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sábado, 10 de setembro de 2022

Manifestações de 7 de setembro de 2022 ficarão para a história - Cristina Graeml

Gazeta do Povo 

7 de setembro - bicentenário da Independência

7 de setembro de 2022 vai entrar para a história. Nunca antes na história desse país se viu tanta gente na rua de verde e amarelo, em paz, com a família, amigos, feliz, cantando o hino nacional, aplaudindo militares em desfiles ou a esquadrilha da fumaça no céu, em shows acrobáticos.

Diziam que o bicentenário da Independência do Brasil não estava sendo celebrado à altura, mas isso porque a maior parte da imprensa, infelizmente, recusou-se a divulgar as incontáveis celebrações que ocorreram pelo país inteiro desde janeiro.

Exposições, espetáculos, lançamentos de livros, coletâneas históricas, documentários, selos e moedas comemorativos - tudo enaltecendo os 200 anos de um Brasil livre, que se fez nação independente por vontade política e ação de Dom Pedro I.

O então príncipe regente, transformado no primeiro imperador do país, voltou a Portugal anos depois para reconquistar para sua filha Maria da Glória o trono português, que tinha sido usurpado por um irmão absolutista.

Antes de falecer em Lisboa, pediu que seu coração pemanecesse no Porto, cidade onde houve uma revolução popular contra o absolutismo que se implantava via rei ilegítimo e que passou a venerar Dom Pedro, como Dom Pedro IV, pela reconquista do trono.

Por incrível que pareça, até o esforço dos governos do Brasil e de Portugal para trazer o coração de Dom Pedro I da cidade portuguesa do Porto, onde está guardado e preservado, para Brasília, foi depreciado pela parte da imprensa que faz questão de atuar como um partido de oposição ao Brasil.

Chegaram a falar em "celebração mórbida", como se não fosse simbólico e emocionante unir de novo o coração de quem nos transformou em nação livre ao país gigante em que o Brasil se transformou ao longo desses dois séculos.

Manifestações de 7 de setembro de 2022
O que se viu nas ruas de todo o país neste 7 de setembro de 2022 foi algo impressionante. Estima-se em mais de 4 milhões de pessoas, das maiores cidades às pequenas, do interior. Foi uma festa linda e que vai ficar para a história, quer queiram ou não os opositores do presidente Jair Bolsonaro.

Nem é preciso ser apoiador do presidente para ficar feliz em ver tantos brasieliros vestidos com as cores da bandeira, em clima de festa, sem que uma única vidraça tenha sido quebrada ou estátua, queimada. Civilidade é bom e todo mundo gosta.

Nesta coluna, em vídeo, trago um compilado de imagens que mostram um povo feliz e pacífico, celebrando o bicentenário da Independência "como nunca antes na história desse país".

Mostro também que o brasileiro deixou de ser acomodado para mostrar-se politizado, atento ao que vem acontecendo de errado no Poder Judiciário, no Senado, na imprensa e na política. E consciente do que é cidadania de verdade, sabedor de que é do povo que emana o poder.


Resumo e análise das manifestações históricas de 7 de setembro

Depois deixe seu comentário, sobre as suas impressões acerca deste dia histórico para o Brasil.


sábado, 20 de agosto de 2022

Como o capitalismo populariza o que era luxo no passado - Luan Sperandio

Com um pequeno barco que comprou aos 16 anos com dinheiro da mãe, Cornelius Vanderbilt (1794 – 1877) começou navegando pelas águas do porto de Nova York e acabou formando um vasto império no crescente ramo de transportes. Aos 20 já era rico e, quando morreu, tinha acumulado uma fortuna de 105 milhões de dólares (ou, em valores corrigidos, quase 200 bilhões de dólares, mais do que o dobro do patrimônio de Bill Gates). Em contrapartida, o fundador da Microsoft usufrui amplamente os benefícios do capitalismo.

Afinal, Cornelius não chegou a experimentar a maior parte dos confortos modernos trazidos pela industrialização. Água corrente, vasos sanitários com descarga e ar-condicionado. Geladeira, microondas, remédios e anestesia. Isso sem falar nos telefones celulares, acesso à Internet e televisão por satélite. Apesar de o magnata da logística ter sido o homem mais rico de seu tempo, provavelmente trocaria toda a sua fortuna pela vida confortável de alguém de classe média hoje.

Tanto a história quanto os dados disponíveis mostram que, longe de produzir miséria, o capitalismo é uma magnífica máquina de geração de riqueza.   
Em primeiro lugar, porque a condição natural do homem é a pobreza, desde os primórdios da humanidade. Parece evidente dizer que, a princípio, há dezenas de milênios, não existia nada na Terra para o ser humano além de animais, plantas e demais recursos naturais.

Essa realidade foi transformada gradativamente, especialmente em virtude da acumulação de capitais, da expansão dos mercados e do empreendedorismo. A Revolução Industrial, que consolidou o processo de surgimento do modo de produção capitalista, foi uma combinação desses fatores.

Em suma, sob diversos aspectos, o mundo se desenvolveu mais, e de forma mais rápida, após o século XVIII: o crescimento da população mundial, a redução da pobreza, a melhora dos índices de desigualdade, a alfabetização, a queda da mortalidade infantil, o aumento da expectativa de vida, entre outros. Os parâmetros de avaliação são muitos. O resultado, contudo, é incontroverso: o mundo mudou para melhor.

