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sexta-feira, 28 de agosto de 2015

PIB cai 1,9% no 2º semestre = Brasil em recessão – e a CPMF, com autorização do Renan e aval dos 7% de popularidade da Dilma, em ascensão



PIB encolheu 1,9% no 2º trimestre e país volta a entrar em recessão [enquanto essa mulher permanecer no governo, só teremos recordes negativos. Infelizmente, a regra será: pior que  ontem, melhor que amanhã]
É o pior resultado desde o primeiro trimestre de 2009 e o recuo mais acentuado da economia brasileira para o período desde o início da série histórica do IBGE. No acumulado do primeiro semestre, queda é de 2,1%, e em 12 meses, de 1,2%. Nem setor agrícola escapa. 

Queda do PIB foi pior que a previsão dos analistas
País está em recessão técnica
É o pior resultado para o período da série histórica do IBGE, iniciada em 1996. Único componente a subir foi consumo do governo
A economia brasileira encolheu 1,9% no segundo trimestre, na comparação com o primeiro trimestre do ano, informou o IBGE nesta sexta-feira. É o pior resultado para qualquer trimestre desde o período entre janeiro e março de 2009, quando o recuo foi de 2,2%. E é o pior desempenho para um segundo trimestre de toda a série histórica, iniciada em 1996. Foi também pior que o esperado, já que analistas previam queda de 1,7%, de acordo com a mediana das projeções compiladas pela Bloomberg. Na comparação com o segundo trimestre do ano anterior, a queda foi de 2,6%. No acumulado do semestre, o recuo foi de 2,1% e, em 12 meses, de 1,2%.

O PIB no primeiro trimestre deste ano teve a queda revisada de 0,2% para 0,7% frente aos últimos três meses de 2014. Com o resultado negativo entre abril e junho, o país voltou a entrar em recessão técnica — termo usado por economistas quando há duas quedas seguidas do PIB. A última vez que isso ocorreu foi no auge da crise global de 2008. O tombo daquela época, no entanto, foi bem mais intenso: contrações de 3,9% no quatro trimestre de 2008 e de 1,9% no primeiro trimestre de 2009 (também revisadas nesta sexta-feira pelo IBGE, já que as divulgadas anteriormente eram de 4,1% e 2,2% respectivamente). 

No ano passado, o país chegou a cair em recessão técnica entre o primeiro e o segundo trimestre, mas a sequência de variações negativas foi anulada por revisões de cálculos nos meses seguintes. 

Para Rebeca Palis, coordenadora de Contas Nacionais do IBGE, a quantidade de dados similares aos de 2009  mostra que há semelhança entre o momento atual e aquele do pós-crise. — Tem coisas parecidas e coisas diferentes. Uma coisa que é um fato, lá na época de 2008 e 2009, é que o consumo das famílias não tinha sido tão afetado, até porque existiam medidas para conter isso. Agora, a situação é um pouco diferente. São momentos diferentes, ambos com turbulências internacionais. Isso é um fato similar. 

O consumo das famílias teve queda de 2,1% em relação ao primeiro trimestre, o pior desempenho desde o terceiro trimestre de 2001, quando recuara 3,2%. Na comparação com o mesmo período de 2014, o recuo foi de 2,7%, o segundo trimestre seguido de queda. Antes disso, o consumo das famílias tinha subido por quase 11 anos: 45 trimestres seguidos, ou desde o último trimestre de 2003.

Com a queda no segundo trimestre e as revisões, este é o quinto trimestre sem crescimento da economia brasileira na comparação com o trimestre anterior. Pela nova série, o PIB se manteve estável (com taxa zero) no quarto trimestre. Antes da revisão, a taxa tinha sido de 0,3%. Já na comparação anual — que considera o desempenho frente a igual trimestre do ano anterior — a economia registra cinco trimestres seguidos de queda. 

Quase todos os componentes do PIB recuaram no segundo trimestre, frente ao trimestre anterior. A exceção foi o consumo do governo, que subiu 0,7%. De acordo com Rebeca, essa alta é explicada pelo principalmente aumento da remuneração de servidores. Esses gastos continuam crescendo, enquanto demais despesas, como material e serviços, por exemplo, que já recuam em termos reais.

A atividade da administração pública subiu 1,9% no segundo trimestre, frente ao trimestre anterior, e foi a maior alta. Apenas três (atividades imobiliárias e aluguel, com 0,3%, extrativa mineral, com 0,3%, além da administração pública) das 12 atividades tiveram ganho nesta base de comparação. — O gasto com material do governo está caindo em termos reais, o que já não é o caso da remuneração. A remuneração (salários e benefícios) foi o que puxou (a taxa de consumo do governo) para cima, e os outros gastos puxaram para baixo — afirmou Rebeca.

O investimento medido pela Formação Bruta de Capital Fixo (compra de máquinas, equipamentos e investimentos em construção civil)caiu 8,1% frente ao primeiro trimestre. É a maior queda desde o primeiro trimestre de 2009, quando o indicador despencou 10,1%, refletindo a crise global. Frente ao mesmo período de 2014, a formação bruta de capital fixo caiu 11,9% no segundo trimestre de 2015, a maior desde o primeiro trimestre de 1996, quando foi registrada uma queda de 12,7%.

