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domingo, 24 de setembro de 2023

No auge da militância, tolerância com trans desaba no Reino Unido - Gazeta do Povo

Cidadania Digital   -   Madeleine Lacsko

Nos últimos quatro anos, justamente no auge da militância, a tolerância com as pessoas trans desabou no Reino Unido. É o que mostra a pesquisa British Social Attitudes, feita periodicamente nos últimos 40 anos pelo governo britânico. Em todas as demais questões pesquisadas, que envolvem sempre a pauta de costumes, houve avanço da visão liberal.

É uma pesquisa interessante porque não tem relação com o que a pessoa pratica ou acredita ser melhor para a própria vida. O governo levanta periodicamente qual a tolerância para que outras pessoas tenham determinado comportamento, sob o ponto de vista exclusivo da avaliação moral. A pesquisa faz algumas afirmações e pergunta se o entrevistado concorda totalmente, discorda totalmente ou nenhuma das duas coisas. A primeira amostragem é de 1983, mas nem todas as perguntas começaram a ser feitas naquela época. A pesquisa ganhou mais nuances, então alguns temas começam a ser medidos depois.

    O repertório militante é apenas uma desculpa para promover no mercado determinado grupo e inviabilizar a concorrência.  Na questão da formação de família houve uma mudança grande entre a década de 1980 e esta década de 2020. As perguntas sobre o tema são, por exemplo:

Não há problema em um casal viver junto sem a intenção de se casar.

Em 1994, 64% concordavam com isso, número que subiu para 81% agora. Os que discordavam caíram de 19% para 8%.

Pessoas que desejam ter filhos devem obrigatoriamente se casar.

Em 1983, 70% pensavam assim e o número caiu para 24%. Os que eram contrários cresceram de 17% para 45%. Triplicaram os que não têm opinião formada, de 10% para 30%.

    A violência das campanhas que fingem defender direitos de pessoas trans ficou conhecida no mundo todo.  Também cresceu exponencialmente a tolerância com sexo antes do casamento e relações entre pessoas do mesmo sexo nos últimos quarenta anos, com uma pequena queda de 2019 para cá.

No gráfico, a linha roxa define quem acha não haver nenhum problema com sexo antes do casamento. A cor de rosa é dos que consideram não haver nenhum problema com relações sexuais entre pessoas do mesmo sexo.

A importância dada à fidelidade no casamento, no entanto, permanece quase inabalada entre os britânicos nos últimos 40 anos.  Em 1983, 58% dos britânicos diziam considerar sempre errado o sexo de uma pessoa casada fora do casamento. Hoje, o índice é de 57%.

Um dado interessante do compilado das pesquisas é que a moral pública não muda do dia para a noite. Também quando vemos os recortes por idade, fica claro que cada geração acaba mantendo boa parte de seus conceitos morais ao longo da vida. Obviamente existem mudanças. O mundo muda e nós também aprendemos com a vida. O que não há ali é mudança radical. Aliás, há uma única: a visão sobre pessoas transgênero.

    A perseguição à escritora J. K. Rowling, criadora de Harry Potter, é um marco.  A discussão pública sobre o tema começa em 2004 no Reino Unido. Há um debate legal acerca do reconhecimento. Em 2005, passa uma lei que permite a mudança dos documentos das pessoas que se identificam com o outro sexo e comprovadamente têm disforia de gênero.

De 2016 até 2019, a visão sobre transexuais quase não mudou no Reino Unido. As perguntas feitas sobre o tema eram autodescritivas e divididas em três níveis diferentes.

O nível de preconceito auto-descrito em relação a pessoas que são transgênero.


“Muito preconceito” ficou sempre em torno de 2% ou 3%. Agora saltou para 6%.

“Um pouco de preconceito” era em torno de 12% a 5% e saltou agora para 27%.

“Nenhum preconceito” ficava em torno de 82% a 83% e agora caiu para 64%.

Qual a grande mudança que aconteceu em 2019? Foi a tal história da autodeclaração, que causa polêmica no mundo todo. 
Até 2019, só se reconhecia como transgênero a pessoa que tinha o diagnóstico de disforia de gênero e realmente fazia esforços para ser reconhecida como de outro sexo. Além disso, era um tema relacionado exclusivamente a pessoas maiores de idade.
É importante notar que, antes dessa época, nem no Reino Unido e nem no Brasil havia tanta popularidade nos tratamentos cirúrgicos.  
Claro que havia pessoas que recorriam e a história mais famosa por aqui é a de Roberta Close. 
Mas havia também casos como o de Rogéria, que jamais desejou um tratamento cirúrgico mas se apresentava socialmente como figura feminina.

    Basta carimbar uma mulher como transfóbica para que se justifique a destruição dela.

