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sexta-feira, 12 de fevereiro de 2021

Doria descobre que é muito impopular no PSDB - Josias de Souza

Doria descobre que é muito impopular no PSDB... - Veja mais em https://noticias.uol.com.br/colunas/josias-de-souza/2021/02/11/doria-descobre-que-e-muito-impopular-no-psdb.htm?cmpid=copiaecola

Num lance de rara ousadia, João Doria abriu a semana oferecendo um jantar a tucanos de fina plumagem. Durante o repasto, Doria expôs aos comensais uma agenda personalíssima. Manifestou o desejo de assumir a presidência do PSDB em maio, expulsar Aécio Neves do partido e deflagrar as costuras para colocar em pé sua própria candidatura à Presidência da República. O governador chega ao final de semana descobrindo que, em política, às vezes é melhor não fazer nada do que fazer qualquer coisa.

Na disputa pelo comando partidário, Doria tornou-se um cabo eleitoral involuntário do ex-deputado Bruno Araújo, que pleiteia a recondução à presidência do PSDB. Na queda de braço com Aécio, Doria descobriu que lhe falta companhia. Em relação à candidatura presidencial, Doria percebeu que não está só. Verificou-se que o governador do Rio Grande do Sul, Eduardo Leite, também está no páreo.

O PSDB sempre foi uma agremiação de amigos 100% feita de inimigos. Mas o ninho já não é o mesmo. Virou um serpentário. Antes do jantar de Doria, eram tucanos trocando bicadas. Agora, são víboras que se envenenam entre si. Nesta fase viperina, a viscosidade da secreção venenosa dos tucanos indica que a coisa pode acabar num sinistro afogamento coletivo. 

Na confusão que se estabeleceu no serpentário, os planos do PSDB para o futuro voam junto com as penas. Antes de desafiar Bolsonaro, Doria precisa lidar com seus adversários domésticos. Imaginou que a CoronaVac, vacina anti-Covid, o tornaria mais popular no país. 
Descobriu que precisa imunizar-se contra o veneno que o torna impopular dentro do seu próprio partido. No momento, o principal rival de João Doria não é Bolsonaro. Chama-se Eduardo Leite.

Josias de Souza, jornalista -UOL

 

domingo, 27 de dezembro de 2020

Doria pavimenta apoio inédito no PSDB para 2022 - Pedro Venceslau

O Estado de S. Paulo

Bancadas do partido na Câmara e Senado, prefeitos e vereadores referendam nome de governador como eventual presidenciável

Depois de enfrentar prévias conturbadas para ser o candidato do PSDB à Prefeitura em 2016 e ao Palácio dos Bandeirantes em 2018, o governador de São Paulo, João Doria, entra em 2021 com o caminho já pavimentado para ser o candidato tucano na eleição presidencial de 2022. Enquanto conversa com outras forças políticas para tentar construir uma aliança contra o presidente Jair Bolsonaro [a quem traiu; só foi eleito devido o apoio do presidente Jair Bolsonaro.] e usa a vacina do Instituto Butantã com a fabricante chinesa Sinovac para se projetar nacionalmente, Doria conseguiu um apoio inédito das bancadas do PSDB na Câmara e no Senado, da Executiva Nacional tucana, além dos governadores e principais prefeitos da legenda, entre eles Bruno Covas, reeleito na capital paulista.

                                      Divulgação - Governo SP

[Deve ser alguma pegadinha - Doria presidenciável? o cidadão se elegeu  governador graças ao apoio do presidente Bolsonaro. Retribuiu o apoio recebido traindo o presidente.
Agora demonstra a maior irresponsabilidade ao se tornar caixeiro viajante de uma vacina que,  até o momento, furou  vários compromissos de apresentar dados que possam comprovar sua  eficácia e segurança - nem a documentação da FASE 3 de teste, foi apresentada. 
O não cumprimento de prazos fez com que o governador após dificultar a vida dos moradores do Estado que governa - medidas restritivas de isolamento, bloqueio, a pretexto de combater a covid-19 - 'fugisse' em uma viagem para Miami.
Ao descobrir que estava deixando claro sua fuga a mais um fracasso na apresentação da vacina, tornava  cristalino seu deboche ao povo paulista = 'tranca' seus governados e vai passear na Flórida, onde chegou a circular sem máscara. Decidiu voltar. 
Fechando: a foto (acima) que ilustra matéria do Estadão, mostra se tratar de alguma brincadeira = VACINA JÁ envolvendo o Doria, é gozação.

Pela relevância do cargo, o governador de São Paulo sempre foi considerado um candidato natural ao Palácio do Planalto, mas, em eleições anteriores, tanto José Serra quanto Geraldo Alckmin enfrentaram resistências internas antes de se lançarem na disputa. A única eleição presidencial na qual o candidato do PSDB não era um paulista foi em 2014, quando o senador mineiro Aécio Neves foi ao segundo turno contra Dilma Rousseff (PT). Em todos os pleitos desde 2002, porém, houve disputa interna no partido pela vaga de candidato.

