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segunda-feira, 8 de junho de 2020

É grave a decisão de ocultar dados sobre a Covid-19 - Editorial - O Globo

Governo Bolsonaro retarda divulgação de números, tenta omitir total de mortos, mas recua após pressão

Uma das atitudes elogiáveis do Ministério da Saúde, antes mesmo de o Brasil registrar o primeiro caso de Covid-19, era a transparência. Em entrevistas coletivas, o então ministro Luiz Henrique Mandetta orientava a população sobre como se prevenir de um vírus que já se anunciava devastador. Com a chegada da pandemia, em fins de fevereiro, os informes diários do ministério serviam para divulgar números, traçar um panorama da evolução da doença, fazer projeções sobre o fim da epidemia e desmistificar fake news que contaminavam as redes.

Porém, desde a saída de Mandetta e de seu sucessor, Nelson Teich, ambos por divergências com o presidente Jair Bolsonaro, a transparência se tornou artigo tão escasso quanto respiradores. As coletivas foram esvaziadas, o ministério passou a divulgar os números cada vez mais tarde, e a metodologia das estatísticas foi alterada. Desde sexta, omitiu-se o total de mortos e infectados. No domingo, diante da repercussão negativa do fato, a pasta recuou.

O governo alegou que o atraso era para evitar subnotificações e inconsistências. Mas Bolsonaro admitiu que a intenção era impedir que os dados fossem veiculados no “Jornal Nacional”, da Rede Globo. Alguém precisa avisar ao presidente que manipular números da Covid-19 ou retardar a divulgação, para que não entrem no “JN”, é inútil — até porque eles são informados em edições extraordinárias. A manobra não reduzirá o tamanho da tragédia.


[a personalidade do presidente Bolsonaro,  mais uma vez, transforma uma guerra - no mínimo uma batalha - praticamente ganha em um embate com grandes possibilidades de derrota.
A alteração de horário da divulgação dos números do coronavírus, os números dos infectados e dos mortos, para 22h., pode até ter contrariado alguns órgãos de imprensa, mas no geral era correto. 

Permitia que os números que começam a chegar dos estados por volta das 17h fossem conferidos, compilados e então divulgados - em uma versão definitiva para aquele dia - havendo tempo até para correções.
Tanto que apesar do descontentamento, dos 'especialistas' em nada - percebam que dia sim, dia não eles, os 'especialistas',  profetizam o inicio do pico da pandemia e a única modificação é que adiam sempre a tal data - nenhuma partideco ou algum famoso advogado (ansioso por ser tornar conhecido) recorreram à Justiça. Não havia espaço para intervenção do Poder Judiciário.

Só que agora, o presidente resolveu mudar a forma de apresentação dos dados - nada muda, apenas o MS deixa de ser redator de noticiários, já que as modificações podem ensejar a necessidade do uso de uma calculadora.
Simples, soma e subtração.
Mas, com sua mania de conflito, o presidente Bolsonaro conseguiu abrir espaço para que haja alguma intervenção do Poder Judiciário a pretexto de facilitar o entendimento dos relatórios - nada sério, só que abriu as portas e os inimigos do Brasil, da liberdade e do presidente Bolsonaro, vão aproveitar.

A propósito, as manifestações de ontem, contra o Presidente da República, foram insignificantes. 
A maior parte dos que compareceram foi para protestar contra a morte, nos Estados Unidos, do George Floyd.
Excluindo os que tinham tal propósito, restariam alguns gatos pingados.
Serão desmascarados nas próximas - caso tenham coragem de ir as ruas sem pegar carona em protesto por outras razões.]


A questão se torna mais grave diante do anúncio de que o governo iria recontar o número de mortos. O ex-futuro secretário de Ciência, Tecnologia e Insumos Estratégicos, Carlos Wizard, disse que os dados são “fantasiosos ou manipulados”. E que estados e municípios inflam as estatísticas para receber mais recursos. O Conselho Nacional de Secretários de Saúde (Conass) reagiu com indignação, dizendo que o governo “insulta” a memória das vítimas.

O ministro Gilmar Mendes, do STF, afirmou, no sábado, numa rede social, que a “manipulação de dados é manobra de regimes totalitários” e que “o truque não vai isentar a responsabilidade pelo eventual genocídio”. O Brasil está se tornando uma espécie de pária pelo comportamento de seu presidente e pelo desastroso gerenciamento da crise. Ocultar ou manipular dados sobre a Covid é ato de extrema gravidade. Governos precisam desses números para planejar o combate à doença, e a sociedade tem todo o direito de ser informada sobre a pandemia.

