Bruno Boghossian
Com aliados no Congresso, integrantes do tribunal acreditam que presidente voltará a 'se soltar'
Os sinais emitidos depois do casamento de Jair Bolsonaro com o centrão fizeram com que ministros do Supremo erguessem a guarda. A ala que enxerga o tribunal como um contrapeso necessário aos planos mais audaciosos do presidente prevê “dois anos difíceis”, nas palavras de um deles.
No
ano passado, Bolsonaro se viu ameaçado por investigações que cercavam seu grupo
político e abandonou o espírito conflituoso com o Legislativo e o Judiciário.
Agora, um grupo de ministros do STF prevê novos episódios de tensão com o
Palácio do Planalto. A diferença é que, em algumas brigas, o centrão deverá
ficar ao lado do presidente. Os
choques com o Supremo podem voltar a ocorrer não só nos acenos autoritários e
decretos ilegais de Bolsonaro, mas também nas pautas aprovadas em parceria
entre o Planalto e o Congresso. [o presidente da República não pode ser punido por expressar sua opinião no que aqui o ilustre articulista chama de acenos autoritários e eventuais decretos ilegais podem, e devem, ser revogados, sem alarde, pelo Poder Judiciário ou pelo próprio Legislativo.] Além da
agenda das armas e de retrocessos [sic] no meio ambiente, integrantes
do STF preveem disputas no tribunal em torno de mudanças na Lei da Ficha Limpa
e na Lei da Improbidade.[a chamada agenda das armas integra o programa de governo do presidente Bolsonaro e não é democrático que ele seja impedido de exercer o direito de implantá-la; [impedimento baseado em argumentos de partidecos sem votos, sem programa, sem noção - o STF precisa se impor e recusar ser usado por tais organismos na busca de compensar os votos, a representatividade, que não possuem. Quanto a mudanças nas duas leis citadas, cabe ao Poder Legislativo analisar e decidir, em outras palavras: usar a competência que a Lei Maior lhe confere.]
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