Blog Prontidão Total NO TWITTER

Blog Prontidão Total NO  TWITTER
SIGA-NOS NO TWITTER
Mostrando postagens com marcador Curitiba. Mostrar todas as postagens
Mostrando postagens com marcador Curitiba. Mostrar todas as postagens

terça-feira, 23 de fevereiro de 2016

João Santana e sua mulher, também sócia e cúmplice nas atividades criminosas, já estão encarcerados em Curitiba



João Santana desembarca em São Paulo e segue para Curitiba em avião da PF
Ele e a mulher, Mônica, tiveram a prisão temporária decretada nessa segunda pela Lava Jato. Ambos são investigados em esquema de corrupção na Petrobras
O marqueteiro do PT nas últimas três eleições presidenciais João Santana desembarcou nesta terça-feira (23/2), no aeroporto de Guarulhos, em São Paulo, por volta das 9h25 do voo vindo de Punta Cana, na República Dominicana. Segundo a Polícia Federal, o publicitário baiano aguardou na delegacia do aeroporto a chegada da aeronave da própria PF que levou ele e a mulher para Curitiba. O advogado de Santana, Fábio Toufic, também estava no voo.

De acordo com a PF, depois eles serão conduzidos ao Instituto Médico Legal de Curitiba para exame de corpo de delito e, então, retornarão à Polícia Federal onde deverão prestar depoimento.  João Santana é o alvo central das investigações da 23ª fase da Operação Lava-Jato, denominada Acarajé, gíria utilizada por alguns operadores para se referirem a dinheiro vivo. O baiano, que fez fortuna com o marketing político, aumentando o patrimônio de R$ 1 milhão para R$ 78,6 milhões entre 2004 e 2014, teve a prisão temporária decretada nessa segunda-feira (22/2) para explicar o suposto recebimento de pelo menos US$ 7,5 milhões no exterior. Com livre trânsito no Planalto, era um dos principais conselheiros da petista durante as maiores turbulências, participava de decisões estratégicas do governo e escrevia discursos. 

Em sua defesa, Santana vai dizer que os valores recebidos fora do país não são referentes a campanhas políticas realizadas no Brasil e que o país vive um clima de “perseguição política”. [alguns tentam passar a imagem que a presteza do marqueteiro de Dilma em voltar ao Brasil é prova de inocência = a famosa dedução: quem não deve, não teme. . NADA DISSO.
É receio de ser extraditado, afinal, o governo petista não extradita criminosos,  mas os outros países extraditam.
O marqueteiro e esposa vão passar uma péssima primeira noite no xadrez da PF em Curitiba, já que viajaram em condições desconfortáveis.

Leiam o parágrafo adiante: “Alvos de mandados de prisão temporária na "Acarajé", a mais nova etapa da Operação Lava Jato, o marqueteiro do PT João Santana e sua mulher, Mônica Moura, chegarão ao Brasil às 10h desta terça-feira (23), vindos da República Dominicana. Eles tomarão o voo 7701 da Gol, que partirá de Punta Cana às 2h50 (horário de Brasília), rumo ao aeroporto de Guarulhos. O tempo de duração da viagem é de 7h10. O casal não gozará de conforto, pois o voo não dispõe de Primeira Classe ou Classe Executiva.
Santana estava na República Dominicana para cuidar da campanha eleitoral do presidente Danilo Medina, que tenta a reeleição. Santana pediu dispensa irrevogável do serviço ao dizer  que "vê clima de perseguição" no Brasil.  E hoje, enfrentarão as confortáveis dependências da carceragem da PF em Curitiba.”]

Na operação, que mobilizou 300 policiais nos estados do Rio de Janeiro, São Paulo e Bahia, foram presos o lobista polonês Zwi Skornicki, responsável pela intermediação de contratos que somam R$ 6 bilhões na petroleira; o administrador de empresas Vinícius Veiga Borin, ligado a offshores controladas pela Odebrecht; Maria Lúcia Guimarães, funcionária da empreiteira; e Marcelo Rodrigues, executivo da estatal. Além de Santana e a mulher, até o fechamento desta edição, não tinham sido cumpridos os mandados de prisão contra o diretor-presidente da Odebrecht, Benedicto Barbosa, e Fernando Migliaccio, funcionário da empresa.