Mais mercado, mais prosperidade
Pela primeira vez na história, segundo dados do Financial Times, há mais pessoas na classe média do que na pobreza. O mundo não está apenas mais rico; as pessoas estão migrando cada vez mais rápido para a classe média — que, por sua vez, também está enriquecendo. Tudo isso melhorou os índices de bem estar para patamares jamais alcançados na história.

Nesse sentido, os números podem nos deixar otimistas. De acordo com estimativas do Our World in Data, a taxa de pobreza extrema, que era de 94% em 1820, caiu para menos de 10% em 2015. Isso é ainda mais impressionante se considerarmos que a população mundial cresceu mais de sete vezes nesse período.

(...)

Como luxos de magnatas são popularizados
Bens luxuosos, antes restritos a nobres, donos de petrolíferas e grandes banqueiros, passaram a fazer parte da vida dos mais pobres. Com o aumento de produtividade proporcionado pelo capitalismo, bens e serviços antes restritos à elites ficaram mais acessíveis, tornando possível seu consumo pelas massas.

No Brasil colonial, por exemplo, até mesmo produtos que hoje encontramos em qualquer padaria da esquina, como queijos e azeites, eram restritos aos senhores de engenho, entre outras pessoas ricas, em virtude das dificuldades de importação. Além disso, naquela época, os ricos nem sonhavam com a conserva de alimentos em um refrigerador.

Em 1937, uma geladeira Frigidaire custava 15 milhões de réis, o equivalente a 62 salários mínimos na época. Hoje, mais de 98% dos brasileiros têm geladeira. As mais simples custam menos ou o mesmo valor do que um salário mínimo, segundo o IBGE.

(...)

Outros benefícios do capitalismo

Até 1750, 60% das pessoas trabalhavam produzindo alimentos, isto é, eram necessárias 60 pessoas produzindo para alimentar 100 habitantes. Sem tratores, controle de pragas ou adubos artificiais, trabalhavam muito para colher pouco. De lá para cá, o desenvolvimento da tecnologia e a mecanização da agricultura liberaram bilhões de pessoas do trabalho pesado no campo. Hoje, na Europa, só 3% das pessoas trabalham no setor. No Brasil, um dos maiores exportadores de alimentos do mundo, esse número é de 10%.

Estima-se que, em 1994, há pouco mais de 25 anos, um rodízio de carnes custava aproximadamente R$13, cerca de 20% de um salário mínimo. Hoje o mesmo salário mínimo paga rodízio para até seis pessoas em uma churrascaria tradicional.

Além disso, para comprar um carro popular em 1994, eram necessários, em média, 113 salários mínimos. Atualmente, é possível adquirir modelos novos de automóveis por cerca de 43 salários mínimos. E a gasolina? Em 1994, o salário mínimo comprava 117 litros de gasolina; hoje, compra 257 litros.

(...)

Considerações finais

Até mesmo o sal, hoje em dia tão acessível ao cidadão comum, já foi considerado uma espécie de “direito fundamental” em sociedades antigas. Inclusive, a extração foi monopolizada em diversos lugares, sendo o produto provido pelo Estado. 
Os romanos, embora não tivessem estabelecido um monopólio, subsidiavam o produto com o lema “Sal para todos”. Por fim, o que já motivou guerras, ergueu impérios e era uma obsessão até o final do século XIX, hoje custa menos de R$2/kg.

Como bem define a frase “o capitalismo transforma luxos em necessidades”, atribuída ao empresário americano Andrew Carnegie, eis a maior virtude desse sistema: criar confortos e torná-los parte do cotidiano.

Não é à toa que esse processo de desenvolvimento, que sempre aconteceu de forma lenta ao longo da humanidade, experimentou uma aceleração exponencial nos últimos 200 anos. De fato, os padrões de vida hoje são significativamente melhores do que os de um século atrás. Consequentemente, mais pessoas escapam da morte na infância e vivem o bastante para usufruir dessa prosperidade.

Agora, ao sacar o smartphone do bolso e assistir a um simples vídeo, você está desfrutando de algo com o que mesmo alguém poderoso e rico como Cornelius Vanderbilt provavelmente nunca foi capaz de sonhar.

O autor é Editor-chefe da casa de investimentos Apex Partners, analista político e colunista da Folha Vitória. Integra diversas organizações ligadas ao desenvolvimento de instituições com melhor ambiente de negócios, como o Ideias Radicais, o Instituto Mercado Popular e o Instituto Liberal, onde escreve desde 2014. É associado do Instituto Líderes do Amanhã.