Felizmente, as instituições estão funcionando, e tentativas de manipulação não deverão surtir efeito. O presidente da Câmara, Rodrigo Maia, disse que o corpo técnico da Casa poderia tabular os números junto às secretarias estaduais de Saúde. O TCU também sinalizou que faria o mesmo. Não há como escapar da realidade. Com mais de 37 mil mortos, e sem ter atingido ainda o pico da epidemia, o Brasil já é o terceiro país com maior número de óbitos, atrás apenas dos EUA e do Reino Unido. A cada minuto, morre um brasileiro vítima do novo coronavírus. Esconder esses números não fará desaparecer o letal Sars-CoV-2.

Editorial - O Globo


quarta-feira, 3 de junho de 2020

O mecanismo pretende expurgar Bolsonaro e Mourão - Sérgio Alves de Oliveira

Esse “chove-mas-não-molha” com o impeachment do Presidente Jair  Bolsonaro se deve exclusivamente ao “pavor” que o mecanismo tem só de pensar que no eventual impedimento do “capitão” quem assumiria a Presidência da República, nos termos da Constituição, seria o seu “vice”, General Hamilton Mourão Filho, o  que para o “mecanismo”,e seu consórcio de  “salafrários”, da esquerda , centrão, Congresso , STF , TSE, e  Grande Mídia, significaria uma verdadeira tragédia.Todos têm consciência que o General Mourão não tem“sangue de barata”.

Com absoluta certeza Mourão não toleraria nem a metade dos desaforos  que fazem com Bolsonaro. Também sabem que o prestígio do General Mourão nas Forças Armadas seria ligeiramente superior ao que hoje tem o seu “Comandante  Supremo”. Como o impeachment se trata fundamentalmente de um julgamento político, antes que jurídico, é evidente que facilmente o quorum de 2/3 dos votos dos congressistas seria atingido para impichar Bolsonaro. Mas isso se   “eles” quisessem”, como antes já aconteceu com Collor e Dilma.  E ... “arriscassem”!!!                            
Mas é justamente aí que que “mora o perigo”. E “eles” sabem disso. Com Bolsonaro impichado, automaticamente Mourão teria que assumir a  Presidência.  O medo e o respeito que nunca  tiveram em relação  ao “capitão” , viria com “juros e correção monetária”, com o “vice” assumindo.    
                                    
Então é o seguinte: têm que sair ambos,  Bolsonaro e Mourão. Mas o problema é que não conseguiriam encontrar nenhum vestígio de crime de responsabilidade para impichar também Mourão. Portanto, ”só” o  “impeachment” de Bolsonaro não serviria. Mourão também deveria  ser riscado do “mapa”,e  na base do “impeachment” não daria. 

Aí tiveram a ideia “genial” de se livrar desses dois “empecilhos” 
concomitantemente, valendo-se da Justiça Eleitoral (TSE), através de uma ação de impugnação de mandado eleitoral, contra a “chapa” Bolsonaro/Mourão, por alegadas  infrações eleitorais “antes” do pleito, somente levantadas agora  no inquérito das “Fake News”, que tramita no Supremo Tribunal Federal, evidenciando-se a montagem de um “baita esquemão”, totalmente manipulado. O Supremo forneceria a “matéria prima”, as provas,e o TSE faria o “trabalho sujo”.


Mas o que ganharia o mecanismo e sua “trupe” com a expulsão de Bolsonaro e Mourão do governo? Ora, ganhariam uma nova eleição presidencial, apostando que acabariam colhendo  todos os  frutos plantados na sobotagem ,boicote,e desgaste  provocado no atual governo ,o que fizeram invariavelmente todos os seus dias. E acima de tudo apostam que elegeriam um dos “seus” como o próximo Presidente, reativando,assim,a desgraça política que fincou raízes fundas no país, a partir da “Nova República”,instalada em 1985,e que perdurou até 31 de dezembro de 2018.É isso que o mecanismo quer.

Tanto  motivos para impichar Bolsonaro, quanto  outros para dispensá-lo, juntamente com Mourão, pela via da impugnação de mandato  eleitoral, com absoluta certeza seriam facilmente  encontrados, até mesmo pela via da “suprema manipulação”. Tudo só dependeria, em última análise, da “vontade política” dos membros do  TSE,  um“puxadinho” do STF.     

Na ação de impugnação dos mandatos de Dilma e Temer, por exemplo, em 2017,com Dilma já impichada, onde “pouparam” Temer, deu para perceber claramente como tudo foi ,e poderia novamente ser “tapeado”.
A Rede Globo , grande “interessada” no assunto,já se encarregou de  preparar o pedido de impugnação eleitoral da “chapa” Bolsonaro - Mourão, no TSE. Só não assinou  a petição por não estar inscrita na OAB. [por não confiar no êxito da 'solução' TSE, a turma do mecanismo, tenta emplacar uma PEC buscando impedir que em caso de afastamento definitivo do presidente da República, por qualquer motivo, o vice-presidente só assuma, se nos primeiros dois anos, por no máximo 90 dias - até a realização de eleições - ocorrendo o afastamento nos dois últimos anos, o vice-presidente assumirá por apenas 30 dias e o novo presidente será eleito diretamente pelo Congresso. Confiram aqui. - MATÉRIA COMPLETA.]

