A vice-procuradora-geral da República faz críticas contundentes ao ministro do STF e desqualifica o trabalho da Polícia Federal no caso Mauro Cid
Este espaço é primeiramente dedicado à DEUS, à PÁTRIA, à FAMÍLIA e à LIBERDADE. Vamos contar VERDADES e impedir que a esquerda, pela repetição exaustiva de uma mentira, transforme mentiras em VERDADES. Escrevemos para dois leitores: “Ninguém” e “Todo Mundo” * BRASIL Acima de todos! DEUS Acima de tudo!
O ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF), aplicou uma nova multa contra o deputado bolsonarista Daniel Silveira (PTB-RJ), desta vez no valor de R$ 2,6 milhões.
Com essa punição, imposta no último dia 15, Silveira já soma cinco multas com valor total de R$ 4,3 milhões, o equivalente a 127 vezes o salário bruto de deputado federal a que ele tem direito.
Em decisão sigilosa obtida pela equipe da coluna, Moraes afirma que o parlamentar desrespeitou até agora as medidas cautelares impostas pelo STF em 175 ocasiões distintas, não utilizando tornozeleira eletrônica e concedendo entrevistas sem autorização judicial.
Silveira foi condenado pelo STF em abril deste ano a oito anos e nove
meses de prisão por ameaças e incitação à violência contra ministros da
Corte.
Na última eleição, concorreu a uma cadeira no Senado pelo Estado do Rio e obteve 1,5 milhão de votos, mas teve a candidatura anulada pela Justiça Eleitoral.[Daniel Silveira não poderia ter sua candidatura anulada pela Justiça Eleitoral e ganharia o recurso - já que foi indultado por um DECRETO DE GRAÇA do presidente Bolsonaro.
Desistiu de recorrer por ter sido o 3º colocado e estava em disputa apenas uma vaga. É consenso entre os juristas que anistiada a pena principal também são = Daniel Silveira teve sua condenação à prisão (pena principal) anulada, o que extinguiu as acessórias - multas, e outras mais.
Quanto a multa, será mais uma a não ser paga. Caso o que aconteceu com o diretor-geral da PRF, que foi exonerado com uma conta a pagar decorrente de multas aplicadas pelo ministro que preside o TSE, de valor superior a R$ 2.000.000,00 - mesmo continuasse no cargo necessitaria de uns dez anos de salário para conseguir pagar.
Para Moraes, mesmo beneficiado com indulto, Silveira pode ser condenado a pagar multas, já que elas decorrem do desrespeito às medidas cautelares fixadas pelo STF. “As condutas do réu, que insiste em desrespeitar as medidas cautelares impostas nestes autos e referendadas pelo plenário do Supremo Tribunal Federal, revelam o seu completo desprezo pelo Poder Judiciário, comportamento verificado em diversas ocasiões e que justificam a fixação de multa”, escreveu Moraes na nova decisão.
Em maio, Silveira compareceu a uma motociata no Rio de Janeiro em 22 de maio. Ao participar do evento, disse que o “Judiciário não faz mais nada” e que “não usa mesmo” a tornozeleira. “Eu fui indultado pela graça”, tentou justificar.
As sucessivas multas aplicadas por Moraes contrariam a posição defendida pela vice-procuradora-geral da República, Lindôra Araújo.
Em junho, quando o valor das multas se aproximava de R$ 1 milhão, Lindôra enviou ao STF um parecer em que alegava que “as medidas cautelares não podem perdurar indefinidamente” e que as sanções violavam o “princípio da proporcionalidade”.
Moraes, porém, não acatou a posição de Lindôra e continuou aplicando sanções a Silveira. [que de nada adiantarão, visto ele ter sido indultado.]
Malu Gaspar, jornalista - Coluna em O Globo
Ela apontou que a Procuradoria já instaurou uma Notícia de Fato Criminal, mas se manifestou contra a abertura “prematura” e “precipitada” de um inquérito, diante da possibilidade de “sérios prejuízos ao investigado”.
“O
que ele fez essa semana que passou? A política externa é minha e do
ministro [das Relações Exteriores Carlos] França. Ele convida em torno
de 70 embaixadores e, de forma indireta, ataca a Presidência da
República, como um homem que não respeita a Constituição, não respeita o
processo eleitoral. ...”]