Publicado originalmente em Instituto Liberal -  MATÉRIA COMPLETA


segunda-feira, 15 de novembro de 2021

Atraídos por benefícios, brasileiros estabelecem domicílio fiscal em Portugal - O Globo

Gian Amato

País tem programa específico para imigrantes. Declaração de saída é obrigatória para pessoa física que pretende viver de forma definitiva ou por mais de um ano fora do Brasil

Declaração de saída é obrigatória para pessoa física que pretende viver de forma definitiva ou por mais de um ano fora do Brasil. Na foto, entardecer em Lisboa, Portugal. País tem programa específico de regime fiscal Foto: Agência O Globo
Declaração de saída é obrigatória para pessoa física que pretende viver de forma definitiva ou por mais de um ano fora do Brasil. Na foto, entardecer em Lisboa, Portugal. País tem programa específico de regime fiscal Foto: Agência O Globo
Profissional considerado altamente qualificado, o paulista Caio Bizaroli vive em Portugal desde agosto deste ano, mas vai se mudar novamente para o mesmo país. Complicado? Não. O arquiteto da nuvem, profissão de tecnologia da informação (TI) onde falta mão de obra, vai transferir seu domicílio fiscal do Brasil em 2022, evitando, assim, uma possível bitributação.

Coluna Giro: Gigantes tecnológicas de Portugal abrem vagas para contratar no Brasil

Crescente entre os brasileiros, a alteração do domicílio fiscal é uma obrigação tributária para a pessoa física que pretende viver de forma definitiva ou por mais de um ano fora do Brasil. E Portugal tem um programa específico para seduzir imigrantes. É o caso de Bizaroli. O programador está enquadrado no regime fiscal português chamado Residente Não Habitual (RNH), de atração de estrangeiros que atuam em profissões de alto valor agregado, como programadores de informática, arquitetos, engenheiros e médicos, entre outros.

Quer viver, trabalhar e empreender em Portugal? Confira os incentivos para fazer isso no interior do país

Declaração de saída
Existem mais de 6,6 mil brasileiros nesta condição, o maior número de estrangeiros beneficiados fora da Europa, segundo dados de 2020 do Ministério das Finanças português. Pagam 20% fixos de Imposto de Renda sobre os rendimentos por dez anos, em um país onde a última faixa de tributação é de 48%, e a intermediária fica entre 28% e 35%.

Mas vale a pena se comparado com o Brasil? O próprio Bizaroli fez as contas. Com vagas de sobra na sua área, ele conta ter desembarcado primeiro em uma consultoria com um visto de trabalho e um salário menor. A empresa ajudou na requisição do regime RNH em setembro. Dentro do mercado, Bizaroli assegura que choveu oferta de trabalho. Ele rapidamente passou a funcionário contratado de uma grande empresa de tecnologia, onde ganha mais. Com o segmento de TI aquecido, a tendência é que ele progrida na carreira e nos vencimentos, pagando na próxima década sempre a mesma alíquota de 20% do RNH, ganhe € 5 mil ou € 50 mil.

— Se o valor do salário não for alto, não compensa. No meu caso, vale, porque eu vou pagar 20% durante uma década e, no Brasil, já pagava 27,5% direto na fonte, a última faixa de tributação — conta Bizaroli.
O paulista Caio Bizaroli vive em Portugal desde agosto deste ano Foto: Agência O Globo
O paulista Caio Bizaroli vive em Portugal desde agosto deste ano Foto: Agência O Globo

Agora, o próximo passo. Após consultar um técnico contabilista em Portugal, Bizaroli verificou que está dentro do prazo para enviar à Receita Federal brasileira a Declaração de Saída Definitiva do País (DSDP), que oficializa a mudança de domicílio fiscal. — Por ter investimentos em ações, que não pretendo mexer, preferi não fazer a saída de imediato até saber de todas as condições — diz.

A advogada Camila Riso, supervisora na consultoria BDO Portugal e responsável pelo apoio fiscal aos brasileiros, diz que há muitos profissionais de TI em regime de RNH de mudança para Portugal com mala, computador e uma carteira de ações debaixo do braço. — O RNH com investimento em Bolsa no Brasil não paga imposto em Portugal, porque a convenção entre os países para evitar a bitributação é diferente do modelo da Organização para a Cooperação e o Desenvolvimento Econômico (OCDE). É isento em Portugal devido ao RNH, mas pode ser tributado em 15% no Brasil. Outras nacionalidades no RNH pagam 28% em Portugal — diz Camila.

Em Portugal:  Cidade favorita dos ricos brasileiros em Portugal é cenário de guerra imobiliária 'hollywoodiana'

O ideal é fazer no 1º ano
Para entender mais detalhes da mudança, Bizaroli fez o curso Jornada Portugal da consultora Patrícia Lemos, da empresa Vou Mudar para Portugal. — Saiu do Brasil e não comunicou à Receita, o que acontece? Entendem que segue vivendo lá, mas passa a ter número fiscal em Portugal e ser residente fiscal em dois países. Aí, o brasileiro começa a ganhar muito dinheiro em Portugal e o governo brasileiro pode vir cobrar a parte dele, já tem jurisprudência nesse caso — explica Patrícia.

E mais: a Receita informa que a não apresentação da DSDP pode gerar pendências no CPF, bloqueando transações financeiras, sob o risco de multas e encargos.

Esse emaranhado de detalhes, que como ressaltou Patrícia pode parar na Justiça, é evitado se o imigrante seguir a simples recomendação do advogado brasileiro Célio Sauer, especialista na área de imigração, com escritório em Lisboa. — Ao declarar saída, não precisa fazer Imposto de Renda anual no Brasil e será dispensado de pagar impostos sobre valores recebidos no estrangeiro, mas poderá ter obrigação de retenção sobre ganhos em território brasileiro (aluguel de imóvel, por exemplo). Se não tem intenção de retornar ao Brasil, o ideal é que faça o quanto antes dentro dos 12 primeiros meses a partir do afastamento — diz Sauer.