Sem foco de resistência na legenda, Doria é até o momento o único pré-candidato que se coloca abertamente como presidenciável, apostando no contraponto ao presidente Jair Bolsonaro. “Doria é o nome mais forte que temos no PSDB, que mostrou em 2020 que está vivo. A vacina é um ativo de quem apostou na ciência e na saúde”, [vacina? qual vacina?]disse o deputado federal Rodrigo Castro (MG), novo líder do PSDB na Câmara. 

Além de Doria, outro nome considerado como um potencial um potencial “presidenciável” da sigla tucana é o governador do Rio Grande do Sul, Eduardo Leite, eleito para o cargo em 2018 aos 33 anos. Ligado a movimentos de renovação política, Leite, no entanto, por enquanto não manifestou internamente interesse em entrar na disputa e sinaliza que deve tentar a reeleição daqui a dois anos. 

(........)

O Estado de S. Paulo - Pedro Venceslau - MATÉRIA COMPLETA

 

segunda-feira, 23 de novembro de 2020

As dúvidas sobre o frentismo em 2022 - Alon Feuerwerker

Confirmou-se que o primeiro turno das eleições municipais trouxe a capilarização dos partidos da base do governo, e que por isso tinham, e aproveitaram melhor, o acesso ao orçamento federal. Viu-se também um certo movimento de continuidade, natural e esperado em meio a uma pandemia. Notou-se ainda a resiliência da esquerda, fenômeno facilmente detectável na manutenção dos votos para vereador e na votação significativa nos grandes centros.

O debate agora é sobre o que o resultado de 2020 projeta para 2022. Com os necessários cuidados, pois não há transposições mecânicas. E falta muito tempo político. Feitas as ressalvas, a dúvida que fica é sobre os possíveis blocos e alinhamentos. E para esse debate é útil a observação do que vai se dar no segundo turno, daqui a uma semana. Pois ficará claro o estágio atual da disposição dos diversos atores para alianças e formação de coalizões. Informação essencial para definir a tática.

Já está explícito, por exemplo, que mesmo as frações mais resistentes a alianças e frentismos na esquerda estão dispostas a votar em qualquer candidato não bolsonarista para derrotar o bolsonarismo. A opção do presidente da República por manter o discurso e a prática alinhados ao que podemos chamar de núcleo ideológico facilita um agrupamento quase automático de forças contrárias quando só há duas opções.

Mas, atenção, desde que o adversário seja palatável aos que em 2018 votaram Bolsonaro ou se abstiveram, e agora procuram outro caminho. E se em 2022 o presidente for ao segundo turno contra alguém da esquerda? Neste momento, não é excessivo supor que ele deverá arrastar de volta pelo menos uma parte dos arrependidos. Ou será que não? Duas das disputas neste segundo turno são um termômetro para tirar a dúvida. Vitória (ES), onde o PT está no segundo turno, e Belém, onde o adversário do candidato bolsonarista é do PSOL.

Em Fortaleza, o cirismo parece ter formado com facilidade a frente antibolsonarista. Veremos o resultado na urna. Mas, e em Vitória e Belém, o autonomeado centrismo ficará de que lado? De todo modo, 2022 projeta forte pulverização de candidaturas majoritárias, pelos menos das forças com pouco acesso a orçamentos públicos. Porque o voto majoritário é uma ferramenta preciosa para puxar o voto proporcional, e não custa lembrar sempre que daqui a dois anos a cláusula de desempenho na votação para a Câmara dos Deputados estará colocada alguns centímetros acima do que em 2018.

E a votação para deputado federal, além de definir se o partido fica na Série A ou cai para a B, acaba também definindo quanto a legenda terá de espaço no horário eleitoral e verba do fundo eleitoral em 2024 e 2026. Não é pouca coisa em jogo.

Portanto, é ilusão imaginar alianças muito amplas na largada. Cada um precisará caminhar com suas próprias pernas. Talvez haja alguma convergência entre MDB, PSDB e Democratas, notam-se ensaios. E entre as legendas do chamado centrão, estrito senso, e talvez em torno do presidente da República. O que dependerá, obviamente, da popularidade de Jair Bolsonaro quando chegar a hora de tomar as decisões. [nós que queremos em 2022 a consolidação do melhor para o Brasil = reeleição do presidente Bolsonaro = precisamos focar em 2021 por uma melhora na economia ´- o bastante para asfixiar a turma do quando pior, melhor.

Apesar dos  maus brasileiros que torcem por uma segunda onda, esqueçam o repique da covid-19, neste mês foi fruto de uma excessiva flexibilização no feriadão do inicio do mês e do represamentos de dados devido problemas com o sistema do Ministério da Saúde.]