A indústria, por sua vez, teve perda de 4,3%, enquanto na agropecuária o recuo foi de 2,7%. A gerente do IBGE explicou que o resultado fraco da agropecuária foi influenciado pela diminuição do peso da safra da soja no segundo trimestre. — No trimestre passado, o destaque foi a soja, que tem uma expectativa de crescimento muito alta e tinha 60% da safra concentrada no primeiro trimestre. Esse peso caiu para 36% no segundo trimestre e houve a entrada do café, que está com perspectiva de baixa neste ano. No primeiro trimestre, a safra do produto tinha peso de 1%, que subiu para 61% no segundo trimestre — explicou.

Em valores correntes, o PIB chegou a R$ 1,428 trilhão no trimestre. A taxa de investimento no segundo trimestre foi de 17,8% do PIB, abaixo dos 19,5% do segundo trimestre de 2014. Já a taxa de poupança ficou em 14,4%, ante 16% em igual período de 2014.

INDÚSTRIA E INVESTIMENTOS NO PATAMAR DA CRISE GLOBAL
Considerando os indicadores de produção, o desempenho da indústria também remonta a números da crise financeira global, iniciada em 2008. A queda de 4,3% em relação ao primeiro trimestre é a pior desde o primeiro trimestre de 2009, quando encolheu 5,9%. A maior queda dentro do setor ficou com a construção civil, que registrou recuo de nada menos que 8,4% em relação ao primeiro trimestre de 2015 — a pior de toda a série histórica do PIB, iniciada em 1996.

A indústria de transformação caiu 3,7% nesta comparação e a atividade de eletricidade e gás, água e limpeza urbana registrou contração de 1,5%. O único segmento que apresentou variação positiva no setor foi a indústria extrativa mineral (0,3%). A indústria da transformação e a construção civil respondem, juntas, por 75% da atividade. Frente ao segundo trimestre de 2014, as quedas foram de 8,3% e 8,2%, respectivamente. 

Nessa comparação, a atividade de produção de energia e distribuição de eletricidade, gás e água também caiu: 4,7%, recuo puxado pelo consumo menor de energia — tanto residencial como não-residencial — e o uso mais intensivo das usinas termelétricas, cujo preço é mais alto e por isso impacta negativamente no PIB.

A construção civil e a indústria de transformação foram as duas atividades com pior desempenho no segundo trimestre, frente ao primeiro trimestre, e isso se reflete no investimento. Comércio, agropecuária e transporte também tiveram resultado pior que a média do PIB para o período — apontou Rebeca.

Segundo Rebeca, a queda da indústria de transformação é reflexo do nível de investimento do país, medido pela formação bruta de capital fixo.  — Entre os destaques negativos a maior parte deles tem impacto na formação bruta de capital fixo. Houve queda na produção de máquinas e equipamentos, na indústria automotiva, material eletrônico e equipamentos de informática e insumos da construção civil. 
O tombo da indústria pesou ainda sobre o indicador de investimentos, explicou a coordenadora do IBGE.  — Construção civil também é considerada investimento, então obviamente esse resultado rebate no resultado da formação bruta de capital fixo. A importação também rebate, já que tem importações de bens de capital, que caíram também — afirmou.
Na comparação com o segundo trimestre de 2014, a única atividade a registrar crescimento entre abril e junho foi a Agropecuária, com alta de 1,8%. Essa alta pode ser explicada pelas safras do segundo trimestre, como soja, com alta de 11,9%, milho (5,2%), arroz (4,4%), mandioca (2,3%) e cana de açúcar (2,1%). 
Pelo lado da demanda, os investimentos caíram 11,9% na comparação com o segundo trimestre de 2014, enquanto o consumo das famílias recuou 2,7%. A indústria teve perda de 5,2%, enquanto Serviços caíram 1,4%. No consumo do governo, a queda foi de 1,1%.
IBGE REVISA DADOS DESDE 2013
O IBGE revisou dados da economia desde 2013, sempre na comparação com o trimestre imediatamente anterior. No quarto trimestre daquele ano, a alteração foi de estabilidade para queda de 0,2%. Já o segundo trimestre de 2014 passou a ser de queda de 1,1%, ante estimativa anterior de recuo de 1,4%. O terceiro trimestre passou a ser de alta de 0,1%, frente a avanço de 0,2% calculado anteriormente, e, finalmente, o quarto trimestre do ano foi de alta de 0,3% para estabilidade.
Desde a divulgação do PIB do primeiro trimestre, em maio, as pesquisas mensais divulgadas pelo IBGE e por outros órgãos mostraram deterioração do cenário econômico. Indústria, varejo e serviços fecharam o semestre com resultados negativos, de acordo com as pesquisas conjunturais do instituto. Recentemente, o IBC-Br, indicador calculado pelo Banco Central e considerado uma espécie de prévia do PIB, registrou queda de 1,89% no segundo trimestre, pior desempenho desde o primeiro trimestre de 2009.
Diferentemente do que ocorreu nos dois anos anteriores, a perda de ritmo da atividade em 2015 é acompanhada por uma piora mais forte do mercado de trabalho, o que agrava a crise. Na semana passada, o IBGE informou que a taxa de desemprego subiu para 8,3% no segundo trimestre, de acordo com a Pnad Contínua, que contém dados de todos os estados brasileiros.
As perspectivas de analistas para este ano não são boas. De acordo com o mais recente boletim Focus, do Banco Central, a mediana das projeções indica queda do PIB de 2,06% em 2015. Se a previsão estiver correta, será o primeira retração anual desde 2009 (-0,2%), ano pós-crise global, e o pior resultado em toda a série histórica, iniciada em 1996. [infelizmente, as previsões do Focus sempre são melhores do que os resultados reais.]
Nas últimas semanas, até a retomada gradual de fôlego em 2016 passou a ser deixada de lado por analistas. No início do ano, o mercado chegou a prever crescimento de 1,8% no ano que vem, de acordo com a pesquisa do BC, mas o otimismo perdeu força. A projeção mais recente para o próximo ano é de leve retração de 0,24%, seguida de resultado positivo de 1,5% em 2017.
Fonte: O Globo