O Capitão Bolsonaro e o General Mourão devem ficar preparados, mesmo de “prontidão”, contra os iminentes ataques “arranjados” que surgirão contra os seus mandatos nos próximos dias.  E para que evitem um “nocaute” jurídico dos seus mandatos, a única saída que terão   está bem clara na Constituição. Seria uma medida plenamente constitucional, com força para mandar para a cadeia toda essa rede de malfeitores que criminosamente conspiram contra os seus legítimos mandados.

Talvez Bolsonaro e Mourão enxergassem  as suas situações políticas com mais clareza  se tivessem a inciativa  de assistir  o clássico    western (de “Oscar”),  MATAR OU MORRER, de  1952, estrelado por Gary Cooper (xerife Kane) e Grace Kelly (Amy). [nesses tempos de pandemia,  tive a oportunidade de assistir mais uma vez esse excelente filme.] 

Sérgio Alves de Oliveira - Advogado e Sociólogo


segunda-feira, 13 de abril de 2020

Quem piscará primeiro – o presidente ou o ministro? - VEJA - Blog do Noblat

O presidente Jair Bolsonaro disse que o coronavírus está indo embora do Brasil. Em que país ele vive? Ocorre justamente o contrário: o coronavírus espalha-se a galope pelo país, infectando e matando em maior número. E assim será pelos próximos dois meses, segundo o ministro Luiz Henrique Mandetta, da Saúde.

Quem pode estar indo embora do governo é Mandetta. A não ser que Bolsonaro engula mais um sapo indigesto que ele lhe serviu ontem ao dizer em entrevista ao Fantástico, da Rede Globo, que está ministro, não é ministro. E que o brasileiro fica cada vez mais confuso quando ele diz uma coisa e Bolsonaro o oposto.

Vai encarar, presidente? Está disposto a demitir seu ministro da Saúde em meio à pandemia que só por aqui infectou 22.169 brasileiros até ontem, matando 1.223? E logo agora quando o vírus começa a alcançar os que não fazem parte dos chamados grupos de risco como idosos e vítimas de outras doenças? [o governador de São Paulo segue a cartilha do Mandetta - ou o ainda ministro segue a do governador???; 
seja quem for o mentor e o seguidor,fato é que Doria - eleito graças ao BOLSOdoria - governa o estado com maior índice de letalidade.]

Na última segunda-feira quando parecia estar por um fio, Mandetta participou da reunião mais tensa de sua vida. Foi com Bolsonaro no Palácio do Planalto, e mais uma dezena de ministros. Saiu faíscas, apagadas pelos ministros empenhados em evitar que Mandetta pedisse demissão ou que Bolsonaro o demitisse. A certa altura, Mandetta disse com todas as letras a Bolsonaro: “Enquanto eu for ministro da Saúde, sou eu que mando ali, não o senhor”. Para surpresa geral, o presidente calou-se. Mais tarde, em confidência a um amigo, o general Fernando de Azevedo e Silva, ministro da Defesa,  comentou ainda perplexo com a cena:
Você me conhece. Saber que sou um conciliador. Mas naquele momento, se eu fosse o presidente, teria demitido Mandetta.

O problema de Bolsonaro é que ele se convenceu de que demitir Mandetta não seria um bom negócio. No caso, ficaria como o único responsável pelos estragos que o vírus causará ao país. Bolsonaro prefere fritar Mandetta em público e espera que, enfraquecido, ele se enquadre ou abandone o paciente. A queda de braço entre os dois parece próxima do fim. Nem Mandetta suporta mais Bolsonaro, nem Bolsonaro a ele. 
Mandetta quer salvar vidas. Bolsonaro, a Economia. [o CAOS na economia leva ao desabastecimento, à fome, à inanição = esta tem um índice de letalidade de 100%.
O Presidente da República, JAIR BOLSONARO, é mais ousado e dedicado, ele quer salvar vidas e a economia.] A paciência do ministro esgotou-se.  Resta saber quem tomará a iniciativa da separação.

