Blog Prontidão Total NO TWITTER

Blog Prontidão Total NO  TWITTER
SIGA-NOS NO TWITTER
Mostrando postagens com marcador Linha Vermelha. Mostrar todas as postagens
Mostrando postagens com marcador Linha Vermelha. Mostrar todas as postagens

sexta-feira, 11 de agosto de 2023

Segurança pública - Ninguém no governo está interessado em combater os bandidos - Alexandre Garcia

VOZES - Gazeta do Povo

O Aeroporto Internacional Tom Jobim, o Galeão, tem operado bem abaixo de sua capacidade há vários anos.| Foto: Tânia Rêgo/Agência Brasil

Hoje eu começo com dois assuntos de segurança pública. O Conanda, que é o Conselho Nacional dos Direitos da Criança e do Adolescente, quer propor um programa nacional de combate à letalidade policial. Quer dizer: o órgão se propõe a combater quem combate a letalidade dos bandidos
Combater a polícia, e não o bandido. De que lado está esse conselho? [do lado do mal = resultado do PERDA TOTAL = pt = governando.]
 
O outro assunto tem a ver com a visita do presidente Lula ao Rio de Janeiro, acompanhado pelo ministro Márcio França, dos Portos e Aeroportos. O ministro assinou uma portaria estabelecendo que a partir de janeiro o aeroporto Santos Dumont, no centro do Rio, não pode mais receber voos de Brasília, de Guarulhos, de Belo Horizonte; só da ponte aérea e voos curtos por ali, 400 a 500 quilômetros de distância.  
Vai ser um transtorno na vida de passageiros habituais, de companhias aéreas, de lojistas que se estabeleceram atraídos pelo movimento do Santos Dumont.
 
Por que isso? O Galeão está às moscas, apenas 15%, 20% de sua capacidade está sendo usada. 
 É um aeroporto seguro, com excelente estrutura, uma pista sensacional, extensa, que permite pousos mesmo em caso de problemas, que não tem o Pão de Açúcar pela frente. 
Mas, se é assim, por que o Galeão está esvaziado? Pela falta de segurança pública nas vias de acesso, como a Avenida Brasil, a Linha Amarela e a Linha Vermelha.

Não seria melhor resolver o problema dos bandidos?  
Mas, como vimos ali no caso do Conanda, o pessoal prefere combater a polícia, e não os bandidos. 
Seria muito melhor eliminar os santuários da bandidagem, do narcotráfico no Rio de Janeiro, esses territórios alheios à jurisdição do Estado brasileiro. Seria tão mais simples, vantajoso para todos, e aí o Galeão estaria recuperado, as pessoas voltariam a usar o aeroporto. Porque hoje as pessoas que pousam no Galeão não sabem se chegarão em casa. 
Quem vai para o Galeão também não sabe se vai chegar lá. Esse é o verdadeiro problema.
 
O ministro Alexandre de Moraes soltou 100 homens e 62 mulheres, presos políticos que estavam detidos havia sete meses sem terem sido condenados. Terão de usar tornozeleira. 
Um grupo de mulheres apareceu no noticiário cantando, fizeram uma canção falando sobre prisão ilegal. 
Elas não têm nenhum motivo para cantar, ficaram privadas da liberdade durante sete meses, e a maioria não sabe sequer o porquê. 
A imprensa, sob rédeas, os chama de “terroristas”. Não são nem “supostos terroristas”, como costumam dizer quando falam de “suposto homicida”, “suposto assassino”, “suposto bandido”. Já são terroristas.
 
Gostei muito de uma manifestação de Arthur Virgílio no Twitter. Ele foi secretário-geral da Presidência da República no governo Fernando Henrique, é diplomata de carreira, foi governador do Amazonas e senador. Tem peso. Ele escreveu o seguinte: “Fiquei feliz, ministro Alexandre, com seu gesto de liberar tantas pessoas sofridas e sem o melhor e maior direito de todos, que é a liberdade. Complete o gesto justo e libere os demais. Vire essa página de dor que Lula poderia ter preventivamente evitado. Tinha informações da Abin e do GSI. Claro que tinha. 
Você sabe que trabalhei intimamente com esses dois órgãos e tudo chegava antecipadamente às mãos do presidente Fernando Henrique e às minhas. A viagem de Lula a Araraquara foi pura desfaçatez, queria ver o circo pegar fogo pra depois se fazer de atrasado e dizer o tradicional ‘eu não sabia’”.

