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domingo, 18 de setembro de 2022

Brasil: uma ilha de prosperidade - Gilberto Simões Pires

ILHA DE PROSPERIDADE

Enquanto a INFLAÇÃO e a RECESSÃO avançam, sem dó nem piedade, deixando rastros de destruição econômica e social em praticamente todos os países do PRIMEIRO MUNDO, eis que no nosso Brasil, que também sente, e muito, os reflexos decorrentes da PANDEMIA e, mais recentemente, da GUERRA RÚSSIA/UCRÂNIA, passou a ser visto, comentado e apreciado como uma ILHA DE PROSPERIDADE em meio a um oceano economicamente revolto. 

INFLAÇÃO

No quesito INFLAÇÃO, que na realidade identifica a VARIAÇÃO DE PREÇOS DE PRODUTOS pelo efeito -ESCASSEZ e/ou DEMANDA MAIOR DO QUE A OFERTA-, os números atualizados apontam o que acontece, por exemplo, nos seguintes países: Lituânia: 15,5% ao ano; Polônia: 11%; Reino Unido: 9%; Índia: 7%; Coreia do Sul: 5%, etc.. Sem falar nos EUA, cuja taxa de inflação já superou o índice de preços do Brasil em 2022. Vejam que o CPI (índice de preços ao consumidor, na sigla em inglês) norte-americano acumula alta de 5,31% de janeiro a julho. Enquanto isso, o IPCA (Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo) do Brasil chegou a 4,77% no mesmo período. 

PIB

Já no que diz respeito ao PIB, um levantamento feito com 33 países que divulgaram números referentes ao segundo trimestre de 2022 mostra que o crescimento médio dessas economias foi de 0,5%, segundo dados disponibilizados pela OCDE (Organização para a Cooperação e Desenvolvimento Econômico). São 24 países com crescimento, 2 com estabilidade e 7 com retração, na comparação com o trimestre anterior. Pois, para surpresa geral, o nosso PIB cresceu 1,2% no segundo trimestre em relação ao anterior. E nesta semana o Banco Central informou que o Índice de Atividade Econômica (IBC-Br), considerado um indicador prévio de desempenho do PIB, subiu 1,17% em julho na comparação com junho. Que tal? 

DETALHE IMPORTANTE

Detalhe importante: Holanda, Romênia, Croácia, Arábia Saudita e Israel estão entre os que mais cresceram no trimestre passado. Na lanterna do ranking aparecem Portugal, Lituânia, Letônia, Polônia e China, que por sua vez teve forte desaceleração no trimestre. Já o continente europeu está nas duas pontas do ranking: o crescimento na ZONA DO EURO foi de 0,7% graças, principalmente ao turismo. 

DESEMPENHO COMPARATIVO

Pois é, meus caros leitores. Enquanto o mundo todo sofre com INFLAÇÃO EM ALTA E CRESCIMENTO EM BAIXA, o nosso Brasil desponta com desempenho bem melhor comparativamente. Atenção: isto é algo jamais visto na história. 
E neste caso há que se reconhecer e aplaudir as acertadas medidas tomadas e operadas pela ótima equipe econômica chefiada por Paulo Guedes, pelo presidente do Banco Central, Roberto Campos Neto, sob a liderança do presidente Jair Bolsonaro.  

 Ponto Crítico - Gilberto Simões Pires

 

quinta-feira, 1 de setembro de 2022

PIB do Brasil tem o sétimo maior crescimento do mundo no segundo trimestre; veja ranking - O Globo

Com o crescimento de 1,2% do Produto Interno Bruto (PIB) no segundo trimestre deste ano, o Brasil ficou entre as dez economias que mais cresceram no período, segundo ranking elaborado pela agência de classificação de risco Austin Rating com desempenho de 29 países. 

PIB do Brasil tem o sétimo maior crescimento do mundo no segundo trimestre; veja ranking

 Fábrica da Volkswagen: indústria cresceu 2,2% Marcia Foletto

O país ocupou a sétima colocação no levantamento, ficando à frente de economias consideradas desenvolvidas, como Itália e Espanha, que ocuparam o oitavo e nono lugares, respectivamente.

Em primeiro lugar, ficou a Holanda, com crescimento de 2,6% entre abril e junho deste ano. Em segundo, ficou a Turquia, com expansão de 2,1% e, em terceiro lugar a Arábia Saudita, com crescimento de 1,8%.

A posição do Brasil chama a atenção porque o país sempre aparece em posições intermediárias ou na rabeira do ranking elaborado pela Austin. — Poucas vezes o Brasil ficou entre as dez economias que mais crescem num trimestre. Foi neste agora e no passado, quando ocupou a nona colocação — diz Alex Agostini, economista-chefe da Austin Rating, lembrando que na média geral do trimestre, o crescimento dos 24 países foi de 0,6%.