Os investigadores avaliaram que as cifras recebidas na Suíça por Santana podem ser bem maiores. A Polícia Federal investiga o destino de US$ 7,5 milhões. A maior parte dos recursos — 60% — teria sido remetida, em 2013 e 2014, ao exterior pelo lobista Zwi Skornicki, utilizando a empresa Shellbill Finance S.A. A Lava-Jato já sabe que pelo menos US$ 3 milhões, depositados entre abril de 2012 e março de 2013, foram repassados para um conta de Santana a partir de uma articulação de offshores controladas pela construtora Norberto Odebrecht. Na Inovation, a Odebrecht teria repassado US$ 500 mil. A outra parte, no valor de US$ 2,5 milhões, foi encaminhada a Klienfield. As duas offshores transferiram os valores para a Shellbill Finance S.A., que teria repassado a contas de Santana.

De acordo com os investigadores, os valores passaram por bancos em Londres e Nova York antes de chegarem à Suíça. “É importante ressaltar que se trata de informações parciais do Citibank de Nova York. Ainda estamos esperando o recebimento de novas informações”, informou o delegado Felipe Pace. A Polícia Federal ainda não tem provas de que os recursos foram repassados para pagamento de serviços prestados por Santana durante as campanhas presidenciais de Dilma. O delegado informou que chama a atenção o fato de Santana ter declarado legalmente o recebimento de aproximadamente R$ 170 milhões por serviços eleitorais prestados no Brasil desde 2005 e ter escondido o recebimento de valores menores no exterior.

A investigação teve início durante a nona fase da Lava-Jato, em fevereiro do ano passado, após policiais federais encontrarem na casa de Zwi Skornicki uma carta escrita por Mônica Moura. Ela encaminha dados de duas contas, uma que recebia em euro e outra em dólar, no exterior. Na mesma carta, a mulher de Santana diz que encaminhou o modelo de contrato e que apagou, por motivos óbvios, o nome da empresa. Avisa também que, “por motivos de segurança”, não tem uma cópia eletrônica da carta.

Fonte: O Globo 

 

segunda-feira, 3 de agosto de 2015

INACEITÁVEL

Jatinho exclusivo para Dirceu?
Quando receber autorização do Supremo Tribunal Federal (STF) para a transferência do ex-ministro José Dirceu para Curitiba, a Polícia Federal trabalha com a possibilidade de levar o petista de Brasília para a capital paranaense sozinho um jatinho. O objetivo é que, pelo menos em um primeiro momento, presos "expostos politicamente" não sejam colocados no mesmo ambiente que os demais detidos na Operação Lava Jato. Dirceu teve a prisão preventiva decretada pelo Juiz Sergio Moro, que também autorizou buscas e apreensões na casa do ex-ministro. A mulher de Dirceu acompanhou os policiais enquanto eles cumpriram os mandados na residência do petista.


Dirceu, a prisão e as ironias do destino
José Dirceu se sentia abandonado por companheiros de partido desde que caiu em desgraça com a condenação a sete anos e 11 meses por corrupção ativa no julgamento do mensalão. Longe das decisões de alta cúpula tomadas no Palácio do Planalto ou no Congresso Nacional, Dirceu passou nesta segunda-feira por uma daquelas ironias do destino quando foi levado por policiais de sua casa, no bairro nobre do Lago Sul, em Brasília, para a Superintendência da Polícia Federal, do outro lado da cidade.

Pelos vidros do carro negro da PF, passou diante do imponente prédio da Procuradoria-geral da República, responsável pelas acusações que o levaram pela primeira vez para a cadeia. A menos de 500 metros dali, viu os contornos do Palácio do Planalto, onde ocupou o poderoso quarto andar na chefia da casa Civil do primeiro mandato de Lula até 16 de junho de 2005.



terça-feira, 21 de julho de 2015

Futuro de Dilma na bolsa de apostas. Ela cai em 30, 60 ou 90 dias? ou não cai? mais cotado em 30 dias, 59% e menos cotado o não cai = 0,0002%

Futuro de Dilma vira bolsa de apostas

Com as bolas de cristal espatifadas – ninguém consegue de fato prever o que virá a seguir no enredo da crise política o futuro do governo Dilma parece ter virado o objeto de uma barulhenta bolsa de apostas.