Enquanto articula mais imposto, Dilma conchava para que movimentos não protestem na rua dia 7 de setembro

Opera a pleno vapor o esquema para manter Dilma Rousseff onde está, acuada como sempre, para fazer o que interessa à oligarquia financeira o que convém aos controladores da politicagem brasileira. Uma das manobras mais canalhas contra os verdadeiros interesses do povo brasileiro é a equivocada decisão, tomada por alguns "profissionais de eventos", de desistirem da grande mobilização de rua que ficou agendada para 7 de setembro, como sequência natural da bem sucedida e pacífica manifestação de 16 de agosto. Estão com medinho e passando recibo contra o inevitável crescimento da tese da "Intervenção Constitucional"?

Ficou muito na cara de qualquer pessoa que não raciocina com o intestino que o protesto nacional de 16 de agosto deixou a politicagem tupiniquim completamente apavorada. Independentemente da quantidade (que foi grande), mas sobretudo pela qualidade do cidadão que saiu à rua ordeira e pacificamente (que foi grandiosa), o ato mexeu com os inquilinos do poder federal. Não foi à toa que Dilma e seus articuladores partiram para a construção de uma mega-conchavo com a suposta "oposição" - cuja divisão começa a se tornar vergonhosamente gritante - e com a leviana base de sustentação do desgoverno. Tudo na velha base do "toma-lá-dá-cá" ou "é dando que se recebe" (uma deturpação calhorda do lema franciscano).

O novo golpe baixo da petelândia, junto com os aliados que merecem o título distintivo de "peemedebostas" e com a conivência de alguns "tucanalhas", promete mexer, ainda mais, com o bolso dos cidadãos em crise. É um golpe baixíssimo a indecente proposta de recriação da CPMF para salvar estados e municípios que cometeram crimes contra a Lei de Responsabilidade Fiscal. Dilma já agendou para esta sexta-feira uma reunião com governadores nordestinos, a fim de articular a volta da CPMF - que a Confederação Nacional da Indústria classificou de "contrassenso", o aliado inconfiável Renan Calheiros definiu como "um tiro no pé" e o inimigo declarado Eduardo Cunha advertiu que será "mais uma fonte de desgaste".

Tão ou mais canalha que propor a criação da CPMF é a jogada de bastidores promovida por setores sociais-democratas (principalmente os ligados ao PSDB) que usam seus canais midiáticos na vã tentativa de conter a insatisfação popular. Eles se aliam à petelândia no infundado temor (compartilhado por Evo Morales e demais membros do Foro de São Paulo) de que possa ocorrer "um novo golpe militar no Brasil". Os imbecis da subjetividade (pior que os idiotas da objetividade cunhados pelo imortal "reacionário" Nelson Rodrigues) não percebem que o povo, o cidadão esclarecido, e não os generais, que vão partir para o confronto direto contra o desgoverno do crime organizado, exigindo mudanças reais, concretas e objetivas na estrutura estatal capimunista do Brasil.    [sempre deve ser lembrado que graças aos conselhos do tucanalha FHC é que o Lula não foi abatido definitivamente em 2005, quando o MENSALÃO - PT estourou; o 'museu' do PSDB pregou que o ideal não era o impeachment do Lula  - poderia  ocorrer convulsão social - e sim deixar que o Apedeuta sangrasse até morrer.
Hoje amargamos o resultado de tão infeliz conselho ter sido seguido.]

A lição é simples e não aprende quem não quer enxergar a dinâmica em curso na sociedade brasileira - mobilizada em rede social. Aprendam ou constatem: O mais eficiente manipulador de massas da História da humanidade costuma ser o padeiro. Supostos "líderes" de movimentos sociais, com alta carga de oportunismo, apenas têm a pretensão de manipular a vontade das pessoas - reduzida a mera massa pelas manobras da politicagem.

Os aprendizes de feiticeiros vão se ferrar mais uma vez. O povo brasileiro, de forma ordeira, voltará às ruas no 7 de setembro para exigir mudanças. Mesmo contra a vontade dos cínicos e medrosos manipuladores sociais-democratas. A tese da "Intervenção Constitucional" começa a ganhar hegemonia. Este é o medo de quem prefere deixar as coisas do mesmo jeito que sempre estiveram no Brasil. A dinâmica da sociedade, neste momento de agravamento de crise, é bem clara: quem não mudar acabará mudado pela força das circunstâncias e da pressão dos segmentos esclarecidos.