O fato é que mais brasileiros têm declarado a saída definitiva. E deixado filiais de bancos brasileiros em Portugal administrarem sua vida financeira.

Liberou: 'O brasileiro quer viajar', diz diretor-geral da TAP após ver busca por passagens para Portugal triplicar

Diretor comercial do Itaú Private Bank em Lisboa, Luiz Estrada explica que teve a licença bancária aprovada em Portugal em janeiro de 2020. A assessoria para investimentos está em curso na filial portuguesa.

Mas William Heuseler, diretor de produtos e soluções do Itaú Private Bank, faz uma ressalva: — De forma alguma estimulamos a saída definitiva de contribuintes, tampouco a remessa de capital brasileiro para o exterior. Ambas as situações devem ser uma decisão dos clientes.

Nova regra para aposentados
No universo desses clientes ricaços, há investidores pessoa física interessados em aproveitar a última chamada para requisitar vistos gold mediante a compra de imóveis para habitação em Lisboa e no Porto. A medida acaba este ano a fim de amenizar a especulação imobiliária.

Ainda será possível investir em fundos de capital de risco em troca da autorização de residência europeia, maior vantagem dos gold. Mas, no ano que vem, o valor mínimo subirá de € 350 mil (R$ 1,8 milhão) para € 500 mil (R$ 3,1 milhões).

Com isso, as grandes instituições financeiras e escritórios de advocacia de Portugal, como o Abreu, do qual Maria Inês Assis é sócia especialista em assuntos fiscais, têm recebido cada vez mais clientes.  — Há um movimento forte de alterar o regime fiscal do Brasil para Portugal, sobretudo atraídos pelos vistos gold. Mas não é opção, é obrigatório comunicar a sua situação fiscal nos dois países, dando baixa no Brasil e entrada em Portugal — diz Maria Inês.

Oportunidade: Região da Calábria, na Itália, vai oferecer 28 mil euros a quem se mudar para seus vilarejos

Nem tudo é um oásis
. Os advogados costumam fazer uma advertência aos aposentados estrangeiros que passaram a viver em Portugal este ano. A categoria era isenta dentro do RNH, mas passou a ser taxada em 10% a partir de 1º de abril. A isenção será mantida para quem já estava inscritos no programa dentro do período de transição (31 de março) ou que tinham pedido sob análise.

E, a partir do momento que passa a residir no exterior, o aposentado perde a residência fiscal no Brasil e passa a ser taxado em 25%. Assim, muitos preferem não fazer a declaração de saída para manter a isenção. Mas correm o risco de cair na malha fina. É o caso de um aposentado que não quis ser identificado. Ele não fez a DSDP, não é tributado em Portugal e precisa fazer prova de vida no Brasil todos os anos. — A Receita tira 25% logo na fonte se for dada a saída definitiva do país. O que não é bom, já que as aposentadorias são baixas no Brasil. Por isso, mantenho moradia e declaro Imposto de Renda lá, mesmo vivendo em Portugal — conta.

Recomendamos para saber mais ler: Como Portugal se tornou destino popular de aposentados brasileiros. Matéria da BBC News, com informações gerais e também específicas para aposentados

Gian Amato - O Globo  - Economia - 15 novembro 2021


domingo, 12 de abril de 2020

Mandetta pegou o vírus do holofote - Elio Gaspari

Declaração de Mandetta sobre tráfico e milícia pode ser atribuída à síndrome do holofote

Numa guerra, o poder público pode precisar de entendimento com o crime organizado, mas não pode legitimá-lo     

Ministro perdeu uma oportunidade de ficar calado quando disse que “a saúde dialoga, sim, com o tráfico, com a milícia"

O ministro Luís Henrique Mandetta perdeu uma oportunidade de ficar calado quando disse que “a saúde dialoga, sim, com o tráfico, com a milícia, porque eles também são seres humanos e também precisam colaborar, ajudar, participar.”

Para um ministro da Saúde que construiu sua reputação falando no valor do conhecimento, só se pode atribuir essa declaração à síndrome do holofote. Dialogar com as milícias e com o tráfico é coisa que o poder público do Rio de Janeiro pratica há décadas. O próprio Mandetta já viu a promiscuidade suprapartidária que dialoga com a contravenção em Mato Grosso do Sul.

[Faltou ao ministro da Saúde o sentido de respeito pela instituição Presidência da República, o sentido de "liturgia do cargo" de Presidente da República, quando tratou o presidente da República por 'você' = ao dizer em conversa com o Chefe do Poder Executivo  'até você me demitir'.
O cargo de presidente da República exige que protocolos sejam seguidos.

Os que relutam em respeitar o presidente da República, tenham em conta que nos Estados Unidos da América,um modelo de democracia - o que deve incomodar em muito os inimigos do Trump - que lá existe a obrigação legal de sempre se dirigir ao presidente da República utilizando no mínimo, a tratamento "Senhor Presidente".] 