A autodeclaração passou a questão a uma outra realidade. Basta alguém dizer que é de outro sexo para ser reconhecido como sendo uma pessoa trans. É precisamente esse ponto que incendiou a opinião pública. No Reino Unido ainda tem o adicional de baixar a idade para 16 anos. A violência das campanhas que fingem defender direitos de pessoas trans ficou conhecida no mundo todo. A perseguição à escritora J. K. Rowling, criadora de Harry Potter, é um marco. Basta carimbar uma mulher como transfóbica para que se justifique a destruição dela.

Eu sou uma das pessoas que enxerga nesse tipo de militância um fenômeno de mercado e concorrência desleal completamente desconectado com causas. O repertório militante é apenas uma desculpa para promover no mercado determinado grupo e inviabilizar a concorrência.

A lógica do melhor produto deixa de valer e é substituída por julgamentos morais sumários, promovidos pelos canceladores. Este é, aliás, o pano de fundo de todos os casos que conto no meu livro, Cancelando o Cancelamento, publicado pela LVM Editora.

Se havia dúvidas quanto ao efeito da militância sobre a causa, agora não há mais. Tudo o que fizeram fingindo que defendiam o direito das pessoas trans só serviu para aumentar o preconceito.

 Conteúdo editado por: Jocelaine Santos

Madeleine Lacsko, colunista - Gazeta do Povo - Cidadania Digital


segunda-feira, 14 de fevereiro de 2022

A cantora Adele é acusada de transfobia por dizer que ama ser mulher - Gazeta do Povo

Luciano Trigo

Já virou rotina, o que não quer dizer que seja algo normal. Durante a cerimônia de premiação dos BRIT Awards, em Londres, na última terça-feira, a cantora Adele, a grande vencedora das categorias “Álbum do Ano”, “Música do Ano” e “Artista do Ano”, declarou: “Eu realmente amo ser mulher e ser uma artista feminina. Eu amo. Estou muito orgulhosa de nós, realmente estou”.

Pronto. Isso bastou para a cantora ser acusada de transfobia. Imediatamente, as milícias do "ódio do bem" se mobilizaram para atacá-la nas redes sociais. Adele também foi classificada como TERF (“trans-exclusionary radical feminist”), termo pejorativo que designa as feministas que teriam preconceito contra pessoas trans. (O mesmo rótulo, aliás, foi usado no cancelamento da escritora J.K.Rowling, autora de “Harry Potter”, que cometeu o crime de criticar o uso da expressão “pessoas com vagina” no lugar de “mulheres” para designar... Mulheres, isto é, pessoas com vagina.)

Esta foi, aliás, a primeira edição dos BRIT Awards que não premiou um Artista do Ano masculino e uma Artista do Ano feminina: a intenção da mudança era não excluir “pessoas não-binárias” e reconhecer todos os artistas “exclusivamente pela sua música e seu trabalho, em vez de por como eles escolhem se identificar ou por como outros podem vê-los.” [grifo meu]

Adele ainda fez a concessão de dizer que entende por que o prêmio mudou, mas não adiantou nada: foi sumariamente cancelada. Em questão de minutos, internautas “do bem” se mobilizaram para pregar o boicote às músicas da cantora, que teria ofendido gravemente pessoas “não-binárias” e “transgênero”: "Quem pensaria que Adele era transfóbica e usaria a plataforma do prêmio para pedir a destruição da comunidade trans?", perguntou um usuário do Twitter.

Pois é. Uma mulher dizer que ama ser mulher está pedindo a destruição da comunidade trans. 
É este o nível da argumentação da militância identitária. 
O que isso sinaliza?

Tem uma questão de fundo aí. Mas antes observem como o texto de justificativa da mudança do prêmio reduz sutilmente o fato de ser homem ou mulher a uma questão de escolha, como se homem fosse quem optasse se identificar como homem e mulher fosse quem optasse por se identificar com mulher. Obviamente, não é: qualquer um é livre para se identificar como quiser, é claro, mas a biologia e a genética importam.

A dificuldade começa quando o horizonte deixa de ser uma sociedade harmônica, onde todos tenham direitos iguais e se tratem com respeito, e passa a ser uma sociedade dividida em grupos que se odeiam e que buscam um tratamento especial às custas dos direitos dos outros
 
E qual é a questão de fundo? Para princípio de conversa, há uma contradição óbvia na decisão de abolir premiações específicas para homens e mulheres para apoiar a diversidade, mas essa contradição parece passar despercebida para todos os envolvidos no debate. A luta legítima da minoria trans é pelo respeito à diversidade, mas, paradoxalmente, o que se fez foi eliminar a diversidade, tornando todos os artistas sexualmente indiferenciados. 
Respeitar a diversidade de verdade seria criar novas categorias para os grupos que se sentem preteridos ou excluídos e buscam reconhecimento, e não jogar todos no mesmo saco da "neutralidade" sexual, como se isso existisse.

Como se não bastasse afirmar que gosta de ser mulher, Adele cometeu a ousadia de encerrar seu discurso dedicando a vitória à sua família: “Queria dedicar esse prêmio ao meu filho. E a Simon, pai dele. Por toda nossa jornada, não apenas a minha.”

