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quarta-feira, 27 de maio de 2015

Baderneiros disfarçados de rodoviários e acoitados pelo ‘sindicato dos rodoviários do DF’, voltam a tumultuar o trânsito em Brasília. Falta pulso ao governador do DF para reprimir os desordeiros



ROLLEMBERG E JUSTIÇA PRECISAM JOGAR DURO CONTRA OS RODOVIÁRIOS

PARA COMEÇAR, MULTA DIÁRIA A SER PAGA PELO SINDICATO POR CADA DIA PARADO: NADA DE PERDOAR  MULTA, COBRAR MESMO

ÔNIBUS VOLTAM A CIRCULAR NO DF

1,5 MILHÃO DE PASSAGEIROS FORAM PREJUDICADOS PELOS DESORDEIROS TAMBÉM CONHECIDOS COMO RODOVIÁRIOS
Em campanha salarial, rodoviários fazem paralisação em todo o DF

Até a tarde desta quarta-feira, nenhum ônibus de cinco empresas deve circular. Sindicato fará assembleia no domingo, com indicativo de greve geral

Os ônibus voltaram a circular às 15h desta quarta-feira (27/5) em todo o Distrito Federal, após rodoviários de cinco empresas de ônibus cruzarem os braços durante a manhã, alegando falta de acordo na negociação da data-base com as empresas. A paralisação relâmpago de cerca de 12 mil trabalhadores afetou ao menos 1,5 milhão de passageiros de todo o DF, segundo o Transporte Urbano do Distrito Federal (DFTrans). Aproximadamente 2,5 mil coletivos ficaram estacionados nas garagens.

A população já sente os transtornos da paralisação no centro da capital, onde foram fechados os acessos à Rodoviária do Plano Piloto. Duas faixas do Eixo Monumental estão fechadas: uma no sentido Esplanada dos Ministérios e outra no sentido Rodoferroviária. Os rodoviários estão parando aos poucos, desde as 10h30, e deixando os ônibus nas vias. O objetivo é pressionar os patrões a assinarem o acordo coletivo.

Rosiane Martins, 26 anos, é balconista em um quiosque da Rodoviária do Plano Piloto. Ela saiu do trabalho ao meio-dia e não sabe como voltará para casa, em Planaltina. "Não tenho como ir embora, o transporte pirata cobra R$ 10 e só estou com o vale-transporte", disse a balconista. Apesar dos transtornos, ela acredita que os rodoviários têm o direito de protestar, mas deveriam fazer um movimento que não prejudicasse tanto a população.

No entanto, essa não é a opinião da maioria que aguarda na rodoviária. O tosador de animais, Fábio de Jesus, 34 anos, não sabia da paralisação e foi surpreendido ao tentar chegar ao trabalho. "Os empresários é que deveriam pagar por isso, não a população. Nós é que ficamos prejudicados", disse Fábio, atrasado há mais de 45 minutos e sem previsão de chegar à empresa em que trabalha, no Varjão.

Um dos diretores, Marcos Júnior Duarte, disse que já foram realizadas quatro rodadas de negociações, mas, até o momento, as empresas não apresentaram propostas. Sem acordo, os trabalhadores devem se reunir em assembleia no domingo (31/5), às 9h, com indicativo de greve geral para a segunda-feira (1°/6). Segundo a associação das empresas, a paralisação não tem justificativa, já que as negociações ainda estão ocorrendo. Na última proposta feita, na quinta-feira (21/5), as empresas afirmam que chegaram a oferecer um reajuste de 8.34%, com base no Índice Nacional de Preços ao Consumidor (INPC) do IBGE, mas a categoria não aceitou. No ano passado, os rodoviários tiveram um reajuste salarial de 20%, um dos maiores para a categoria em todo o país em 2014.

A Secretaria de Mobilidade (SEMOB-DF) informou que está acompanhando de perto a paralisação e tomará as medidas judiciais cabíveis para garantir a continuidade do serviço. "A paralisação dos rodoviários foi feita sem o aviso prévio previsto em lei, que é do mínimo 72 horas de antecedência", informou a secretaria em nota. A SEMOB disse entender que as negociações salariais dos rodoviários é um assunto das empresas.