Dilma fica e a economia se recupera a partir de 2016, sendo que em 2018 o oneroso ajuste atual seria uma lembrança vaga. Dilma fica, mas enfraquecida ou “sangrando” conforme o vocabulário da política. Dilma tem o mandato encurtado. Dilma sai com Temer. Dilma sai, Temer fica. Dilma fica, mas com parlamentarismo (este já rejeitado em dois plebiscitos populares, em 1963 e 1993). E por aí vai.[a rejeição do parlamentarismo em dois plebiscitos populares não deve ser interpretada como expressão de desaprovação do povo brasileiro àquele sistema de governo. 
Em 1963, além das condições serem completamente diferente das de agora - o que ocorria em Brasília em uma semana só alcançava os grotões do Brasil uma semana depois ... se sabia das greves pela não circulação de trens... o rádio era a fonte mais confiável e eficiente de notícias... - a capacidade de causas danos que o governo a ter seus poderes reduzidos pelo parlamentarismo era mínima.
Todos esses fatores reduzindo ao mínimo a divulgação das vantagens ou desvantagens do regime.
Em 1993, a situação era totalmente diferente. O Brasil estava, especialmente se comparado com agora, relativamente bem e o plebiscito foi mais fruto de uma exigência descabida dos autores da 'constituição cidadã'.
"[AGORA É DIFERENTE. SE TRATA DE SALVAR O BRASIL. E A SALVAÇÃO DA NOSSA PÁTRIA COMEÇA COM O AFASTAMENTO SUMÁRIO DA ATUAL PRESIDENTE.
Com Dilma na presidência o BRASIL SE ACABA. 

A Dilma tem que sair. Qualquer coisa é melhor que ela, ou, no mínimo,  menos danosa ao Brasil que ela.

Vale o Temer, vale o Eduardo Cunha, vale o Renan, vale até o Lewandowski. 
É questão de desespero mesmo, salvar o Brasil a qualquer custo. A corja petralha tem que ser afastada.
Vale até a INTERVENÇÃO MILITAR CONSTITUCIONAL.]
 
A impressão que se tem é que, a cada nova rodada do pregão, os atores políticos lançam ao ar seus balões de ensaio. Esta é uma imagem recorrente na política. Desenha-se uma projeção de futuro, um enredo. O mais recente é a de que o país – após delações atingirem diretamente o presidente da Câmara e a PF fazer apreensões na casa de senadores viverá uma crise institucional com consequências imprevisíveis. Fim de Mundo. Precipício. 

Seja como for, a bolsa de apostas serve ao teste de teses, ao sopesar de possibilidades, à medição e avaliação de forças. A cada onda de boatos, a cada evento, um caco fica.  Talvez esteja aí, porém, um dos principais nós do quadro político atual: as forças estão fragmentadas. No Congresso Nacional são 28 partidos, muitos de tamanho médio. Os principais, divididos internamente. O PT é governo mas sua base denuncia o ajuste, centro atual da política econômica; o PMDB está dentro e fora do barco simultaneamente, beneficiando-se (eternamente) da ambiguidade; o PSDB não tem consenso sobre a agenda anti-Dilma, nem sobre pautas socialmente sensíveis como a redução de maioridade penal, entre outras; lideranças individuais, como Cunha, ganham agora os holofotes se equilibrando na corda bamba das delações.

O que dita o contexto é a imprevisibilidade. Em tese as próximas semanas arrefecerão o ritmo da crise, afinal o Congresso está em recesso. Mas quais novidades virão da Justiça em Curitiba? E do que está arquivado, sabe-se lá aonde e por quem, em formato de vídeos ou áudios, com novas e supostas “bombas”, o que será detonado e quando? Mas serão “bombas” de verdade ou factoides?