No mesmo período, o mundo cresceu em média 3% por ano, as economias emergentes do chamado Brics grupo que reúne Brasil, Índia, Rússia, China e África do Sul tiveram expansão de 3,4%, e os países desenvolvidos da Europa e os Estados Unidos cresceram 1,2%.— O baixo investimento e situação fiscal descontrolada pesam sobre esse desempenho ruim nos últimos anos. São fatores quase estruturais — diz Agostini.

O economista da Austin observa que mesmo com juros altos, o efeito da antecipação do 13º salário no primeiro semestre e do saque de R$ 1 mil do FGTS surtiram efeito positivo sobre o consumo das famílias. Ele observa que o investimento também chamou a atenção no segundo trimestre. — O crescimento de 1,2% surpreendeu. O setor de serviços cresceu, mas a indústria também mostrou expansão de 2,2% no período — disse.

[Abaixo transcrevemos manchete de outra matéria da mesma jornalista, um dos expoentes da chamada mídia militante, que comprova o que todos já estão descobrindo, ou seja: o empenho dos jornalistas daquela mídia em quando são forçados, pelos fatos, a dar um notícia favorável ao Brasil, aos brasileiros e ao governo Bolsonaro, procurarem minimizar o fato favorável e ao mesmo tempo tentam maximizar o que talvez venha a ocorrer no futuro.  O filho da jornalista segue, em outro veículo, a mesma toada.

CONFIRAM: Resultado do PIB


quinta-feira, 11 de agosto de 2022

Uma revolução verde - Revista Oeste

Artur Piva

Foto: Shutterstock
Foto: Shutterstock

Na década de 1980, ocorreu um dos últimos grandes movimentos que impulsionaram a agricultura brasileira. Produtores rurais migraram das regiões Sul e Sudeste do país para o Centro-Oeste, levando na bagagem técnicas mais modernas de agricultura. Isso fez com que a safra nacional desse um salto de quase cinco vezes nos últimos 40 anos. 
Voltando ao açúcar, por exemplo, o Brasil é hoje o maior produtor mundial do alimento. De 8 milhões de toneladas em 1981, hoje são mais de 41 milhões de toneladas — um salto de mais de cinco vezes.     Já a colheita de grãos passou de 52 milhões de toneladas para 255 milhões de toneladas no mesmo período.  
Entre os principais produtos, estão arroz, feijão, caroço de algodão, gergelim, girassol, sorgo, milho e soja, como mostram os boletins elaborados pela Companhia Nacional de Abastecimento.


Um salto da agricultura brasileira
Para conseguir o feito, o avanço tecnológico incorporado à agricultura foi fundamental. Além da ampliação do uso de tratores, cuja frota nacional passou de 500 mil, em 1980, para cerca de 1,25 milhão, em 2017, a utilização de adubos e defensivos agrícolas também foi imprescindível. E o mesmo pode ser dito sobre o desenvolvimento de novas variedades de sementes e mudas mais resistentes. “As soluções químicas estão entre as ferramentas que mais se relacionam com o incremento da produção na lavoura”, explica Andreza Martinez, diretora de Defensivos Químicos da CropLife Brasil, associação que reúne especialistas, instituições e empresas que atuam na pesquisa e no desenvolvimento de tecnologias agrícolas. “A revolução verde, por volta de 1960, introduziu essas inovações e, assim, contribuiu para aumentar drasticamente a produtividade de praticamente todas as culturas, não só no Brasil, mas no mundo.”

Andreza cita ainda estimativas da Organização das Nações Unidas para a Alimentação e a Agricultura que ilustram a necessidade de defensivos e fertilizantes para a agricultura. De acordo com o órgão, cerca de 40% da produção agrícola do mundo é perdida todos os anos em razão de ataques de pragas.

“As doenças das plantas custam à economia global mais de US$ 220 bilhões por ano”, ressalta Andreza. “As culturas alimentares competem com 100 mil espécies de fungos patogênicos, 10 mil insetos herbívoros e 30 mil espécies de plantas daninhas. Ou seja, sem a contribuição dos defensivos agrícolas, esses agentes de redução de produtividade agiriam sobre as culturas sem nenhum controle, causando perdas muito grandes.”

Quanto à aplicação dos fertilizantes, a correção do solo permitiu, por exemplo, que as áreas de cerrado pudessem ser exploradas. O desbravamento dessas regiões surpreendeu até mesmo Norman Borlaug, um químico laureado com o Prêmio Nobel da Paz em 1970, pelas contribuições que deu à agricultura.

Aplicação de defensivos agrícolas | Foto: Shutterstock

“O cerrado brasileiro está sendo palco da segunda ‘revolução verde’ da humanidade”, declarou Borlaug, em entrevista ao jornal Folha de S.Paulo, em 1994. “Os pesquisadores brasileiros desenvolveram técnicas que tornaram uma área improdutível há 20 anos na maior reserva de alimento do mundo.”