Caos no transporte público
A paralisação ocorre ao mesmo tempo em que cerca de 42 mil passageiros de cinco regiões administrativas ficaram sem ônibus, por conta da paralisação de rodoviários da cooperativa Cobrataete, que faz as linhas Varjão, Lago Norte, Planaltina, Paranoá e Itapoã. Eles reivindicam o pagamento do tíquete, cesta básica e o salário que está atrasado.

De acordo com o diretor do Sindicato dos Rodoviários, Diógenes Nery, 140 motoristas e cobradores que trabalham em 50 microônibus estão parados. “Os funcionários da empresa já haviam feito uma paralisação na última semana e o governo garantiu que faria o repasse de R$ 38 mil até esta terça-feira (ontem)”. Ele afirmou ainda que a empresa alega não ter dinheiro porque o GDF ainda não fez o repasse. Em nota, o DFTrans disse que pagará os salários em atraso até sexta-feira (29/5).
[basta o GDF deixar de covardia e deixar os rodoviários sem pagamento uma semana e eles voltam ao trabalho bem mansinhos.]
Só fazem baderna porque sempre o governador se acovarda e cede.]

Fonte: Correio Braziliense


Fome afeta 795 milhões de pessoas no mundo, mostra relatório da ONU



Apesar de melhora no cenário geral, na África Subsaariana, 23,2% dos habitantes passam fome e 24 países africanos enfrentam atualmente crises alimentares - o dobro do que em 1990
A crise econômica prejudicou o combate à fome, que afeta 795 milhões de pessoas, segundo um relatório anual da Organização das Nações Unidas (ONU) divulgado hoje (27), e que registrou queda nos números globais.  De acordo com a última edição do relatório da ONU O Estado da Insegurança Alimentar no Mundo 2015, estima-se que caiu para 795 milhões o número de pessoas com fome no mundo, 10 milhões a menos do que o registrado no ano passado e 167 milhões a menos do que na década passada.

A situação melhorou nas regiões em desenvolvimento, onde a taxa de desnutrição – que mede a proporção de pessoas incapazes de consumir alimentos suficientes para uma vida ativa e saudável - diminuiu para 12,9% da população, contra 23,3% há 25 anos. Ainda assim, na África Subsaariana, 23,2% dos habitantes passam fome e 24 países africanos enfrentam atualmente crises alimentares – o dobro do que em 1990, indica o relatório, publicado hoje pela Organização das Nações Unidas para Agricultura e Alimentação (FAO), Fundo Internacional de Desenvolvimento Agrícola (Fida) e Programa Mundial de Alimentos (PMA).

O diretor-geral da FAO, José Graziano da Silva, mostrou-se otimista pelo fato de a maioria – 72 entre 129 dos países monitorados – terem atingido a meta do Objetivo de Desenvolvimento do Milênio de reduzir para a metade a prevalência de desnutrição em 2015, enquanto as regiões em desenvolvimento falharam por uma margem reduzida.

Outros 29 países terão cumprido a meta definida na Cúpula Mundial da Alimentação em 1996, quando os governos se comprometeram a reduzir pela metade o número absoluto de pessoas subnutridas até 2015. "O quase cumprimento das metas mostra que podemos realmente eliminar o flagelo da fome durante esta geração. Nós devemos ser a geração Fome Zero. Esse objetivo deve ser integrado em todas as intervenções políticas e no coração da nova agenda de desenvolvimento sustentável a ser criada este ano", defendeu.

Segundo o documento, a crise econômica dos últimos anos prejudicou os progressos no combate à fome, juntando-se a outras causas como desastres naturais, fenômenos meteorológicos graves, instabilidade política e conflitos civis.  O relatório indica que, ao longo dos últimos 30 anos, as crises têm evoluído de eventos catastróficos, curtos, agudos e de grande visibilidade até situações prolongadas, devido a uma combinação de fatores, especialmente os desastres naturais e conflitos, com as mudanças climáticas, crises de preços e financeiras frequentemente entre os fatores agravantes.

