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quarta-feira, 16 de agosto de 2017

Mutilação genital feminina e a loucura suicida do multiculturalismo

Os advogados de defesa de dois médicos de Michigan, naturais da Índia e uma de suas esposas, que foram indiciados pelo júri em 22 de abril e acusados de mutilar os órgãos genitais de duas meninas de sete anos, pretendem apresentar o argumento de liberdade religiosa na representação de seus clientes muçulmanos.

Os réus são membros da Dawoodi Bohra, uma seita islâmica de sua terra natal. Na esfera federal, sendo este o primeiro caso desde que a mutilação genital feminina (FGM em inglês) foi proibida em 1996, a defesa afirma que a prática é um ritual religioso e, portanto, deve ser protegido pela lei dos Estados Unidos.

A petição revela involuntariamente as falsas alegações feitas por proeminentes muçulmanos – como o estudioso/apresentador de TV iraniano/americano Reza Aslan e a ativista palestina/americana Linda Sarsour, que insistem que a FGM não é “uma prática islâmica”.

A mutilação genital feminina, também conhecida como circuncisão feminina, é o corte ou a remoção do clitóris e/ou da lábia, como forma de eliminar o desejo e o prazer sexual de uma menina, garantir que ela seja virgem até o casamento e permanecer fiel ao seu marido. De acordo com a Organização Mundial da Saúde:
A FGM não traz benefícios à saúde, além de causar danos às meninas e mulheres de diversas maneiras. A prática significa remover e lesar o saudável e normal tecido genital feminino, interferindo com as funções naturais dos corpos das meninas e das mulheres. De modo geral os riscos aumentam quanto maior for a severidade do procedimento.

Os procedimentos são realizados, na maioria das vezes, em meninas que estão entre a infância e a adolescência, ocasionalmente em mulheres adultas. Estima-se que haja mais de 3 milhões de meninas em risco de sofrerem a FGM por ano. Mais de 200 milhões de meninas e mulheres vivas hoje foram mutiladas em 30 países da África, Oriente Médio e Ásia, onde se concentra a FGM.

O influxo de imigrantes e refugiados dessas regiões do planeta para países ocidentais teve como consequência um aumento dramático e perigoso da FGM na Europa, Grã-Bretanha e Estados Unidos. De acordo com as estatísticas do Serviço Nacional de Saúde, pelo menos uma menina a cada hora está sujeita a este procedimento agonizante somente no Reino Unido – e já faz quase 30 anos que a prática lá é ilegal.

Concomitantemente, um Relatório da Comissão Europeia revelou que cerca de 500 mil mulheres na Europa foram submetidas à FGM, muitas outras correm o risco de serem forçadas a se submeterem a ela. Na Alemanha, por exemplo, foi inaugurada uma clínica em 2013 para fornecer tratamento físico e psicológico às vítimas do procedimento, cerca de 50 mil mulheres passaram pelo procedimento, sendo cerca de 20 mil em Berlim. Chamado de Desert Flower Center, o empreendimento foi encabeçado e financiado pela supermodelo/atriz natural da Somália Waris Dirie, proeminente ativista anti-FGM.

Em 15 de maio, na esteira do caso dos médicos da FGM em Michigan, a Câmara dos Deputados de Minnesota e o Senado de Michigan aprovaram uma legislação que estenderá aos estados as leis federais anti-FGM existentes aos pais de meninas que foram sujeitas ao ritual. Afinal de contas, são as mães e os pais que forçam as filhas a se submeterem ao ritual – como no caso da autora somali, Ayaan Hirsi Ali, foi a sua avó.

Em uma entrevista concedida ao Evening Standard, do Reino Unido em 2013, Hirsi Ali – ex-muçulmana que renegou sua fé e se tornou uma crítica que não faz rodeios quando se trata do Islã e da Lei Islâmica (Sharia), principalmente quando afeta as mulheres – explicou porque tem sido tão difícil processar membros da família envolvidos na FGM:
“Passei por isso aos cinco anos de idade e 10 anos mais tarde, mesmo 20 anos mais tarde, eu não teria testemunhado contra meus pais”, ressaltou ela. “É uma questão psicológica. As pessoas que estão fazendo isso são pais, mães, avós, tias. Nenhuma menininha vai mandá-los para a prisão. Como viver com uma culpa dessas?”

