?
A Holanda está proibindo os seus agricultores de produzirem comida? Nada disso faz parte das realidades do 1,4 bilhão de indianos, nem representa para eles a mais remota preocupação. Não fazem, aliás, nenhum nexo dentro do sistema de pensamento hoje em vigor na Índia.
As angústias dos países do Primeiro Mundo não querem dizer nada, também, para o 1,3 bilhão de habitantes da China.
Por acaso há algum chinês achando que o Super-Homem é gay, ou que um “transgênero” de 2 metros de altura pode competir numa prova de natação para mulheres?
E as atrizes que, 20 ou 30 anos atrás, tiveram um caso com o diretor para ganhar um papel no filme, e hoje são consideradas heroínas nacionais? Existe isso na China?
Há por ali um“Ministério Público”, ou alguma ONG, ou entidade da “sociedade civil”, ou seja lá o que for, proibindo a construção de aeroportos, de pontes ou de estradas de ferro?
Alguém fala em “dívida histórica” com os negros?
Não há nenhum registro de estátuas postas abaixo na China,nem de planos para proibir a fabricação de automóveis, e nem de movimentos para diminuir as verbas da polícia.
O chinês está pouco ligando, e não vai ligar nunca, para os direitos dospedófilos, o respeito aos gordos e gordas ou aporcentagem exata de negros nos filmes, séries de televisão e comerciais de propaganda.
Só aí, na Índia e na China, já são 2,7 bilhões de pessoas — e um PIB somado de mais de US$ 21 trilhões.
Mas as mesmas coisas podem ser ditas, em geral, da África, do mundo islâmico e de todo o Oriente, mais a Rússia. Na verdade, a Europa e os Estados Unidos, juntos, somam cerca de 800 milhões de habitantes — ou só 10% da população mundial, nada mais que isso.
Faz sentido, então, que as neuras, as prioridades e até mesmo os problemas objetivos de europeus e americanos tenham de preocupar os 90% restantes da humanidade?
O ministro do Exterior da Índia, recentemente, disse numa reunião internacional que os europeus fariam bem de ter em mente uma coisa muito simples: os problemas da Europa não são os problemas do mundo. Foram meia dúzia de palavras, em torno de uma ideia sem nenhuma complicação — mas, provavelmente, estão entre as afirmações mais relevantes, realistas e inteligentes feitas há muito tempo por um homem público na cena mundial. É um chamado exemplar à realidade: o mundo, muito simplesmente, não é como eles querem que seja. Vende-se na Europa, nos Estados Unidos e nas suas franjas a noção de que “o planeta” está morto de ansiedade com a proibição das sacolas de plástico, a multiplicação das ciclovias e a promoção das hortas orgânicas. É falso — apenas isso. Mais do que tudo, estão convencidos que as suas “agendas”, ou o que as elites apresentam como “agenda”,são a lista de deveres de casa que os 8 bilhões de habitantes do mundo têm de cumprir, obrigatoriamente.
É o caso da “agenda 2030”, uma coleção de desejos montada por bilionários que vão à reunião anual de Davos, na Suíça,fundações que torram dinheiro grosso em favor da virtude e um punhado de governozinhos globaloides,controlados por uma casta de funcionários que não foram eleitos por ninguém e têm horror à ideia de que alguém, além deles, queira mais bem-estar nas suas vidas. Segundo eles todos, o mundo não pode mais progredir, nem dar oportunidades aos bilhões que têm pouco ou nada, em termos materiais. O capitalismo, ali, é um crime; só se aplica aos que já têm o capital hoje. Se o sujeito tem US$ 50 bilhões e faz uma doação de 1 bilhão, todos os seres humanos deveriam fazer a mesma coisa, não é?
Para preservar o meio ambiente e “salvar o clima”, o mundo que está fora da Europa e dos Estados Unidos tem de voltar à Idade da Pedra.
As minorias são mais importantes que as maiorias — e por aí vamos.
É isso, a “agenda” dos ricos. Tudo bem. Querem ser roubados em US$ 900 por dia? Que sejam. Querem morrer de fome para preservar a natureza? À vontade. Mas a agenda da Europa não tem de ser a agenda do mundo, como disse o ministro do Exterior da Índia.