E aqui a equação fecha. Defender a instituição da família nuclear, com pai, mãe e filhos, também é percebido como algo ofensivo pela militância progressista. A família é hoje percebida como uma instituição fascista, heteronormativa e machocêntrica, que só serve para reproduzir valores e práticas que precisam ser abolidas da sociedade.

Mas esse episódio, como tantos outros, revela outras duas contradições: A primeira contradição é lutar pela tolerância praticando e pregando a intolerância. Raras vezes se viu tanto ódio quanto o dos grupos que se apropriam de bandeiras de minorias, legítimas em sua origem, para perseguir e esfolar desafetos. Os linchamentos morais e os cancelamentos, cada vez mais frequentes, são prova inequívoca de que aqueles que dizem combater a intolerância são os mais intolerantes.

A segunda contradição é lutar não por direitos iguais, mas por direitos diferenciados. Por óbvio, nenhuma pessoa “trans”, como nenhuma pessoa pertencente a qualquer minoria, pode ser desrespeitada ou ser vítima de preconceito, o que significa dizer: nenhuma pessoa pode ser tratada de forma diferente das demais por ser trans ou pertencente a qualquer minoria.

Mas afirmar que ninguém pode ser prejudicado por suas escolhas ou suas origens implica afirmar também que ninguém pode ser beneficiado por suas escolhas ou suas origens. A dificuldade começa, justamente, quando o horizonte deixa de ser uma sociedade harmônica, onde todos tenham direitos iguais e se tratem com respeito, e passa a ser uma sociedade dividida em grupos que se odeiam e que buscam um tratamento especial às custas dos direitos dos outros.

Uma sociedade assim não tem com dar certo: uma sociedade na qual os oprimidos buscam não a igualdade de direitos, mas tomar o lugar dos opressores, repetindo as suas piores práticas e adotando a mesma premissa do modelo de sociedade que afirmam combater, qual seja: aquele no qual pessoas são tratadas de formas diferentes com base em sua identidade e sua origem.

Luciano Trigo, colunista - Gazeta do Povo - VOZES

 


sexta-feira, 7 de janeiro de 2022

Escola ‘apaga’ de sua história a autora de Harry Potter

Cristyan Costa

Colégio considerou J.K. Rowling 'transfóbica' 

A escola inglesa Boswells tirou de um de seus prédios o nome da autora de Harry Potter, J.K. Rowling. Isso porque a escritora foi considerada “transfóbica” pelo colégio em razão dos comentários que fez sobre pessoas trans.
J.K. Rowling tem sido atacada por ativistas trans
J.K. Rowling tem sido atacada por ativistas trans - Foto: Montagem com imagem Shutterstock e Divulgação

O pedido foi feito por alunos e professores, noticiou o jornal britânico Daily Mail, na terça-feira 4. O processo de “revisionismo” ocorreu em julho de 2021, mas veio à tona apenas agora, depois de a publicação obter documentos. “Estamos revisando o nome de nossa casa vermelha à luz dos comentários de J.K. Rowling sobre trans”, comunicou a direção do colégio, à época. “Seus pontos de vista sobre o assunto não se alinham com nossas políticas e crenças.”

“Promovemos uma comunidade inclusiva e democrática, onde incentivamos os alunos a se desenvolverem como cidadãos autoconfiantes e independentes”, disse o diretor da escola, Stephen Mansell, em entrevista à agência AFP.

O colégio rebatizou o prédio com o nome da medalhista olímpica Kelly Holmes.

Ataques contra a autora de Harry Potter
Em 2020, Rowling compartilhou um artigo que questionava o termo “pessoas que menstruam”, em vez de mulheres. “Se o sexo não for real, a realidade vivida pelas mulheres em todo o mundo é apagada. Eu conheço e amo pessoas trans, mas apagar o conceito de sexo remove a capacidade de muitos de discutir sua vida de forma significativa. Não é ódio falar a verdade”, comentou.

A publicação desencadeou ataques, incluindo ameaças de morte contra Rowling, que teve o endereço de sua casa divulgado na internet por trans.

Leia também: “O silêncio não vai salvar você”, artigo Brendan O’Neill publicado na Edição 71 da Revista Oeste

Revista Oeste

 


quinta-feira, 16 de dezembro de 2021

Ela é contra estupradores em presídios femininos. Transfóbica, claro! - Gazeta do Povo

Madeleine Lacsko

Patrulha Identitária - Entenda como a patrulha da lacração transforma até defesa de estuprador em bandeira contra transfobia.

J. K. Rowling: a autora de Harry Potter - acusada de transfobia

Na patrulha identitária deve ter alguma norma que obrigue a dedicar um momento do dia a perseguir a escritora J. K. Rowling. Agora, ela já está fora de um especial sobre a obra dela própria na HBO no Ano Novo. Mas ainda não é o suficiente. Depois de incentivos à invasão da casa da escritora, vamos a mais um round de assédio. Agora o problema é errar o artigo ao falar com o estuprador x estupradxr.