 Alon Feuerwerker, jornalista e analista político 

 

quarta-feira, 29 de julho de 2020

Caminho do meio e Muita gente com o rabo preso - Merval Pereira

O Globo

Centro-direita se une -  Uma nova alternativa de centro-direita 

Se não houvesse outras indicações, a saída de DEM e MDB do bloco do Centrão que apóia o governo seria, por si só, uma importante inflexão parlamentar em busca de “independência regimental”. Isso quer dizer que os dois partidos não querem estar formalmente ligados às decisões da liderança do governo no Congresso. Na prática, já estavam distanciados, o que a votação do Fundeb demonstrou, impondo uma derrota acachapante ao Governo e a seu líder oficioso Arthur Lira. Os movimentos de aproximação do novo PSDB sob o comando do governador de São Paulo, João Doria, e o DEM se tornaram evidentes desde a escolha do relator da reforma da Previdência, com os tucanos ganhando um posto chave na questão mais central da política daquele momento, uma decisão que coube ao presidente da Câmara, Rodrigo Maia, do DEM.

[o rascunho, um esboço, mostra que isso não representa, nem pode nunca representar, a direita autêntica = a que queremos e com Bolsonaro, vamos conseguir.]



As conversas entre PSDB e DEM têm a participação também do PSD de Kassab, para se fundirem um único partido, ou trabalharem em conjunto na direção da centro-direita e se opor aos radicalismos de esquerda e de direita. Maia, embora se dê muito bem com a esquerda parlamentar, não quer uma coligação “de centro- esquerda”. Muito menos o governador Dória, que levou o PSDB para a centro-direita. Kassab foi secretário do governador Doria, e agora ganhou espaço maior no governo Bolsonaro, que um dia o chamou de “desgraça”, com a indicação de Fabio Faria para o ministério das Comunicações, que tem ligação forte com o presidente da Câmara. A aproximação de Bolsonaro com o Centrão, que parecia lhe dar suporte político no Congresso, foi fragilizada com a saída de DEM e MDB, ao mesmo tempo em que se fortaleceu uma antiga ideia de formação de um bloco de centro-direita que possa se opor aos extremos políticos, PT e bolsonarismo.

A disputa pela presidência da Câmara faz parte dessa estratégia de longo prazo, que se consolidará caso se confirme a possibilidade legal de reeleição de Maia e Alcolumbre no Senado. [nem o deputado nem o seu segundo conseguirão emendar a Constituição para tentarem continuar na luta e, se exitosos, persistir atrapalhando o governo Bolsonaro - proposta que tentam impor, mesmo que prejudicando o Brasil e milhões  de brasileiros.] Nessa questão Rodrigo Maia está agindo com mais cautela do que Alcolumbre, que assumiu a frente da luta pela reeleição na mesma legislatura, que hoje é proibida pelo regimento interno.

Já houve exceções na história do Congresso, com Antonio Carlos Magalhães se reelegendo na própria legislatura com base em uma interpretação da advocacia da Casa aprovada na Comissão de Constituição e Justiça. Também Rodrigo Maia recebeu permissão do Supremo Tribunal Federal para ser reeleito, pois o ministro Celso de Mello decidiu não contar o mandato-tampão que exerceu substituindo Eduardo Cunha. Uma tendência é o STF decidir que esta é uma questão interna da Câmara e do Senado, permitindo reinterpretações ou mudanças dos regimentos internos. Caso isso aconteça, o mais provável é que Rodrigo Maia, docemente constrangido, aceite mais um mandato à frente da Câmara, o mesmo acontecendo com David Alcolumbre no Senado, sem nenhum constrangimento.

O Centrão ganhou força no Palácio do Planalto, mas não politicamente, pois a Câmara está tendo mais influência na gestão dos assuntos mais importantes, como as reformas, começando pela da Previdência, o Fundeb e o marco regulatório do saneamento básico sem precisar do Palácio do Planalto. A popularidade do presidente Bolsonaro está estável em bom patamar, depois de ter dado sinais de queda, devido ao auxílio emergencial, e se o governo conseguir arranjar dinheiro para ampliar o Bolsa Família, transformando-o em Renda Brasil, é possível que consiga manter a vantagem que hoje as pesquisas lhe dão para 2022.

Mas o panorama econômico de curto prazo não é favorável, e ainda há muitas questões políticas para Bolsonaro ultrapassar no caminho para a reeleição. Por isso, faz sentido o PSDB, PSD e DEM, partidos hoje ideologicamente muito próximos, tentarem se unir em uma nova alternativa de centro-direita. Depois que as lideranças tucanas mais identificadas com a centro-esquerda perderam a influência, inclusive diante das investigações da Lava Jato eleitoral, esse caminho está aberto.