Também não deve ser, obviamente, a agenda do Brasil. Mas nossas elites querem que seja, é claro — e acaba sendo, na vida pública, no mundo oficial e na “sociedade”. Como sempre acontece, e está acontecendo de novo agora, a mídia, as classes culturais e os “progressistas” brasileiros engolem com casca e tudo seja lá o que vier de Nova York, de Londres ou de Paris; são, possivelmente, os mais excitados importadores de más ideias do mundo. É bem sabido, desde que a Corte de Dom João VI desembarcou no Rio de Janeiro, em 1808, que o animal mais parecido com os habitantes da elite brasileira é o macaco — nada revela tão bem um brasileiro rico, “culto” ou “influente” quanto a sua ânsia permanente de copiar o que se faz na Europa e nos Estados Unidos.
(Imaginam, ao fazer isso, que são avançados e estão a par dos últimos passos da civilização; não percebem o quanto são subdesenvolvidos típicos.) Continua assim, mais de 200 anos depois. O resultado é que o Brasil assume como sendo suas um monte de preocupações que têm pouco ou nada a ver com as realidades efetivas do país. Poderia ser apenas mais uma palhaçada, como a linguagem neutra ou as campanhas do Uber contra o “racismo”, a “fobia” anti-LGBT+ e tudo o que é visto como politicamente irregular. Mas acaba sendo mais que isso — passa a influir no debate político e nas decisões dos que mandam no país, e por esse motivo começa a afetar a legislação, os atos de governo e o comportamento das empresas.
O Brasil está produzindo alimentos demais, e isso vai contra as noções de virtude das cabeças mais avançadas da Europa
É pior, na verdade: o Brasil não apenas imita os europeus e americanos em sua busca inesgotável por causas cretinas, ou que não têm nada a ver com as necessidades brasileiras, mas tornou-se, ele próprio, um dos maiores alvos da perseguição “globalista”. O Brasil é um horror, talvez o maior horror de hoje, para a “agenda 2030” — para os delicados burocratas que comandam os governos do Primeiro Mundo, para os bilionários socialistas de Davos, para os departamentos de marketing de multinacionais que se converteram à prática “do bem”.
Sua ideia fixa, acima de qualquer outra, é a Amazônia e a sua floresta. O Brasil, segundo eles, não tem o direito de governar a Amazônia, que deveria ser declarada “área internacional”.
De atores de Hollywood a reis da Escandinávia, de governos da Europa às universidades de primeira linha, mais a “comunidade científica” mundial,todos exigem que a vida humana cesse para a Amazônia e os 20 milhões de brasileiros que vivem ali; só devem existir árvores, bichos e peixes. Numa ação paralela, querem parar o agronegócio brasileiro — o Brasil está produzindo alimentos demais, e isso vai contra as noções de virtude das cabeças mais avançadas da Europa, como é o caso da Holanda, onde se acha uma boa ideia proibir as pessoas de cultivarem o solo.
Toda essa gente tem aliados ativos na vida pública e privada do Brasil.Banqueiros de esquerda, por exemplo, escrevem manifestos anunciando “boicotes” fatais contra a economia brasileira por parte dos grandes fundos de investimento internacionais e das múltis mais globalizadas, para punir a nossa pouca atenção à “crise do clima”.
Os boicotes nunca aparecem no mundo das realidades;a produção e as exportações do agro brasileiro batem novos recordes a cada ano. Mas fazem grande sucesso nos salões, na mídia e nos meios “bem informados”.
Também há as ONGs, é claro — essas fazem dia e noite, e frequentemente com dinheiro público, um trabalho de agressão em tempo integral contra tudo o que o país tem de bom, ou tenta construir para se desenvolver. Há as classes intelectuais, a universidade pública e o universo artístico.Há as empresas socialistas. Há as agências de publicidade inclusivas. Há o Ministério Público, a justiça e as “agências reguladoras”. Há, em geral, tudo o que se descreve como “esquerda”.
Querem, todos eles, um Brasil desenhado por funcionários das agências temáticas da Comunidade Europeia,ou por executivos da Disney, ou por professores de Harvard;
acham que o que é virtude em Bruxelas tem de ser virtude em Piracicaba. Não imaginam, nunca, que o Brasil faça parte dos 90% do mundo que estão fora da Europa e dos Estados Unidos; acham que estamos nos 10%. São um atestado da falência de si próprios.