O problema maior, no entanto – que deve ser abordado juntamente com a legislação – abrange o multiculturalismo ocidental que enlouqueceu. Tomemos por exemplo a decisão por parte da editora da coluna Ciência e Saúde, Celia Dugger do New York Times, em abril, de parar de usar o termo “mutilação genital feminina”, alegando que ele está “culturalmente carregado”.
“Há um abismo entre os defensores ocidentais (e alguns africanos) que fazem campanha contra a prática e as pessoas que seguem o rito, eu senti que o linguajar utilizado ampliou ainda mais esse abismo”, salientou ela.

A FGM não é um crime menos estarrecedor do que o estupro ou a escravidão, no entanto as autoproclamadas feministas no Ocidenteincluindo muçulmanas como Linda Sarsour e ativistas não muçulmanas se engajam em uma cruzada contra a “islamofobia” – silenciam quando se trata de práticas bárbaras ou negam sua conexão com o Islã. Será que elas também apoiam a escravidão, outra prática respaldada pelo Islã, ainda praticada hoje na Arábia Saudita, Líbia, Mauritânia e Sudão, bem como pelo Estado Islâmico e pelo Boko Haram?

É por isso que a legislação anti-FGM, por mais crucial que seja, é insuficiente. Chegou a hora de estar vigilante não só contra praticantes e pais, mas também para expor e desacreditar qualquer um que tente proteger essa brutalidade.

Khadija Khan é jornalista e comentarista paquistanesa, atualmente radicada na Alemanha.
Publicado no site do Gatestone Institute https://pt.gatestoneinstitute.org
Tradução: Joseph Skilnik

segunda-feira, 22 de agosto de 2016

Suécia: ataques sexuais fazem do verão um inferno



Cenas de um festival de música em Malmö no verão de 2015...
Esquerda: quatro jovens cercam e atacam sexualmente uma jovem. Direita: policiais prendem um suspeito enquanto vítimas de abuso sexual choram se lamentando em segundo plano. O fotógrafo relatou que meninas suecas foram atacadas sexualmente por grupos de jovens de "background estrangeiro".

Na esteira dos ataques na Passagem do Ano Novo em Colônia na Alemanha, um furo de reportagem na Suécia denunciou a ocorrência de um enorme número de ataques sexuais contra mulheres e meninas no festival de música "Nós Somos Sthlm" (abreviação de Estocolmo) em 2014 e 2015, mas que tinha sido acobertado tanto pela polícia quanto pela mídia. O Comissário de Polícia Nacional Dan Eliasson imediatamente lançou uma investigação para constatar a extensão do problema.

Os resultados da investigação foram apresentados em maio no relatório intitulado "a situação atual em relação aos ataques sexuais e propostas de ação" -- as conclusões são assustadoras. Quase todos os perpetradores que atacaram em grupos e que foram presos são cidadãos do Afeganistão, Eritreia ou Somália -- três dos quatro maiores grupos de imigrantes na Suécia se encaixam na categoria de "refugiados menores de idade desacompanhados".

O Departamento de Operações Nacionais da Polícia (NOA) iniciou o relatório passando por todos os ataques sexuais ocorridos em festivais de música, carnavais de rua e comemorações da Passagem do Ano Novo que foram relatados à polícia:  "As queixas registradas em 2015 e 2016 mostraram que meninas com idades entre 14 e 15 anos eram as mais vulneráveis. Os ataques têm sido compreendidos de diversas maneiras, dependendo do modus operandi (do agressor), mas informações oferecidas nas denúncias mostram claramente que muitas das meninas atacadas estão, obviamente, inconsoláveis e em estado precário. Especialmente chocante e assustador foram os ataques perpetrados por grupos em que a vítima não foi apenas imobilizada e acariciada impositivamente, mas também onde os atacantes procuravam arrancar suas vestes."