A essência da fala do ministro é um truísmo. Em diversas áreas o poder público precisa dialogar com a bandidagem para trabalhar em paz. O que ela não precisa é legitimá-lo, coisa que Mandetta fez. Essa legitimação não funciona apenas como um gesto simbólico. Ela ampara organizações criminosas. Além disso, tanto os traficantes como as milícias dividem-se em facções. Como se faria esse diálogo: numa assembleia?

O ministro da Saúde poderia se informar sobre as consequências de sua fala com o ministro da Justiça, mas faz tempo que o doutor Sergio Moro entrou numa quarentena. Além dele, poderia também recorrer ao acervo de conhecimentos da família Bolsonaro com milicianos. Ninguém deve se meter com decisões profissionais dos médicos, mas eles também não devem ir além delas, atropelando as leis.

Numa guerra, o poder público pode precisar de algum tipo de entendimento com o crime organizado, mas não pode legitimá-lo. Em 1941, o governo americano entendeu-se com a máfia do porto de Nova York para que ela não atrapalhasse seus embarques militares. Mais: em 1943, quando a tropa do general George Patton desembarcou na Sicília, cultivou a simpatia da máfia. O “capo” Don Calogero Vizzini tornou-se prefeito da cidade de Villalba e coronel honorário da exército americano. O preço desse diálogo seria um problema dos italianos.
O general Patton nunca assumiu publicamente a ajuda da Máfia.

O Itaú Unibanco dá o exemplo
O Itaú Unibanco anunciará amanhã uma doação de R$ 1 bilhão para o combate à Covid-19. O dinheiro irá para a fundação do banco e será administrado exclusivamente por um conselho de profissionais da saúde, onde estarão diretores de hospitais públicos e privados. Dinheiro na veia.

Essa será a maior iniciativa filantrópica já ocorrida no Brasil e sua lembrança ficará gravada na história da pandemia. Para se ter uma ideia do tamanho da doação, estima-se que em 2016 todas as iniciativas filantrópicas de corporações brasileiras somaram R$ 2,4 bilhões. (Nessa cifra entraram ações relacionadas com cultura, meio ambiente e educação, por exemplo.)
De onde eles estão, Olavo Setúbal (1923-2008) e Walther Moreira Salles (1902-2001), criadores dos dois bancos, terão um momento de orgulho.

Folha de S. Paulo e O Globo - MATÉRIA COMPLETA - Elio Gaspari, jornalista


sábado, 15 de agosto de 2015

Confira a hora e o local das manifestações deste domingo no Brasil e no exterior

ACRE
Mâncio Lima – 9h30 – Praça São Sebastião (Centro)
Rio Branco – 14h – Em frente do Palácio do Governo

ALAGOAS
Arapiraca – 15h – Praça Marques Maceió – 9h – Corredor Vera Arruda

AMAZONAS
Benjamim Constant – 16h – Praça Frei Ludovico Manaus – 16h – R. Djalma x R. Para

AMAPÁ
Macapá – 15h – Praça da Bandeira

BAHIA
Barreiras – 16h – Praça das Corujas Brumado – 17h – Praça Coronel Zeca Leite Cachoeira – 15h – Praça 25 Camaçari – 9h30 – Praça Des. Montenegro Conceição do Coité - 15h – Praça da Matriz Feira de Santana – 15h – Em frente da Prefeitura Ilhéus – 15h30 – Catedral São Sebastião / Ct. Dom Eduardo Itabuna – 15h – Jardim do Ó Itapetinga - 15h – Lagoa Jequié - 15h – Praça do Viveiro Salvador – 9h – Porto da Barra Vitória da Conquista – 9h – Praça Guadalajara

CEARÁ
Adrianópolis – 9h – Praça Central Barbalha – 16h – Praça da Estação Fortaleza - 15h – Praça Portugal Sobral – 9h – Praça da Coluna da Hora

DISTRITO FEDERAL
Brasília – 9h30 – Museu Nacional (Esplanada dos Ministérios)

ESPÍRITO SANTO
Cachoeiro de Itapemirim - 9h – Praça Jerônimo Monteiro Colatina – 16h – Praça Municipal (Centro) Guarapari – 11h – Praça do Radium Hotel João Neiva – 9h – Praça do Gadioli (Centro) Linhares – 14h – Praça 22 de Agosto Marataízes – 9h – Praia da Barra (em frente da quadra de esportes) Serra – 15h – Praça de Nova Aldeia (Centro) Vitória – 15h – Praça do Papa

GOIÁS
Anápolis – 14h – Praça Dom Emanuel Goiânia – 14h – Praça Tamandaré Jataí - 9h – Praça da Bíblia Santa Helena de Goiás – 10h – Praça da Igreja Matriz

MARANHÃO
Barra do Corda – 16h – Praça Melo Uchoa Sao Luis - 16h – Av. Litoranea (Praia do Calhau)