Fonte: Agência Brasil

Eduardo Cunha não pode tudo, mas ainda pode muito



Presidente da Câmara sofreu duplo revés em votação da reforma política, porém, ainda tem cartas na manga
Foi um dia como há muito o governo Dilma não vivia. Primeiro, conseguiu aprovar a principal medida do ajuste fiscal, importante não somente pela economia que representa, mas principalmente como um sinal para o mercado de que ainda tem alguma força para arrumar a casa. Depois, ajudou a derrotar o seu principal algoz, o presidente da Câmara, Eduardo Cunha (PMDB), na votação da reforma política. Duplo revés, aliás: os deputados rejeitaram a formalização das doações privadas de campanha e o chamado “distritão”, este o mais sentido por Cunha, que não conseguiu disfarçar a decepção ao ver a derrota acachapante no placar do plenário (267 votos contra e 210 a favor).

Embora o embaixador do “distritão” seja o vice-presidente Michel Temer, não há dúvida de que foi uma derrota pessoal do presidente da Câmara. Cunha fez de tudo nas últimas 48 horas para emplacar o sistema usado no Afeganistão e na ilha de Vanuatu, pelo qual são eleitos os candidatos mais votados e ignorados os votos nos partidos. Até atropelar colegas de partido ao jogar no lixo o relatório da comissão especial para votar a reforma da maneira que desejava.

A truculência de Cunha, representada nos 13 votos contrários de peemedebistas, ajuda a explicar o resultado. Mas não só. Pesou, segundo relatos colhidos na hora da votação, o receio de muitos deputados em abandonar o sistema proporcional, que, afinal de contas, os elegeu. Os pequenos partidos, que Cunha tentou cooptar prometendo impedir o avanço da cláusula de desempenho, também lhe faltaram.

Por tudo isso, o dia começou com a impressão de que o presidente da Câmara já não é tão poderoso quanto se imaginava. Mas isso será suficiente para inaugurar uma nova etapa na relação entre ele e o governo Dilma? O histórico recente indica que não.

Cunha tem nas mãos o comando de comissões-chave, incluindo a CPI da Petrobras. Controla a pauta de votações e já deu demonstrações de que pode fazer avançar projetos capazes de desidratar o ajuste fiscal. Mais: as maiorias formadas nos últimos meses são muito fluídas, cada batalha é uma batalha, algo próprio de um governo muito fraco. 
Nunca é demais lembrar que o marco zero da atual crise política é a aventura desastrada do governo numa campanha para tentar vencer Cunha na disputa pela presidência da Câmara, uma eleição que, como se sabe, estava perdida.

Em outras palavras, Eduardo Cunha não pode tudo, mas ainda pode muito. [não deve ser esquecido que permanece entre os poderes do Eduardo Cunha o de acolher e mandar processar pedidos de impeachment apresentados contra a ‘cérebro baldio’ Dilma Rousseff, ainda presidente do Brasil.
Hoje mesmo, Eduardo Cunha pode se assim desejar mostrar força e tirar o sono da petralhada. Para tanto, basta receber e dar seguimento ao pedido de impeachment apresentado pelo Movimento Brasil Livre contra a ‘neurônio solitário’.
Um pedido de impeachment em tramitação na Câmara dos Deputados pode apresentar qualquer resultado, até mesmo dar em nada.
Mas, as chances de um impeachment ocorrer quando o pedido começa a tramitar são bem maiores do que quando por decisão do presidente da Câmara é arquivado sumariamente.
A via para o fim do governo petista não sabemos, mas uma esperança nos anima: o fim do desgoverno Dilma e, por extensão, da petralhada, ocorrerá mais cedo que o esperado.]