Pelo menos no Reino Unido ainda se permite que jornalista faça pergunta. Ian Collins pergunta à ativista se ela considera que não é um estupro masculino aquele cometido por uma pessoa que tem pênis. Ela desconversa. J. K. Rowling disse que mulheres trans são estupradoras? Não, mas também não importa. A patrulha não ouve quem é de fora da patrulha, apenas cria estereótipos
Quem disse que mulheres trans são estupradoras foi a polícia da Escócia. Foi tomada a decisão de fichar como mulher e mandar para o sistema prisional feminino o estuprador x estupradxr que se autodeclarar mulher no momento da prisão. Não precisa ter feito transição, cirurgia nem mudado o documento. Quem conta?

O governo da Escócia está enfrentando uma oposição ferrenha dos movimentos feministas, mas alega que não quer dificultar a vida de quem já tem disforia de gênero. Para quê exigir exame médico, laudo, atendimentos ou documento se a pessoa cometer um crime e for presa? Vamos desburocratizar, né? A ideia é adotar o parâmetro do tuiteiro médio da patrulha identitária brasileira. Tem de acertar o artigo que a pessoa estiver a fim de ser chamada no momento da prisão.

O absurdo da situação vira uma distorção ainda mais distópica nas mãos da patrulha identitária. 
A coisa mais sensacional de debater com a seita woke tupiniquim é essa apropriação cultural dos métodos de Paulo Salim Maluf. 
Minha entrada para o jornalismo político, aos 19 anos de idade, depois de madrugadas sangrentas no jornalismo policial paulistano foi graças a ele. Ou melhor, foi graças a uma briga com ele exatamente por esta técnica de debate usada agora pela militância lacrativa.

A patrulha identitária malufou. Não importa o que aconteça ou o que alguém tenha falado, eles respondem o que quiserem. Você diz: "um estuprador não pode ir para a prisão feminina só porque disse na hora da prisão que é mulher". Resposta: "transfobia dizer que só mulheres trans estupram e não são estupradas". Lembra quando eu perguntava: "prefeito Paulo Maluf, e sobre as acusações de corrupção?". Resposta: "Sabe quem construiu a avenida Jacu Pêssego? Paulo Maluf!". Desde que Lula malufou começou essa palhaçada.

Quando eu vejo esse tipo de militância, sempre fico em dúvida. Pode ser um roteirista da Tatá Werneck fazendo teste de piada em rede social. Pode ser também roteirista da Praça é Nossa, vai que vão fazer uma nova velha surda, né? Mas aparentemente era isso mesmo. E experimente questionar quem disse que só mulher trans estupra ou quem disse que mulher trans não é estuprada. Cancelamento imediato por transfobia.

O argumento é que precisam invadir a casa da escritora J. K. Rowling e ela não pode mais ter o nome mencionado na própria obra porque fez uma manifestação altamente ofensiva às mulheres trans. Ela tuitou um artigo falando do absurdo de aceitar que qualquer estuprador simplesmente diga que é mulher, sem nenhuma prova de que seja trans ou esteja se consultando sobre, e vá imediatamente para o sistema prisional feminino.

A patrulha tenta fazer parecer que o problema é estigmatizar as mulheres trans que estejam sendo presas por estupro. Mas e se ela estuprar outra mulher na cadeia? Dane-se, não tem santa ali. Direitos Humanos para humanos direitos. Malufaram com força mesmo. Mas a questão não é essa, é que estamos lidando com estupradores, um tipo de bandido que nem a lei do cão tolera. Se ele tiver a oportunidade de declarar que é mulher e ir para uma cela feminina, vai usar. E já está usando na Inglaterra e no País de Gales.

Entre 2012 e 2018, 436 estupradores estupradorxs com genitália masculina declararam ser mulheres na Inglaterra e País de Gales. A maioria só descobriu que era mulher depois da prisão por estupro. Vejam só que coisa, como um baque mexe com todo o psicológico da pessoa, né? Foi prender que reavaliou toda a vida e descobriu até que era mulher. E esse processo deve ser um aprendizado bem intenso porque corre no boca-a-boca.

A população transexual carcerária no Reino Unido é muito pequena. Pego uma estatística de Inglaterra e Reino de Gales de 2016 a 2017, quando já se podia simplesmente declarar ser mulher e ir para o presídio feminino mesmo com corpo de homem. Havia mais de 85 mil presos e, em 2016, 70 trans. Em 2017 o número saltou para 125. O último dado, de 2019, é de 436. Deve ser a quebra de tabus sexuais que tem feito tanto preso se assumir trans, né?