Blog do Noblat - Ricardo Noblat, jornalista - VEJA


sábado, 2 de novembro de 2019

Barbaridades em série: a investigação desastrosa do caso Marielle - VEJA

Depoimento mentiroso que tentava ligar Bolsonaro aos assassinos é mais um triste capítulo de um crime que completa 600 dias sem solução

A execução da vereadora Marielle Franco e do motorista Anderson Gomes não para de produzir notícias espantosas, a começar pelo tempo de 600 dias sem que o caso tenha uma solução, um prodígio até para os padrões indigentes de produtividade da polícia nacional. [considerando que mais de 100.000 homícidios sem solução - só de 2015 para cá, o caso da vereadora está dentro do que podemos chamar 'normalidade'.] Quem matou? Quem mandou matar? As famílias das vítimas e toda a sociedade brasileira aguardam até hoje essas respostas, em vão. Cercada de confusões de todo tipo, a investigação jogou mais dúvidas do que luzes sobre o episódio. Quando se imaginava que nada de pior poderia acontecer depois desse roteiro lamentável, eis que no último dia 29 surgiu a notícia de uma possível conexão de Jair Bolsonaro com a história. Embora essa ligação tenha sido formalizada em depoimento à polícia, ficou claro logo depois que ela não fazia sentido. Mesmo sendo mentirosa, foi suficiente para o caso do crime sem fim atingir um novo patamar em termos de polêmica e de agitação política.


O envolvimento do nome de Bolsonaro no enredo do crime surgiu em uma reportagem do Jornal Nacional, da Rede Globo. A Polícia Civil do Rio de Janeiro teve acesso ao caderno de visitas do condomínio Vivendas da Barra, na Zona Oeste do Rio, onde têm casa o presidente e o ex-­policial militar Ronnie Lessa, acusado das mortes de Marielle e de Anderson.

No dia 14 março de 2018, às 17h10, pouco mais de quatro horas antes do crime, o ex-PM Élcio Queiroz, outro suspeito dos assassinatos, a bordo de um Logan Prata, anunciou na portaria do condomínio que iria visitar Jair Bolsonaro e acabou indo até a casa de Lessa. À polícia, o porteiro afirmou que, a pedido de Élcio, ligara para a casa 58, onde vive o presidente. E que uma pessoa que ele identificou como sendo o “seu Jair” liberara a entrada. Élcio, no entanto, dirigiu-se à casa 65, onde mora Ronnie Lessa. O porteiro, então, telefonou novamente, e o mesmo “seu Jair” teria dito que sabia para onde ele estava indo. Conforme a reportagem, no dia da visita, no entanto, Bolsonaro estava em Brasília, e não no Rio. O então deputado federal registrou a presença em duas votações na Câmara. Lessa é acusado pela polícia de ser o autor dos disparos contra Marielle e Anderson. Élcio, por sua vez, é suspeito de ser o motorista do carro que levava o matador. Os dois foram presos em 12 de março.

Bolsonaro recebeu a notícia no exterior, em meio à viagem para captar investimentos na Ásia e no Oriente Médio. Em uma live transmitida da madrugada da Arábia Saudita, negou qualquer ligação com os suspeitos dos assassinatos, reclamou do vazamento de informações de um processo que corre sob sigilo e reagiu de forma furiosa às insinuações. Seu alvo principal foi a imprensa, classificada por ele de “porca” e “nojenta”. “Vocês são patifes, canalhas, não são patriotas”, vociferou, dirigindo os ataques principalmente à Rede Globo. No momento de maior destempero, ameaçou cancelar a concessão pública da emissora, que vence em 2022, uma ameaça absurda e injustificável, mesmo levando-se em conta o momento de indignação do presidente, que tem certeza de ser vítima de injustiça e perseguição no caso.

A própria reportagem do Jornal Nacional já deixava claro um problema grave no depoimento do porteiro. Como se viu, no dia em que ele diz ter interfonado para a casa de “seu Jair”, Bolsonaro encontrava-se em Brasília. Além disso, se os suspeitos do crime agiam em conluio com o presidente, o normal seria tentar despistar essa ligação a todo custo. Dentro dessa lógica, entrar no condomínio a pretexto de ir à residência de Bolsonaro para depois se dirigir ao endereço do comparsa não faz o menor sentido. Um dia após a reportagem do Jornal Nacional, surgiu outra prova robusta contra o depoimento do porteiro. Em vídeo divulgado nas redes sociais, um dos filhos do presidente, Carlos Bolsonaro, que tem casa no mesmo condomínio, mostrou arquivos de todas as gravações das chamadas da portaria para as residências do Vivendas da Barra no dia do assassinato de Marielle. Um dos áudios revela que Élcio, ao chegar ao local, mandou interfonar para a casa 65, ou seja, a residência de Ronnie.

Na mesma quarta, conforme antecipou o site de VEJA, o Ministério Público já dava como certo que o porteiro havia mentido no depoimento.Pode ter sido um equívoco, pode ter sido por vários motivos que o porteiro mencionou a casa 58 (de Jair Bolsonaro). E eles serão apurados”, afirmou a promotora Simone Sibilio. Os áudios do condomínio passaram por perícia e foram incorporados ao processo.