Novaes sai atirando

“Muita gente com o rabo preso”


Para ele, "criar dificuldades para vender facilidades é a regra” e, além disso, “temos os privilégios e compadrios”. Ele cita o presidente do PTB Roberto Jefferson como sendo hoje “o melhor cronista dos bastidores planaltinos”.

Novaes insiste em que nenhum fato específico levou à sua renúncia, “pois desde junho converso com o Paulo sobre a minha saída”. E nega que tenha sofrido alguma pressão de políticos: “No BB, não. Todos sabiam qual seria a minha reação”. Mas cita a decisão do ministro Bruno Dantas, do Tribunal de Contas da União (TCU), de impedir a propaganda digital do Banco do Brasil como “um dos maiores absurdos já ocorridos na administração pública federal. Quem pagará pelos prejuízos?”.

Novaes se refere à decisão do TCU de maio, quando proibiu o Banco do Brasil de fazer anúncios em sites na internet que veiculem fake news. A decisão do ministro Bruno Dantas, aprovada por maioria no plenário, deveu-se a pedido do Ministério Público de Contas, contra interferência do vereador Carlos Bolsonaro, filho do presidente, na área de comunicação social do banco. Depois de receber um alerta de que o Jornal da Cidade Online era acusado de propagar notícias falsas, o Banco do Brasil suspendeu os anúncios, argumentando que não mais investiria publicidade em site como aqueles, o que provocou críticas de Carlos Bolsonaro. A Secretaria de Comunicação da presidência da República pediu então ao BB que retomasse sua política de anúncios naquele site, o que foi feito.

O ministro Bruno Dantas considerou “gravíssima” a acusação de que recursos do Banco do Brasil “estão sendo drenados para financiar sites, blogs e redes sociais que se dedicam a produzir conteúdo sabidamente falso e disseminar fake news e discurso de ódio”. Para o ministro, “(...) É inconcebível que o aparato estatal seja utilizado com desvio de finalidade, em afronta a garantias constitucionais fundamentais imprescindíveis ao Estado Democrático de Direito, como o direito à livre manifestação do pensamento e à liberdade de imprensa”. O TCU decidiu compartilhar cópia do processo com o STF no inquérito que investiga fake news, calúnias e ameaças contra membros da Suprema Corte e seus familiares. O ex-presidente do Banco do Brasil também comentou o pedido do ministro Alexandre de Moraes, relator do inquérito no STF, para que o Banco do Brasil, e outros bancos estatais, como a Caixa Econômica Federal e o BNDES, enviem a relação de sites e blogs que receberam propaganda digital do governo: “Estão procurando cabelo em casca de ovo”.

Rubem Novaes cita também, sem especificar o caso, que “a reação à privatização é um bom exemplo da resistência ao Liberalismo. Alguns realmente acreditam na importância das estatais, mas o interesse maior vem daqueles que buscam empregos, poder e bons negócios”. Embora considere que “o melhor entendimento com o Congresso favorecerá as reformas”, Rubem Novaes tem “uma grande preocupação com as contas públicas”. Citando “meu querido mestre (Milton) Friedman”, ele lembra “que não há nada mais permanente que um programa temporário de governo. Não podemos deixar que o esforço fiscal atual contamine o futuro. Se o mercado perde a confiança na higidez das contas públicas, estamos fritos”.

Apesar das queixas, Rubem Novaes garante que continuará “ao lado de Paulo Guedes”, sem definir qual será seu novo papel no ministério da Fazenda. 

Merval Pereira, jornalista - O Globo




quarta-feira, 15 de julho de 2020

Ora, o impeachment - Nas entrelinhas

“O desgaste de Bolsonaro é mitigado pela estratégia de pôr os militares à frente da Saúde, e responsabilizar o Supremo, os governadores e os prefeitos pelo fracasso na pandemia

Um expressivo grupo de artistas e intelectuais subscreve o pedido de impeachment do presidente Jair Bolsonaro encaminhado, ontem, ao presidente da Câmara, Rodrigo Maia (DEM-RJ), entre os quais o cantor e compositor Chico Buarque, o escritor Fernando Morais, as atrizes Lucélia Santos e Dira Paes, o ator Gregório Duvivier, o ex-ministro Luiz Carlos Bresser-Pereira e os comentaristas esportivos Juca Kfouri e Walter Casagrande, todos personalidades relevantes da esquerda brasileira. Com 133 páginas, os autores citam ataques contra a imprensa, direcionamento ideológico de recursos no audiovisual, más condutas na área ambiental e atuação falha do governo durante a epidemia da covid-19 como motivos suficientes para caracterizar crime de responsabilidade.