E qual o percentual de crimes sexuais na população carcerária? Houve uma explosão desse tipo de crime no Reino Unido em 2019, checando a 1 em cada 8 presos. Estamos falando em 12,5% da população carcerária. E quando falamos da população carcerária que se declarou trans? Mais de 60% por crimes sexuais. Será que tem estuprador se aproveitando da brecha na legislação e inventando que é trans? Imagina, um estuprador jamais faria uma coisa tão cruel e ofensiva.

A discussão no Reino Unido ocorre porque a Escócia vai ter de decidir como lidar na prática com criminoso cruel que se aproveita do que tiver de brecha e não tem limite ético. Na Inglaterra e País de Gales já se verificou que muitos desses simplesmente declaram-se mulheres sem o menor constrangimento após a prisão. Há casos de quem realmente decidiu fazer uma transição de sexo e nem assim parou de estuprar, como Karen White, que foi condenada à prisão perpétua.

Bom, mas danem-se essas coisas todas que aconteceram, dados, fatos, gente real que sofreu de verdade. Eu é que sou insensível e não penso no drama da mulher trans que será levada ao presídio masculino porque sou branca e privilegiada. É verdade mesmo que sou insensível. Uma das frases preferidas do meu filho até os 5 anos de idade era: "desiste, minha mãe não se comove". Avalia como eu fico comovida com cancelamento de lacrador. Mas, como não posso desver, divido com vocês.

Um dos maiores mistérios da criação para mim é a autoestima do homem medíocre. Gostaria de um dia chegar a esse nível espiritual em que eu falo a maior estupidez e realmente acredito que foi uma mega sacada só para os mais intelectuais. O mais interessante da história toda é que danem-se as mulheres estupradas, o estupro foi minimizado e estamos diante da proliferação de esquerdomacho dando palestrinha feminista para mulher. 

Enquanto houver otário, malandro não morre de fome.

Como a realidade pouco importa, a turma já está dizendo que no Brasil é com autoidentificação e nunca deu encrenca. Que o CNJ já decidiu pela autoidentificação. Que nem precisa de trans para estuprar porque o carcereiro já estupra. Enfim, haja tempo livre para a turminha da lacração. Aqui houve sim uma decisão do CNJ - não do Legislativo, como seria preferencial [preferencial, e mesmo obrigatório, usual, etc, já que segundo dizem o Brasil vive em um 'estado democrático de direito', tal condição faz com que impere um costume: o Congresso Legisla.] mas é bem diferente do sistema britânico. Tem gente que odeia lacrador. Eu gosto, é bem divertido. O que não pode é levar a sério.

Madeleine Lacsko, colunista - Gazeta do Povo - VOZES


sábado, 15 de agosto de 2020

[adaptações nem sempre funcionam] O que faz uma mulher ser mulher?

Vilma Gryzinski - Mundialista 

O devido respeito aos transgêneros vira absurdo da era PC 

[não está entre os temas do Blog Prontidão Total. Mas, o absurdo impõe sua postagem. 

Está difícil ser mulher, embora tenha fila de gente querendo entrar para a categoria. A própria palavra “mulher” tem sido usada com cautela. Por ser considerada uma agressão, micro ou macro, aos que tendo nascido biologicamente do sexo feminino, declaram pertencer ao outro clube. Daí decorrem alguns absurdos literalmente ridículos. Num tuíte sobre a nova recomendação para exames de colo do útero da Sociedade Americana do Câncer, a CNN anunciou que “indivíduos com cérvix” devem fazer o teste a partir dos 25 anos até os 65. A ideia é não ofender mulheres biológicas que se tornaram homens trans, mas continuam a ter aparelho reprodutor feminino. Incluindo colo do útero. Na Inglaterra, a situação é mais surreal ainda. Homens trans que se registraram como tal no Sistema Nacional de Saúde não  recebem uma cartinha avisando que está na hora de fazer o exame de colo do útero e a mamografia. Embora continuem tendo colo do útero e, na maioria das vezes, mamas. 

Georgios Papanicolau, o médico grego que pesquisou os ciclos reprodutivos e descobriu as diferenças entre células malignas e normais no colo do útero, abrindo caminho para o exame que detecta câncer cervical em seu início, provavelmente ficaria intrigado. Uma encrenca que já se tornou um clássico contemporâneo começou quando J.K. Rowling reclamou do tuíte de uma ONG referindo-se às agruras, durante a pandemia, de “pessoas que menstruam” e são  muito pobres, sem acesso a produtos de higiene. “Tenho certeza de que essa gente tem um nome”, ironizou a “mãe” de Harry Potter, fazendo trocadilhos com a palavra women, mulheres em inglês: “Wumben? Wimpud? Woomud?”.

(........)