Entre 1981 e 2021, a área ocupada por culturas de grãos em Mato Grosso cresceu praticamente 15 vezes. Ela partiu de pouco mais de um milhão de hectares para 17 milhões hectares. As plantações de soja lideraram esse processo. Hoje, o Estado localizado no Centro-Oeste é o maior produtor desse grão no país. No começo da década de 1980, a safra de soja mato-grossense era de cerca de 360 mil toneladas, menos de 3% de toda a colheita nacional. Em 2021, os agricultores do Estado colheram cem vezes mais, chegando a 36,5 milhões de toneladas com essa cultura, ou seja, pouco mais de um quarto de toda a safra brasileira de soja no ano passado.

As novas técnicas envolvem ainda o plantio direto no solo e a manutenção palhada — restos das plantas —, deixada depois da colheita. Justus também cita o desenvolvimento de novas sementes e variações de plantas. “O cerrado não valia nada, porque dava, no máximo, um gado solto, criado de forma extensiva”, lembra. “Hoje, são plantadas ali duas safras por ano. Isso é possível porque, no sistema de agricultura tropical brasileiro, é feito um plantio de soja, que carrega o solo de nitrogênio, absorvido depois no plantio do milho.”

Plantação de soja no cerrado brasileiro | Foto: Shutterstock

Justus afirma que tanto a soja quanto o milho não teriam se adaptado ao Brasil sem os fertilizantes nem os defensivos. O cultivo feito sem esses insumos renderia uma safra que não cobriria os custos de produção, segundo o especialista. Além disso, “a utilização do adubo químico é uma reposição de nutrientes necessária para a produção”, argumenta.

A combinação de ciência e tecnologia, aliada à expansão do plantio, trouxe um ganho de produtividade que é medido pela quantidade colhida em uma mesma porção de terra. Em 40 anos, a safra de soja por hectare praticamente dobrou nas lavouras mato-grossenses. Para os grãos de modo geral, o ganho passou de três vezes.

Aprendendo com o mundo
Para que esse leque de tecnologias se disseminasse, Alysson Paulinelli, ex-ministro da Agricultura, foi fundamental. Na década de 1970, ele ocupou o cargo de ministro da Agricultura e se envolveu na Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária (Embrapa). Ele lembra que, em 1974, nenhum país tropical tinha o conhecimento científico próprio necessário para desenvolver a agricultura nessas áreas.

A quantidade de alimentos que o Brasil produz atualmente é suficiente para abastecer por volta de 1 bilhão de habitantes ao redor do planeta

“Nós mandamos mais de 1,5 mil técnicos para os melhores centros de ciência do mundo”, conta. Eles tinham de ir até lá, ver o que se fazia de melhor, mas tinham o compromisso de voltar e desenvolver aqui a tecnologia e a inovação para o bioma tropical brasileiro”, contou. “E isso deu certo, porque, além desse esforço, nós criamos a Empresa Brasileira de Assistência Técnica e Extensão Rural, responsável por transferir a tecnologia desenvolvida para os produtores rurais.”

Safra de ganhos para o Brasil
Mais grãos e pastos melhores também impulsionaram os rebanhos brasileiros. Todas essas transformações aumentaram a relevância da agropecuária no Produto Interno Bruto (PIB) do país. Em 1990, o setor foi responsável por 6,7% de PIB. No ano passado, essa fatia subiu para 14%. Na pauta de exportações, houve a mesma expansão. De cada US$ 100 que o Brasil ganhou com o mercado externo em 1997, US$ 11 vieram da produção rural. Em 2011, essa relação cresceu para US$ 20 por US$ 100.

A quantidade de alimentos que o Brasil produz atualmente é suficiente para abastecer por volta de 1 bilhão de habitantes ao redor do planeta. A média de calorias disponível diariamente por brasileiro chega a 3,3 mil são 100 quilocalorias a mais que a Suécia, e acima também de nações como Holanda e Nova Zelândia, conforme mostram dados de um levantamento realizado em 2018 pelo site Our World In Data, vinculado à Universidade de Oxford.[e aquela sueca, Greta qq coisa,quer cantar de galo no Brasil.]

Criação de gado em Bananeiras, na Paraíba | Foto: Shutterstock

De arroz e feijão, o prato mais popular do país, são cerca de 60 quilogramas por habitante anualmente. O consumo médio interno de carnes, somando aves, bovinos e suínos, foi de cerca de 100 quilos por cabeça em 2021. De leite, a disponibilidade passa de um copo por dia para cada brasileiro. E ainda existe a produção de itens análogos à alimentação, como os biocombustíveis. A fabricação brasileira de etanol, sozinha, bateu cerca de 30 bilhões de litros no passado. E, em biodiesel, foram quase 7 bilhões de litros.