"A maioria dos ataques foi realizado isoladamente por um único indivíduo. Na maioria dos casos o ataque ocorreu em meio a grandes aglomerações, por trás o perpetrador colocava as mãos sob as calças da vítima ou enfiava as mãos dentro da blusa/malha de moletom, procurando beijá-la e imobilizá-la. Devido à tentativa de se desvencilhar ou porque o ataque ocorreu por trás, muitas vezes têm sido difícil conseguir uma descrição física confiável o suficiente do suspeito para uma posterior identificação. Muitas vezes as vítimas estavam em pé na plateia em frente a um palco, tentando se aproximar de amigos no meio de uma multidão ou simplesmente jogando conversa fora com um ou mais amigos, quando elas foram atacadas."

Pelo menos dez casos fazem parte do assim chamado taharrush gamea ("assédio coletivo em árabe") -- em que homens em grupos escolhem uma vítima e a atacam em conjunto. O relatório cita Senni Jyrkiäinen, um estudioso da Universidade de Helsinki, que estuda as relações de gênero no Egito: "taharrush significa assédio em árabe. Se você adicionar 'el-ginsy' (ou apenas ginsy) significa assédio sexual e a palavra 'gamea' significa 'grupo'."

O relatório da polícia descreve o fenômeno da seguinte maneira:  "Em dez casos pelo menos, uma menina solitária, não raramente entre 14 e 16 anos, às vezes também entre 25 e 30, era cercada por vários homens (5 a 6 no mínimo, por vezes um número bem maior). 

Ler matéria na íntegra  >>>>>


quarta-feira, 2 de março de 2016

Por que o Estado Islâmico é muito islâmico



O Estado Islâmico é um subproduto daquilo que é programático em Al-Azhar. A universidade de Al-Azhar diz que deve haver um califado e que é uma obrigação do mundo islâmico [criá-lo]".
Lewis Carroll colocou na boca de sua mais famosa criação literária, Alice, um diálogo que ele próprio jamais poderia imaginar que seria tão útil para explicar o conflito pelo qual passa a civilização ocidental, mormente no século XX. Certa feita, em Alice no País das Maravilhas, Alice está a conversar com a Rainha Branca sobre a possibilidade de se pensar em coisas impossíveis

A Rainha exorta a Alice que faça isso, ao passo que esta replica que isso já, por si mesmo, seria impossível; não satisfeita, a Rainha diz que é uma besteira e conta que ela própria costumava pensar todos os dias, por meia-hora, antes do café da manhã, sobre coisas impossíveis e com esse exercício conseguia pensar em ao menos 6 delas por dia. 

Somos diariamente bombardeados com coisas impossíveis (com a ressalva que não em forma de experimento mental, mas em forma de possibilidade ontológica viável): nacional-socialismo que não é socialismo, socialismo que não foi socialismo (!) e outras impossibilidades que muitos tentam vender ao mundo civilizado e que pretendo cobrir nesse artigo e, ainda, estão longe de ser as meras platitudes que aparentam: o Estado Islâmico que não é nem estado nem islâmico e a ideia que o islamismo é uma religião da paz. 

 Vários pontos mostram o caráter impossível dessas duas arraigadas farsas. A primeira que quero apontar tem relação com a natureza mesma do islam. Ao contrário do cristianismo, essencialmente ocupado do cultivo das almas como sementes que florescerão no paraíso pós-vida, o islamismo apresenta um plano completo de realização na terra: tem direito próprio (a famigerada sharia), economia própria (KUNG, p. 679-692), um extenso quadro de recomendações sobre o trato com oskafirs” (não-muçulmanos) – que é maior que o quadro com recomendações para a vida do devoto islâmico, recomendações sobre a escovação dental (presentes nas “hadith” – os “ditos” do profeta Maomé) e até sobre como bater em sua mulher de forma apropriada. 


quinta-feira, 26 de novembro de 2015

Três tópicos para desabafar



1.   E agora, mídia chapa branca?

Os leitores certamente leram os debochados textos com que alguns colunistas procuraram identificar os defensores do impeachment não apenas com o presidente da Câmara, mas com o caráter do presidente da Câmara. Sim, não lhes falta coragem para tanto. A estratégia era a seguinte: "Você defende o impeachment? Então você é um safado como o Cunha".