Depois de classificar a notícia como “factoide”, o procurador-geral da República, Augusto Aras, anunciou o arquivamento da investigação sobre a menção ao nome do presidente no episódio do assassinato enviada pelo MP do Rio ao STF. Frederick Wassef, que é o verdadeiro advogado do presidente, classificou o episódio do porteiro como “uma armação barata e de baixíssimo nível”. “Ela foi feita e arquitetada por pessoas do Rio, que plantaram uma testemunha e pediram a um indivíduo que mentisse deliberadamente”, acusa. O próprio Bolsonaro encarregou-­se de ir mais adiante nessa suspeita, dando nome aos bois. Ao citar uma revelação feita pela coluna Radar, do site de VEJA, a de que o governador fluminense Wilson Witzel sabia com antecedência do depoimento do porteiro, o presidente acusou o político do PSC de manobrar para tentar destruí-­lo tendo como objetivo a conquista de mais espaço para se credenciar às eleições de 2022 ao Palácio do Planalto. Witzel negou, mas Bolsonaro continuou batendo na tecla ao lembrar de um encontro entre os dois ocorrido em 9 de outubro no Clube Naval do Rio. Na ocasião, segundo Bolsonaro, Witzel lhe revelou que o porteiro havia citado seu nome no depoimento.

Brasília entrou em polvorosa com a repercussão política do novo escândalo. Na quarta, o presidente do Senado, Davi Alcolumbre (DEM-AP), decidiu despachar de sua residência. “Se ele fosse para o Senado, a oposição passaria o dia na tribuna explorando a crise”, afirma um dos interlocutores que foram à casa de Alcolumbre. Muitos parlamentares mantiveram cautela ao avaliar o episódio. “Nunca fui bolsonarista, mas acho que todos só devem ser ‘condenados’ se comprovado definitivamente o erro”, afirma o ex-governador de São Paulo Márcio França (PSB). O deputado Elmar Nascimento (DEM-­BA), líder da legenda na Câmara, declarou que o episódio em si foi superado, mas a preocupação continua. “O clima político está muito carregado. Afinal, alguém tentou envolver o presidente em um crime, o que é grave e precisa ser esclarecido”, diz.

A história marca o ápice de um caso repleto de confusões e trapalhadas de todo tipo. Vários mandantes já foram apontados, e houve até uma tentativa de sabotagem nos trabalhos para incriminar rivais. Boa parte das trombadas ocorre por disputas entre autoridades que deveriam trabalhar juntas, mas, na prática, atuam como concorrentes. Polícia Civil e Ministério Público se vangloriam do fato de que a investigação da morte de Marielle resultou em frutos não esperados, como a desarticulação da mais antiga milícia carioca, em Rio das Pedras, na Zona Oeste, a revelação da existência do Escritório do Crime, grupo de matadores por trás de diversos homicídios não esclarecidos no Rio, e do esquema de tráfico de armas liderado por Ronnie Lessa. Mas não é raro ouvir críticas de delegados a promotores e vice-versa: para além da discordância de métodos, há disputa intensa por protagonismo. O pedido de federalização do caso, feito pela ex-­procuradora-geral da República Raquel Dodge, embaralhou ainda mais a história. Enquanto o Superior Tribunal de Justiça não decide se o inquérito muda de competência, veio à tona, junto com o pedido, a existência de um áudio no qual um miliciano diz que a morte de Marielle foi encomendada por Domingos Brazão, conselheiro afastado do Tribunal de Contas do Estado, junto a Élcio Queiroz e Ronnie Lessa. O problema: nem a Polícia Civil do Rio nem o Ministério Público acreditam totalmente no relato. “Não há nenhuma prova concreta que envolva Domingos Brazão”, afirma a promotora Simone Sibilio.

 Horas depois do assassinato de Marielle e Anderson, quase todos os pré-­candidatos à Presidência divulgaram notas de pesar. Jair Bolsonaro preferiu ficar mudo. Quando questionado, disse que sua opinião “seria polêmica demais”. Ao longo dos meses, entre o silêncio e declarações de menosprezo ao episódio, o clã passou a criticar a repercussão do caso Marielle em momentos pontuais — o vereador Carlos, por exemplo, criticou a Mangueira por usar o nome dela em um samba no Carnaval carioca de 2019. Em março, quando os suspeitos foram presos, circularam na internet fotos de Bolsonaro ao lado de Élcio. [Élcio e Lessa estão  presos por envolvimento com tráfico de fuzis, já que as suspeitas não justificam a prisão.] Logo também veio à tona a informação de que o atirador era vizinho do presidente. Embora demonstrem uma proximidade desagradável, essas coincidências nada provam. A filha mais velha de Ronnie Lessa, Mohana, disse a VEJA que sua família não tinha contato com os parentes do presidente: “Eu vi o Bolsonaro duas vezes indo para a praia com a filha menor e a Michelle passeando com o cachorrinho. E só”.