Dois casos bastante tristes mobilizaram as redes sociais na última
semana. Infelizmente, os dois episódios demonstram que a disposição das
pessoas para julgar e dar palpite em assuntos dos quais apenas ouviram
falar, sem conhecer qualquer detalhe, só faz aumentar.
Foto: Reprodução Instagram
As redes sociais empoderaram os ignorantes, os imbecis, os ressentidos, os furiosos. E a internet se torna, cada vez mais, uma arena onde a barbárie corre solta, com todos dando livre vazão aos seus piores instintos. Parece que a razão de viver dessa gente é apontar o dedo e eleger o Judas Iscariotes da vez, para linchar e esfolar – sempre em nome da virtude, da tolerância e da democracia.
Piora as coisas o fato de a turba desconhecer gradações: nos julgamentos sumários que ela promove só existem heróis e vilões, bandidos e vítimas, santos e genocidas. O mundo – pelo menos o mundo que se manifesta nas redes sociais – é maniqueísta: não há espaço para contrapontos, nem para a diversidade de opiniões e pontos de vista; não existem tons de cinza, apenas o preto e o branco, o bem contra o mal.
E a sentença é sempre a mesma, aliás executada por quem acusa e julga:o cancelamento e o linchamento virtual. Viramos uma sociedade de abutres, na qual não há preocupação nem empatia sinceras com a dor do outro.
Nos dois casos em questão neste artigo: não há preocupação nem empatia sinceras nem com a menina grávida, nem com a jovem estuprada, nem com o feto descartado como lixo, nem com o bebê entregue para adoção. Os virtuosos criticam ferozmente a exposição dessas vítimas, mas, justamente para ostentar virtude, as expõem ainda mais. Porque, no fundo, vítimas só interessam como personagens de uma narrativa pré-fabricada, em prol da imposição de uma agenda que em tudo contraria os valores e crenças do brasileiro comum: a agenda da defesa do aborto. Muitos caem de inocentes na manipulação; outros agem de forma mal-intencionada mesmo.
Desnecessário recapitular os dois episódios. Só pretendo chamar a atenção para aspectos relevantes que foram totalmente (deliberadamente?) ignorados pela grande mídia e pelos ativistas das redes sociais (que, aliás, se tornaram os principais pautadores da grande mídia).
No caso da menina grávida, houve sim um crime horrível, e a menina, por óbvio, é a vítima. Mas o crime cometido e seus perpetradores são bem diferentes daqueles inicialmente apontados. A julgar pelo que disse o delegado que investiga o caso, depoimentos indicam que a menina de 11 anos mantinha relações consensuais com o namorado de 13, de quem engravidou, aliás filho de seu padrasto (!?).
Sendo isso verdade, a menina não foi estuprada por um adulto, como fizeram crer as primeiras manchetes. E, sendo o próprio pai da criança gerada menor de 14 anos, surgem complicações jurídicas que tornam o caso muito mais complexo do que nos foi vendido.
Mas o tratamento dado ao caso pela grande mídia não apenas ignorou solenemente esses “detalhes”como ensejou a tentativa de assassinato de reputação de uma juíza, apresentada como criminosa por buscar uma solução alternativa, que preservasse o feto inocente (a antecipação do parto e entrega do bebê para adoção). A este ponto chegou o nosso jornalismo. Quem contribui para criar um ambiente no qual crianças são erotizadas e os pais não têm mais nenhuma ascendência sobre os filhos?
Eduardo Cabette faz uma análise percuciente do episódio, do ponto de vista legal, neste artigo. Mas o que importa considerar aqui é que a destruição da família e de valores morais compartilhados pela sociedade, processo que avança a pleno vapor, gera situações tão absurdas que a lei já não dá mais conta.
As perguntas que ninguém fez são:
- onde estavam os pais dessas duas crianças?
- Estavam cientes das relações sexuais entre elas?
Fato é que algo assim só pode acontecer em uma sociedade na qual a instituição familiar já está severamente abalada.
E quanto mais atacarem os valores associados à família, mais frequentes serão esses episódios.
Mas quem contribui diariamente para criar um ambiente no qual crianças são erotizadas e os pais não têm mais nenhuma ascendência sobre os filhos?
São os conservadores? [certamente que não.]