O petismo e o dinheiro do governo promovem estratégias assim. Tentam apagar da memória das pessoas o fato de que a presidente tem apoio de apenas 7% dos brasileiros. Fazem de conta que o impeachment é "coisa do Cunha" e não uma exigência do povo brasileiro. Saltam por cima dos R$ 49 bilhões saqueados da Petrobras, e fingem calafrios éticos com os R$ 4 milhões do Cunha (um décimo de milésimo do montante roubado da Petrobras).

É claro que Cunha não pode continuar como presidente da Câmara, nem como deputado. Pé no traseiro e porta da rua a ele e a todos como ele. No entanto, e foi isso que sujou ainda mais a barra da mídia chapa branca, a oposição pediu a cabeça do Cunha. E o PT, imediatamente, passou a protegê-lo!

Agora, os artistas da dissimulação, da falácia e do sofisma, obrigados a engolir tudo que escreveram, e a dirigir a si mesmos todos os mal que de outros disseram, entram num silêncio que dói nos meus ouvidos.

2.   Para Dilma, impostos alavancam a economia. Pinóquio concorda.
A presidente da república, durante a reunião do G-20, na Turquia, afirmou que a criação da CPMF seria um estímulo à economia e não um tributo para elevar as despesas. "Não é para gastar mais; é para crescer mais" esclareceu. Pinóquio concorda. "E o grilo falante, não diz coisa alguma?" perguntará o leitor. Ora, meu caro, o grilo morreu, vai para mais de 12 anos.

Ao ler a notícia lembrei-me daquela confusão envolvendo o currículo da presidente durante sua primeira campanha eleitoral. Ao fim das contas, ela não tinha, como economista, as titulações que lhe eram atribuídas, como mestre e doutora porque não concluíra, nos dois cursos, as teses necessárias para apresentação, defesa e, posterior, adjudicação dos respectivos títulos.

Ouvir-se de uma economista que um novo imposto vai produzir desenvolvimento é disparate que não se diz nem mesmo diante de crianças sem produzir risadinhas. Se fosse boa essa estratégia "desenvolvimentista", que suprimirá da sociedade recursos no montante de R$ 38 bilhões, melhor ainda seria elevar bastante a alíquota, para obter muito mais desenvolvimento

O que o governo pretende com a CPMF é buscar, no bolso e na capacidade de consumo dos cidadãos, o dinheiro que jogou fora em demagogias para eleger-se em 2014. A CPMF é dinheiro para tapar buraco, cobrir despesas já feitas, diminuir o déficit. Os pacientes que se danem. E os impacientes, também.

3. A matriz do anticristianismo
O anticristianismo ocidental tem matriz conhecida: materialismo histórico, inerente ao marxismo cultural e a seus fins políticos. Ele é parceiro estratégico, quanto aos objetivos, do islamismo. Ambos querem demolir a cultura ocidental. Ela é o freio para o relativismo (que avança), para a destruição da instituição familiar (tarefa que está bem encaminhada) e para a crescente intromissão do Estado na esfera da vida privada. Essa tarefa destruidora serve, por um lado, ao totalitarismo; por outro, à sharia.

Se duvida, observe as posições dos partidos de esquerda em relação ao terrorismo islâmico e aos valores do Ocidente. Saltará aos olhos o que afirmei acima. Procure a chama do mal e lá estarão os mesmos, sempre soprando oxigênio. Então, o anacronismo que se manifestou em alguns dos comentários aos meus artigos sobre os episódios de Paris, não veio à baila como argumento, mas como mera retórica com vistas a um fim bem diferente do que se expressa nas palavras.

O cristianismo não é só cultura. É religião. Mas ainda que fosse apenas cultura, seria a mais benéfica forma de resistência aos males do materialismo, do hedonismo, do egoísmo individual e coletivo, e dos totalitarismos.