Fonte: Blog do  Rogério Jordão

sexta-feira, 26 de junho de 2015

O momento Gorbatchov de Lula

A ‘revolução’ que Nosso Guia espera é uma ideia tardia, a‘gente nova’ pensa numa direção oposta à dele

Lula, essa metamorfose ambulante, apresentou-se com uma nova roupa. Dizendo-se “velho” e “cansado”, defendeu uma “revolução interna” no Partido dos Trabalhadores. Quer colocar nele “gente nova, gente que pensa diferente”. Por duas razões, é possível que esteja perdendo seu tempo.

Primeiro porque não está falando sério. Ele diz: “Não sei se é defeito nosso, ou do governo”. Se acha que o defeito pode ser do governo, e não “nosso”, acredita que alguém seja capaz de separar um do outro. Diz mais: “Eu acho que o PT perdeu um pouco de sua utopia”. Casos como o do assassinato de Celso Daniel, o mensalão e as petrorroubalheiras dificultam  percepção de que o PT tenha perdido só “um pouco de sua utopia”. Com a proteção que Lula e o partido deram aos comissários nos escândalos que hoje os trituram ele perdeu toda a utopia. Pior, detonou as utopias históricas dos grandes contratadores de negócios com o Estado. Num fato inédito desde que o Marechal Deodoro foi acusado de proteger uma empreiteira, conexões petistas levaram maganos para a cadeia. 

Os companheiros que prometiam prender empresários corruptos ajudaram a conduzir bilionários simpáticos à sua tesouraria para a carceragem de Curitiba, e foram junto.  O segundo motivo pelo qual Lula pode estar perdendo seu tempo foi exposto ao país no congresso do partido em Salvador, quando o nome do tesoureiro João Vaccari Neto recebeu uma ovação do plenário. A “gente nova” que um dia foi para o PT hoje grita nas ruas para que ele se vá.

Aos 69 anos, a guinada utópica de Lula tem alguns ingredientes da ilusão de Mikhail Gorbachev quando pensou em rejuvenescer o sistema político soviético. Ele achou que o Partido Comunista tinha conserto. Felizmente para o Brasil, o PT pode viver sua crise sem destruir o Estado. Como no baralho do regime de Gorbachev não havia a carta da regeneração, ele acabou como garoto-propaganda das malas Louis Vuitton.

Apesar de tudo isso, não se deve subestimar a metamorfose ambulante. Lula surgiu no cenário nacional emergindo vitorioso de uma greve com a qual pouco teve a ver, a da Scania em 1978. E triunfou nos dois anos seguintes liderando paralisações ruinosas. Já entrou em assembleia tendo feito um acordo com o patronato e, ao sentir o clima de peãozada, renegou o acerto, marchando heroicamente para uma derrota. Saiu vitorioso no fracasso. Cresceu a cada um desses lances, chegou ao Planalto e colocou um poste no seu lugar.

A primeira eleição de Lula deveu-se em boa parte às suas virtudes. A partir daí, os êxitos do PT deveram-se principalmente às inclinações demofóbicas de seus adversários. Quando Lula surpreende dizendo que tanto ele como a doutora Dilma estão no “volume morto”, a oposição rejubila-se, como se isso lhe bastasse. Esquece-se que até bem pouco, quem estava literalmente no volume morto era o governador Geraldo Alckmin, ameaçado por um racionamento de água em São Paulo. Depois de dez meses de ansiedade, subiu o nível do sistema Cantareira e o tucano é candidato a presidente. A

A guinada e o rejuvenescimento petista são utopias que Lula vende mas não compra. Sua esperança está onde sempre esteve: na demofobia dos adversários.

Por: Elio Gaspari é jornalista

segunda-feira, 22 de junho de 2015

Quando os chefões se juntarem na cadeia a Vaccari e Vargas, terão de explicar por que só um foi enterrado sem choro nem vela

O bando reunido em Salvador para o congresso nacional do PT não parou de chorar a ausência forçada do companheiro João Vaccari Neto. (O avô do gatuno, por sinal, não merecia ser lembrado assim, mas isso é assunto para outro post. Voltemos aos surtos de saudade provocados pelo tesoureiro nacional do partido engaiolado em Curitiba por estar envolvido até o pescoço na roubalheira do Petrolão).