[Apenas lembramos:
- não se trata de estratégia do presidente Bolsonaro apontar governadores e prefeitos, autorizados pelo Supremo, como responsáveis pelo fracasso do combate à pandemia.
Os governadores e prefeitos ansiosos por aparecerem e pelo dinheiro fácil para combater o coronavírus assumiram a linha de frente e o Supremo Tribunal Federal, em decisão colegiada, retirou o presidente da República do comando das ações de combate à covid-19.
É um fato e dele não como escapar. 
- para que um pedido de impeachment do presidente Jair Bolsonaro comece a tramitar na Câmara dos Deputados é necessário a aprovação prévia do andamento por 342 deputados - com 341 presente sequer se abre a sessão.]

Não é o primeiro nem será o último pedido de impeachment, porque não há a menor possibilidade de Maia acolher a proposta e abrir o processo agora. Houve até um momento em que um amplo conjunto de forças cogitou afastar Bolsonaro da Presidência, diante da agressividade com que atacava os demais poderes e mobilizava seus partidários contra o Congresso e o Supremo Tribunal Federal (STF). Mas não o suficiente para transformar essa ideia num fato político concreto, não havia nenhuma garantia de que a iniciativa seria uma solução para a crise institucional iminente; pelo contrário, a possibilidade maior era que legitimasse a retórica autoritária e golpista de Bolsonaro e seus partidários.

Em política, entretanto, tudo tem suas consequências. Descolada de uma conjuntura favorável, sem povo na rua, a proposta submete o presidente da Câmara a um desgaste desnecessário, ao engavetar ou arquivar o pedido, e expõe a fraqueza da oposição na Câmara. Além disso, partindo de setores que classificaram o impeachment de Dilma Rousseff como um “golpe de Estado”, deslegitima essa narrativa, porque o reconhece esse instituto como um mecanismo constitucional legítimo para afastar um presidente da República incapaz. Não existe impeachment legítimo de direita ou de esquerda, o crime de responsabilidade tem amplo espectro, e o impeachment é um julgamento político previsto na Constituição.

Para usar uma linguagem futebolística, a oposição perdeu o tempo da bola. Bolsonaro safou-se desse risco quando recuou da escalada contra o Supremo Tribunal Federal (STF). As investigações em curso na Corte sobre as ameaças aos seus ministros e ao próprio tribunal e sobre as fake news chegaram muito perto do gabinete do presidente da República, envolvendo seus familiares, assessores e aliados próximos. A prisão do seu amigo Fabrício Queiroz, ex-assessor do senador Flávio Bolsonaro (Republicanos-RJ) na Assembleia Legislativa fluminense, teve um efeito catalisador no processo político: Bolsonaro foi obrigado a recuar; ao mesmo tempo, isso desanuviou o cenário adverso nos demais poderes.

Pandemia
Nesse processo, os militares do Palácio do Planalto conseguiram operar uma aliança com os partidos do Centrão, na base do velho toma lá, dá cá, que garantiu a Bolsonaro uma base parlamentar em condições de barrar qualquer proposta de impeachment. Os grandes partidos tradicionais — MDB, DEM e PSDB —, que não haviam aderido ao impeachment, se encarregaram de moderar o debate na Câmara e sepultaram de vez essa possibilidade a curto prazo. A estratégia desses partidos é manter a autonomia do Congresso e conviver com Bolsonaro, aos trancos e barrancos, até as eleições de 2022.


Só há uma variável que pode reacender a chama do impeachment antes disso: a pandemia da covid-19 sair completamente do controle, e o país o país entrar em colapso econômico. [Não esqueçam: a epidemia não vai sair de controle - DEUS é brasileiro e, apesar dos brasileiros, protege o Brasil.
Mas,caso saísse seria por incompetência dos responsáveis pelo combate à covid-19 - que não é, não foi de responsabilidade do presidente.
Ao contrário, ele sempre pugnou por medidas que reduzissem os prejuízos econômicos.] - O Brasil, logo logo, ultrapassará 2 milhões de casos confirmados e 100 mil mortos. A média móvel de mortes continua num patamar acima de mil, e mais de 29 mil infectados por dia. É muita coisa. [lembramos ao ilustre articulista que a imprensa não divulga o número de recuperados - só raramente e sem destaque.
No DF, o número de contaminados atingiu os 70.000, só que o número de recuperados está próximo aos 59.000 = pouco mais de 80% = havendo um saldo próximo aos 14.000 de pessoas ainda doente.
Foi só o número de recuperados em 24 horas superar o de contaminados no mesmo período, aquele número não é mais divulgado.] O relaxamento desordenado e descoordenado da política de distanciamento social ainda pode ser desastroso para os estados onde a epidemia estava entrando em descenso. O Distrito Federal e nove estados apresentaram alta de mortes: PR, RS, SC, MG, GO, MS, RO, TO e CE.