Colega de Marielle na Câmara de Vereadores do Rio, Carlos Bolsonaro deu um depoimento aos policiais logo no começo das investigações devido a uma discussão ocorrida antes do crime. Um assessor de Marielle andava pelo corredor mostrando o prédio a dois amigos quando, em frente ao gabinete 905, de Carlos, comentou que ali ficava o filho de um deputado “ultraconservador” que beirava o “fascismo”. O Zero Dois ouviu tudo e, aos berros, começou a discutir, até que Marielle apareceu, colocando panos quentes. Desde a briga, Carlos passou a evitar até entrar no elevador se Marielle ou assessores dela estivessem presentes. A Polícia Civil do Rio voltou a se debruçar sobre essa velha história neste mês. Pelo menos quatro ex-funcionários de Carlos foram ouvidos até agora. Mas mesmo adversários políticos não acreditam nessa hipótese. Pessoas próximas à vereadora receberam com preocupação a notícia de que essa linha de investigação havia sido reaberta, uma vez que não veem, ali, motivo suficiente para que alguém tivesse ordenado a execução. Avaliam, também, que o movimento dá indícios de que a polícia não sabe por onde seguir.

Foi nesse enredo tragicamente rocambolesco que o nome do presidente acabou envolvido. Destemperos à parte, Bolsonaro, que já sofreu uma tentativa de assassinato, agora tem razão em reclamar de que atentaram contra sua honra com base em um depoimento fajuto. Pode-se não gostar dele por sua visão simplória e paranoica de mundo, por seu gosto por ditaduras e por sua incapacidade de administrar a nação em paz, entre outros tantos motivos. A despeito dessas críticas, justas ou não, ninguém pode ser vítima de uma insinuação de tamanha gravidade sem provas muito menos a maior autoridade do país. Esse enredo triste e irresponsável tampouco faz justiça às vítimas, às famílias de Marielle Franco e Anderson Gomes e a todos os brasileiros que acreditam na busca da verdade. O Brasil não pode mais conviver com isso. Está mais do que na hora de acabar com o mistério do crime sem fim.

Publicado em VEJA de 6 de novembro de 2019, edição nº 2659

Na VEJA, MATÉRIA COMPLETA

Colaboraram Edoardo Ghirotto e Roberta Paduan


sexta-feira, 17 de maio de 2019

Idiotas “trazerão” o caos para Bolsonaro?


Em meio a uma guerra ideológica, a verdade pode até libertar a consciência, porém corre o risco de beneficiar o lado errado. Em seu estilo sincero, emocional, sangue nos olhos, o Presidente Jair Bolsonaro não pensou nas conseqüências de chamar um bando de inimigos ideológicos de “idiotas úteis”. Resultado: o comentário conseguiu mobilizar, em São Paulo e no Rio de Janeiro, uma multidão que misturava servidores públicos, estudantes universitários e militantes profissionais do MST & afins.
  Analfabetismo político e linguístico

no ato contra o Presidente Bolsonaro

As manifestações foram turbinadas com o apoio institucional e ampla divulgação da Rede Globo. Supostamente, o objetivo foi uma “greve geral em defesa da Educação”. Só que as atitudes, no evento, comprovaram outras intenções de pura politicagem. Havia bandeiras de sindicatos, faixas de partido de extrema-canhota, camisetas e bandeiras que destacavam “Lula Livre”. A retórica era Não à aprovação da reforma da Previdência, Não á privatização de estatais... Educação? Muito pouco... Vide a desastrosa agressão à língua portuguesa na foto acima.


Novamente, Bolsonaro errou na estratégia do discurso. Jogou gasolina em um fogo que seria facilmente apagado. Em um momento altamente crítico da vida nacional, com a persistência da crise econômica, o Presidente jamais pode raciocinar com o fígado ou o intestino. Massa na rua é prenúncio de problemas... Ainda mais se a equipe econômica não implantar medidas imediatas para solução da crise. Ainda mais se o Congresso não liberar o crédito orçamentário suplementar suplicado pelo ministro da Economia... O governo (na figura do Presidente) continua cometendo erros primários de comunicação. A extrema mídia reforça a visão de que Bolnaro é o Guedes não tomam as medidas ao alcance para destravar o caos...

Resumindo: Bolsonaro começa perdendo a guerra cultural, ao final do primeiro semestre de governo... Por enquanto, assiste-se ao triunfo dos idiotas. Bolsonaro indica que não está preparado para lidar com eles...Bolsonaro precisaria seguir o conselho de Calipso, que o sábio grego Aristóteles reproduziu em suas notas sobre Ética ao filho Nicômaco:


“Naus, afastem-se do nevoeiro e do turbilhão”. [a esse conselho, o Blog Prontidão Total, faz questão de destacar, por sua conta e risco, que estão inclusos 'o guru de Virgínia' e os 'filhos de Bolsonaro', que são mais perigosos à consolidação e  êxito do governo Bolsonaro, que o nevoeiro e do turbilhão.
Continuamos BOLSONARISTAS, mas, os fatos não podem ser omitidos e comentários sobre eles, desde que pertinentes tem que ser divulgados.] 