Na foto acima, o clima de velório é escancarado pela cara de viúva inconsolável dividida por José Nobre Guimarães, Lula, Fernando Haddad, Jaques Wagner e Fernando Pimentel. Trocando figurinhas falsas e caprichando no sorriso de inimigo íntimo, Dilma Rousseff e Rui Falcão parecem destoar do espetáculo da tristeza.

O equívoco seria desfeito minutos depois, quando ambos engrossaram com especial entusiasmo a salva de palmas que pranteou por três minutos seguidos a memória do amigo Vaccari, confiscado semanas antes pela Operação Lava Jato. Naquela mesa está faltando um, berra a imagem da perda irreparável.

Estão faltando pelo menos dois, corrige a foto acima, que eterniza um dos muitos momentos festivos do encontro promovido pelo PT em dezembro de 2013. Clique no círculo e veja os rostos ampliados da dupla de meliantes: ao lado de Vaccari, braço direito erguido, vibra o companheiro André Vargas, então uma estrela ascendente da sucursal paranaense do ajuntamento dos fora-da-lei disfarçados de guerreiros do povo brasileiro.

(“Nossos valores são eternos”, jura a inscrição providenciada pelos cenógrafos da reunião que em qualquer país sério só ocorreria na clandestinidade. Depende, condiciona a inflação cada vez mais obesa. Pelo menos os valores em dinheiro amealhados pela turma só serão perenes se depositados nos poucos paraísos fiscais ainda fora do alcance do FBI. Feita a ressalva, voltemos ao larápio que antes de ser desmascarado desafiava até presidentes do STF).

Vice-presidente da Câmara dos Deputados, ex-vice-presidente de Comunicação do PT, Vargas sonhava com o comando do Poder Legislativo quando foi pilhado pela Polícia Federal voando de graça em jatinhos do parceiro Alberto Youssef. Era só a ponta do iceberg imenso e malcheiroso, sabe-se agora. André Vargas e Vaccari hoje descansam no mesmo xilindró. Mas apenas o tesoureiro foi homenageado na Bahia.

Isso não vai ficar assim, avisam parentes do esquecido. Pelo andar da carruagem, gente graúda que aparece nas duas imagens não demorará a ser transferida do retrato para uma cela em Curitiba. Quando estiverem todos juntos na cadeia, Vargas vai querer saber por que só ele foi enterrado sem choro nem vela.

Fonte: Blog do Augusto Nunes 


quarta-feira, 29 de abril de 2015

Brasileiro cantou e não quis usar venda antes de execução

Caixões de oito fuzilados foram levados para funerária em Jacarta; Rodrigo Gularte vai ser enterrado no Brasil

Pouco antes de amanhecer nesta quarta-feira na Indonésia, os corpos do brasileiro Rodrigo Gularte, 42, e de outros sete condenados por tráfico executados na tarde desta terça-feira foram trazidos da ilha Nusakambangan para Cilacap, em caixões brancos, alguns deles bordados. Angelita Muxfeldt, prima de Gularte e que está desde fevereiro na Indonésia, chorava muito enquanto era conduzida pelo padre Charlie Burrows, que abria caminho em meio à multidão. Segundo informações da agência AFP, uma pastora que acompanhou um dos presos em seus últimos momentos disse que os condenados se comportaram com “força e dignidade” até o fim.

O caixão de Gularte foi levado do porto de Cilacap para uma casa funerária em Jacarta, onde uma breve cerimônia foi realizada. Angelita, desolada, tocou o caixão do primo durante vários momentos. Ela cuidará dos trâmites para trazer o corpo ao Brasil. Nos minutos que antecederam à execução, os oito condenados recusaram ter os olhos vendados e optaram por encarar o pelotão de fuzilamento, de acordo com informações da AFP. Eles entoaram cânticos religiosos, como “Amazing Grace”, segundo uma testemunha da execução, até o pelotão começar a disparar nos presos atados em postes. Um grupo de pessoas que se reuniu na cidade portuária de Cilacap - que dá acesso à ilha de Nusakambangan - segurava velas acesas e também cantava “Amazing Grace”.