O desgaste de Bolsonaro, porém, está sendo mitigado pela estratégia de pôr os militares à frente do Ministério da Saúde, responsabilizar o Supremo, os governadores e os prefeitos pelo fracasso no combate à pandemia e naturalizar o número de mortes, banalizando o conceito de grupo de risco, idosos e portadores de comorbidades. De certa forma, a polêmica entre o ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) Gilmar Mendes e os militares da ativa, liderados pelo ministro da Defesa, general Fernando de Azevedo e Silva, traz no seu bojo essa questão.
O ministro põe o dedo na ferida ao afirmar que a presença de quase três dezenas de oficiais e um general da ativa no comando interino do Ministério da Saúde é uma extravagância administrativa. O uso do termo genocídio pelo ministro, porém, foi um exagero. A dura cobrança de retratação do vice-presidente Hamilton Mourão, ontem, refletiu o estado de ânimo da corporação, mas é chumbo trocado na política. Quem está nela não pode ter canela de vidro.

Nas Entrelinhas - Luiz Carlos Azedo, jornalista - Correio Braziliense



domingo, 1 de dezembro de 2019

A direita se apresenta - Merval Pereira



O Globo 

O fim da 'direita envergonhada'


No momento em que Lula e Bolsonaro voltam a polarizar a política nacional, com a mesma tática de radicalizar para marcar territórios e, a partir deles, avançar sobre o centro como única alternativa viável para impedir o outro de ocupar a presidência da República, o cientista político Octávio Amorim Neto, da Fundação Getulio Vargas no Rio aposta, em artigo no boletim do Instituto Brasileiro de Economia (Ibre), que as táticas políticas de Lula não têm mais eficácia nos dias de hoje, deixando poucas probabilidades de êxito.

O motivo mais imediato é o que ele chama de “o fim da direita envergonhada”. Com a volta dos civis e da democracia a partir de 1985, analisa Octavio Amorim Neto, a direita continuou a ocupar importantes posições de poder no Executivo Federal, no Congresso Nacional, no Judiciário, nos governos e legislaturas estaduais e municipais e no seio da Forças Armadas.  Mas esse poder foi caindo ao longo do tempo, sobretudo a partir da chegada do PT à Presidência da República em 2003. “Na verdade, entre 1985 e o início da década de 2010, o Brasil teve uma “direita envergonhada”, que recusava dizer seu nome às claras. Foi nesse ambiente que as táticas de Lula vicejaram”.

De fato, a direita política nacional, que durante os anos de predomínio petista se escondeu [sic] , envergonhada, com o disfarce de centro, no máximo centro-direita, revive no Brasil desde a eleição de Jair Bolsonaro, e também na América do Sul.
Dos 12 países mais importantes da região, seis elegeram governos de direita, e um, a Bolívia, viu um dos ícones da fase esquerdista da região, Evo Morales, ser destituído. Outros estão às voltas com graves crises sociais, como o Chile, o Peru. Bolsonaro perdeu o apoio do governo da Argentina, que substituiu Macri pela volta de Cristina Kirchner, mas ganhou o do Uruguai, que foi para a centro-direita depois de anos de governos de esquerda.

O Brasil, que era talvez o único país do mundo em que não existiam políticos “de direita”, que defendessem o conservadorismo, agora tem até mesmo racha entre o PSL, de direita, que serviu de incubadora da candidatura de Bolsonaro, e o Aliança pelo Brasil, de extrema-direita, comandado pelo mesmo Bolsonaro.  Voltando a Octavio Amorim Neto, as consequências da soltura do ex-presidente Lula, graças à decisão do Supremo Tribunal Federal (STF) dependerão de como agirá. “Logrará fazer o PT ressurgir nas grandes cidades do Centro-Oeste, Sudeste e Sul em 2020? Conseguirá levar seu partido novamente ao segundo turno em 2022?”.

Para o cientista politico, a tática de Lula, de radicalizar para depois conciliar, tem “baixa probabilidade de sucesso”. Em primeiro lugar, diz Octavio Amorim Neto, é fundamental registrar que as táticas lulistas deram certo num contexto de enfraquecimento estrutural da direita. “Quando Lula emerge como líder sindical no ABC, o regime militar já estava batendo em retirada”.  Ele vê “o catastrófico segundo mandato de Dilma Rousseff,” como o início do movimento que levou a direita a ascender politicamente, “a ponto de um candidato de extrema direita, autoritário e reacionário, Jair Bolsonaro, vencer o pleito presidencial de 2018”.