Ou é a militância progressista incrustada nas universidades, nas redações e no Judiciário?
Somente o cinismo e a má-fé podem explicar o fato paradoxal de que justamente aqueles que se dedicam incessantemente a destruir a instituição familiartentam simular uma indignação histérica quando meninas engravidam – e ainda apontam o dedo para quem defende a família.
A alternativa apresentada pela juíza cancelada à menina grávida (supostamente)do namorado foi, aliás, a alternativa escolhida pela jovem atriz, esta sim vítima de estupro – que se viu obrigada a se manifestar publicamente depois que um site expôs sua história de forma calhorda.
Ela também tinha a justificativa legal para um aborto, já que a gravidez foi consequência de um estupro, mas escolheu levar adiante a gestação até o fim e entregar o bebê para adoção. Tudo isso em silêncio, sem posar de heroína. Seguramente foi uma escolha sofrida e que pode ser considerada controversa, mas muito mais humana que a de eliminar o feto. Fica a pergunta: por que o tema da entrega para adoção não se faz mais presente no debate sobre o aborto?
Também na semana que passou, na esteira de protestos dos abortistas americanos contra a decisão da Suprema Corte que anulou a garantia federal ao direito de aborto, uma imagem trágica circulou nas redes sociais: a fotografia de uma mulher grávida que rabiscou na própria barriga a frase “not yet a human” (“ainda não é um humano”), referindo-se ao bebê que carrega no ventre.
É difícil encontrar palavras para classificar esse gesto: uma mulher que afirma que o ser que ela sente vivo dentro dela, cuja vida ela gera, não é humano.
O aborto nunca foi e nunca será um tema trivial, por mais que se esforcem para nos convencer de que um feto “ainda não é um humano”,ou de que eliminar um feto é um“direito reprodutivo” da mulher, um ato tão insignificante quanto descartar uma roupa velha ou um objeto indesejado.
Qualquer pessoa que já tenha ouvido o coração do seu filho bater durante uma sessão de ultrassonografia, durante uma gestação, sabe, em um nível muito profundo, que isso é apenas uma mentira.
Fora a hipótese, impraticável, de uma queda de Putin, só resta a alternativa de concessões que arranquem nacos da Ucrânia - e talvez nem isso baste
[esse cidadão está destruindo a Ucrânia e o povo que,ingenuamente, lhe confere apoio.
Quanto mais tempo ele permanecer presidente, mais sofrimento para os ucranianos. Ele está tentando transformar um conflito localizado em uma guerra mundial, com perdas irreversíveis para todo o planeta Terra.
Faz pedidos absurdos, que sabe não serão atendidos pelos seus 'aliados'.]
Por que Volodymyr Zelenskycontinua a pedir ao mundo ocidental uma zona de exclusão aérea, como apelou ontem, de novo, ao Congresso americano? Ele sabe que isso não vai acontecer, como já foi explicitado várias vezes. Uma zona de exclusão implicaria em confrontos diretos entre aliados da Otan e russos, o caminho mais curto para a Terceira Guerra Mundial.
É possível que Zelensky ainda tenha esperança de que a barbárie russa crie alguma alternativa para o que ele pede, é possível que esteja simplesmente desesperado e também é possível que ele conheça muito bem as regras do jogo – e esteja colocando na mesa um pedido, para retirá-lo quando tiver que negociar para valer o fim da guerra.
E como essa guerra termina? Duas versões opostas circulam atualmente. Uma é maximalista e foi resumida pelo primeiro-ministro Boris Johnson: “Putin tem que fracassar e parecer que fracassou”. Caso contrário, uma agressão inominável, que detona os princípios básicos das relações entre as nações, sairá recompensada.
A outra proposta é pragmática: Putin tem que ter uma porta de saída. Em inglês, off ramp,ou uma alternativa que não o recompense, mas também não o deixe com a cara no chão, pois isto só desfecharia fúrias ainda mais destruidoras sobre a Ucrânia. Entre elas, o uso de armas biológicas ou até de bombas nucleares táticas – que atingem o adversário no teatro de operações, caso conclua que “não apenas o seu poder, mas também sua fortuna e até sua vida estejam correndo risco”, segundo especulou Tom McTague na Atlantic.