Tal processo pode não acontecer agora, em um passe de mágica. Mas não vai demorar... É inevitável... O povo pode não saber exatamente o que deseja. No entanto, já sabe perfeitamente o que não quer. Daí para ocorrerem as mudanças reais, concretas e objetivas é um pulo... E pode se dar muito mal quem tentar conter o direito à livre manifestação popular, sobretudo na data que os militares têm como sagrada para suas paradas de 7 de setembro...
 
Fonte: Blog Alerta Total - Jorge Serrão
 
 
 

É sem sentido ficar triste por Collor ter sido presidente da República em um país presidido duas vezes pelo traste do Lula e a coisa da Dilma...

“Não é da sua conta”

“O delator não é dedo-duro, X-9, ou alcaguete, é um colaborador”. Rodrigo Janot, sobre as críticas ao instituto da delação premiada

A mim me dá a maior tristeza lembrar que Collor já foi presidente da República do Brasil. Acho uma humilhação termos tido essa figura no posto mais alto da Nação. Saber que depois de tudo ele ainda voltou para o Senado Federal, é de amargar.

Figura em tudo hiperbólica, sem nem um fiapo de desconfiômetro, peça que faz muita falta nas engrenagens de uma pessoa, ensaboado, engomado, convencido, sempre se comportou como se já fosse um busto em praça pública. Eu não me surpreenderia se ele depositasse flores nesse monumento nos dias de seu aniversário. Não falo isso com tranquilidade pois ele me causa medo. Sei lá, parece que tem uma cimitarra escondida dentro do paletó impecável. Mas não consigo me calar, sobretudo depois das últimas semanas, nas quais ele tornou a desonrar os votos que recebeu do povo de Alagoas.


No plenário do Senado agrediu verbalmente o Procurador-Geral da República. Mais de uma vez. Parecia ensaio para o espetáculo que daria na quarta-feira por ocasião da sabatina do Dr. Rodrigo Janot.  A sabatina estava marcada para as 10h00 da manhã. O que fez o empertigado? Chegou às 09h40 e sentou-se na primeira fila, bem em frente à cadeira onde ficam os sabatinados. E ali ficou aguardando o Dr. Janot, que ele chama de Dr. Janó, sabe-se lá com que intuito.

Será que ele se apercebeu do papel que fez? De como deixou à vista de todos a diferença que existe entre ele e o Dr. Janot? Do modo de falar ao vocabulário que usam, às expressões faciais, à postura, ao olhar, meu Deus, parecem seres de galáxias diferentes. [alguém explique as razões que levaram o doutor Janot a denunciar primeiro Cunha e Collor quando o Renan, seu patrono, começou a ser investigado antes? e quando o doutor Janot denunciará Renan?]
De nada adiantou o lugar que escolheu sentar para apoquentar o sabatinado. De nada adiantaram as perguntas tipo “pegadinhas” que lhe fez.  De nada serviram as micagens, caretas e calões sussurrados, mas nem tanto...  Ou melhor. De nada adiantou para o Collor. Para nós, sociedade brasileira, serviu para confirmar que a permanência de Rodrigo Janot na Procuradoria-Geral da República era uma bênção para o Brasil não perder a perfeita continuidade da Lava-Jato.


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Num domingo deste agosto que já termina, um helicóptero vermelho pousou no heliporto da Casa da Dinda. Chamou a atenção de quem estava no Lago Paranoá, sobretudo depois da polícia ter apreendido as belíssimas Ferrari, Porsche e Lamborghini, as macchine de luxo do senador. O helicóptero seria dele também? Não, não era, era do senador Wilder Morais (DEM/GO) que, conforme relatou, quando a caminho de um churrasco em casa de amigos foi informado pelo piloto que, por precaução, era melhor pousarem devido a uma súbita ventania. 

Indagado sobre a visita inesperada do senador democrata, Collor, com aquela desconsideração que lhe é peculiar, respondeu ao jornalista: “Não é da sua conta”.
Engano do senador. Tudo que se refere aos políticos que dependem dos eleitores para viver, nos interessa. E para chegar até nós, tem que passar pela Imprensa. Ando, por exemplo, muito interessada em saber por que Collor tem direito a um apartamento institucional, como ele se refere a essa benesse, quando tem casa em Brasília. [os juízes recebem auxílio-moradia mesmo quando possuem imóvel.  Collor não é exceção é tão membro do Poder Legislativo quanto um magistrado é do Poder Judiciário.]

Espero que algum repórter lhe faça essa pergunta. E que ao “Não é da sua conta”, responda: “É sim, senador, aí é que o senhor se engana. Tudo sai do nosso bolso, então tudo nos interessa e muito! Faça o favor de responder”.

 

A CPMF de novo

A proposta de recriar a CPMF virá na hora errada e pelo motivo errado. 

Quando foi criada, ela era para financiar a Saúde e acabou não sendo integralmente usada nessa área, mas agora seria para cobrir o rombo que o governo já viu que haverá no Orçamento do ano que vem. Isso não é argumento bom o suficiente para convencer o contribuinte em um momento de recessão.