Publicado em VEJA, edição nº 2700,  de 19 de agosto de 2020Blog Mundialista 

sexta-feira, 3 de agosto de 2018

As escravas sexuais da Nxivm

Escândalo envolvendo a herdeira do império de bebidas Seagram e uma atriz de Hollywood revela os sórdidos rituais em que mulheres eram abusadas e marcadas a ferro como gado – com as iniciais do líder Keith Raniere. Ele pode ser condenado à prisão perpétua

Bem-vindo à nexium. Ou melhor, Nxivm, a macabra academia de autoajuda fundada em 1998 em Colonie, Estados Unidos, pelo ex-programador de computadores e supostamente gênio precoce Keith Raniere, hoje com 57 anos. Depois de desenvolver um método que prometia revelar os segredos do triunfo pessoal e trazer sucesso e prosperidade, Raniere caiu nas graças de ricas e famosas, ascendendo ao status de guru. 

 LÍDER CRIMINOSO Keith Raniere exigia das discípulas da pirâmide total submissão aos seus impulsos; BILIONÁRIA Além de financiar seita, Clare Bronfman trouxe ilegalmente mulheres de outros países; ATRIZ E ASSECLA Considerada aliciadora pela Justiça, Allison Mack, da série “Smallville”, comandava rituais

Por meio de ciclos de palestras e treinamentos que combinavam doses de filosofia, alguma religiosidade e programação neurolinguística, a organização prosperou atraindo jovens inseguras em busca de autoafirmação. Por trás das falsas promessas, porém, havia uma armadilha para aliciar mulheres e submetê-las a uma sórdida rotina de trabalhos forçados e escravidão sexual. Como se fossem gado, as vítimas eram marcadas a ferro com as iniciais do líder em rituais frequentados por socialites. Na terça-feira 24, o FBI efetuou uma série de prisões — e acrescentou nomes antes insuspeitos ao núcleo central da Nxivm. Entre as detidas está a herdeira da destilaria Seagram, Clare Bronfman, de 39 anos. A atriz de Hollywood Allison Mack, famosa pelo seriado “Smallville”, fora detida em abril, acusada de ser uma das integrantes do que se mostrou ser uma seita de horrores. Raniere, que havia se refugiado no México, também está preso e irá a julgamento em 1º de outubro.

Junto com a bilionária Clare Bronfman foram detidas três mulheres, entre elas Nancy Salzman, de 64 anos, cofundadora da Nxivm. Pesam contra elas acusações de extorsão, roubo de documentos de identidade e participação em um esquema de entrada ilegal de estrangeiras que se tornariam vítimas do círculo interno da empresa, onde funcionava a seita sexual The Vow (O Voto) ou DOS, acrônimo em latim para “Dominus Obsequious Sororium”, algo como “Mestre de Mulheres Submissas”. Próxima de Raniere, Clare é suspeita de arrecadar cerca de US$ 100 milhões para a seita. Parte desse dinheiro seria de sua própria herança. Edgar Bronfman, ex-acionista majoritário da Seagram, morreu em 2013. Dez anos antes, ele já havia denunciado a existência do culto à revista “Forbes”. Ele acreditava que as técnicas da Nxivm o distanciaram de suas filhas Clare e Sara. A advogada de Clare, Susan Necheles, alega que ela é vítima de abuso de poder por parte das autoridades: “Apenas porque o governo discorda de algumas crenças da Nxivm”. No dia das prisões, o diretor-assistente do FBI em Nova York William Sweeney afirmou que os “detalhes desses supostos crimes se tornam cada vez mais sombrios”.

Chantagem Detida e liberada após pagar uma fiança de US$ 5 milhões, a atriz Allison Mack entrou para a Nxivm em 2007 pelas mãos da colega Kristin Kreuk, também integrante do elenco de “Smallville”. Enquanto Kristin deixou o culto sem maiores queixas, Allison mergulhou no esquema, ajudando a atrair mulheres para Raniere. Seu julgamento está marcado para 7 de janeiro de 2019. Diante de uma pena que pode ir de 15 anos à prisão perpétua, ela poderia até negociar um acordo judicial, porém preferiu se declarar inocente. Nas redes sociais é possível assistir a alguns de seus vídeos, nos quais fala ao mundo sobre felicidade e autorrealização. A realidade era bem outra para as vítimas. As que escaparam sequer conseguiam convencer as autoridades de que havia um esquema que as escravizava sexualmente. As denúncias não iam adiante, pois Raniere afirmava que as “tatuagens” com suas iniciais eram consensuais. No ano passado, cinco mulheres apresentaram as mesmas queixas, com marcas em suas virilhas e quadris, o que alertou a promotoria federal de Justiça. As marcas seriam feitas sem anestésicos em cerimônias organizadas na cidade de Albany, no estado de Nova York. Mack participaria como mestra, segundo contou uma das vítimas, Sarah Edmondson, ao “The New York Times”. Sarah relatou ter passado por treinamentos “motivacionais” para superar “fraquezas”.
Ela foi obrigada a jurar obediência total ao líder, fez confissões íntimas e até entregou fotos suas sem roupas — que seriam usadas como instrumento de chantagem. Só depois passou pelo ritual de tatuagem. Deitada nua em uma maca e com os olhos vendados, ela teve braços e pernas seguros por outras mulheres. Entre os crimes, Raniere também obrigava as vítimas a seguir dietas de fome para se adequarem aos seus ideais de beleza feminina. Todas tinham a obrigação de saciar o desejo sexual do guru quando melhor lhe conviesse, sem a mínima opção de dizer não.