A opção pragmática leva em conta que, militarmente, a Rússia tem um poderio várias vezes superior, capaz de se impor mesmo com todos os percalços vistos até agora e apesar da bravura e do engenho demonstrados pelas forças ucranianas. O que nos leva de volta à questão inicial: a guerra, desse ponto de vista, só termina se Zelensky fizer inevitáveis concessões – sem contar que também tem que ter condições de fazer isso. A popularidade propulsionada a 91% pode não sobreviver se o carismático herói da resistência fizer concessões que a população ou diferentes correntes das forças armadas rejeitem.
Sem que ninguém assuma isso abertamente, Zelensky será pressionado pelos aliados que agora ajudam a manter a Ucrânia de pé caso a “porta de saída”para Putin seja considerada viável.
Um balão de ensaio já circulou na semana passada.
Segundo uma fonte ucraniana disse a dois órgãos de comunicação israelenses, o primeiro-ministro Naftali Bennett, ao voltar de uma reunião com Putin em Moscou,havia pressionado Zelensky a aceitar uma proposta russa.
“Se eu fosse você, pensaria na vida do meu povo e aceitaria a oferta”,
foi uma frase atribuída a Bennett – e veementemente desmentida pelas duas partes.
A questão é particularmente complicada porque Zelensky é judeu e Israel tem uma grande afinação com a Rússia de Putin, tanto por motivos estratégicos quanto pelo 1,2 milhão de judeus “russos” que vivem no país. (Natan Sharansky, ucraniano que foi um dissidente encarcerado ainda na época da União Soviética, disse que Putin “é o primeiro líder russo em mil anos a ter uma visão positiva dos judeus”).
O fato é que acordos de paz estão sendo rascunhados em várias instâncias. Um deles foi esboçado por um professor de Cambridge, Mark Weller, especialista em conflitos internacionais. Propõe ele:
- a região separatista de Donbass ganha autonomia, mas continua ucraniana no papel;
- a Crimeia mantém o status quo (ou seja, continua russa na prática);
- a Rússia ganha garantias de um regime de moratória para a entrada da Ucrânia na Otan,[pelas propostas em discussão a Ucrânia não entrará na Otan.] e possivelmente também a Georgia e a Moldova.
Mais ainda: não haveria reparações para os horríveis crimes de guerra que a Rússia está cometendo, dos quais o último é o hediondo bombardeio de um teatro em Mariupol onde mais de mil pessoas procuravam refúgio.
São concessões duras para a Ucrânia, embora na realidade remetam à situação existente antes da invasão. “Só será possível um acordo quando a vitória for improvável ou quando as perdas impostas a cada lado por uma continuação do conflito pareçam verdadeiramente insuportáveis”, disse Weller.
Propostas desse tipo já estão sendo discutidas ou acabarão entrando na mesa. Ontem, Zelensky disse mais uma vez que os ucranianos “estão aceitando” que nunca entrarão para a Otan. Como entrou no modo tirano total, Putin pode simplesmente dar risada das propostas de paz. Ele também pode ter um sentimento pessoal de vingança contra o presidente ucraniano, que satirizou sua “esposa secreta”, a ex-ginasta Alina Karbaeva, num programa humorístico, usando um agasalho rosa choque.
Zelensky, propulsionado ao estrelato mundial como símbolo de bravura e resistência, terá que considerar as propostas. Isto o deixa num lugar muito solitário, talvez o mais solitário do mundo, diante de duas opções horríveis: continuar a ter o país destruído ou fazer concessões ao homem responsável por esta destruição? [em nossa opinião nenhum presidente, rei, monarca ou o que seja, tem o direito de destruir seu país apenas para não fazer concessões a quem ele considera inimigo.]
“A paz não é feita com amigos. É feita com inimigos intragáveis”,disse Yitzhak Rabin. O primeiro-ministro israelense foi morto em 1995 por um radical judeu que não aceitava o acordo assinado com Yasser Arafat.
Se a esperteza para“encantar jumentos” fosse o principal
requisito para algum candidato ocupar a Cadeira Presidencial do Palácio do
Planalto, sem qualquer dúvida essa importante cadeira teria de ser ocupada novamente
pelo ex-Presidente e ex-presidiário, atualmente 'descondenado'Lula da Silva, a partir de 1ª de janeiro de
2023.