Produzindo com preservação ambiental
Essa produção toda foi possível aliando preservação de matas nativas, uma vez que 66% do território nacional está intocado. Levantamentos realizados pela Embrapa, pela Nasa e pelo Mapbiomas mostram que a agricultura ocupa apenas 8% de todas as áreas brasileiras. [as terras indígenas, ociosas, ocupam quase que o dobro. E quando somadas com a pecuária, as terras ocupam o dobro das terras ociosas = terras indígenas.]  Somando com a pecuária, as terras destinadas ao agronegócio representam cerca de 30% do país.  
A área preservada corresponde ao território de 17 Estados brasileiros, incluindo os dois com o maior território: Amazonas e Pará. Ao mesmo tempo, a área empregada para o cultivo das lavouras equivale ao tamanho de Goiás e Tocantins.

É a revolução verde. Um verde que vem tanto da agricultura quanto do meio ambiente.

Leia também “O mundo tem fome e o Brasil, alimentos”

Artur Piva, jornalista - Revista Oeste


sábado, 30 de julho de 2022

Chris Tonietto e o ativismo judicial contra a liberdade de expressão - Gazeta do Povo - Editorial

Editorial

IMUNIDADE PARLAMENTAR 

A caixa de Pandora do desprezo por liberdades e garantias constitucionais, uma vez aberta, mostra-se cada vez mais difícil de fechar. O exemplo mais recente é o da condenação judicial, em primeira instância, da deputada federal Chris Tonietto (PL-RJ) devido a uma publicação em mídias sociais, feita dois anos atrás, que foi considerada discriminatória em relação à comunidade LGBT. 

Trata-se de uma situação emblemática, pois consegue combinar, em um único caso, os efeitos de uma decisão equivocada do Supremo, o ativismo ideológico de setores do Ministério Público Federal e do Judiciário, a relativização excessiva da liberdade de expressão e a negação de uma garantia importantíssima concedida pela Constituição aos parlamentares.

A deputada federal Chris Tonietto durante sessão da Câmara em maio de 2022. - Foto: Marina Ramos/Câmara dos Deputados

Em junho de 2020 – um ano depois da decisão do Supremo que equiparou a homofobia ao racismo –, comentando casos recentes de pedofilia, a deputada havia escrito em seu perfil no Facebook: “Defendida explicitamente por alguns expoentes do movimento LGBT, a pedofilia está sendo visivelmente introduzida no país como fator de dissolução da confiança nas relações familiares e corrupção moral de toda uma geração de crianças expostas a uma erotização abominável desde a mais tenra infância. Combateremos sem cessar a disseminação da pedofilia no Brasil e as ideologias nefastas que as sustentam”. No mês seguinte, a Procuradoria Regional dos Direitos do Cidadão recomendou que ela se retratasse da “informação falsa” publicada e pediu que a deputada citasse fontes que comprovassem sua alegação. 

Como isso não teria ocorrido, em fevereiro de 2021 três procuradores moveram ação civil pública contra a parlamentar, que foi condenada dias atrás pela juíza federal Italia Poppe Bertozzi, da 24.ª Vara Federal do Rio de Janeiro.     

Na condenação, a magistrada afirma que “há limites à liberdade de expressão”, e com isso todos havemos de concordar. O grande problema é que esta afirmação tem sido usada indiscriminadamente para cercear discursos e afirmações que jamais deveriam ter sido censurados, e o caso de Chris Tonietto se encaixa perfeitamente nesta situação. Para perseguir a deputada, os procuradores Ana Padilha, Julio Araujo e Sérgio Suiama alegaram que a publicação nas mídias sociais “induz falsamente a opinião pública a acreditar que todo o grupo de pessoas homossexuais seria propenso a cometer os graves crimes que giram em torno da pedofilia”, o que é um exagero grotesco. Tonietto refere-se claramente a “alguns expoentes”, e não a todo militante LGBT ou toda pessoa homossexual ou transexual. 
É de uma obviedade gritante que a crítica a determinadas pessoas jamais implica a imputação do que quer que seja a todo o grupo a que essas pessoas pertencem.
 
E isso nos leva ao segundo ponto relevante: é inegável que existe um movimento organizado que pretende “normalizar” ou até mesmo legalizar a pedofilia, com direito a associações espalhadas principalmente pela América do Norte e Europa – na Holanda há até mesmo um partido político reconhecido, ainda que com menos de uma dezena de membros. 
Trata-se de um movimento que já vem de décadas, filho da revolução sexual da década de 60 do século passado. 
Em 1977, boa parte da elite intelectual francesa assinou uma carta pedindo a legalização de todas as relações sexuais entre adultos e adolescentes abaixo de 15 anos na França. Entre os signatários havia filósofos – alguns deles homossexuais, a maioria deles de esquerda – como Louis Althusser, Michel Foucault, Jean-Paul Sartre, Simone de Beauvoir, Jacques Derrida, Gilles Deleuze e Roland Barthes. 
Em 1979, vários deles usaram as páginas do jornal esquerdista Libération para defender um pedófilo aguardando julgamento, alegando que as meninas de 6 a 12 anos com quem ele vivia eram felizes em sua companhia, e que “o amor das crianças é também o amor de seus corpos. O desejo e os jogos sexuais livremente consentidos têm seu lugar nas relações entre crianças e adultos”.