MINAS GERAIS
Araguari – 10h – Praça Getúlio Vargas Araxá – 10h – Praça da Matriz de São Domingos Barbacena – 16h – Praça dos Andradas Belo Horizonte - 10h – Praça da Liberdade Betim – 9h – Praça Tiradentes Carbonita - 15h – Praça das Padarias Cataguases – 10h – Praça Santa Rita Coronel Fabriciano - 9h – Em frente ao Barrilzinho Curvelo – 10h – Praça Central do Brasil Diamantina – 9h – Em frente ao Mercado Municipal Divinópolis – 15h30 – Praça do Santuário Extrema – 9h – Parque de Eventos Governador Valadares - 10h – Praça dos Pioneiros Ipatinga - 10h – Feira do Canaã / Prefeitura Itajubá – 15h – Sambódromo de Itajubá Ituiutaba – 15h30 – Praça Getúlio Vargas Juiz de fora – 10h – Praça de São Mateus Montes Claros – 9h30 – Praça Catedral Muriaé – 14h – Praça João Pinheiro Ouro Fino – 9h30 – Prefeitura Municipal Passos – 14h – Av. Juca Stockler, 1130 UEMG (FESP) Patos de Minas - 10h – Praça do Fórum Pouso Alegre – 10h – Em frente a Catedral Poços de Caldas – 10h – Praça Dr. Pedro Sanches Santa Luzia – 11h – Av. Brasilia São João Del Rei - 15h – Praça Estação Ferroviária São João das Missões – 12h – Praça São João São Lourenço - 15h – Praça João Lage Sete Lagoas – 10h – Feirinha da Lagoa Paulino Teófilo Otoni – 20h – Praça Tiradentes Três Pontas – 15h – Praça da Matriz Uberaba – 10h – Praça Rui Barbosa Uberlândia – 10h – Praça Tubal Vilela Varginha - 10h – Concha Acústica (Centro) Viçosa - 10h – Quatro Pilastras (UFV)

MS – Mato Grosso do Sul
Campo Grande – 14h – Praça do Rádio Caracol – 15h – Praça 1º de Maio Dourados – 15h – Praça Antônio João

MATO GROSSO
Cuiabá – 16h – Praça Alencastro

PARÁ
Paragominas – 16h – Praça Célio Miranda Belém – 8h – Escadinha Estação das Docas Marabá – 16h – Praça Duque de Caxias

PARAÍBA
Campina Grande – 15h30 – Praça da Bandeira João Pessoa – 13h30 – Av. Epitácio Pessoa (em frente do Grupamento de Eng.)

PERNAMBUCO
Olinda – 10h – Praça Do Quartel (Bairro Novo) Orobó – 15h – Quadra Central Petrolina - 15h30 – Praça da Catedral Recife – 9h30 – Av Boa Viagem

PIAUÍ
São Luís do Piauí - 16h – Rua Francisco de Sousa Salles Teresina - 16h – Av. Mar. Castelo Branco em frente à Alepi

PARANÁ
Apucarana – 15h – Praça Rui Barbosa Arapongas – 15h – Praça Mauá Cascavel – 15h – Catedral N.S. Aparecida Castro – 15h – Praça Manoel Ribas Curitiba – 14h – Praça Santos Andrade Dois Vizinhos – 15h – Praça da Amizade (Praça do Pedágio) Foz Iguaçu – 9h – Praça do Mitre Francisco Beltrão – 15h – Calçadão da Igreja Matriz Guarapuava – 16h – Praça Cleve Irati - 15h30 – Praça da Bandeira Jacarezinho - 16h – Faculdade de Filosofia Laranjeiras do Sul - 14h – Praça José Nogueira Amaral Londrina – 15h – Colégio Vicente Rijo Maringá – 14h – Catedral Palmeira – 14h – Praça da Rua Conceição Paranaguá – 15h – Praça da Bíblia (ao lado do terminal urbano) Paranavaí - 14h – Praça dos Pioneiros Ponta Grossa – 15h – Praça de Novoa Aldeia (Centro) Querência do Norte – 13h – Praça Central Rio Negro – 15h30 – Praça Lauro Müler em Mafra Toledo – 14h – Lago Municipal Wenceslau Braz – 16h – Espaço Chico

RIO DE JANEIRO
Cabo Frio – 15h – Praça da Cidadania / Praça Porto Rocha Niterói – 10h – Reitoria Universidade Federal Fluminense Petrópolis – 14h – Praça Dom Pedro II (Centro) Resende – 14h – Calçadão Campos Elíseos Rio de Janeiro - 11h – Praia de Copacabana em frente à R. Sousa Lima, Posto 5 Volta Redonda – 9h30 – Praça Brasil

RIO GRANDE DO NORTE
Caico – 16h – Av. Renato Dantas (Rodoviária) Mossoró – 16h – Rua João Marcelino (Praça do Diocesano) Natal - 15h – Midway Mall

RONDÔNIA
Porto Velho – 14h – As 3 Caixas D’água Presidente Medici – 15h – Av 30 de junho (Auto Posto Santa Maria)

RORAIMA
Boa Vista – 15h – Praça Caixa d’água / 16h – Praça do Centro Cívico

RIO GRANDE DO SUL
Alegrete – 15h – Praça Nova (Camelódromo) Cachoeira do Sul - 13h30 – Paço Municipal (Cheateau d’Eau) Campo Bom – 9h – Largo Irmãos Vetter Canela – 13h30 – Catedral da Pedra Canoas - 15h – Praça do Avião Caxias do Sul - 15h30 – Praça Dante Erechim – 14h – Praça da Bandeira Espumoso – 15h – Praça Borges Medeiros Ibirubá – 14h – Praça General Osório Imbé – 14h – Prefeitura Lajeado – 15h – Parque Theobaldoo Dick Novo Hamburgo – 15h – Praça Punta Del Este Pelotas – 15h – Praça Cel. Pedro Osório Porto Alegre - 14h – Parcão Santa Cruz do Sul - 15h – Praça do Palacinho Santa Maria – 14h – Praça Saldanho Marinho Santa Rosa – 16h – Parcão Sapiranga – 15h – Parcão São Gabriel - 14h – Trevo entrada da Cidade Uruguaiana – 15h30 – Praça Braão do Rio Branco Vacaria – 15h – Praça Daltro Filho