Mesmo admitindo que “por conta do caótico governo liderado pelo ex-capitão do Exército, pode ser que a direita não repita esse feito em 2022”, Octávio Amorim Neto diz que a direita jamais voltará a ser a direita envergonhada que, “dócil e oportunisticamente, aceitou os acenos de conciliação de Lula até 2014”.
Ou seja, para ele, “se Lula tentar soprar um novo incêndio para, depois, oferecer-se como líder dos bombeiros que tentarão apagá-lo”, citando uma frase de Elio Gaspari que considera definição perfeita da atuação de Lula, é muito provável que “o fogo se espalhe e faça a vida política nacional arder em chamas nunca dantes vistas desde 1985”.

Octavio Amorim Neto diz que “se Lula e o PT quiserem ter não apenas sucesso eleitoral, mas também contribuir para a manutenção do regime democrático e o renascimento da política, é imperativo que compreendam a nova quadra histórica em que vive o país e mudem suas táticas”.

Isso significa, necessariamente,fazer uma autocrítica e entabular – publicamente – conversas e acordos com o centro político, sobretudo com o PSDB, o MDB, e o DEM de Rodrigo Maia. Octávio Amorim Neto admite que, hoje, “tal conselho pode soar como insulto a Lula e à ala radical do PT comandada por Gleisi Hoffmann. Assim, somente quando os custos das velhas táticas se tornarem muito claros, as mentes começarão a se concentrar”.

Saiba mais sobre o novo partido de extrema-direita
 

Merval Pereira, colunista - O Globo 

sábado, 27 de outubro de 2018

Os mesmos eleitores - O segundo turno está praticamente definido

PT foi aos poucos sendo levado para o Nordeste, perdeu a classe média para o PSDB primeiro, e agora para Bolsonaro


O que poderia ser uma “onda vermelha” não se confirmou. Nenhum fato novo ocorreu ontem para reforçar essa possibilidade, e a média das pesquisas divulgadas mostra uma situação estável, indicando que o segundo turno está praticamente definido a favor de Bolsonaro.  É quase impossível que cerca de 15 milhões de pessoas mudem o voto de um dia para outro em favor de Haddad. Os resultados dos diversos institutos de pesquisa são diferentes, mas dentro das margens de erro. Apenas com a pesquisa de hoje, a terceira da série no segundo turno de Ibope e Datafolha, será possível dizer se a tendência de Bolsonaro é de queda e de Haddad é de alta, o que até agora não se confirmou tecnicamente. E qual a velocidade das mudanças.

O diretor do Datafolha, Mauro Paulino, explica que, para definir se houve uma variação fora da margem de erro, é preciso que os números se movam na proporção de 4 pontos percentuais, para mais ou para menos. Por isso, mesmo Haddad tendo crescido 3 pontos e Bolsonaro caído outros 3, teoricamente fora da margem de erro, que é de 2 pontos percentuais, ainda não há indicação de que houve uma alteração efetiva do quadro eleitoral.

Se analisarmos bem, o resultado é praticamente o mesmo em todas as pesquisas, algo em torno de 60% para Bolsonaro e 40% para o PT, pouco mais ou pouco menos. O interessante é que esses números são da mesma ordem de grandeza das vitórias que Lula teve em 2002 sobre Serra (61,27% a 38,72) e Alckmin em 2006 (60,83% contra 39,17%).
Essa média caiu um pouco em 2010 com Dilma sobre Serra (56,05% contra 43,95%), indicando que a onda petista estava se aproximando do fim, e veio 2014, com um virtual empate no final, uma vitória apertada de Dilma sobre Aécio, de 51,64% contra 48,36%.

Desde 2013 estava em curso uma mudança de humor da sociedade, que se cristalizou na eleição municipal de 2016 e nesta, presidencial. Se os tucanos tivessem mantido o eleitorado cativo e pudessem avançar sobre o do PT, que é o que Bolsonaro está fazendo, elegeriam o próximo presidente, e Bolsonaro provavelmente seria mais um candidato nanico. Mas o PSDB se perdeu no caminho, chegou às eleições depauperado pelos erros que cometeu e pelos acertos que se recusou a assumir. O PT foi aos poucos sendo levado para o Nordeste, perdeu a classe média para o PSDB primeiro, e agora para Bolsonaro.

O diretor do Datafolha, Mauro Paulino, entende que os números semelhantes indicam que Lula em 2002 roubou parte dos votos do PSDB, que havia elegido Fernando Henrique Cardoso no primeiro turno em 1994 e 1998, com 54,24% e 53,06% respectivamente, limitando os tucanos a uma parcela de 40% do eleitorado nas duas eleições seguintes, que agora foram assumidos por Bolsonaro. O cientista político Sérgio Abranches acha que esses são os mesmos eleitores, uma parte que é volante, não tem preferência nenhuma pelos candidatos e vota de acordo com sentimentos diferenciados: uma parte porque quer votar no favorito, outra porque considera que ele vai resolver seus problemas.