Fonte:  Alan Gripp é editor de País- O Globo


Após marcha, grupo entrega pedido de impeachment

Documento cita negligência da presidente diante de ilegalidades praticadas por subordinados; grupo que entregará pedido marchou por 32 dias

Em 15 de março e 12 de abril, milhões de brasileiros saíram às ruas em centenas de cidades para demonstrar sua insatisfação com a presidente Dilma Rousseff. Depois disso, em 24 de abril, um grupo de manifestantes iniciou uma marcha rumo a Brasília (DF) para pedir o impeachment da presidente da República. 

O desfecho acontecerá nesta quarta-feira às 15 horas, quando o documento será entregue pessoalmente ao presidente da Câmara dos Deputados, Eduardo Cunha (PMDB-RJ). Não é a primeira representação do tipo contra Dilma. Mas o documento de aproximadamente 3.000 páginas se torna o único com sustentação jurídica suficiente para não ser descartado de imediato. [um outro fato ajuda o Brasil e os brasileiros do BEM: Eduardo Cunha tem autoridade para arquivar ou dar seguimento - com as derrotas que ele tem sofrido ultimamente, precisa de holofotes e isso fará que ele opte por encaminhar.
O resto anda sozinho.]

A peça principal, à qual o site de VEJA teve acesso, se baseia em quatro pontos. Em todos, Dilma é acusada de negligência, nunca de ação direta. No entender dos autores do pedido, isso aumenta a probabilidade de punição, já que não será preciso comprovar a participação ativa da presidente em cada um dos atos questionados.  O primeiro item cita a omissão de Dilma diante do escândalo de corrupção na Petrobras. O pedido afirma que, ao não demitir Graça Foster do comando da empresa e Edison Lobão (PMDB-MA) do Ministério de Minas e Energia, mesmo depois de ambos se tornarem alvos dos investigadores, Dilma cometeu crime de responsabilidade.

O segundo item lembra que Dilma não demitiu Guido Mantega do Ministério da Fazenda nem Alexandre Tombini do Banco Central quando os dois executaram as "pedaladas fiscais" em 2013 e 2014, já comprovadas pelo Tribunal de Contas da União.

O terceiro afirma que Dilma não tomou providências diante da manobra fiscal gestada para maquiar o descumprimento da meta de superávit em 2014. Só em dezembro é que o Congresso alterou a lei na qual constava a meta e, assim, poupou o governo de ser responsabilizado. "Resta evidente que tal alteração foi casuística, com um único propósito, qual seja: evitar a responsabilização do governo federal pelo descumprimento da Lei de Responsabilidade Fiscal", afirma o pedido.

O quarto ponto afirma que Dilma nada fez quando o Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) concedeu empréstimos sigilosos e financiou vinte empreendimentos no exterior, o que configuraria desvio de função.  O documento se baseia, sobretudo, na lei 1.079/50, que estabelece como crime de responsabilidade do presidente da República "não tornar efetiva a responsabilidade dos seus subordinados, quando manifesta em delitos funcionais ou na prática de atos contrários à Constituição".

O professor de Economia Adolfo Sachsida é um dos 22 subscritores do pedido, que foi articulado por grupos oposicionistas como o Movimento Brasil Livre. "De maneira alguma acusamos a presidente de desonesta. O nosso pedido de impeachment não é baseado em desonestidade. Contudo, as leis são claras: negligência e imperícia são crimes", afirma ele.
O documento ainda afirma que, por uma "interpretação teleológica", Dilma pode ser responsabilizada por atos que ocorreram em seu primeiro mandato. Isso porque, quando a Constituição foi elaborada, não havia possibilidade de reeleição. Assim, mesmo que a presidente esteja em seu segundo mandato, os autores da representação defendem que o seu governo é um período único.

A epígrafe do pedido traz uma citação de Rui Barbosa: " lei, Toda vez que o presidente, o vice-presidente, ou outro funcionário que violou ciente e deliberadamente os termos expressos da Constituição, ou qualquer outra que lhe cometa funções não discricionárias, ou sendo a função discricionária, exerceu-a caprichosa, perversa, leviana, ou obcecadamente, impassível ante as consequências desastrosas desse proceder, cabe ao caso o julgamento político".