SANTA CATARINA
Araranguá – 16h – Calcadão Central Balneário Camboriú – 15h – Praça Almirante Tamandaré Blumenau - 14h – Em frente a Prefeitura Brusque - 10h – Praça da Prefeitura Campos Novos – 16h – Praça Lauro Muller Caçador – 15h – Praça da Carroça-Beira Rio Chapecó – 10h – Praça Coronel Bertado Concórdia – 10h – Posto Lamonato Criciúma – 16h – Parque das Nações Florianópolis – 15h – Trapiche da Beira-Mar Gaspar – 14h – Prefeitura Itajaí – 15h – Beira Rio (Av. Min. Victor Konder) Itapema – 15h – Praça da Paz (Centro) Jaraguá do Sul - 15h – Praça Angelo Piazera Joinville – 15h – Praça da Bandeira Mafra – 15h30 – Praça do Alto de Mafra Maravilha – 17h – Praça da Matriz Morro da Fumaça – 14h – Ao lado da Prefeitura Timbó – 9h – Prefeitura Tubarão – 16h – Praça Sete em frente ao Museu Willy Zumblick

SERGIPE
Aracaju – 15h – Treze de Julho

SÃO PAULO
Adamantina – 16h – Praça Élio Micheloni Americana – 16h – Praça do Trabalhador Araraquara – 16h – Praça da Arena da Fonte Araras – 15h – Praça Barão de Araras Araçatuba – 9h30 – Av. Brasília x Pompeu Assis - 16h – Praça Arlindo Luz Atibaia – 10h – Praça da Matriz (Centro) Batatais – 10h – Igreja da Matriz Bauru – 8h30 – Av. Getulio Vargas Bebedouro – 10h – Praça da Matriz (Concha Acústica) Birigui - 10h – Praça Dr. Gama Botucatu - 14h – Largo da Catedral Campinas – 14h – Largo do Rosário Capivari – 16h – Praça Central Cerquilho – 15h – Praça do Convivio Dracena - 14h – Praça Arthur Pagnozzi Fernandópolis – 10h30 – Praça da Matriz (em frente a Pernambucanas) Franca – 15h – Catedral General Salgado – 10h – Calçadão Guarujá – 17h – Praça das Bandeiras Guarulhos – 11h – Bosque Maia Indaiatuba – 9h30 – Parque Ecológico Itanhaem – 14h30 – Praça da Igreja de Sant’Anna Itapetininga - 14h30 – Praça dos Amores Itapeva – 15h – Praça de Eventos Zico Campolim Itu - 16h30 – Igreja Matriz Jaboticabal - 16h – Praça 9 de Julho Jacarei - 10h – Praça da Cidade Jaú - 15h – Praça do Beko Jundiai – 9h30 – Av. Nove de Julho Lençóis Paulista – 14h – Praça do Ginásio de Esportes “Tonicão” Limeira – 15h – Praça Toledo de Barros Lins – 9h30 – Praça da Igreja Dom Bosco Mogi Das Cruzes - 9h – Praça Oswaldo Cruz (Praça do Relógio) Mogi-Guaçu – 14h – Campo da Brahma Nova Odessa – 15h – Praça José Gazzetta (Centro) Osasco – 14h – Estação de Trem Ourinhos – 14h – Praça Mello Peixoto Penápolis – 9h – Santa Leonor Peruibe - 14h – Praça Lino Passos Pindamonhangaba – 15h – Praça da Cascata Piracicaba – 9h – Praça José Bonifácio Piraju – 13h – Praça Matriz São Sebastião Pirajuí – 15h – Praça na frente da Prefeitura Pirassununga – 15h30 – Praça Central da Matriz Pompeia – 9h – Via expressa em frente a rotatoria da Unipac Praia Grande - 14h – Praça 19 de Janeiro Presidente Epitácio – 15h – Praça do Cruzeiro Presidente Prudente – 16h – Parque do Povo (Prox. Colégio Poliedro) Presidente Venceslau – 9h – Praça Nicolino Promissão – 10h – Praça Nove de Julho Ribeirão Preto – 10h – Praça XV Rincão - 14h – Prefeitura Municipal Rio Claro – 9h – Praça dos Bancos Salto – 16h – Praça XV Santa Bárbara D’Oeste – 16h – Em frente a Prefeitura Santa Fé do Sul - 15h – Praça Salles Filho (Centro) Santo André – 10h – Paço Municipal Santos - 14h – Praça da Independência Sertãozinho – 16h – Praça 21 de Abril (Centro) Sorocaba – 15h – Praça do Canhão Sumaré - 10h – Praça das Bandeiras (Centro) São Caetano do Sul – 14h – Av Goiás próximo Escola Digital São Carlos – 10h – Av. Com. Alfredo Maffei (Praça do Mercado) São José do Rio Preto – 10h – Em frente a Prefeitura São José dos Campos – 14h – Praça Afonso Pena São João da Boa Vista – 9h – Praça Cel. Joaquim José São Paulo – 14h – Av. Paulista x R. Pamplona Tatuí – 15h – Praça da Matriz Taubaté - 15h – Praça do Batalhão Tietê - 11h – Praça Dr. Elias Garcia Ubatuba – 10h – Pista de Skate Vinhedo – 14h – Portal Votuporanga - 10h – Concha Acústica