Para qualquer pagador de impostos, pessoa física ou jurídica, o aumento da carga tributária em cenário recessivo é inaceitável. É este o caminho que o governo tem trilhado com um tributo aqui outro ali. A CPMF, no entanto, é um imposto particularmente detestado e por isso foi derrubado pelo Congresso. O governo está dizendo que, para tornar o velho imposto mais palatável, dividirá os recursos com estados e municípios, mas não disse o que fazer para tornar aceitável para o contribuinte, que já carrega o peso de todos os outros impostos.

O tributo começou se chamando imposto e o “p” era de provisório. Foi criado durante o período do Plano Real para garantir a arrecadação nos anos da estabilização. O provisório virou permanente, e o imposto virou contribuição para não ter que dividir com estados e municípios. Garantiu cada vez mais arrecadação até que foi extinto no Congresso com o voto dos tucanos que o haviam aprovado e com os lamentos do PT que o havia atacado quando era oposição.

Quando a CPMF foi extinta, o governo elevou vários outros impostos, principalmente o Imposto sobre Operações Financeiras (IOF), conseguindo cobrir em grande parte a arrecadação perdida. Agora, sem falar de qualquer redução em impostos anteriores que foram elevados, o governo começa a divulgar a informação de que o rombo do ano que vem já é de R$ 80 bilhões, porque, entre outras coisas, o salário mínimo vai aumentar 10%.


Ora, que o salário aumentará nesse percentual não é novidade, porque essa é a fórmula criada pelo próprio governo. E o reajuste será alto por causa da inflação causada, em grande parte, pelo preço da energia decretado pelo governo. Ou seja, ele fez a fórmula, ele elevou a inflação, os gastos vão aumentar, e ele avisa que, por isso, terá que trazer de volta um imposto polêmico.


A máquina de elevar impostos já está em pleno funcionamento. O aumento da Contribuição Social sobre Lucro Líquido dos bancos é teoricamente justo porque recai sobre bancos que têm tido muitos lucros. O problema é que acabará sendo pago pelo cliente do banco e tomador de crédito. O PIS/Cofins será alterado e na esteira disso o setor produtivo teme — depois de fazer as contas — que isso represente uma nova elevação de impostos. O debate interno do governo foi vencido pelos que querem moderação no corte de gastos e ajuste feito através de aumento de impostos.

O governo sempre argumenta que cortar gastos é impossível pela estrutura engessada do Orçamento brasileiro. Tem razão em parte, mas nada faz para tirar o gesso que imobiliza o gestor. Nas vezes que este governo teve a chance, a desperdiçou, em outras vezes, defendeu propostas que elevaram a rigidez orçamentária. Tudo o que o governo fará agora será propor o aumento da DRU (Desvinculação de Receitas da União), a parcela do gasto obrigatório que pode ser temporariamente liberada para outros gastos. A DRU foi uma gambiarra feita para se contornar a necessidade de reformas, e que o governo eternizou e agora vai propor aumentar.

Uma fórmula que aumentou a rigidez do gasto público foi exatamente a do salário mínimo, de cujo efeito agora o governo reclama. O reajuste eleva o gasto previdenciário. Recentemente, em vez de propor uma reforma nos gastos do INSS, o governo apresentou um projeto que enfrentava uma das questões laterais e recebeu como resposta o fim do fator previdenciário. A isso respondeu com uma proposta de aposentadoria que os próprios ministros dizem que é inviável a médio prazo.

Sem enfrentar as questões estruturais que estão mantendo a elevação constante do gasto público, o governo redescobre a panaceia da CPMF e acha que tudo então estará resolvido. Desta forma o país sairá da crise aprofundando seus problemas, em vez de resolvê-los.

Fonte: Coluna da Míriam Leitão  - O Globo

Recriação da CPMF incentiva 'projeto impeachment', diz Temer a aliados - algo sobre as pedaladas

‘Projeto impeachment’  
A intenção do Planalto de recriar a CPMF surpreendeu e irritou Michel Temer. Alheio à discussão dentro do governo sobre a volta do tributo, o vice-presidente deixou claro à equipe que não vai se empenhar por sua aprovação no Congresso. Temer estava especialmente contrariado porque seria cobrado pela ideia em jantar com empresários nesta quinta-feira, em São Paulo. Aliados que conversaram com o vice batizaram a proposta de “projeto impeachment” de Dilma Rousseff.

Leve e solto 
Temer aceitou convite de Rosângela Lyra, do Acorda Brasil –movimento de oposição à presidente–, para encontro na quinta-feira, 3 de setembro.

Reincidente 

Aliados de Renan Calheiros avaliam que os estudos pela volta do tributo lembram o anúncio do ajuste fiscal, que foi feito sem conversa prévia com o Congresso, logo depois de uma promessa do governo de mais diálogo com o Legislativo.

Day after 
Peemedebistas viram trecho da fala de Rodrigo Janot na sabatina como sinal de que o procurador-geral pode, uma vez reconduzido, se debruçar sobre a análise da campanha de Dilma.

Fica a dica
Questionado pelo PSDB, Janot respondeu: “A doação eleitoral passa a ser ilícita se vem travestida de propina. Aí ela não é doação eleitoral, é uma forma de lavagem para dentro”.

X da questão
 A discussão sobre se doações registradas podem ser consideradas ilegais caso fique provada a origem em contratos superfaturados com empresas públicas será uma das discussões centrais nos processos da Operação Lava Jato.