Veja Também:
Homofobia e liberdade de expressão (editorial de 18 de outubro de 2020)

No Brasil, o caso mais emblemático é de uma das principais lideranças LGBT do Brasil, o antropólogo Luiz Mott, do Grupo Gay da Bahia. Em seu livro de 2003 Crônicas de um Gay Assumido, ele defende que “portanto, desde que haja respeito à liberdade alheia, delicadeza, reciprocidade e ausência de abuso de poder devido à superioridade física ou social por parte da pessoa mais velha, não há razão lógica que justifique a condenação tout court das relações afetivo-sexuais entre adultos e menores de idade” – Tonietto inclusive afirmou ter enviado este trecho em resposta ao MPF. 
Tanto Mott quanto os intelectuais franceses argumentam que não se trata da defesa da violação sexual de menores, mas de uma relação consentida; ora, isso não deixa de ser pedofilia e abuso, até porque crianças e pré-adolescentes raramente (ou nunca) têm a dimensão completa do que ocorre na relação sexual.  
E sabe-se muito bem que abusadores preferem, em vez da violência, conquistar a confiança da criança com presentes ou outros agrados até conseguir seu objetivo, em um “consentimento” que é apenas ilusório.
 
Em resumo, que há um movimento para conseguir a aceitação social ou legal da pedofilia, ainda que sob o manto do “consentimento”, é incontestável; e que este movimento inclui lideranças LGBT é igualmente verdadeiro.  
Pode-se até afirmar que Tonietto deveria ter mencionado os casos concretos de Mott e dos franceses em sua publicação, para reforçar seu argumento; 
- mas jamais pode-se afirmar que as informações trazidas por ela são falsas, muito menos que criam uma generalização contra toda a população ou o movimento LGBT. 
Infelizmente, o fato de até agora o STF não ter julgado os embargos de declaração que pretendiam proteger a liberdade de expressão, já que o acórdão da decisão de 2019 foi omisso quanto ao tema, permite que mesmo discursos inequivocamente verdadeiros como o da deputada sejam perseguidos por membros mais ideologizados do Ministério Público e do Judiciário (e ninguém haverá de entender, aqui, que estamos nos referindo à totalidade dos procuradores ou juízes do país).

Só por isso o caso de Tonietto já seria extremamente grave, mas a ele se acrescenta a violação da imunidade parlamentar, garantida no artigo 53 da Constituição, cujo caput afirma que “os deputados e senadores são invioláveis, civil e penalmente, por quaisquer de suas opiniões, palavras e votos”. Em sua decisão, a juíza Italia Bertozzi afirmou que “não se pode, pois, elastecer a imunidade [parlamentar] a ponto de fazê-la escudar toda e qualquer manifestação emitida pelo cidadão, que, exercendo mandato eletivo, profira opiniões ofensivas a pessoas e/ou coletividades, sem nexo etiológico com o cargo desempenhado”, em uma tentativa de recusar a Tonietto a proteção constitucional a suas palavras. 

No entanto, o tipo de alerta feito pela parlamentar tem, sim, “nexo etiológico com o cargo desempenhado”, pois diz respeito também à sua atividade como representante eleita do povo. Avança-se, assim, sobre a imunidade parlamentar de forma ainda mais ostensiva que no caso do deputado Daniel Silveira, pois das afirmações de Tonietto nem se pode dizer que foram deploráveis como haviam sido as do seu colega, embora ambas estejam igualmente protegidas constitucionalmente.

A perseguição falaciosa contra a deputada retrata a inversão de prioridades das instituições do poder público, que estão deixando de lado o verdadeiro problema, a defesa da normatização da pedofilia, para investir contra quem alerta a sociedade a respeito dessa militância. Abafar a difusão de verdades inconvenientes que dizem respeito apenas a algumas pessoas, e não a toda uma coletividade, em nada ajuda no objetivo meritório de combater o preconceito contra a população LGBT.

Editorial - Gazeta do Povo 

Chris Tonietto é condenada por post sobre LGBT e pedofilia; especialistas apontam ativismo judicial

Ana Carolina Curvello

 

 Ordem do Dia. Dep. Chris Tonietto PL-RJ| Foto: Pablo Valadares/Câmara dos Deputados

A deputada federal Chris Tonietto (PL-RJ) foi condenada pela 24ª Vara Federal do Rio de Janeiro, após ação movida pelo Ministério Público Federal (MPF) no ano passado, por postagem apontada como discriminatória em relação à comunidade LGBT no Facebook. Para especialistas ouvidos pela Gazeta do Povo, a decisão não levou em conta a imunidade parlamentar e também representa cerceamento à liberdade de expressão. A deputada informou que vai recorrer da decisão e apresentar provas de que falou a verdade.