Na quinta eu conversei com o ex-presidente do Superior Tribunal de Justiça, com ex-ministros do Supremo, e todos eles querem exatamente isso, que o próprio Supremo, em nome da história da instituição, tome providências e volte a respeitar a Constituição, o artigo 2.º da Carta Magna – como me disse um ex-presidente, respeitar os pesos e contrapesos dos três poderes de Montesquieu.


Conteúdo editado por: Marcio Antonio Campos

Alexandre Garcia, colunista - Gazeta do Povo - VOZES

 



segunda-feira, 26 de setembro de 2022

Operação na Zona Norte do Rio deixa pelo menos três mortos; motoristas se jogaram no chão para fugir de tiros na Linha Vermelha

Três homens morreram durante um confronto com policiais civis e militares que fazem uma operação desde as primeiras horas desta segunda-feira no Complexo da Maré, na Zona Norte do Rio. 
Nas redes sociais, moradores relatam um intenso tiroteio na região. 
A polícia diz que os mortos são suspeitos e estavam com dois fuzis e uma pistola. Assustados com a troca de tiros, motoristas que passavam pela Linha Vermelha e Linha Amarela voltaram na contra mão. Alguns deles buscaram se esconder atrás de muros e dos próprios veículos com medo de serem atingidos por disparos. As vias ficaram fechadas nos dois sentidos por aproximadamente 30 minutos.

Imagens da TV Globo mostraram passageiros descendo de um ônibus para fugir do confronto. Policiais aparecem correndo na via enquanto trocam tiros com criminosos. Eles também tentam se proteger em muretas. O Centro de Operações da prefeitura orientou os motoristas para que evitem as Linhas Vermelha e Amarela em razão da operação. A recomendação é seguir pela Avenida Brasil."Assim comecei minha semana, deitada no chão de um ônibus, me escondendo pelos bancos, para não ser atingida pelos tiros trocados por polícia e ladrão. Foram os piores minutos da minha vida. Os cariocas estão acostumados, mas não podemos nos acostumar isso", relatou outra mulher no Twitter.

Em outra publicação, um homem diz: "A bala tá comendo na Linha Vermelha, vários carros entrando na contramão, polícia fazendo carro de barricada, pessoas passando devagar pra filmar, avenida Brasil parada e pessoas indo à praia".

Rio - Jornal O Globo - MATÉRIA COMPLETA


quarta-feira, 21 de abril de 2021

A quarentena dos desvalidos - Revista Oeste

Augusto Nunes

Os governantes fingem ignorar a existência de um Brasil maior e mais populoso que o conhecido pelos loucos por lockdowns