Isso em geral acontece, diz Sérgio Abranches, no estamento médio das classes médias, que é muito vulnerável a incertezas, “aquele pessoal que está começando a ser bem-sucedido e tem muito medo de retroceder”. Preferem as coisas mais certas, evitar qualquer tipo de incerteza. “Sente a onda e vai na onda”. “Quando muda, muda na mesma onda porque é o mesmo comportamento social”.

O economista Sérgio Besserman, que foi presidente do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), também vê uma mudança do que chamam de “nova classe média”, que melhorou de vida nos últimos 25 anos, agora já tem o que perder em crises econômicas ou políticas, e procura um porto seguro de acordo com o momento do país.
Lula está sendo vítima de sua própria atuação política. Pai dos pobres, mas percebido pela classe média e pelos investidores como incapaz de trazer progresso ao país, foi de desgaste em desgaste até ser preso em Curitiba. Sua imagem, que parecia inabalável, acabou simbolizando a corrupção que tomou conta dos governos petistas.  A nova classe média, gestada desde o Plano Real e consolidada nos governos de Lula, com a crise econômica e a recessão dos governos Dilma, acabou correndo para outro populista, este de direita, em busca da segurança que o PT não oferece mais.

Merval Pereira - O Globo
 


quarta-feira, 25 de abril de 2018

O PSDB está desunido e desorientado



Nas mãos de Geraldo Alckmin, o partido fundado por Mário Covas virou um PT Chique, e FHC fez que não notou

O PT teve dois presidentes denunciados por corrupção (José Dirceu e José Genoino), o PSDB também (Aécio Neves e Eduardo Azeredo). Quando estourou o escândalo do mensalão, o PT decidiu peitar a investigação e o processo, o PSDB também. Veio a Lava-Jato, e o PT resolveu continuar na tática da negativa da autoria e no enfrentamento político. O PSDB também.  Em 2007, quando estourou o escândalo do mensalão mineiro, Ruth Cardoso, mulher de FHC e sua consciência social, sustentou que o ex-governador Eduardo Azeredo deveria ser afastado da presidência do PSDB. Não foi ouvida. Esse precedente deu a Aécio Neves razões para permanecer na presidência do partido. Só quando sua situação tornou-se insustentável, deu uma carteirada em Tasso Jereissati e apoiou a escolha de Geraldo Alckmin para o lugar.

Se essa onipotência fosse pouca, o partido de Mário Covas e Franco Montoro foi dominado pela mentalidade provinciana de Alckmin. Primeiro, ele fritou a liderança do PSDB de São Paulo inventando o “gestor” João Doria. Se tudo desse certo, ele fritaria os tucanos pela segunda vez, elegendo para seu lugar o vice Márcio França, do PSB. Deu errado porque o “gestor” escapuliu da prefeitura paulistana e arrebatou a candidatura ao governo. Ganha uma viagem a Pindamonhangaba quem for capaz de citar cinco realizações de França em sua carreira política e outras cinco de Doria na prefeitura.  As denúncias contra Azeredo e Aécio ameaçam explodir o PSDB, mas as articulações de Alckmin estão implodindo-o. Sua candidatura à Presidência poderá significar o coroamento do extermínio.

Em 2004, quando o juiz Sergio Moro escreveu um artigo comparando a Lava-Jato à Operação Mãos Limpas italiana, lembrou que dela resultou a destruição do sistema partidário italiano. Petistas e tucanos não lhe deram atenção, e hoje os dois principais partidos brasileiros estão feridos. E o MDB? Numa repetição do que aconteceu na França do Setecentos, arrisca-se assistir a um triunfo do pântano.O colapso das propostas dos tucanos e dos petistas não fazem bem ao país. Se os dois partidos decidiram enfrentar o problema da corrupção protegendo corruptos, isso não invalida as ideias que defendem, até porque do pântano saem sapos, não ideias.

Montoro e Mário Covas já se foram. Do time de fundadores do PSDB resta Fernando Henrique Cardoso. Tem passado e, aos 86 anos, seu futuro está numa encruzilhada. Nela, se olhar para trás, poderá desempenhar um papel político relevante. Infelizmente, seu último livro, “Crise e reinvenção da política no Brasil”, é um bufê de autoelogios, onde se alternam boas causas e platitudes. Em alguns momentos, FHC parece-se com um Jean de Léry do século XXI. Olha para o Brasil com o distanciamento do seminarista francês observando os tupinambás que o mantiveram cativo na Baía da Guanabara no século XVI. 

Lendo-o, percebe-se o que está faltando ao PSDB: um segundo volume do “Crise e reinvenção”, dizendo tudo o que FHC não quis dizer no primeiro.  O ex-presidente é um homem cordial e não gosta de confrontos, mas deve-se registrar que na sua “Reinvenção” faltou alguma coisa: Em 238 páginas ele não precisou mencionar Geraldo Alckmin, candidato de seu partido à sucessão presidencial.