Protesto - Os organizadores da Marcha Pela Liberdade esperam pelo menos 2.000 pessoas a favor do impeachment em frente ao Congresso Nacional nesta quarta-feira. O grupo deve ser recebido por parlamentares de oposição. O primeiro passo do pedido de impeachment será a análise da Mesa Diretora da Câmara, que pode engavetar o requerimento. Se o pedido for levado adiante, terá início um longo processo que depende do apoio de dois terços da Câmara e no Senado para que Dilma seja punida com a perda do mandato.

 Fonte: Revista VEJA
 

Antes do Estatuto do Desarmamento - 1995 a 2003 = 50.000 homicidios/ano = Após Estatuto - 2004 a 2012 = 60.000 homicidios/ano-


Brasil já é, em números absolutos, o País em que mais se mata no mundo: 60 mil mortes por ano 

O uso de armas de fogo na prática homicida aumentou depois do estatuto dos 10 anos do "desarmamento legal" no Brasil. Com quase 60 mil homicídios por ano, o Brasil já é, em números absolutos, o País em que mais se mata no mundo, embora não estejamos em guerra (militar ou civil) declarada. Os pregadores do desarmamento da população civil - e não dos criminosos profissionais - tiveram seus inocentes argumentos assassinados pelo resultado do Mapa da Violência 2015 comparado com os números de anos anteriores.



O Mapa da Violência 2015 revela que foram registrados no Brasil 395.435 homicídios entre 1995 e 2003Destes, 256.844 foram praticados com armas de fogo. Já entre 2004 e 2012, foram registrados 455.146 assassinatos, dos quais 322.310 praticados com arma de fogo.  No Brasil, 10 anos após a aprovação do estatuto do desarmamento — considerado um dos mais rígidos do mundo —, o comércio legal de armas de fogo caiu 90%. No entanto as mortes por armas de fogo aumentaram 346% ao longo dos últimos 30 anos.



Antes do estatuto do desarmamento, de todos os meios possíveis para matar um indivíduo, armas de fogo foram as utilizadas em 64,95% dos casos. Depois do estatuto, este meio, continuou sendo empregado em 70,81% do total de casos de homicídio. Os crime institucionalizado, cada vez mais organizado, não deixou de ter armas para a ofensiva. Já a população ficou privada, legalmente, do direito legítimo de ter capacidade armada de defesa.



O Brasil é um barril de pólvora. O aumento da violência, principalmente urbana, mas que já apavora o meio rural, é uma das grandes preocupações dos cidadãos. A crise econômica, com desemprego e extinção de postos de trabalho, tende a agravar a situação de tensão social. Só não se pode perder de vista que a barbárie no Brasil é um problema civilizatório. A violência é o resultado de uma estrutura Capimunista, que nunca priorizou investimentos em Ensino, Pesquisa e Desenvolvimento - preferindo seguir o caminho fácil do rentismo em uma relação promíscua entre o sistema financeiro e a máquina estatal perdulária e corrupta.



Se não rompermos e mudarmos a estrutura Capimunista rentista, continuaremos sendo o País subdesenvolvido e cada vez mais violento, até que chegue ao estágio da desagregação e desintegração. Se não fecharmos a torneira da fábrica de marginais, gerenciada por uma superestrutura estatal que patrocina a corrupção e retroalimenta a violência, tudo em nome da manutenção no poder, rapidamente chegaremos ao agravamento do caos em uma nação que mata dezenas de milhares de pessoas por ano, sem estar em guerra declarada.



Cadê a turminha dos direitos humanos que não cuida de tais questões? Tratar, cínica ou burramente, dos "direitos dos manos" vai inviabilizar completamente o Brasil. Será que a má intenção deles é realmente esta? Pelo que se vê, temos assunto muito mais importante que a mera saída de uma Dilma ou do enxugamento de gelo no combate à corrupção em um Brasil estruturalmente criminoso...As violências política, econômica e aquele que todo mundo percebe mais facilmente (dos margiranhas) estão acabando com a gente...
Fonte: Blog Alerta Total  - Jorge Serrão