A manifestação do MPF foi feita em uma petição sobre uma notícia-crime apresentada ao STF por parlamentares da oposição, no dia seguinte à reunião de Bolsonaro com os diplomatas. Dez deputados do PT, PSOL, PCdoB, PDT, Rede, PSB e PV representaram contra o presidente pela “prática de crime contra as instituições democráticas, de crime eleitoral, crime de responsabilidade, de propaganda eleitoral antecipada e ato de improbidade administrativa”. Eles pediram a abertura de um inquérito contra Bolsonaro.
Em resposta a despacho de Rosa Weber para que a PGR se manifestasse, Lindôra disse que os peticionadores não têm legitimidade para deflagrar processo junto ao Supremo, e deveriam ter direcionado a representação à própria Procuradoria. “Essas comunicações, de volume inegavelmente expressivo e em desfavor de autoridades públicas, incluindo-se o Presidente da República e Ministros de Estado, são processadas como Notícias de Fato na Procuradoria-Geral da República, justamente para funcionarem como uma espécie de purificador e de anteparo à Corte Constitucional, a fim de não sobrecarregar a já pesada estrutura investigativa do Supremo Tribunal Federal”, escreveu Lindôra.
Ela ainda criticou o expediente adotado pelos deputados, dizendo que a autuação de notícias de fato como petições no STF “mostrou-se via para possíveis intenções midiáticas daqueles que cada vez mais endereçam comunicação de crime imediatamente à Suprema Corte, em vez de trilharem o caminho devido do sistema constitucional acusatório”.
Sobre a investigação preliminar aberta na PGR, no dia 20 de julho, Lindôra apontou que já houve até diligência realizada pela Secretaria de Perícia, Pesquisa e Análise do órgão, para verificar se o vídeo do encontro foi transmitido ao vivo pela emissora estatal, a TV Brasil, o que foi confirmado.
Radar - Coluna em VEJA
Investigação da Polícia Federal e da Procuradoria-Geral da República (PGR) identificou os donos de caminhões, ônibus e carros que participaram dos atos antidemocráticos do 7 de setembro do ano passado, em Brasília.
Os dados foram levantados pela Secretaria de Segurança Pública do Distrito Federal, responsável pela fiscalização do evento, que registrou as placas dos veículos e seus proprietários. A documentação consta do inquérito sigiloso sobre os atos antidemocráticos do 7 de setembro e foi obtida com exclusividade pelo GLOBO.
No despacho que determinou a obtenção dos dados, o ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) Alexandre de Moraes escreveu que a atuação dos organizadores do ato do dia 7 de setembro de 2021 “culminou na interdição, por caminhões, da Esplanada dos Ministérios, em tentativa clara de intimidação dos ministros desta Suprema Corte e em ameaça ao regular exercício do Poder Judiciário”. O ato realizado em Brasília foi marcado por ataques ao STF.
Moraes aponta que a investigação deveria se aprofundar nesse ponto. “Assim, a identificação dos proprietários dos veículos que causaram os transtornos ilegítimos do período supracitado é de fundamental importância ao objeto desta investigação, eis que se relaciona diretamente com a incitação de atos de violência sob análise e pode indicar, de uma forma ou de outra, o modus operandi utilizado na hipótese, inclusive com eventuais conexões com o financiamento dos supostos ‘protestos’”, escreveu o ministro.
A PF, então, realizou um cruzamento de dados para verificar se os veículos tinham alguma relação direta com os alvos da investigação sobre a organização dos atos antidemocráticos, mas não encontrou vínculos. A lista incluía outros empresários e bolsonaristas, que não apareciam como investigados no inquérito. Os dados foram enviados à PGR em fevereiro para definição dos próximos passos da investigação. Até o momento, entretanto, a vice-procuradora-geral da República, Lindôra Araújo, ainda não tomou nenhuma providência concreta sobre isso.
Como a investigação ainda não realizou diligências sobre os proprietários dos veículos, nenhum deles é formalmente investigado no inquérito.
Dois grupos empresariais se destacaram no fornecimento de veículos: a Grão Dourado Indústria e Comércio, empresa do agronegócio comandada por Nilton, Ivan e Jonas Pinheiro de Melo; e o grupo do empresário Marlon Bonilha, dono da Pro Tork, fábrica de motopeças. Os grupos tiveram seis veículos cada no ato na Esplanada dos Ministérios. No caso da Grão Dourado, foram três caminhões e três tratores, enquanto Bonilha tinha seis caminhões no evento. Procurada, a Pro Tork afirmou que não iria se manifestar. A Grão Dourado não respondeu.
A diretoria da Pro Tork foi recebida pelo presidente Jair Bolsonaro no Planalto, em junho de 2021, com fotos registradas nas redes sociais. Marlon Bonilha foi um dos participantes. Ele também é amigo do empresário bolsonarista Luciano Hang, da Havan.