 Neste 13 de abril, o governador João Doria foi enfim confrontado com a pergunta que não queria ouvir — e nenhum jornalista havia ousado formular nas mais de 200 entrevistas coletivas sobre a pandemia de coronavírus concedidas desde março de 2020: 
o que pretende fazer para ao menos reduzir as aglomerações nos ônibus, trens metropolitanos e vagões do metrô?  
O repórter tinha numa das mãos fotografias que escancaravam o tumor medonho: amontoada em ambientes opressivos e mal ventilados, a multidão de passageiros confirmava que, todos os dias, esquadrilhas de vírus chineses sobrevoam os meios de transporte público para expandir a morte e o medo no maior conglomerado urbano do país.  
O que tinha a dizer sobre isso o líder do combate ao inimigo invisível na frente paulista?
Os doutores que compõem o Centro de Contingência da Covid-19, codinome do Altíssimo Comando da Guerra Sanitária em São Paulo, que tem em Doria o Chefe Supremo, certamente trataram dessa questão. As sumidades ali aglomeradas (com as devidas cautelas aconselhadas pelo distanciamento social, ressalvam) tratam de tudo. Já faz mais de um ano que se juntam quase todos os dias para decidir o que pode e o que não pode, o que ajuda e o que atrapalha, o que é verdade e o que é negacionismo. Como Doria, recitam de meia em meia hora que estão lá para salvar vidas. Conhecem a covid-19 só de vista, mas estão sempre grávidos de certezas
Não é atormentado por dúvidas quem ouve o tempo todo a voz da Ciência e os conselhos da Saúde. 
No fim da semana, o grupo comunica ao governador — que tem a última palavra quais municípios merecem ser alojados, por exemplo, na fase amarela, e quais devem continuar de castigo na fase vermelha, antessala da temida fase emergencial. (Nascida há poucas semanas, a emergencial seria batizada de “fase preta” se alguém não tivesse advertido que poderia parecer coisa de racista.)

 Claro que o conselho de sábios tratou do assunto. Mas a reação de Doria ao ouvir a expressão transporte público lembrou a do avô surpreendido pelo neto que, no meio do jantar da família, resolve contar aos berros um segredo do clã transmitido aos sussurros por sete gerações. Num longo circunlóquio, o governador ressaltou que tal problema não é uma exclusividade paulistana. Outras capitais são assoladas com superlotações do gênero. Tampouco se trata de uma complicação restrita ao Brasil: Londres, Paris, Nova York — mesmo metrópoles mais avançadas ainda não descobriram como adaptar a mobilidade urbana a estes tempos estranhos. Já avisando que a entrevista chegara ao fim, Doria disse que o governo estadual recomendou mais de uma vez o uso de horários alternativos inviáveis e reiterou que os passageiros devem lavar as mãos com álcool em gel, além de proteger o rosto com máscara.

O próprio orador desconfiou que discursava sobre o nada, compreendeu que seria difícil debitar mais esse pecado na conta de Jair Bolsonaro e partiu para a ofensiva. “Não posso impedir o deslocamento de trabalhadores de serviços essenciais”, subiu o tom. 
Como vetar o embarque no metrô da enfermeira que salva vidas, do bombeiro que salva vidas, do policial militar que salva vidas? 
 
Quem imagina que desde o início da pandemia apenas esses profissionais usam o transporte não faz ideia do mundo que se espreme em qualquer vagão da Linha Vermelha, nem viu por dentro algum ônibus que leva do centro da cidade a Sapopemba
Nesses mosaicos do Brasil, espremem-se nos horários de pico camelôs, desempregados, assaltantes, domésticas, pedintes de esquina, babás, garçons, pequenos negociantes, gente honesta, vigaristas, vendedores de bugigangas, aposentados e jovens à procura de trabalho, além de incontáveis brasileiros forçados a exercer a profissão na clandestinidade porque a ordem é ficar em casa.
 
Ou na semiclandestinidade exigida pelo farisaísmo: 
os cabelos bem cortados dos homens e os penteados impecáveis das mulheres denunciam a passagem recente de barbeiros e cabeleireiras que mantêm seus salões fechados por determinação dos ilustres fregueses. Para chegar às casas dos clientes loucos por lockdowns, falta a esses trabalhadores de serviços considerados não essenciais dinheiro para chamar um Uber. Usam o transporte público. 
Se ficassem em casa, o elenco que protagoniza as entrevistas coletivas no Palácio dos Bandeirantes estaria parecido com uma tribo de hippies dos anos 70. 
A boa aparência, sublinhada por máscaras customizadas e pelo sorriso de quem vive entre o chuveiro e uma sala com ar condicionado, avisa que o que ali se vê é um bando de hipócritas. Portadores de miopia seletiva, fingem não enxergar os milhões de excluídos da quarentena feita sob medida para integrantes da classe média alta, funcionários públicos indolentes, ricos, advogados de corruptos, corruptos com bons advogados e o restante da elite nativa. Seria excessivo esperar que essa turma se preocupe com aglomerações decorrentes do isolamento dos excluídos.