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De acordo com a sentença publicada no dia 12 de julho, a parlamentar deverá excluir a publicação, considerada como discriminatória por relacionar a prática de crime e de pedofilia a alguns homossexuais. Além disso, a juíza federal Italia Poppe Bertozzi indicou que deputada deve fazer uma retratação em suas redes sociais, que deverá ser mantida no ar por, pelo menos, um ano, além de pagar R$ 50 mil para a estruturação de centros de cidadania LGBTs.

Na Gazeta do Povo - leia íntegra da matéria

sábado, 16 de julho de 2022

O Brasil, o mundo e as angústias da Europa - Revista Oeste

J. R. Guzzo

Ilustração: Gustavo Sanchez/Revista Oeste/Shutterstock 
 
Também não fazem parte do seu mundo e de sua vida as aflições com o “aquecimento global”, visto o calor que faz na Índia há 5.000 anos, nem que um cidadão esteja proibido de dizer que só mulheres podem ficar grávidas e parir um filho. 
O “indiano médio”, como diriam nossos institutos de pesquisa de opinião, acha que um homem é um homem e uma mulher é uma mulher — e, queiram ou não queiram, um em cada cinco habitantes atuais do planeta é um “indiano médio”. Não ocorreu ali a nenhum colégio de gente rica, ou a qualquer colégio, ensinar uma “linguagem neutra” a seus alunos; ficaria complicado, levando-se em conta que na Índia são falados 400 idiomas e dialetos diferentes, e que há 23 línguas oficiais
O nível do mar está subindo na Flórida? 
As pessoas são legalmente autorizadas a roubar até US$ 900 por dia, como acontece na Califórnia? 
A Holanda está proibindo os seus agricultores de produzirem comida? Nada disso faz parte das realidades do 1,4 bilhão de indianos, nem representa para eles a mais remota preocupação. Não fazem, aliás, nenhum nexo dentro do sistema de pensamento hoje em vigor na Índia.
As angústias dos países do Primeiro Mundo não querem dizer nada, também, para o 1,3 bilhão de habitantes da China
Por acaso há algum chinês achando que o Super-Homem é gay, ou que um “transgênero” de 2 metros de altura pode competir numa prova de natação para mulheres? 
E as atrizes que, 20 ou 30 anos atrás, tiveram um caso com o diretor para ganhar um papel no filme, e hoje são consideradas heroínas nacionais? Existe isso na China?  
Há por ali um “Ministério Público”, ou alguma ONG, ou entidade da “sociedade civil”, ou seja lá o que for, proibindo a construção de aeroportos, de pontes ou de estradas de ferro?  
Alguém fala em “dívida histórica” com os negros? 
 
Não há nenhum registro de estátuas postas abaixo na China, nem de planos para proibir a fabricação de automóveis, e nem de movimentos para diminuir as verbas da polícia. 
O chinês está pouco ligando, e não vai ligar nunca, para os direitos dos pedófilos, o respeito aos gordos e gordas ou a porcentagem exata de negros nos filmes, séries de televisão e comerciais de propaganda
Só aí, na Índia e na China, já são 2,7 bilhões de pessoas e um PIB somado de mais de US$ 21 trilhões. 
Mas as mesmas coisas podem ser ditas, em geral, da África, do mundo islâmico e de todo o Oriente, mais a Rússia. Na verdade, a Europa e os Estados Unidos, juntos, somam cerca de 800 milhões de habitantes — ou só 10% da população mundial, nada mais que isso. 
Faz sentido, então, que as neuras, as prioridades e até mesmo os problemas objetivos de europeus e americanos tenham de preocupar os 90% restantes da humanidade?

O ministro do Exterior da Índia, recentemente, disse numa reunião internacional que os europeus fariam bem de ter em mente uma coisa muito simples: os problemas da Europa não são os problemas do mundo. Foram meia dúzia de palavras, em torno de uma ideia sem nenhuma complicação — mas, provavelmente, estão entre as afirmações mais relevantes, realistas e inteligentes feitas há muito tempo por um homem público na cena mundial. É um chamado exemplar à realidade: o mundo, muito simplesmente, não é como eles querem que seja. Vende-se na Europa, nos Estados Unidos e nas suas franjas a noção de que “o planeta” está morto de ansiedade com a proibição das sacolas de plástico, a multiplicação das ciclovias e a promoção das hortas orgânicas. É falso — apenas isso. Mais do que tudo, estão convencidos que as suas “agendas”, ou o que as elites apresentam como “agenda”, são a lista de deveres de casa que os 8 bilhões de habitantes do mundo têm de cumprir, obrigatoriamente. 