Oposição protocola ação criminal contra Dilma Rousseff

Jurista que auxiliou PSDB também elaborou pedido de impeachment, que será ‘usado no melhor momento’

Autor da petição protocolada na Procuradoria Geral da República contra a presidente Dilma Rousseff por crime comum, o ex-ministro da Justiça Miguel Reale Júnior disse que elaborou também um pedido de impeachment para ser apresentado posteriormente, quando o PSDB avaliar que é o melhor momento político. O fundamento jurídico é o mesmo da ação criminal, as pedaladas fiscais praticadas pelo governo Dilma no período de 2013 a 2014. Ele disse ter se convencido da possibilidade do impeachment por fatos anteriores ao mandato, com um voto do ministro do Supremo Tribunal Federal (STF), Celso de Melo, ao julgar um mandado de segurança impetrado pelo ex-deputado Pinheiro Landin.

[o inconveniente da opção ação penal é depender muito da decisão do Janot - o que ele decidir está decidido e sequer cabe recurso.
No 'estado democrático de direito' brasileiro o procurador da República chega a ter mais poderes que o próprio Supremo - se ele decidir absolver Dilma, por vias indiretas e sem julgamento, basta arquivar a ação penal.
O  impeachment pode ser mais conveniente no presente momento. Eduardo Cunha tem sofrido várias derrotas e será bom para iniciar a recuperação aceitar um pedido de 'impeachment' contra a soberana.
Atrairá holofotes sobre ele e de maneira positiva. ]
 
Envolvido no escândalo dos sanguessugas, Landim renunciou para não ser cassado e depois foi reeleito. No novo mandato, o Conselho de Ética reabriu o processo e ele recorreu ao Supremo. O voto de Celso de Melo, cujo entendimento se estende ao Executivo, diz : “O princípio da unidade de legislatura não impede a instauração de procedimento de cassação de mandato legislativo, ainda que por atos atentatórios ao decoro parlamentar cometidos, por titular de mandato legislativo, na legislatura anterior”. 

Para o professor Reale, os ativistas do Movimento Brasil Livre (MBL), que fizeram a marcha de São Paulo a Brasília e nesta quarta-feira entregam um pedido de impeachment contra Dilma na Câmara, estão sendo pouco democráticos ao chamar o presidente do PSDB, senador Aécio Neves (MG), de traidor. Ele diz que a ação que será impetrada tem muito mais peso que o pedido de impeachment, que pode também ser apresentado na hora certa, para não queimar um cartucho importante. — O voto do Celso de Melo me convenceu que podemos apresentar um pedido de impeachment pelas pedaladas. Cabe aos partidos agora avaliar a conveniência política e a viabilidade de aprovação na Câmara. Hoje mesmo tem fatos novos acontecendo. Eles (os ativistas do MBL) se precipitaram, ao invés de avaliar politicamente a estratégia das oposições. Ou faz como eu quero ou é traidor? Isso é pouco democrático — observou o jurista Miguel Reale ao GLOBO.

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Hoje líderes e presidentes dos quatro partidos de oposição que assinam a ação criminal se reúnem no final do dia com o procurador geral da República, Rodrigo Janot. A petição de Reale que será entregue ao procurador tem mais força no momento, acreditam, porque o ministro Teori Zavaski já deu parecer favorável à investigação da presidente Dilma Rousseff.

— Vamos deixar o pedido de impeachment para um melhor momento. O fato concreto agora é que há um fato grave comprovado. De forma continuada o governo contraiu empréstimos com bancos públicos e não declarou como dívida. O que aparecia era um mar de rosas e hoje a população paga de forma desumana para cobrir esse rombo gigantesco, com aumento de impostos, desemprego e perda de direitos. Alguém tem que ser responsabilizado por esses crimes — disse Reale.

Aécio não deve participar da reunião com Janot, porque participa agora da Marcha de Prefeitos e depois da votação das medidas de ajuste fiscal no Senado. Vão protocolar as ação os líderes Carlos Sampaio (PSDB-SP), Mendonça Filho (DEM-PE), Rubens Bueno (PPS-PR), Arthur Maia (SD), Paulo Pereira da Silva (SD-SP), e os senadores José Agripino (DEM-RN) e Cássio Cunha Lima (PSDB-PB). Amanhã, ao final de um ato na frente do Congresso onde esperam reunir 30 mil pessoas, o MBL protocola um pedido de impeachment com 2 milhões de assinaturas.