Holofote
Apesar de não haver consenso na bancada, deputados tucanos falam em pressionar a ministra Luciana Lóssio, do TSE, na tribuna da Câmara, caso demore a devolver o processo sobre as contas de campanha de Dilma.

Apelou…  
Ministros do TCU se queixaram do anúncio de que o governo recorreria no próprio tribunal –o que garantiria 12 dias extras na marra– caso não fosse dado mais tempo de defesa no processo das contas de 2014.

… perdeu 
A área técnica do tribunal de contas deve entregar nesta sexta-feira seu parecer sobre as 13 irregularidades iniciais apontadas nas contas da presidente.


Fonte: UOL/Notícias

quinta-feira, 27 de agosto de 2015

Janot, na prática, diz que delator mentiu porque ameaçado de morte por Cunha! É? E o procurador-geral fez o quê?



É tal a avalanche de denúncias, acusações e vazamentos da Operação Lava-Jato que a imprensa começa a perder a mão sobre o que está em curso e permite que coisas da maior gravidade sejam ditas, assim, como quem afirma que hoje é quarta-feira. Já houve um caso muito sério nesta terça. Nesta quarta, na sabatina de Rodrigo Janot na Comissão de Constituição e Justiça do Senado, de novo! A que me refiro? Vamos lá.

O senador Humberto Costa (PT-PE), um dos investigados na Lava-Jato, indagou Janot sobre a credibilidade de delatores que mudam de versão. Afinal de contas, o “prêmio” que recebem supõe que digam a verdade. É claro que estava se referindo a Julio Camargo, aquele que primeiro sustentou que não havia pagado propina a Eduardo Cunha (PMDB-RJ), invertendo mais tarde a sua versão.

Janot afirmou então que os benefícios da delação de Camargo foram mantidos porque as afirmações mais recentes que fez — “Cunha recebeu propina” — contribuíram para avançar na investigação. Muito bem!  O procurador-geral poderia ter parado por aí, mas seguiu adiante e informou que, como castigo, a multa que Camargo terá de pagar por ter mentindo será maior — antes, era de R$ 70 milhões. E agora vem o que realmente é gravíssimo:
“Teve como consequência o agravamento da pena de multa. Não teve nenhuma outra consequência, porque nos convencemos que ele estava em estado de ameaça. Não falou antes porque tinha receio de sua própria vida. Nessa retificação que ele faz, a espontaneidade dele é visível. ‘Eu temo pela minha vida’, ele disse. ‘Só voltei agora, porque a investigação chegou a um ponto que minha omissão está clara, mas continuo temendo pela minha vida’”.

Epa! Aí a coisa ficou séria demais. Todos sabem, porque isso foi tornado público, que Julio Camargo disse que tinha medo de Eduardo Cunha, presidente da Câmara. Salvo engano, não se havia falado de ameaça de morte, não é mesmo? Eu me lembro de Camargo ter dito que temia a influência do deputado…

Pergunto: é corriqueiro que um procurador-geral da República confira estatuto de verdade à acusação de um delator, que se diz ameaçado de morte pelo presidente da Câmara, e não faça nada sobre o caso em particular? Será que nós, do jornalismo, não estamos perdendo o senso de proporção e de gravidade das coisas?

Se o Ministério Público Federal, na pessoa de Rodrigo Janot, acreditou que Julio Camargo estava mesmo sendo ameaçado de morte por Cunha, qual é a sua obrigação? Deixar para tratar do assunto numa sabatina ou reunir os indícios e oferecer uma denúncia? Se denúncia não há, é porque também inexistem os indícios. Nesse caso, Janot acreditou em Camargo porque quis. Apesar da elevação da multa, é claro que o bandido será premiado mesmo tendo mentido. Ou antes ou agora.

Youssef
É o segundo dia em que uma heterodoxia gigantesca vem a público, embora seja tratada como coisa corriqueira. Nesta terça, em acareação, Alberto Youssef demonstrou conhecer o conteúdo de uma delação premiada que ainda está sob sigilo. Vale dizer: um bandido preso sabe o teor de um depoimento que deveria estar apenas sob o domínio do Ministério Público.

É bom começar a botar ordem nessa história. No dia 26 de agosto de 2015, o procurador-geral da República endossou a versão de um delator premiado, segundo o qual foi ameaçado de morte por ninguém menos do que o presidente da Câmara. Não ofereceu denúncia a respeito, e a imprensa fez de conta que isso é a coisa mais normal do mundo.

Se é verdade que aconteceu, e Janot não ofereceu a denúncia, é grave. Se Camargo mentiu, e Janot comprou a versão, também é grave.
A propósito: Camargo perdeu o medo de Cunha por quê?
a: porque virou, de repente, um corajoso?;
b: porque passou a ter medo de um perigo maior?
c: nda. Isso tudo é só coisa de bandido tentando se safar.