Bolsonaro não pode dar mole... Não pode continuar fazendo oposição a si mesmo. Ou, então, os idiotas e os canalhas (como conjuga na faixa a estudante) trazerãoproblemas para a governabilidade.


O Alerta Total insiste na única saída possível: Agenda positiva e com data para ser realizada, principalmente na economia. Depender, totalmente, do Congresso para aprovar as melhorias é uma aposta perigosa e incerta.

Transcrito da Edição do Alerta Total – www.alertatotal.net
Por Jorge Serrão - serrao@alertatotal.net





 

segunda-feira, 8 de abril de 2019

A conta do sucesso ou do fracasso

Governantes raramente são maestros. Poeticamente, pode-se afirmar que os governos, com certeza, são instrumentos imperfeitos. Afiná-los, parece missão quase impossível. O caso brasileiro é mais grave ainda. Os governos são submetidos à estrutura e modelagem do Estado-Ladrão. Se Freud não explica, Serginho Cabral não deixa qualquer dúvida. Assim, não é fácil lidar com governos cuja ação e resultado são afetados pelo crime, pelo desperdício, pela gastança e pela incompetência. Boa gestão é raridade. Ponto fora da curva. A rotina é o abismo.

Mourão é APLAUDIDO DE PÉ
 
Avaliar o sucesso ou o fracasso de um governo não deveria ser um trabalho simples. Exceto no Brasil, onde o vício da crítica destrutiva costuma falar mais alto. Meter o pau na gestão Bolsonaro é lugar comum para a maioria da mídia extrema. Um Presidente que se rotulou de direita (será que ele realmente é) se torna um alvo fácil de quem, até agora, não aceita sua vitória eleitoral. Parece que a campanha de 2018 ainda não acabou... Parece?... A turma no governo também precisa colaborar para afastar tal impressão...

No evento acadêmico para abordar o Brasil, na Universidade norte-americana de Harvard, ovice-Presidente Antônio Hamilton Mourão, mais uma vez, produziu uma análise correta da situação dos primeiros 100 dias do governo dele e do Bolsonaro: “Se o nosso governo falhar, errar demais –porque todo mundo erra -, mas se errar demais, não entregar o que está prometendo, essa conta irá para as Forças Armadas. Daí a nossa extrema preocupação”.

O negócio agora é bem diferente daquele “regime militar” que a extrema mídia sempre lembra de esculhambar. O Governo de Bolsonaro e Mourão é um regime que tem militares em vários pontos-chave, mas que chegou ao poder pela legitimidade do voto direto. Talvez, até por isso, os oficiais na ativa e da reserva estejam se atribuindo uma responsabilidade ainda maior com o sucesso da administração.  

O jogo não é fácil. Os militares já sabem que não podem cair na armadilha de acreditar que a tecnoburocracia resolverá os problemas estruturais do Estado e do Governo num passe de mágica com a canetinha do Diário Oficial. Além disso, já descobriram que não se pode demorar para solucionar problemas, porque a paciência do eleitorado é muito curta. Assim, só resta  ao time de Bolsonaro acertar depressa e, acima de tudo, divulgar a comprovação daquilo que realmente melhorou.

A presente guerra de comunicação é mais complexa que a turma de Bolsonaro poderia imaginar e planejar. Por isso, o Presidente já determinou mudanças que podem ser benéficas. O fundamental, no entanto, é ter a clareza de que não adianta criar um esquema de comunicação se o governo não tiver, realmente, resultado verdadeiro para comunicar. Por isso, nas reuniões desta semana, Bolsonaro deverá centrar na cobrança aos ministros. Quem mostrou serviço, fica. Do contrário, sai... Será simples, assim... Não tem outro jeito, nem jeitinho... A máquina e a mídia continuarão jogando contra... A base parlamentar continuará oferecendo dificuldades para negociar facilidades... O Presidente terá de demonstar muito equilíbrio emocional... As “caneladas verbais” devem ser evitadas e dadas só em casos de extrema necessidade...

O mais importante é que os governantes constatem que a conta do sucesso ou do fracasso será paga, de verdade, pelo eleitorado... Por isso, os erros banais podem não ser tão facilmente tolerados e perdoados pela população. Os próximos 100 dias não serão monótonos... É hora de acertar... É hora de apresentar uma agenda de realizações possíveis... Enfim, é hora de governar de verdade, com todo empenho e transparência.

Fragilidade

A Rede Globo é muito competente na hora de fazer oposição.

Seus jornais locais definiram como pauta prioritária explorar o problema do DESEMPREGO.