Angelita acompanhou os disparos da execução à distância, ao lado do encarregado de negócios do Brasil em Jacarta, Leonardo Carvalho Monteiro, maior autoridade brasileira na Indonésia. O fuzilamento ocorreu por volta de 0h25 (horário local, 14h25m em Brasília).
Segundo a BBC Brasil, durante o encontro final com parentes, Gularte deixou um recado para a família:"Daqui irei para o céu e ficarei na porta esperando por vocês", declarou o brasileiro, de acordo com o encarregado de negócios do Brasil em Jacarta.
 
O corpo de Rodrigo Gularte será trazido ao Brasil e enterrado em Curitiba. O pedido foi feito pelo próprio Gularte, em seus últimos dias na prisão. Ainda não há data prevista para o traslado do corpo da Indonésia para o Brasil. A mãe de Gularte, Clarisse, recebeu a notícia da morte do filho em seu apartamento, acompanhada de parentes. Desde que soube que o filho seria executado, Clarisse ficou com a saúde debilitada.

Além de Rodrigo Gularte foram executados dois australianos, quatro africanos e um indonésio. A filipina Mary Jane Veloso foi poupada pouco antes da execução. Logo que chegou ao porto de Cilacap, o corpo do indonésio Zainal Abidin foi enterrado em um cemitério próximo.


quarta-feira, 4 de março de 2015

‘Em busca de um novo alvo’ e outras cinco notas de Carlos Brickmann



Lula pediu à CUT que desista das manifestações nacionais que marcou para sexta, 13 de março. Há quem pense que é para evitar um fiasco – é difícil manifestar-se “em favor da Petrobras” ao lado do pessoal que passou os últimos anos a sugá-la. Há quem pense que é para evitar que a manifestação marcada para o domingo, dia 15, contra o Governo, ganhe mais ímpeto. Nada disso: o Governo Federal quer concentrar todas as forças, na sexta-feira, 13, no Paraná. O objetivo é demonizar o governador paranaense, o tucano Beto Richa, e criar um novo alvo que tire Dilma do foco das notícias negativas. Culpar só FHC já não é suficiente.

Beto Richa enfrenta uma série de problemas neste início de segundo mandato. A Associação Paranaense de Professores, radicalizadíssima, ligada a partidos como PSOL, PSTU e também PT, está em guerra com o governador. Richa enfrenta a necessidade do ajuste fiscal, sempre doloroso e impopular. O Paranáque formava com São Paulo a dupla de Estados que o PT tinha como prioritários em 2014, e nos quais perdeu já no primeiro turnoé visto como possível contraponto ao desmanche do prestígio do Governo Federal. É lá o foco da luta.

Grandes grupos de militantes pró-PT estão sendo enviados ao Paraná – CUT, MTST, MST que Lula chamou de “exército de Stedile”, referindo-se ao chefe dos invasores de terras. Devem manifestar-se na sexta,13, contra Beto Richa e os tucanos; e ficar por lá no mínimo até domingo, 15, para contrapor-se às manifestações contra o Governo Federal. O clima em Curitiba é o mais quente do país.

Os mascarados
Isso não significa que grupos mais radicais pró-Governo tenham desistido do dia 15. O que se comenta é que pelo menos os black-blocs estarão nas ruas, nas 50 cidades em que estão marcadas manifestações antigovernamentais, para tentar no mínimo tumultuar o ambiente e descaracterizar o caráter político do evento.

Levy e Dilma
Chega de mimimi: a frase do ministro Joaquim Levy, a respeito do custo da brincadeira da desoneração, não tem nada de ofensivo. Nem significa, a propósito, que o Governo tenha brincado. A palavra visivelmente foi usada no sentido de “situação”. É uma forma comum de expressão. Um empresário, depois de investir em modernização, pode dizer “a brincadeira custou X milhões”; um pai, falando sobre a festa de casamento da filha, diz que gastou “X milhares de reais” na brincadeira. Transformar isso em ofensa é meio muito. O Governo já enfrenta problemas de verdade em quantidade suficiente, não precisa brigar por bobagem.


Por: Carlos Brickmann