Previsivelmente, os fechadores compulsivos de bares, restaurantes, templos, museus, cinemas, teatros, shopping centers, prateleiras de supermercados, salões de cabeleireiros, barbearias, escolas, fábricas, lojas e outras vítimas da epidemia de autoritarismo fecharam os olhos à dramática piora da paisagem formada pelas favelas brasileiras, onde sobrevive uma imensidão de gente que ajuda a transformar o transporte público no maior e mais alarmante foco de disseminação do coronavírus do Brasil. 

O palavrório das entrevistas coletivas não incluiu sequer um asterisco sobre os brasileiros amontoados em barracos. Também não foi nem será dedicada uma mísera vírgula à pesquisa feita entre 9 e 11 de fevereiro pelo Instituto Data Favela, em parceria com a Locomotiva – Pesquisa e Estratégia e com a Central Única das Favelas (Cufa).

Foram entrevistados habitantes de 76 favelas espalhadas por todos os Estados brasileiros. As constatações são desoladoras. 
Nas duas semanas anteriores ao levantamento, por exemplo, em ao menos um dia 68% dos moradores não tinham conseguido dinheiro para comprar comida. 
As refeições diárias caíram de 2,4 em agosto de 2020 para 1,9 em fevereiro, e 71% das famílias agora sobrevivem com menos da metade da renda obtida antes da pandemia.
Nove em cada dez favelados receberam alguma doação. Sem esse gesto solidário, oito em cada dez famílias não teriam condições de se alimentar, comprar produtos de higiene e limpeza e pagar contas básicas. 
Nas favelas, o número de casos confirmados e óbitos é o dobro do registrado nos bairros nobres, mas apenas 32% procuram seguir as medidas de prevenção. Outros 33% tentam de vez em quando ajustar-se às regras, 30% afirmam que não conseguem segui-las e 5% abdicaram de tentativas. É certo que, do começo de fevereiro para cá, esse cenário se tornou ainda mais cinzento.
A imprensa velha está fora do universo pesquisado. Os moradores não entendem o que dizem comentaristas da Globo, o grego antigo lhes parece menos complicado que o subdialeto falado por ministros do Supremo e o alcance da internet é muito menor que nas regiões habitadas por quem desfruta de três refeições por dia. Mas também nos barracos se manifesta a sabedoria subjacente do povo brasileiro. Os favelados sabem o que fez e faz cada governante e cada instituição no Brasil da pandemia. 
 Acuados pela fome e pela insegurança, usam o transporte público para buscar algum dinheiro em outros pontos da cidade. 
Sabem que as aglomerações nos ônibus, trens urbanos e vagões do metrô são perigosas
Mas os participantes involuntários do isolamento dos desvalidos acham muito mais perigoso esperar num barraco a salvação que não virá.

Leia também a matéria de capa desta edição, “A aglomeração dos invisíveis”

Augusto Nunes, jornalista - Coluna na Revista Oeste

 

segunda-feira, 17 de fevereiro de 2020

Um trunfo a ser jogado na mesa - VEJA - Blog do Noblat


Por Ricardo Noblat

Marcelo Bretas, um juiz “terrivelmente” próximo de Bolsonaro


A um juiz não é proibido manter relações cordiais com qualquer pessoa. Mas pela função que exerce, por ser obrigado a interpretar a lei de forma imparcial e fazer justiça, espera-se que se comporte com a máxima discrição possível, principalmente em relação a quem possa vir a ser atingido direta ou indiretamente por suas decisões.