Política - O Globo
A vice-procuradora-geral da República, Lindôra Maria Araújo, defendeu, novamente, o arquivamento do inquérito que apura se o presidente Jair Bolsonaro (PL) vazou dados sigilosos de uma investigação da Polícia Federal a respeito das urnas eletrônicas. A vice-PGR ainda criticou a atuação do ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF), afirmando que ele violou o sistema acusatório ao determinar novas medidas na investigação.
No dia 4 de agosto, ao lado do deputado Filipe Barros
(PL), Bolsonaro vazou na internet um inquérito sigiloso [SIC] que apurava uma
suposta invasão de um dos softwares do Tribunal Superior Eleitoral
(TSE). O presidente fazia campanha contra as urnas eletrônicas e dizia
que elas não eram seguras. [COMENTÁRIO: ao que se sabe o sigilo do inquérito foi declarado no dia seguinte ao da comunicação do presidente Bolsonaro na internet.]
No novo posicionamento, Lindôra Araújo afirmou que o posicionamento da PGR de arquivar o caso tem fundamentação jurídica. “No caso concreto, a atuação do Procurador-Geral da República pautou-se estritamente por uma análise jurídica e isenta sobre os fatos, sem qualquer desiderato de prejudicar ou beneficiar determinadas pessoas. A conduta adotada de promover o arquivamento fundamentado da investigação encontra respaldo no texto constitucional, no Código de Processo Penal e no Regimento Interno do Supremo Tribunal Federal”, escreveu.
“Portanto, não há quaisquer indicativos de prática delitiva por parte do PGR, já que o seu ato funcional não foi materializado para satisfazer interesse pessoal, mas dentro dos limites normativos e no pleno e escorreito exercício da função ministerial”, destacou Araújo.
Segundo a vice-PGR, o ministro Alexandre de Moraes violou o sistema acusatório ao determinar novas medidas de apuração do caso. “No caso concreto, o eminente Ministro Relator, data venia, acabou por violar o sistema processual acusatório, na medida que decretou diligências investigativas e compartilhou provas de ofício, sem prévio requerimento do titular da ação penal pública e até mesmo da autoridade policial que reputou concluída a investigação, além de não apreciar a promoção de arquivamento do Procurador-Geral da República”, disse.
Política - Correio Braziliense
Muitos não estão aqui porque foram assassinados pela ditadura que o general Braga Netto nega ter existido. Para o general Ramos, segundo disse ontem, tudo é apenas uma questão semântica. Nesse raciocínio, basta usar algum eufemismo que o problema desaparece. Generais, muitos brasileiros foram assassinados dentro de quartéis militares e por ordem de seus comandantes. Por isso não estão aqui. A técnica da negação faz vítimas ainda hoje. Milhares de vítimas desta pandemia poderiam estar aqui. Teriam sido protegidos da morte se mentiras sobre a Covid-19 e sobre as medidas de proteção, o uso de máscara, a cloroquina e as vacinas, não tivessem sido divulgadas com tanta insistência pelo presidente da República e pelos bolsonaristas.
Lindôra Araújo tenta desmentir o que a ciência já provou. Disse que não “é possível realizar testes rigorosos” sobre a eficácia da máscara. Segundo ela, os estudos que existem são “somente observacionais e epidemiológicos”. E ela continua com seu insulto à ciência afirmando que o presidente não foi notificado de que deveria usar máscaras em eventos públicos e chega ao cúmulo de afirmar que na ocasião dos fatos Bolsonaro “não estava doente, nem apresentava sintomas de Covid-19”, como se só os pacientes devessem usar a medida de proteção. O presidente fora questionado em ação pelo seu comportamento delinquente de promover aglomerações, em geral com recursos públicos, e nelas não usar máscaras, e ainda ter tirado a proteção de duas crianças. Lindôra acha que “inexistem elementos mínimos” para uma ação contra o presidente.
A mentira é terrível. A mentira histórica dos generais, a da subprocuradora, e a dos influenciadores bolsonaristas. E é terrível porque atinge a vida e a democracia. Quando procuram se esconder na semântica ou na falsificação histórica, os generais Braga Netto e Ramos mostram que essa geração militar é cúmplice dos que naquele tempo fecharam o Congresso, aposentaram ministros do Supremo, censuraram, torturaram e mataram. Braga Netto parecia querer se referir até aos próprios parlamentares. A fala dele na Câmara foi assim: “Se houvesse ditadura, talvez muitos dos… muitas pessoas não estariam aqui.”