É o caso da “agenda 2030”, uma coleção de desejos montada por bilionários que vão à reunião anual de Davos, na Suíça, fundações que torram dinheiro grosso em favor da virtude e um punhado de governozinhos globaloides, controlados por uma casta de funcionários que não foram eleitos por ninguém e têm horror à ideia de que alguém, além deles, queira mais bem-estar nas suas vidas. Segundo eles todos, o mundo não pode mais progredir, nem dar oportunidades aos bilhões que têm pouco ou nada, em termos materiais. O capitalismo, ali, é um crime; só se aplica aos que já têm o capital hoje. Se o sujeito tem US$ 50 bilhões e faz uma doação de 1 bilhão, todos os seres humanos deveriam fazer a mesma coisa, não é? 

Para preservar o meio ambiente e “salvar o clima”, o mundo que está fora da Europa e dos Estados Unidos tem de voltar à Idade da Pedra. 
 As minorias são mais importantes que as maiorias — e por aí vamos. 
É isso, a “agenda” dos ricos. Tudo bem. Querem ser roubados em US$ 900 por dia? Que sejam. Querem morrer de fome para preservar a natureza? À vontade. Mas a agenda da Europa não tem de ser a agenda do mundo, como disse o ministro do Exterior da Índia.
 
Também não deve ser, obviamente, a agenda do Brasil. Mas nossas elites querem que seja, é claro — e acaba sendo, na vida pública, no mundo oficial e na “sociedade”. Como sempre acontece, e está acontecendo de novo agora, a mídia, as classes culturais e os “progressistas” brasileiros engolem com casca e tudo seja lá o que vier de Nova York, de Londres ou de Paris; são, possivelmente, os mais excitados importadores de más ideias do mundo. É bem sabido, desde que a Corte de Dom João VI desembarcou no Rio de Janeiro, em 1808, que o animal mais parecido com os habitantes da elite brasileira é o macaco — nada revela tão bem um brasileiro rico, “culto” ou “influente” quanto a sua ânsia permanente de copiar o que se faz na Europa e nos Estados Unidos. 
 
(Imaginam, ao fazer isso, que são avançados e estão a par dos últimos passos da civilização; não percebem o quanto são subdesenvolvidos típicos.) Continua assim, mais de 200 anos depois. O resultado é que o Brasil assume como sendo suas um monte de preocupações que têm pouco ou nada a ver com as realidades efetivas do país. Poderia ser apenas mais uma palhaçada, como a linguagem neutra ou as campanhas do Uber contra o “racismo”, a “fobia” anti-LGBT+ e tudo o que é visto como politicamente irregular. Mas acaba sendo mais que isso — passa a influir no debate político e nas decisões dos que mandam no país, e por esse motivo começa a afetar a legislação, os atos de governo e o comportamento das empresas.

O Brasil está produzindo alimentos demais, e isso vai contra as noções de virtude das cabeças mais avançadas da Europa

É pior, na verdade: o Brasil não apenas imita os europeus e americanos em sua busca inesgotável por causas cretinas, ou que não têm nada a ver com as necessidades brasileiras, mas tornou-se, ele próprio, um dos maiores alvos da perseguição “globalista”. O Brasil é um horror, talvez o maior horror de hoje, para a “agenda 2030” para os delicados burocratas que comandam os governos do Primeiro Mundo, para os bilionários socialistas de Davos, para os departamentos de marketing de multinacionais que se converteram à prática “do bem”

Sua ideia fixa, acima de qualquer outra, é a Amazônia e a sua floresta. O Brasil, segundo eles, não tem o direito de governar a Amazônia, que deveria ser declarada “área internacional”

De atores de Hollywood a reis da Escandinávia, de governos da Europa às universidades de primeira linha, mais a “comunidade científica” mundial, todos exigem que a vida humana cesse para a Amazônia e os 20 milhões de brasileiros que vivem ali; só devem existir árvores, bichos e peixes. Numa ação paralela, querem parar o agronegócio brasileiro — o Brasil está produzindo alimentos demais, e isso vai contra as noções de virtude das cabeças mais avançadas da Europa, como é o caso da Holanda, onde se acha uma boa ideia proibir as pessoas de cultivarem o solo.

Toda essa gente tem aliados ativos na vida pública e privada do Brasil. Banqueiros de esquerda, por exemplo, escrevem manifestos anunciando “boicotes” fatais contra a economia brasileira por parte dos grandes fundos de investimento internacionais e das múltis mais globalizadas, para punir a nossa pouca atenção à “crise do clima”

Os boicotes nunca aparecem no mundo das realidades; a produção e as exportações do agro brasileiro batem novos recordes a cada ano. Mas fazem grande sucesso nos salões, na mídia e nos meios “bem informados”. 

Também há as ONGs, é claro — essas fazem dia e noite, e frequentemente com dinheiro público, um trabalho de agressão em tempo integral contra tudo o que o país tem de bom, ou tenta construir para se desenvolver. Há as classes intelectuais, a universidade pública e o universo artístico. Há as empresas socialistas. Há as agências de publicidade inclusivas. Há o Ministério Público, a justiça e as “agências reguladoras”. Há, em geral, tudo o que se descreve como “esquerda”.