Assim se comportou Sérgio Moro até renunciar à toga e aderir ao candidato que mais se beneficiou de suas sentenças quando disputou a presidência da República em 2018. Um ano antes, o próprio Bolsonaro provara na pele o distanciamento prudente que Moro matinha dos políticos. Tentou cumprimentá-lo no aeroporto de Brasília. Foi ignorado.  Depois de Moro, nenhum outro juiz identificou-se tanto com a Operação Lava Jato como Marcelo Bretas, da 7ª Vara Federal do Rio de Janeiro. Com uma diferença: ele não fez e não faz a mínima questão de mostrar-se distante de políticos, sobretudo do presidente Jair Bolsonaro. Pelo contrário: faz questão de se identificar publicamente com ele. [ocorrendo o que pode ser considerado aproximação excessiva,não está caracterizado nenhum delito ou conduta inidônea por parte do juiz - desde que, se chamado a atuar em qualquer processo que envolva o 'amigo', deve, de pronto, se declarar impedido.]

Mais de uma vez nas redes sociais revelou que o admira e apoia. Certa vez viajou a Brasília para uma reunião de fim de semana com ele que não fez parte da agenda oficial do presidente. Recebeu seu filho Flávio para uma longa conversa a sós. E, no último sábado, recepcionou Bolsonaro na Base Aérea do Galeão e com ele embarcou no carro presidencial. Participou ao lado de Bolsonaro da inauguração da alça de ligação da Ponte Rio-Niterói com a Linha Vermelha. Foi visto com Bolsonaro no show evangélico promovido pelo prefeito Marcelo Crivella (Republicanos). Enquanto Bolsonaro e Crivela entoavam hinos religiosos e, a certa altura, dançavam, Bretas manteve-se sentado. Apenas observou.

Bolsonaro tem no juiz não apenas uma pessoa confiável, capaz de aconselhá-lo nas horas incertas, mas também um trunfo que poderá jogar na mesa se precisar substituir Moro no Ministério da Justiça e da Segurança Pública. Ou se quiser de fato preencher a próxima vaga a ser aberta no Supremo Tribunal Federal com um ministro terrivelmente evangélico. Bretas se quiser, sempre poderá dizer que o bom ou o mau exemplo vem de cima.  
Quantas vezes ministros do Supremo foram vistos entrando e saindo de reuniões sigilosas com presidentes e vices? 
O presidente do tribunal, Dias Toffoli, não se vangloria de ter abortado um golpe que poderia ter derrubado Bolsonaro? 
Um golpe que só ele detectou?
[um registro: Bretas parece confiável. Tem condições de integrar a equipe do presidente Bolsonaro, desde que não seja para tornar o ministro Moro dispensável - o juiz da 7ª Vara Federal do Rio,  não tem cacife popular para tanto - ou substituir militares, visto que em certas situações a lealdade da caserna é mais sólida e de mais valia.]
 l
Ministros do Supremo também já foram grampeados durante conversas impróprias com políticos de diversos partidos. Não é de estranhar, pois, que a confiança na Justiça seja tão pouca por estas bandas.

Blog do Noblat - Ricardo Noblat, jornalista - VEJA


domingo, 16 de fevereiro de 2020

Bolsonaro rebate Rui Costa e vê ‘provável execução’ em morte de Adriano - VEJA

Presidente da República e governador da Bahia trocaram farpas, neste sábado, sobre a morte do miliciano, ex-capitão do Bope

O presidente Jair Bolsonaro divulgou, na noite deste sábado, 15, uma nota na qual rebate críticas do governador da Bahia, Rui Costa (PT), questiona a atuação da Polícia Militar do estado, e afirma que o ex-capitão do Bope Adriano da Nóbrega foi vítima de uma “provável execução sumária”.

A execução do ex-Cap Adriano não pode deixar de ser esclarecida, a exemplo do caso Celso Daniel.

No Rio de Janeiro, onde participou, neste sábado, da inauguração da alça de ligação da ponte Rio-Niterói à Linha Vermelha, Bolsonaro afirmou que foia PM da Bahia, do PT” a responsável pela morte de Adriano da Nóbrega. Pouco depois, o governador Rui Costa rebateu o presidente da República e disse haver “laços de amizade” entre Bolsonaro e o miliciano, considerado uma das lideranças do Escritório do Crime. 
Em nota, divulgada em suas redes sociais, Bolsonaro cita a reportagem de capa de VEJA que trouxe fotos do corpo do ex-capitão que reforçam suspeitas de que ele foi morto com tiros disparados à curta distância – o que contraria a versão oficial da polícia da Bahia, responsáveis pela ação. As imagens também sugerem que, antes de morrer, Adriano da Nóbrega pode ter sofrido violência.