No esquema da pirâmide, cada mestre deveria arranjar seis escravas, e essas, mais seis cada uma, a fim de subir na hierarquia. Não se sabe o número de mulheres que caíram na armadilha. Em 2016, por mensagem no Twitter, Allison Mack tentou atrair a estrela Emma Watson, da série “Harry Potter”. Não houve qualquer indício de sucesso. Segundo as investigações, como Mack exercia o papel de recrutadora, seus depoimentos serão fundamentais para desvendar outros crimes. Agora as autoridades querem detalhes de como toda essa operação era financiada, já que o estilo de vida de Raniere não era barato. Em seu site, a Nxivm informa que suspendeu suas atividades diante de “eventos extraordinários”.

IstoÉ

 

segunda-feira, 8 de dezembro de 2014

Todos contra o ESTATUTO do DESARMAMENTO -

Quem já sentiu na pele a violência deste brasilzão sabe o quanto é ruim. Somos um dos países mais violentos do mundo e até agora não há fatos que contradigam. Já se tornou comum ver no noticiário pessoas que foram assaltadas e nada puderam fazer e que morreram depois de um assalto (latrocínio).

Quem já foi assaltado ou já teve alguém próximo assaltado, como um parente, deve ter uma ideia do sentimento de impotência que é. O fulano te aponta uma arma, você fica com cara de boboca, entrega as coisas e os bandidos vão embora e fica com a tal cara de boboca vendo-os ir. Ou pode ser pior, você pode receber uma “blitzkrieg”: levar um monte de coronhadas na cabeça e ter sua mochila ou bolsa levada embora. Em ambos os casos você fica ou com cara de otário, ou com cara de boboca, se é que há distinção entre os dois.

O sentimento de impotência impera, já que não há medidas de se defender de maneira igual ao bandido. Mas há soluções, você pode se transformar num Steven Seagal ou Bruce Lee, só é preciso um pouquinho de tempo e treino; pode se tornar mais rápido que o Usain Bolt, para que assim possa sair correndo dos bandidos sem ao menos eles o terem notado; ou melhor, pode usar a capa de invisibilidade do Harry Potter. Neste caso você não necessariamente precisa usar na hora do assalto, mas sempre que sair de casa.

Deixando as gracinhas de lado, pois o assunto é sério, no ponto de vista desta pessoa que lhes escreve o Estatuto do Desarmamento é um incentivo à violência e ao ódio. Incentiva a violência, pois impede que pessoas tenham a liberdade de se defender. Incentiva o ódio, pois impede as pessoas de se precaverem ou de se prepararem para tais situações se algum momento já passaram por situações de violência. 

Não vou abordar aspectos históricos sobre desarmamentos. Terei como foco mais os aspectos polêmicos do Estatuto:
 