Querem, todos eles, um Brasil desenhado por funcionários das agências temáticas da Comunidade Europeia, ou por executivos da Disney, ou por professores de Harvard; 
acham que o que é virtude em Bruxelas tem de ser virtude em Piracicaba. Não imaginam, nunca, que o Brasil faça parte dos 90% do mundo que estão fora da Europa e dos Estados Unidos; acham que estamos nos 10%. São um atestado da falência de si próprios.

Leia também “A imprensa é contra a liberdade”

J. R.Guzzo, colunista -  Revista Oeste

 


quarta-feira, 29 de junho de 2022

Senado - CPI eleitoreira tira o lugar da investigação que realmente precisa ser feita - Gazeta do Povo

Alexandre Garcia

O senador Randolfe Rodrigues (Rede-AP) é o principal articulador da CPI do MEC. [o senador estridente colherá mais uma derrota - o que lhe é habitual, já que sempre perde.                   Uma das mais vergonhosas foi na CPI Covidão, quando o calhamaço que pensava merecer ao menos uma rápida leitura do TPI - Haia foi recusado antes de ser entregue.]

A  partir de amanhã, quem for apresentador de televisão, mas for pré-candidato, já não pode mais estar na tevê ou vai ficar impedido pela Justiça Eleitoral, porque a lei está proibindo.  
 E a partir de sábado, quem for candidato e ocupar um cargo no Executivo, como o presidente da República ou um governador, não pode nomear, transferir com fins eleitorais, não pode mandar dinheiro para estado ou município com fins eleitorais. 
Se for fazer uma inauguração, não pode contratar show. São os rigores da lei eleitoral, para dar igualdade de condições entre o candidato que está no poder e o candidato que está fora do poder.


MAIS UMA DO BOCA DE VELUDO

Senadores preferem CPI para aparecer em vez de CPI para levar a sério
No Senado, mais um movimento para fazer uma CPI eleitoreira. Conseguiram fazer aquela da Covid, a CPI do circo, que por ordem do Supremo passou na frente de todas as CPIs que estavam prontas para ser instaladas. Recorreram ao Supremo e o ministro Barroso deu uma liminar que foi confirmada pelo plenário do Supremo menos pelo ministro Marco Aurélio, que disse que o Supremo não tem de dar ordem ao Senado, de acordo com o artigo 2.º da Constituição.

Há etnias isoladas que têm “proprietário”: a ONG estrangeira é proprietária, usa essa etnia para mostrá-la, como se fosse um zoológico humano, e fatura milhões com documentários na Europa
Abriram a CPI da Covid, e quem ficou para trás? O primeiro lugar da fila, a CPI das ONGs da Amazônia, que está pronta para começar desde o fim de agosto de 2019. Há uma pressão muito grande, diz o senador Plínio Valério, inclusive de uma grande rede de televisão e de muita gente que não tem interesse em mostrar o que está acontecendo, segundo ele, com 100 mil ONGs que recebem estrangeiros. 
A ex-ministra Damares me disse ontem que há etnias isoladas que têm “proprietário”: a ONG estrangeira é proprietária, usa essa etnia para mostrá-la, como se fosse um zoológico humano, e fatura milhões com documentários na Europa, mostrando como vivem os índios brasileiros.
 
 É esse o horror que a gente precisa mostrar numa CPI, mas tem gente querendo esconder. O senador Plínio Valério me disse, e eu coloquei isso no meu artigo que sai nos jornais de hoje, que em Coari uma ONG comprou um território equivalente a um décimo do território da Holanda. 
No subsolo tem gás de petróleo – que coincidência! 
A maior parte dos territórios indígenas, me disse também a ex-ministra Damares, foi coisa de gente estrangeira, uma antropóloga belga botava um, dois, três índios. “Plantava” índios, em geral em área de fronteira, e dizia que tinha de ser território indígena. Tudo isso sob a expectativa de um julgamento do Supremo sobre o tal marco temporal, que é simplesmente o julgamento de gramática, porque na Constituição diz que terras indígenas são as terras que ocupam, e não que vierem a ocupar, nem as que ocuparam. Diz ocupam, isso é presente do indicativo, de 5 de outubro de 1988, simples. 

Bons números na segurança e no emprego
Para terminar, quero lembrar vocês que, no ano passado, os homicídios caíram mais uma vez, queda de 6,5%; saiu no Anuário de Segurança Pública. E o Cadastro Geral de Empregados e Desempregados mostra que em maio foram criados 277 mil novos postos de emprego; neste ano, 1,51 milhão. E isso que o cadastro não revela aqueles que estão trabalhando, vendendo na internet ou viraram microempresários.

Alexandre Garcia, colunista - Gazeta do Povo - VOZES