6.660 pessoas estão falando sobre isso

[Ao falar da morte de Celso Daniel, do cadáver insepulto que assombra o PT, da 'queima de arquivo', efetuada, o presidente Bolsonaro apavora o PT, atemoriza Givberto Carvalho, o ex-seminarista de 'missa negra' e grande parte da cúpula petista.]
“A atuação da PMBA, sob tutela do governador do Estado, não procurou preservar a vida de um foragido, e sim sua provável execução sumária, como apontam peritos consultados pela revista VEJA. É um caso semelhante à queima de arquivo do ex-prefeito Celso Daniel, onde seu partido, o PT, nunca se preocupou em elucidá-lo, muito pelo contrário”, diz o texto.

O presidente da República também afirma que Rui Costa mantém fortíssimos laços de amizade com bandidos condenados em segunda instância”, em alusão ao ex-presidente da República, Luiz Inácio Lula da Silva. “O atual governador da Bahia, Rui Costa, não só mantém fortíssimos laços de amizade com bandidos condenados em segunda instância, como também lhes presta homenagens, fato constatado pela sua visita ao presidiário Luiz Inácio Lula da Silva, em Curitiba, em 27 junho de 2019”, acrescenta a nota. 

 VEJA - Transcrição em 16 fev 2020


segunda-feira, 17 de dezembro de 2018

A linha vermelha

Deferência de ministros diante de fortalecimento da Presidência testará seu limite para assegurar direitos fundamentais

O ministro Luiz Fux, do Supremo Tribunal Federal, revogou na semana passada duas decisões que ele mesmo havia proferido. Na quarta (12), desistiu de proibir multas por inobservância ao tabelamento do frete, concessão da gestão Temer aos caminhoneiros amotinados em maio. Na quinta (13), abriu mão de bloquear a extradição do terrorista Cesare Battisti, condenado na Itália por quatro homicídios cometidos na década de 1970. [decisão que foi ampla e previamente divulgada pela mídia, ensejando a fuga do facínora - que agora corre o risco de continuar impune.]

Na segunda (10), a ministra Rosa Weber fez uma defesa extensa dos direitos fundamentais e do papel do Judiciário como antídoto à tirania da maioria diante do futuro presidente, Jair Bolsonaro, que dela recebia a certificação formal de sua eleição. No início do mês, o ministro Gilmar Mendes suspendeu, com um pedido de vista, o julgamento de uma ação para tirar o ex-presidente Lula da prisão. [o ministro Gilmar Mendes, apesar da sua fama de 'soltador' de bandidos, vez ou outra toma a decisão acertada e que deverá permitir que presidiário petista aguarda na prisão por mais uma condenação - afinal, o criminoso ex-presidente é réu em mais sete processos e se cada um render em torno de dez anos de prisão, os votos de que ele 'mofe' na cadeia, do presidente Bolsonara e de milhões de brasileiros, serão atendidos.] A defesa argumenta que Sergio Moro, titular da Justiça de Bolsonaro, agiu por motivação política no processo contra o líder petista.

Durante a campanha eleitoral, Dias Toffoli, presidente do STF, nomeou um general da reserva como assessor especial e chamou de “movimento de 1964” o golpe daquele ano. Como o general original foi convidado para ser ministro da Defesa, Toffoli escalou outro no lugar [o DIREITO de uma autoridade escolher seus auxiliares é um direito que apesar de criticado é inalienável.
Por serem  os escolhidos ocupantes de um cargo que os sujeita a uma demissão 'ad nutum', eventuais erros na escolha ou de desempenho serão corrigidos sem delongas.] . O respaldo popular e parlamentar do presidente da República estava debilitado desde a segunda posse de Dilma Rousseff. O Congresso, inicialmente, e sobretudo o Supremo ocuparam as lacunas de poder e assim também se expuseram ao desgaste inevitável.