A técnica dos sites bolsonaristas é mentir também. A Polícia Federal explicou ao TSE que eles tentam “diminuir a fronteira entre o que é verdade e o que é mentira”. Usaram isso nas postagens sobre as urnas eletrônicas, nas divulgações falsas sobre a pandemia, nos ataques ao Judiciário e ao Congresso. Eles usam fragmentos de verdade para construir suas mentiras. Os bolsonaristas tentam enfraquecer a democracia e, nas fake news sobre a pandemia, atentam contra a vida humana.
Com Alvaro Gribel (de São Paulo)
Míriam Leitão, jornalista - O Globo
Poder moderador - O imoderado Bolsonaro
Merval Pereira
Na sua busca cotidiana do confronto, o
presidente Bolsonaro replicou nas suas redes sociais uma convocação para
uma “manifestação gigante” no dia 7 de setembro que demonstre que ele
tem a força popular para executar “um bastante provável e necessário
contragolpe”. O apoio significa uma perigosa validação do governo a uma
ilegalidade.
Fazer manifestação para apoiar um movimento que se
anuncia como greve política, para paralisar as estradas do país e pedir a
substituição dos ministros do Supremo Tribunal Federal não é
democrático, é militância radicalizada. Ainda mais que os representantes
sindicais dos caminhoneiros já negaram apoio à iniciativa, atribuindo-a
a interesses políticos do cantor sertanejo Sérgio Reis e a outros
apoiadores bolsonaristas.
Os líderes dizem não haver nenhuma
pauta específica para eles nessa manifestação. É mais uma escalada de
Bolsonaro para esticar a corda, confrontar os Poderes e avançar sobre as
limitações naturais de um Executivo que depende dos demais Poderes para
atuar corretamente dentro da Constituição. Acredito que, sem o
apoio dos verdadeiros líderes caminhoneiros, [com uma Lei de Greve séria, condição que deve estar presente no seu conteúdo e na sua aplicação, caminhoneiros e categorias essenciais não devem, nem podem participar de qualquer movimento grevista.] a tendência seja virar um
movimento reduzido a militantes políticos radicais de apoio a Bolsonaro,
que se aproveitam dessa categoria importante na economia brasileira
para criar um clima de tensão. Uma a esta altura improvável paralisação
prejudicaria o abastecimento dos supermercados e levaria pânico à
população.
Provavelmente é o que querem, com a antecipação da
divulgação nas redes sociais. É um trabalho político que estão fazendo,
incentivados pelo presidente da República, o que é inaceitável. O
presidente Bolsonaro vale-se de um pretenso apoio das Forças Armadas
para avançar sobre a democracia brasileira, insistindo numa leitura
arrevesada da Constituição para definir o papel das Forças Armadas.
Na
semana passada, em cerimônia de cumprimentos aos oficiais-generais
promovidos, no Palácio do Planalto, afirmou: “Nas mãos das Forças
Armadas, o poder moderador; nas mãos das Forças Armadas, a certeza de
garantia de nossa liberdade, da nossa democracia e o apoio total às
decisões do presidente para o bem da sua nação”. Esse papel de “poder
moderador” não existe, embora a redação do artigo 142 da Constituição
possa dar margem a mal-entendidos quando diz quais são as funções das
Forças Armadas: “destinam-se à defesa da Pátria, à garantia dos Poderes
constitucionais e, por iniciativa de qualquer destes, da lei e da
ordem”. [a Lei Complementar nº 97/99, - decretada em função do comando contido no citado artigo 142 da CF - no 'caput' do seu artigo 15, estabelece ser de responsabilidade do Presidente da República o emprego das FF AA e nos §§ 1º e 2º, inciso III, do mesmo artigo atribui ao Presidente da República a decisão e o estabelecimento das diretrizes necessárias ao emprego das FF AA.]
O presidente do Supremo Tribunal Federal (STF), ministro
Luiz Fux, já havia decidido, numa ação impetrada pelo PDT em junho do
ano passado, que “a missão institucional das Forças Armadas (...) não
acomoda o exercício do poder moderador entre os Poderes Executivo,
Legislativo e Judiciário”.
Nessa mesma decisão, Fux diz que o
poder das Forças Armadas é “limitado”, excluindo “qualquer interpretação
que permita sua utilização para indevidas intromissões no independente
funcionamento dos outros Poderes”.
MATÉRIA COMPLETA, Merval Pereira, colunista - O Globo