Oportunista como ninguém, o chefe da quadrilha que raspou o
erário em mais de 10 trilhões de reais enquanto o PT governou, “antenou”
rapidamente ante o poderia chinês que abraça o mundo sem piedade, e que já
comprou praticamente quase todos os países pobres da África, o Estado do
Vaticano, e finca raízes políticas e econômicas profundas em quase todos os continentes, inclusive na
América do Sul, nas “pessoas” da Venezuela, Argentina, e provavelmente Chile.
Mas a China está mesmode “olho” é no Brasil, onde já investiu em quase todos os setores da
economia, na indústria, no comércio, na produção rural, nas emissoras de
televisão, e diversas outras atividades, tendo importantes representantes na
política para trabalhar por seus interesses, cujo objetivo último será o de dominar a política a fim de ter o país
inteiramente subjugado a seus pés.
Bem sabem os chineses que os mais de oito milhões de Km/2
que tem o território brasileiro, com terras aproveitáveis para agricultura e
pecuária como nenhum outro, serviriam muito bem para matar a fome dos 1,4
bilhões de chineses. E que nem precisariam deslocar trabalhadores rurais da
China para cá. Os brasileiros se
encarregariam de fornecer mão de obra, muito “barata’.
Ademais, os chineses já encontrariam funcionando ”um dos
agronegócios mais desenvolvidos do mundo. Seria só mudar de “dono”.
Lula percebeu, com toda a“esperteza” que sempre lhe foi peculiar, essa caminhada sem volta do
domínio chinês no mundo, e logo passou a vestir a camiseta de XI Jinping
,virando imediatamente seu “garoto propaganda”, prometendo fazer do Brasil uma
cópia “xerox” da China, tão logo,e se eleito,na certeza dos “yuans” que a China despejará
na campanha da sua eleição presidencial, paralelamente à compra deum país que eles mesmos quebraram enquanto
governo, em visível “liquidação”, podendo ser comprado a “preço de banana”.
(arrego pros floquinhos com “ansiedade climática”...)
Se tu vens às quatro da tarde, desde às três eu começarei a ser feliz...
Antoine de Saint Exupery
Onde estão
mesmo as anotações que fiz pra esta crônica? Estava tão ansioso pra
escrever que nem as peguei e, se bobear, escrevo sem elas... Já te disseram que você é ansioso demais!? Que bom, então, posso trabalhar com você. Difícil trabalhar com quem não é.
Lembra
aquele filme em que o pessoal levou dias para conseguir uma vacina ou um
antídoto e quando conseguiu não parou de correr até enfiar a
agulha? Nem pra descansar? Você pode ter pensado em vários filmes
diferentes do meu, ou dos meus, porque são vários que tratam desse tipo
de herói. Esse é o ansioso: aquele que sabe o que é uma prioridade e só
pensa naquilo, só trabalha por aquilo até fazer tudo que pode, até
enfiar a agulha e injetar o antídoto.
Já pensou conseguir tudo e o médico ficar demorando a aplicar?
Sim,
qualquer um que tenha real senso de prioridade é um ansioso. Sim, estou
dizendo que a maioria das pessoas não possui senso de
prioridade. Coisas simples mostram isso. Se a sua formatura é hoje (e
não é na sua casa) , por que raios você está fazendo faxina em vez de só
focar na formatura? Se daqui a duas horas você vai competir num
campeonato, como você consegue perceber que tem algo sujo em cima do
tanque? Se você vai receber seus amigos pra jantar no salão do
condomínio hoje à noite, porque à tarde você está arrumando seu
apartamento?! O ansioso só pensa naquilo, só se prepara para aquilo, só
busca estar pronto para aquilo por horas, dias! E quando começa a
execução, nada mais existe no mundo senão aquilo...
Enquanto
depressão é excesso de passado, ansiedade é excesso de futuro. Mas na
verdade, pro ansioso não é excesso. O defeito do ansioso é que ele faz
tudo mal feito exceto a prioridade, que ele faz com rendimento máximo,
em geral, bem feita. Já os sem-prioridades correm o risco de não
renderem o máximo, na prioridade, por terem perdido tempo e esforço com
outras coisas nos momentos errados. Por não saberem lidar com
prioridades...
O ansioso
sofre antes da hora e, com isso, antecipa as hipóteses e estará
preparado para resolver o que surgir.