A autoridade do Planalto, associado ao xerife anticorrupção e à corporação que melhor sobreviveu ao descrédito geral (as Forças Armadas), volta a alevantar-se. O Supremo se retrai e se resguarda, como indicam os movimentos iniciais de Fux, Gilmar e Toffoli. É de Rosa, no entanto, a linha vermelha. Se a reclusão da corte significar endosso a invectivas contra o regime das liberdades, teremos trocado um tipo de anomalia por outro.
 
Vinicius Mota - Folha de S. Paulo
 
 

terça-feira, 31 de outubro de 2017

Criminosos atacam Batalhão da Maré após operação no conjunto de favelas



Unidade não chegou a ser invadida [com certeza porque desta vez os bandidos quiseram dar só um aviso - parece que o ministro Torquato Jardim está com a razão]



Criminosos armados atacaram o 22º BPM (Maré), na tarde desta terça-feira, após operação do Batalhão de Choque (BPChq) no complexo de favelas da região. Bandidos da favela Nova Holanda cercaram os fundos do batalhão pelas laterais e dispararam contra os policiais. Não houve feridos na ação. Um dos disparos furou o pneu de um caveirão e outro atingiu um poste de iluminação dentro da unidade.





 Uma foto desse natureza desmoraliza qualquer corporação policial e somada a falta de apoio das autoridades aos policiais  desestimula a tropa


O tiroteio começou após operação do Batalhão de Choque (BPChq) no complexo de favelas da região. Enquanto policiais apresentavam o material apreendido na operação no pátio da unidade, os criminosos dispararam. Policiais e profissionais da imprensa se abrigaram dentro da unidade, que não chegou a ser invadida. Procurada pelo EXTRA, a PM negou um ataque à unidade. 

O batalhão fica às margens da Linha Vermelha, uma das principais vias da cidade. A Linha Vermelha chegou a ser interditada por cerca de 5 minutos. A ação ocorreu nos fundos da unidade, que faz divisa com o Complexo de favelas da Maré.
[ou deixam os policiais militares (e também o pessoal da Civil) trabalhar ou então a coisa via ficar feia e será provado que o ministro da Justiça está certo;
autoridades do Rio! se vocês não querem o Rio dominado por bandidos tem que prestigiar o trabalho da Polícia;
não está certo um policial mandar um veículo parar, o motorista optar por se evadir, os policiais efetuarem disparos - que, infelizmente, atingiram uma turista - e as autoridades querem de qualquer forma ferrar com os policiais;
o certo é deixar a polícia trabalhar e no caso em questão apertar o motorista para ele explicar porque desobedeceu uma ordem de parada? - ou será que ele queria um convite?
Ou vocês prestigiam a polícia ou a bandidagem toma de conta; ou utilizam o apoio das FF AA para exterminar os criminosos ou as pessoas de BEM é quem vão sofrer.]



Na operação desta manhã, uma pessoa morreu e outras duas ficaram feridas. De acordo com o Hospital Federal de Bonsucesso, por volta das 7h30, um jovem aparentando cerca de 20 anos, deu entrada na unidade com um tiro nas costas que transfixou e saiu pelo abdômen. Ele foi baleado na favela Nova Holanda, que fica na Maré. Até meio-dia, nenhum parente do jovem havia aparecido no hospital.


Com relação aos feridos, o delegado Wellington Oliveira, titular da 21ª DP (Bonsucesso), informou que eles têm antecedentes criminais. As circustâncias em que eles foram feridos serão investigadas. A Polícia Militar são se pronunciou sobre os baleados na operação na Maré. Ainda durante a ação, cerca de uma tonelada de drogas foi apreendida e 10 containers com material eletroeletrônico contrabandeado foram lacrados 
 
Fonte: O Globo