Descobriram que a dificuldade na retomada da economia é a maior fragilidade do governo Bolsonaro - que poderia amenizar o problema desonerando empresas que contratarem desempregados imediatamente, conforme este Alerta Total já sugeriu em recente artigo...
 
 
 
 
 

quarta-feira, 27 de março de 2019

Quase confissão – Defesa de Lula tenta chicana na Justiça Eleitoral



Todo político quer ser acusado de caixa 2, e não de corrupção e lavagem de dinheiro, que valeram a Lula a condenação


O pedido da defesa para que o processo que resultou na condenação do ex-presidente Lula pelo tríplex do Guarujá vá para a Justiça Eleitoral, além de uma tentativa patética de chicana, é quase uma confissão de culpa.  Ele não foi condenado por caixa 2, mas sua defesa alega que o processo acusa Lula de ter liderado um esquema de arrecadação de dinheiro para custear campanhas eleitorais do PT e de partidos aliados.

Todo político quer ser acusado de caixa 2, e não de corrupção e lavagem de dinheiro, que valeram a Lula uma condenação de 12 anos e um mês. Querer se beneficiar da decisão do Supremo Tribunal Federal (STF) que mandou para a Justiça Eleitoral os crimes conexos ao caixa 2 é também admitir, o que nega até hoje, a existência de um fundo formado pelo dinheiro de propina em obras públicas para financiar as campanhas eleitorais de seu partido.  Ganhar de empreiteiras um tríplex na praia ou melhorias no sítio em Atibaia que usava como se fosse seu, dificilmente, pode ser considerado um crime eleitoral. No limite, o ex-presidente terá desviado dinheiro da propina para a campanha eleitoral para uso próprio, o que descaracteriza a finalidade política. E, como os desvios foram de dinheiro público, através da Petrobras e de outras estatais, não existe caixa 2, mas sim peculato, como ficou decidido pelo Supremo Tribunal Federal (STF) no julgamento do mensalão.

Lula volta, quase 14 anos depois, a utilizar-se de uma estratégia de defesa montada pelo então ministro da Justiça Márcio Thomaz Bastos para amenizar as acusações contra o PT, pois naquela época o crime eleitoral quase nunca levava políticos para a cadeia. Ainda hoje pelo menos a percepção continua a mesma.  Em 2005, no auge das acusações sobre o mensalão, o então presidente em duas oportunidades jogou para o caixa 2 o esquema de corrupção que montou em seu governo. Em julho, em entrevista no “Fantástico”, da Rede Globo, gravada em Paris, Lula disse que “o que o PT fez, do ponto de vista eleitoral, é o que é feito no Brasil sistematicamente”.
Em novembro, em entrevista no “Roda Viva” da TV Cultura, Lula disse que a denúncia do deputado cassado Roberto Jefferson revelou o caixa 2 nas campanhas eleitorais do PT, o que o então presidente da República classificou como uma ação “contra a história do próprio partido”. Agora, Lula, depois de tantos anos de revelações terríveis sobre a corrupção institucionalizada que patrocinou nos governos do PT, comprovadamente não contra a história do partido, quer através de sua defesa que essa corrupção, que de fato foi geradora das benesses de que ele e sua família usufruíram, seja transformada em ações de cunho político-eleitoral.

É como se o ex-governador Sérgio Cabral, que depois de anos preso confessou afinal seu esquema de corrupção, alegasse que tudo o que ganhou de propina — joias, helicópteros, roupas de grife, bebidas caras —tinha um objetivo político-eleitoral. A única maneira de essa chicana dar certo seria os juízes do Superior Tribunal de Justiça (STJ), que vão julgar nos próximos dias os recursos a favor de Lula, aceitarem a tese de que o ex-presidente, por ser o chefe da organização criminosa que atuou durante os anos petistas, usou o caixa 2 do partido para obter o tríplex e, por extensão, também o sítio de Atibaia.  Mas o simples senso comum, além da delação premiada do ex-ministro da Fazenda Antonio Palloci e de outros, impede que essa tramoia dê certo.

Mais confissões
Outro que acabou confessando seus crimes foi o terrorista Cesare Battisti, que admitiu a participação direta e o envolvimento em quatro assassinatos durante interrogatório feito na prisão pelo procurador Alberto Nobili, responsável pelo grupo antiterrorista da cidade italiana de Milão.

Na confissão, Battisti disse que alegava inocência para obter apoio político da esquerda do México, da França e do Brasil, principalmente do ex-presidente Lula, que proibiu sua extradição, autorizada pelo Supremo Tribunal Federal (STF). O ex-ministro da Justiça Tarso Genro, que pediu a Lula que não extraditasse o terrorista agora confesso, e o ex-senador Eduardo Suplicy ainda alimentam dúvidas sobre sua culpabilidade. Querem saber por que Battisti confessou. Muito simples: perdeu a proteção dos governos de esquerda.

 

Merval Pereira, jornalista - O Globo