Fonte: Blog do Noblat 



O juiz Sérgio Moro joga xadrez

No 17º lance, Bobby Fischer entregou a rainha e, como tinha 13 anos, pensaram até que ele não sabia jogar

Há alguns meses o juiz Sérgio Moro perdeu uma parada feia. O caso das propinas pagas na Petrobras pelos holandeses da SBM saiu de sua jurisdição e, pelo que se teme, foi dormir. A SBM é a maior operadora de unidades flutuantes de petróleo do mundo. No ano passado, pagou uma multa de US$ 240 milhões de dólares por propinas que distribuiu mundo afora. No Brasil, despejou US$ 139 milhões de “comissões legítimas”. Moro e a força-tarefa do Ministério Público não disseram uma palavra. Pareciam Bobby Fischer entregando a rainha na partida de xadrez que mais tarde veio a ser chamada de “o jogo do século”.

Nas petrorroubalheiras das sondas e unidades flutuantes estão imersos contratos de US$ 25,5 bilhões. Desde que começou a Lava-Jato, esse braço das operações vem sendo protegido por um manto de empulhações. Em Curitiba, o jogo foi outro. Entre os empreiteiros presos em novembro estava Gerson Almada, vice-presidente da Engevix, dona de um lote de contratos para a construção de sondas. Na sexta-feira, Moro prendeu preventivamente Milton Pascowitch, o Cupido das boas relações do PT com a Engevix. Almada reconhecera que pagava comissões a Pascowitch. Entre 2004 e 2014, foram R$ 80 milhões. Segundo Pedro Barusco, Pascowitch era um dos 11 operadores que molhavam suas mãos e as de Renato Duque, ex-diretor de engenharia e serviços da Petrobras. Se há uma grande conexão entre as petrorroubalheiras e o PT, ela passa também por aí. Um dos clientes da empresa de consultoria do comissário José Dirceu era o doutor Pascowitch.

Quando Bobby Fischer entregou a rainha, sabia o que estava fazendo. Ao fim do jogo, a rainha do adversário ficou sem ter o que fazer e o garoto ganhou a partida. Moro sabe que dois bancos japoneses já jogaram a toalha em relação a seus créditos com estaleiros nacionais. Um terceiro ameaça vir com a faca nos dentes, querendo saber se o seu dinheiro foi usado para pagar propinas. Almada já contou alguma coisa. Duque e Pascowitch estão em copas, mas há razões para se supor que Moro esteja mais um lance à frente, com um novo canário interessado em cantar para o Ministério Público. Em fevereiro o juiz Moro negara um pedido de preventiva contra Pascowitch, agora deferiu-o. Mais: o Ministério Publico está puxando o fio da meada das relações financeiras de empreiteiros com alguns escritórios de advocacia. 

Até agora a iluminação da Lava-Jato favoreceu casos como os das refinarias onde rolavam licitações fraudadas, aditivos e superfaturamentos. A mãe de um empreiteiro sempre poderá sustentar que o trabalho de seu filho resultou em obras visíveis, reais. No caso de algumas unidades flutuantes, o buraco é mais em cima, pois há equipamentos alugados, prontos. O dinheiro vai de uma caixa para outra sem empregar viv’alma.

Os investigadores de Curitiba começaram a mostrar o que sabem a respeito dos contratos do pré-sal. Logo depois de sua posse na presidência da Petrobras, o comissário Aldemir Bendine lembrou que num novo plano de investimentos “talvez você pegue a SBM, que é uma importante fornecedora”. Tão importante que foi proibida de fazer negócios com a empresa e, mesmo negociando um acordo de leniência, ainda não chegou a um acordo com a Controladoria-Geral da União.


Fonte: O Globo - Elio Gaspari, jornalista