TOCANTINS
Palmas – 16h – Praça dos Girassóis
EXTERIOR (HORÁRIO LOCAL)
ALEMANHA
Berlim – 16h – Embaixada Brasileira
Frankfurt - 16h – Consulado Brasileiro

ARGENTINA
Bariloche - 15h – Centro Cívico

AUSTRÁLIA
Sydney – 16h – Martin Place

BOLÍVIA
Cochabamba - 12h – Praça das Bandeiras

CANADÁ
Montreal - 15h – Consulado do Brasil
Toronto - 14h – Queen’s Park

ESTADOS UNIDOS
Miami – 15h – Bayside
Nova York – 14h – Times Square, 45/46
San Francisco – 13h – Justin Herman Plaza
Seattle - 14h – Seattle Mall
Washington – 10h – Embaixada Brasileira

FRANÇA
Paris - 16h – Embaixada Brasileira

INGLATERRA
Londres - 15h – Embaixada Brasileira

IRLANDA
Dublin – 16h – Embaixada Brasileira

ITÁLIA
Milão – 16h – Consulado Brasileiro
Roma- 16h – Embaixada Brasileira

PORTUGAL
Lisboa – 16h – Praça Luís de Camões / Consulado Brasileiro
Porto – 16h – Consulado Brasileiro

Fonte: Coluna do Augusto Nunes - Revista VEJA

sexta-feira, 7 de agosto de 2015

A TORPEZA DA PRESIDENTE




Essa qualidade negativa está visível nos atos, nas mentiras, na sua presença desagradável. Nada do que faz deveria nos causar espanto. Quem já lutou contra o próprio país, servil às ordens estrangeiras, e destruiu pessoas que nem sabiam do seu papel caricato de Rosa Luxemburgo, não seria agora, madura, mas não amadurecida, que iria santificar os seus atos e seu pensar. Ao contrário, tanto ‘pensadora’ quanto pensamentos estão, definitivamente, apodrecidos. 

O ponto da doutrina mais posto em prática por todos do bando, engordar os bolsos e empobrecer o Estado, estende-se nas viagens da guerrilheira pelo mundo afora, envergonhando o país, assinando acordos que nem ela está apta a explicar, quando usufrui do erário, em altas somas, mandando, de vez, às favas, as políticas públicas.

Longe dos olhos nacionais e dos pregões de “vai cair”, considerou o seu governo (?) mais forte que a cama elástica onde tentava relaxar os nervos e diminuir o peso da consciência. Mais uma conta para o brasileiro pagar, além das dos hotéis caríssimos de não sei quantas estrelas.  Esse é o exemplar “sapiens” da mulher socialista que chegou lá, pela mentira endógena, pelos votos fraudados e daqueles, embrutecidos pela falta de luzes, que trocaram seu direito de cidadão por cartões assistencialistas, hoje, retidos nas mãos de comerciantes tão inescrupulosos quanto seus ‘benfeitores’.

Se a luta pela moral institucional permanecer com homens que não sucumbam à pressão dos torpes, as coisas se complicarão para a ciclista que treina novas pedaladas no circuito do Planalto. Se há dificuldade em harmonizar duas palavras, como se defender dos ornamentos jurídicos e da complicada matemática em que se transformou o montante subtraído do erário e da ex-grande estatal?  Ora, sendo ela mesma. Prévia e sorrateiramente, como agia em outros tempos, fez da escala técnica do avião oficial, no Porto, local do conluio com amestrado ministro, num alto posto do Supremo, seu torrão de açúcar.

Segundo o ‘pau-mandado’ Cardoso, presente ao conchavo, a reunião foi “casual”, embora a participação indispensável de quem decidirá a culpabilidade ou não da senhora em questão.   Transformar ajuste entre compadres em casualidade é querer clonar os brasileiros com a imagem obtusa da presidente, por isso, vai aqui a resposta de quem teve a sorte de se alfabetizar.

O que mais ofende a população consciente e que já não suporta a vilania dessa mulher é ver a nossa Força Aérea submetida aos desmandos de uma reles ocupante de um cargo, alto demais para a sua pequenez.  Alterar o itinerário para encontro secreto, esse sim, golpista, é um ato indigno e que não houve, sequer, reação dos políticos para chamá-la às falas, o que os iguala em conduta e desserviços ao país.

Políticos voltados para a defesa, unicamente, de sua parte no espólio, não podem pensar em salvar o espoliado.  A torpeza, pelo que se vê, é inerente à política brasileira, tornando o Brasil catedrático emérito em cupidez e vandalismo cívico.

Fonte: Aileda de Mattos Oliveira - Dr.ª em Língua Portuguesa e  Vice-Presidente da Academia Brasileira de Defesa)