Sobre o estatuto

Art. 6 É proibido o porte de arma de fogo em todo o território nacional, salvo para os casos previstos em legislação própria e para:
I - os integrantes das Forças Armadas;
II - os integrantes de órgãos referidos nos incisos do caput do art. 144 da Constituição Federal;
III - os integrantes das guardas municipais das capitais dos Estados e dos Municípios com mais de quinhentos mil habitantes, nas condições estabelecidas no regulamento desta Lei;
[...]
Reparem bem, neste artigo, em regra, diz que somente os amigos do Estado podem ter porte arma. Por quê? Por que pessoas leigas não devem ter porte de arma, podem adquiri-las, mas somente em suas casas e estabelecimentos. Se você estiver levando sua arma em seu carro, não pode viu, é proibido o porte de armas para civis (há controvérsias sobre porte de armas em veículos). [se só os elencados no artigo 6 do malfadado Estatudo do Desarmamento pudessem portar armas até que seria aceitável - mau uso de armas por parte daquelas pessoas são raras exceções.
O trágico é que os bandidos continuam podendo possuir, portar e usar armas de fogo. Só CIDADÃO DE BEM, o TRABALHADOR, é que fica impedido de portar e mesmo de possuir armas de fogo.
Destaque-se que a maior parte das armas usadas pelos bandidos são armas de potência, poder de fogo, que faz com que não sejam vendidas em lojas especializadas e nem possam ser adquiridas legalmente pelo CIDADÃO DE BEM. Só que os bandidos as possuem, portam e o mais grave usam, muitas vezes contras as próprias Forças de Segurança.
Aquele fuzil usado para matar um cabo do Exército no Complexo da Maré, Rio, certamente não foi adquirido legalmente e com absoluta certeza não foi vendido, nunca foi e nunca será em uma casa especializada na venda de armas de defesa.
Que adianta o tal Estatuto se ele não impede que os bandidos, os marginais que são os que realmente oferecem perigo à Sociedade tenham, e usem, armas de grande poder de fogo.
Se o morto tivesse sido um bandido - que imediatamente passaria à condição de um cidadão de bem, morador da comunidade (eufemismo para FAVELADO) - os militares seriam punidos com extremo rigor.
Muitos devem lembrar de um incidente ocorrido no Rio, quando soldados do Exército, em missão GLO, abordaram alguns baderneiros e foram punidos com rigor, incluindo exclusão das Forças Armadas e prisão.]
Art. 28. É vedado ao menor de vinte e cinco anos adquirir arma de fogo, ressalvados os integrantes das entidades constantes dos incisos I, II e III do art. 6o desta Lei.
Neste artigo é que está contido uma das maiores "sacanagens" do Estatuto do Desarmamento. A intenção do legislador era a seguinte: a pessoa com menos de 25 anos não tem condições psicológicas, autocontrole e maturidade para adquirir uma arma e manusear uma arma de fogo. Ok, tudo parece bem, mas não, não está certo e o legislador foi burro ao pensar assim. Vamos usar a lógica dele: com 18 anos eu não poderia casar, não poderia ter carteira de motorista, não poderia ser preso e muito menos poderia votar. Ah, também não poderia servir o exército com menos de 25 anos. Eu posso fazer isso e não tenho o direito a porte de arma de fogo. Se eu não posso ter uma arma de fogo com menos de 25 anos, não posso muito menos casar! Não há como dizer que o Estatuto do desarmamento tem algum sentido e que é coerente, sinto muito, mas a pessoa que dizer que o Estatuto do Desarmamento tem "algum sentido" não sabe de nada, é inocente.

Falando em “algum sentido”, há aqueles que defendem o Estatuto porque, em caso de alguma briga banal, o sujeito poderia matar o outro desnecessariamente. Ora, eu não preciso de uma arma de fogo para matar alguém, se quiser eu faço isso com um pedaço de pau, uma faca (até pode ser a de cozinha) e até uma caneta eu posso usar para matar alguém. Então, se alguém lhes vier com essa, meus amigos, sinto muito, mas essa pessoa tem problemas.

Há aqueles que defendem que se for possível que todos tenham acesso ao porte de armas, isso poderia acarretar numa guerra civil, pois todos iriam querer fazer justiça com as próprias mãos. Guerra civil... Justiça com as próprias mãos... Tá! Vivemos num país em que acontecem mais de 50.000 homicídios por ano, e o sujeito me vem com essa? E depois a tal da justiça com as próprias mãos, não sei se vocês estão bem informados, mas não é preciso de arma de fogo para fazer justiça com as próprias mãos, a tal da autotutela (vide alguns linchamentos). Não, não sou obrigado a escutar isso.

Falando em justiça, há aqueles que dizem que somente o Estado deve prover a segurança dos cidadãos, caso contrário aconteceria a justiça privada. Vamos levar em consideração o Estado. O Estado, no caso a polícia, não pode estar em vários lugares ao mesmo tempo. Não existe Estado onipresente. Então, eu afirmar que quero ter o direito ao porte de armas é completamente válido, visto a incapacidade do Estado em fazer a minha segurança e, sim, eu quero ter o direito de ter porte de armas.

Depois tem aqueles que dizem que não se poderia banalizar a compra e venda de armas... Primeiro, bandido quando quer tem arma à sua disposição. Segundo, por que não ter um exame psicológico como o da carteira de motorista para o porte de armas ou algum tipo de treino/preparação? Continuo a afirmar, a pessoa que defende o Estatuto do Desarmamento tem problemas sérios!

Dizer que a revogação da lei Lei nº 10.826 seria um retrocesso, que o país voltaria a ser um velho faroeste, que isso aumentaria a violência, entre outros, é baita de um absurdo. É só pesquisar a história, o fatos, a situação que nós estamos para se verificar isto. 

Defender o Estatuto do Desarmamento é uma das maiores burrices de nosso país. E quando falo burrice, é burrice mesmo, problema cognitivo, pois até advogados, pessoas bem instruídas, que tem mestrado, a elite intelectual (que de intelectual não tem nada) defendem esse maldito Estatuto do Desarmamento. Portanto, não estamos falando de pessoas ignorantes que não entendem nada do assunto. 

Mas, o que é mais espantoso não é que haja pessoas que defendam o Estatuto do Desarmamento. O que mais me espanta é que fizeram um projeto de lei, esse projeto de lei foi discutido, passou pelas duas casas legislativas, o presidente bateu palmas e, mesmo contra a vontade da maioria da população, foi aprovado e até hoje está em vigor e não foi declarada sua inconstitucionalidade. É isso que me dá medo!

Transcrito do JusBrasil -http://oreacionario.jusbrasil.com.br/