Fonte: Blog do Reinaldo Azevedo – Revista VEJA 

Proposta de alíquota para nova CPMF deve ficar em 0,38%

Percentual vigorou de 1999 até o final de 2007, quando a contribuição foi extinta

A proposta de recriar a CPMF para reforçar o caixa da União em estudo no governo prevê que a alíquota do tributo fique em 0,38%. Esse foi o percentual que vigorou de 1999 até o final de 2007, quando a contribuição foi extinta. Para tornar a medida mais palatável e aumentar suas chances de aprovação no Congresso, a ideia do governo também é propor que a CPMF passe a ser partilhada com estados e municípios e não fique mais exclusivamente nas mãos da União. — Os governadores estão pressionados e sem recursos em caixa. Isso é uma situação vivida de norte a sul do país. Repartir uma eventual contribuição seria uma forma de garantir que esses governadores trabalhem para que os deputados de seus estados aceitem discutir a recriação da CPMF — afirmou ao GLOBO um ministro.

Em outra frente, também existe a possibilidade de a contribuição não valer para qualquer movimentação financeira. Segundo técnicos da área econômica, ela poderia incidir apenas sobre valores maiores preservando, assim, as pessoas de menor renda. 

CONGRESSO REAGE MAL À PROPOSTA
O Congresso reagiu negativamente à proposta de recriação da CPMF e de aumento de impostos. Além dos presidentes do Senado, Renan Calheiros (PMDB-AL), e da Câmara, Eduardo Cunha (PMDB-RJ), senadores criticaram a proposta. O líder do DEM no Senado, Ronaldo Caiado (GO), disse que o governo quer uma nova CPMF para cobrir o "rombo" na administração federal. — Essa intenção de ressuscitar a CPMF é uma tentativa de salvar o governo marcado pela má gestão e pela corrupção que atinge todos os níveis do Executivo. É um imposto cumulativo que tanto já penalizou o setor produtivo e o cidadão chamado mais vez para pagar a conta. Enquanto isso, a máquina continua inflada, já que essa reforma administrava é uma farsa. Na prática, não haverá grandes cortes, apenas um rearranjo _ disse Caiado.

Caiado disse que fará oposição à qualquer proposta de aumento de imposto. — Vamos enfrentar essa tentativa de recriar a CPMF, assim como a unificação do PIS e da Cofins. O governo deve fazer a sua parte e não transferir os seus malfeitos à população — disse. 

Nos bastidores, as críticas partem do próprio PT. A avaliação é que o governo erra, mais uma vez, na forma de fazer as coisas. Os parlamentares acreditam que o mal-estar foi criado porque houve o vazamento antes de falar com os partidos aliados e com os chefes do Legislativo.

Mas há uma avaliação que Dilma pode obter apoio ao propor que os estados e municípios tenham recebam parte dos recursos de uma nova CPMF.  Os estados estão desesperados. Se for assim, eles vêm junto, e o Congresso aprova — disse um petista.  [esse petista não falou; aliás, poucos petistas falam - a maioria defeca pela boca.]
Alguns lembram que o próprio presidente do Senado, Renan Calheiros (PMDB-AL), tem o filho, Renan Filho, como governandor de Alagoas e que todos os estados estão com dificuldades financeiras. 

Fonte: O Globo


Qual a credibilidade e representatividade dos 35 deputados? Possuem alguma representatividade ou são meros paus mandados? Desde quando denúncia pode ser considerada sentença?



Considerando que dos 35 deputados, 18 são membros assumidos de uma ORGANIZAÇÃO CRIMINOSA não devem ser chamados sequer de grupo e sim de  QUADRILHA e devidamente denunciados e processados por formação de quadrilha ou bando

Grupo de 35 deputados pede afastamento de Cunha da presidência da Câmara [dos 35 deputados, dezoito (18), portanto a maioria,  são membros da  organização criminosa PT = PERDA TOTAL. É o bastante para desmoralizar qualquer lista.]
Documento assinado por membros de oito partidos se baseia em denúncias de envolvimento do parlamentar em esquemas de corrupção e lavagem de dinheiro; na semana passada, ele foi denunciado pro Rodrigo Janot por ligação com escândalo da Petrobras

Um grupo de 35 deputados federais divulgou no início da tarde desta quinta-feira, 27, uma nota "em defesa da representação popular" que pede o afastamento do presidente da Câmara, Eduardo Cunha (PMDB-RJ), por causa de denúncias de envolvimento do parlamentar em esquemas de corrupção e lavagem de dinheiro. O documento, que foi formulado no gabinete da liderança do PSOL BA, com a presença de pelo menos dez deputados, diz que a denúncia apresentada pela Procuradoria-Geral da República contra Cunha "é gravíssima" e "torna insustentável sua permanência na Presidência da Casa".

"A diferença de condição de investigado em um inquérito para a de um denunciado é notória. Neste caso, Cunha é formalmente acusado de ter praticado crimes. Com a denúncia do MP, a situação torna-se insustentável para o deputado, que já demonstrou utilizar o poder derivado do cargo em sua própria defesa", diz o documento, assinado por membros do PT, PPS, PR, PSB, Pros, PSC, PTB, além do PSOL. O peemedebista Jarbas Vasconcelos (PE) é o único correligionário de Cunha que pede seu afastamento.

Cunha foi acusado pelo lobista Julio Camargo de pedir propina de US$ 5 milhões no esquema de corrupção da Petrobras. Na semana passada, o procurador-geral da República, Rodrigo Janot, apresentou acusação formal contra Cunha ao Supremo Tribunal Federal, que ainda precisa decidir se aceita a denúncia.