O ansioso é quase sempre alguém
que resolve! Dito isso e louvados os ansiosos, preciso agora
defendê-los.
Não me venha chamar de ansiosos esses da geração
“ansiedade climática”.
Eles não são ansiosos. Eles não são deprimidos.
Não vivem um excesso de passado, pois nada fizeram de útil e nem um
excesso de futuro, pois são meros seguidores tapados da próxima modinha
que surgir.
Saudemos
os ansiosos, ajudemos os deprimidos e critiquemos os modinhas da geração
mais fraca que o mundo já conheceu... a dos que não sabem resolver
nada...
Se tenho uma festa às 10
8:30 já estou pronto
Fico balançando os pés
Sentado na beira da cama
O tempo não passa pra mim
Cazuza
Artigo
publicado originalmente no excelente portal Tribuna Diária
Renan Calheiros é hoje uma espécie de editor-chefe do noticiário político; o que a mídia publica é o que ele quer ver publicado
O presidente Jair
Bolsonaro, entre outros altos crimes e coisas do mal, praticou —
imaginem só uma coisa dessas — “464” atos de agressão explícita à
imprensa, aos jornalistas e à liberdade de expressão no Brasil desde que
assumiu o governo. Isso mesmo: 464, nem um a menos. É o que foi
publicado na mídia, com todos os adereços de coisa séria, científica e
indiscutível. (O número de infrações vem de uma ONG que diz verificar
como está, presume-se que em tempo real, a situação das liberdades
através do mundo. No Brasil, particularmente, ela se declarou a favor do
incêndio na estátua do Borba Gato, em São Paulo, e estima que a
vereadora Marielle é a semente da “transformação política” do país.
Esses detalhes não foram publicados pela mídia; só se divulgaram os “464
atentados” do presidente contra o direito à livre expressão.)
É curioso: por que ninguém havia notado até então, a começar pela própria mídia, uma perseguição desse tamanho?
Tudo bem que o presidente, como se ouve todos os dias na oposição de esquerda, social-democrata e liberal-centrista-equilibrada, é genocida, totalitário e está agindo para dar um golpe de Estado; fala-se tanto nisso e em outras coisas do mesmo gênero que ninguém discute mais o assunto. Mas “464 ataques” contra a imprensa? Quais seriam? Só agora foram fazer a conta? Não vale dizer que Bolsonaro fala mal da mídia e dos comunicadores todas as vezes que tem uma oportunidade, e mesmo quando não tem — os comunicadores e a mídia fazem a mesma coisa, ou muito pior, em relação a ele. Isso aí não é atentado nenhum aos jornalistas ou à liberdade de imprensa — é apenas uma questão de opinião, de parte a parte, e está amplamente dentro dos limites do direito de expressão.
Esta é a única participação do “público” na história toda: pagar
Vale menos ainda ficar chorando, dia sim dia não, sobre o corte das verbas publicitárias que o governo federal costuma pagar aos órgãos de imprensa, com a desculpa mútua de que “estão sendo prestadas contas” ao público — ele, governo federal, mais os governos estaduais e municipais, em que a farra continua a toda. Esta é uma das mentiras mais lamentáveis na história dos órgãos de comunicação deste país. Ninguém, aí, jamais pensou em prestar conta nenhuma; é pura operação comercial na qual os governos transferem dinheiro do bolso público para o bolso particular dos donos dos veículos de imprensa, com o objetivo exclusivo de comprar a sua simpatia ou, pelo menos, a sua neutralidade.
Esta é a única participação do “público” na história toda: pagar. Bolsonaro, na verdade, só deveria ser elogiado por reduzir essas verbas. É um escândalo, que a imprensa esconde cuidadosamente — promovendo a ficção segundo a qual dinheiro do governo garante a “liberdade de expressão” e que, assim sendo, não há nada de errado em doar recursos do Erário para jornais, revistas e emissoras de rádio e televisão. (Mais o reforço, hoje, da “mídia social”.) Alguém já ouviu falar em verbas publicitárias oficiais em algum meio de comunicação da Inglaterra, por exemplo? Ou dos Estados Unidos? É claro que não.