Os parlamentares que pedem o afastamento de Cunha dizem ainda que, para exercer a presidência da Casa, é preciso "equilíbrio, postura ética e credibilidade". "A responsabilidade de dirigente maior de uma das Casas do Poder Legislativo é incompatível com a condição de denunciado. Em defesa do Parlamento, clamamos pelo afastamento imediato de Eduardo Cunha da Presidência da Câmara dos Deputados", diz.

No dia da denúncia, parlamentares já haviam divulgado um manifesto anônimo contra o peemedebista por considerar "insustentável" a permanência dele na Presidência da Casa. Segundo o regimento da Câmara, não há previsão de que uma ação de parlamentares possa culminar com o afastamento do comandante da Casa - a decisão seria de Cunha, que já disse que não renunciará.

Em evento na Força Sindical em São Paulo, no dia 21, um dia após ser denunciado,  Cunha afirmou que renúncia não faz parte de seu vocabulário nem fará. "Não há a menor possibilidade de eu não terminar meu mandato à frente da Câmara. Renúncia é um ato unilateral", afirmou na ocasião.

Assinaram o texto hoje contra Cunha os seguintes deputados: Adelmo Carneiro Leão (PT/MG); Alessandro Molon (PT/RJ); Arnaldo Jordy (PPS/PA); Chico Alencar (PSOL/RJ); Chico D''Angelo (PT/RJ); Clarissa Garotinho (PR/RJ); Edmilson Rodrigues (PSOL/PA); Eliziane Gama (PPS/MA); Erika Kokay (PT/DF); Givaldo Vieira (PT/ES); Glauber Braga (PSB/RJ); Heitor Schuch (PSB/RS); Helder Salomão (PT/ES); Henrique Fontana (PT/RS); Ivan Valente (PSOL/SP); Jarbas Vasconcellos (PMDB/PE); Jean Wyllys (PSOL/RJ); João Daniel (PT/SE); Jorge Solla (PT/BA); José Stedile (PSB/RS); Julio Delgado (PSB/MG); Leonardo Monteiro (PT/MG); Leônidas Cristino (PROS/CE); Leopoldo Meyer (PSB/PR); Luiz Couto (PT/PB); Luiza Erundina (PSB/SP); Marcon (PT/RS); Margarida Salomão (PT/MG); Moema Gramacho (PT/BA); Padre João (PT/MG); Pedro Uczai (PT/SC); Sergio Moraes (PTB/RS); Silvio Costa (PSC/PE); Valmir Assunção (PT/BA); Waldenor Pereira (PT/BA).

Cunha se recusa a comentar manifesto que pede seu afastamento
O presidente da Câmara dos Deputados, Eduardo Cunha (PMDB), recusou-se a comentar o manifesto assinado por 35 deputados que pede sua saída do comando da Casa. "Não comento sobre isso, cada um tem direito de fazer o que quer", disse. Cunha também não quis falar sobre a recondução do procurador-geral da República, Rodrigo Janot, que o denunciou na semana passada. "Não comento".

Nesta quinta-feira, 27, um grupo de 35 deputados federais divulgou uma nota "em defesa da representação popular" pedindo o afastamento de Cunha da presidência da Casa por causa das denúncias de envolvimento do parlamentar em esquemas de corrupção e lavagem de dinheiro. O documento diz que a denúncia apresentada pela Procuradoria-Geral da República contra Cunha "é gravíssima" e "torna insustentável sua permanência na Presidência da Casa". O pedido é encampado por 18 deputados do PT, 6 do PSB, 4 do PSOL, 2 do PPS e 1 de PMDB, PROS, PTB e PSC.

"A diferença de condição de investigado em um inquérito para a de um denunciado é notória. Neste caso, Cunha é formalmente acusado de ter praticado crimes. Com a denúncia do MP, a situação torna-se insustentável para o deputado, que já demonstrou utilizar o poder derivado do cargo em sua própria defesa", diz o documento, que é assinado pelo peemedebista Jarbas Vasconcelos (PE).
[a denúncia expressa apenas o entendimento  de uma das partes; o denunciado sequer exerceu  o DIREITO DE DEFESA. A denúncia nada mais é do que  o entendimento de uma autoridade sobre determinado assunto e sujeita aos mais diversos interesses.
Um exemplo irrefutável é que Renan Calheiros começou a ser acusado bem antes do deputado Eduardo Cunha e até agora não foi denunciado.
Certamente se fosse conveniente ao procurador-geral da República teria sido usado o  mesmo ‘metro’ para avaliar ambas situações e não haveria nenhuma forma que permitisse a denúncia de Renan ser adiada por tempo indeterminado.] 

Cunha foi acusado pelo lobista Julio Camargo de pedir propina de US$ 5 milhões no esquema de corrupção da Petrobras. Na semana passada, o procurador-geral da República, Rodrigo Janot, apresentou acusação formal contra o deputado, que deve ser apreciada agora pelo Supremo Tribunal Federal (STF).  Em evento na Força Sindical em São Paulo, no dia 21, um dia após ser denunciado, Cunha afirmou que renúncia não faz parte de seu vocabulário nem fará. "Não há a menor possibilidade de eu não terminar meu mandato à frente da Câmara. Renúncia é um ato unilateral", afirmou na ocasião.

Fonte: Revista Isto É