O fato, que todos fingem não existir, é que a perseguição à mídia e à liberdade de expressão está vindo diretamente do Judiciário, por meio do Supremo Tribunal Federal, e agora do Congresso Nacional. Do Judiciário nem adianta falar mais nada:os ministros rasgam diariamente a Constituição com o seu inquérito ilegal contra as fake news, a manutenção de um jornalista em prisão domiciliar e a censura, já ocorrida objetivamente, contra um órgão de imprensa — a revista Crusoé.O agressor ao direito de expressão, aí, não é o governo federal.O presidente não mandou prender jornalista nenhum, nem pediu que um veículo fosse censurado, nem processa alguém pela divulgação de notícias falsas contra si próprio. Não telefona aos donos dos jornais para pedir a cabeça de jornalistas de quem não gosta, como é tradição entre os peixes graúdos do PSDB e outros santos da democracia. Quem faz essas coisas é o STF — e, agora, o Senado Federal, dentro da “CPI da Covid”, que se transformou neste ente degenerado que está aí, funcionando diariamente como o polo número 1 de “resistência” ao governo.
É como se Bolsonaro pedisse a quebra do sigilo bancário da Rede Globo
Imagine-se, se for possível, o presidente Bolsonaro fazendo o que acaba de fazer o gestor-chefe da CPI, Renan Calheiros — um dos políticos brasileiros em maiores dificuldades junto ao Código Penal, com os nove processos que carrega nas costas, e hoje transformado no grande estadista da esquerda e da imprensa brasileira, ali junto com Lula, em pessoa, por conta da guerra que move contra o presidente da República. Renan, muito simplesmente, pediu que seja quebrado o sigilo bancário da rádio Jovem Pan — que o desagrada intensamente com as suas notícias e comentários sobre a CPI. É como se Bolsonaro pedisse a quebra do sigilo bancário da Rede Globo, por exemplo. Que tal? Não seria, aí, apenas o 465º ataque do presidente à imprensa; seria o fim da civilização, no Brasil, no mundo e no sistema solar.
A CPI de Renan e seus associados, como relatado em outra reportagem desta edição, virou um monstro.
Começou como um projeto mal-intencionado, com o objetivo de atacar o governo, dar cartaz aos seus controladores e ocultar a verdadeira corrupção no trato da epidemia.
Depois, só foi aumentando o número de más intenções; a esta altura, como se vê, está operando a toda no ataque à parte da mídia que não obedece à CPI, e nem se deixa comandar pelo senador Calheiros. Isso, sim, é uma tentativa indiscutível de censura — um ato de intimidação grosseiro, claramente destinado a calar os jornalistas que não aceitaram submeter seu trabalho aos desejos dos militantes da CPI.
Renan, hoje, é uma espécie de editor-chefe do noticiário político brasileiro; o que a imprensa publica é o que ele quer ver publicado, na hora que quer e do jeito que quer. É natural, assim, que esteja empenhado em silenciar as ilhas de independência existentes na mídia — sobretudo quando sabe muito bem que os veículos de comunicação estão a favor dele, e não de quem ele agride.
A conspiração para calar a Jovem Pan é apenas o movimento mais recente de um jogo que já dura dois anos e meio. O fato, no fim das contas, é que o governo Jair Bolsonaro está sendo desmanchado pelo STF, pela esquerda parlamentar, por políticos que só têm compromissos com si próprios e por uma imprensa que vê na destruição do presidente da República o principal objetivo da sua ação, da sua ética profissional e da sua existência. O fato é que todos eles jamais aceitaram o resultado das eleições de 2018.
Começaram com a tentativa de impedir a própria posse do eleito, com o pretexto de que teria feito mau uso das redes sociais durante a campanha. Daí para diante, e até hoje, têm feito tudo para impedir que o governo funcionasse.
O impeachment tornou-se um tema permanente.
As pesquisas garantem todos os dias que Bolsonaro está morto.
Agora, procura-se demonstrar que o presidente está querendo criar uma ditadura e, portanto, não pode continuar na Presidência.
A tudo isso, o governo responde mexendo com deputados daqui para ali, com a ressurreição do Ministério do Trabalho e com a fé — no desempenho da economia daqui até as eleições de 2022, e no apoio de um Brasil que não aparece nos manifestos do ministro Barroso, nem na mídia, nem na lista de desejos do senador Renan. A questão é de que lado está a maioria.