Por: Percival Puggina - http://www.puggina.org/

domingo, 22 de novembro de 2015

Terror na Europa põe em xeque o multiculturalismo

O conceito positivo do convívio entre culturas sofreu desvios e terminou patrocinando a existência de guetos por sobre leis e Constituições

O acusado de ser o coordenador dos atentados em Paris era um cidadão belga chamado Abdelhamid Abaaoud. Nos ataques à casa de shows Bataclan, restaurantes e na tentativa frustrada de entrar com bombas no Stade de France, durante o jogo entre França e Alemanha, atuaram os franceses e franco-belgas Samy Amimmour, Iamael Omar Mostefai, Bilal Hadfi, Salah Abdeslam e Brahim Abdeslam.

Já houve um tempo em que a nacionalidade francesa remetia apenas a nomes como Pierre, Antoine, Jean, Michel e outros. O mesmo ocorre em outros países europeus, geralmente antigas sedes de impérios que se espalharam pelo Oriente Médio e África, e, com a independência das antigas colônias, dando-se cidadania aos antigos colonizados, se tornaram destino final de migrantes desses países, já independentes.

É parte da História a miscigenação de povos, processo pelo qual se constituem culturas ricas. Um exemplo é o Brasil, colonizado pelos portugueses, abertos à mistura com índios e negros, estes trazidos pelo negócio da escravidão. Formou-se uma sociedade amistosa ao estrangeiro, e esta é uma das forças do país. 

Já na Europa há uma explosão de sociopatias, demonstradas pela radicalização religiosa em comunidades muçulmanas não absorvidas por sociedades como a francesa, a britânica, a belga, a holandesa, entre outras. Criaram-se guetos em que vigora apenas a Sharia, lei suprema islâmica, acima das Constituições. Sem qualquer autorização oficial, ruas são fechadas para orações coletivas, forçam-se casamentos apenas entre muçulmanos, além de outras práticas antirrepublicanas. No caso da França, no berço da República, uma contradição. Tudo isso e o tráfico de drogas e armas, protegido pelo guarda-chuva da “diversidade cultural”.

Esses guetos terminaram se constituindo em chocadeiras de serpentes que passaram a atuar como terroristas em países que não reconhecem como seus, mesmo que os levem inscritos nas certidões de nascimento. Quilômetros de textos, incontáveis debates já trataram do tema e mais ainda tratarão. Um aspecto indiscutível é que políticas e conceitos desenvolvidos para permitir a convivência supostamente saudável de etnias faliram. Entre eles, a ideia do “multiculturalismo”, termo simpático, colocado em lugar de destaque no altar do “politicamente correto". 

Infelizmente, este projeto de convívio entre culturas serviu para justificar a constituição de guetos em periferias como as de Paris, Londres e mesmo Bruxelas, onde há o bairro Molenbeek, por exemplo, núcleo de muçulmanos radicalizados. Bruxelas, ontem, fechou metrô e comércio, por precaução.


Em nome do multiculturalismo, Estados nacionais e sociedades fingem não haver transgressões legais nessas comunidades, em que tudo é permitido sob o pretexto do politicamente correto convívio entre culturas.

E dessa forma constituíram-se “banlieues” nas bordas de Paris e outras cidades europeias em que as leis e a Constituição dos respectivos Estados nacionais foram relativizadas. Algo como “Complexos do Alemão” sectários, nos aspectos religioso e ideológico, e em que a ordem legal não vigora. O Estado e a sociedade têm culpa em permitir o surgimento dessas “zonas de exclusão” sob argumentos bem-intencionados. Este surto de terrorismo na Europa abala de vez o “multiculturalismo”.

Fonte: Editorial - O Globo

 

domingo, 15 de novembro de 2015

O inimigo é o fanatismo

Ontem, o protagonismo da barbárie era da al-Qaeda. Hoje, é do Estado Islâmico do Iraque e da Síria. 

Confortada pela solidariedade global, a França reage com o sentimento de união contra o terror

Foi tudo preparado, organizado e planejado além fronteiras, com cumplicidade dentro do país, disse na madrugada de ontem o presidente François Hollande, quando já se contavam mais de cem vítimas fatais e ainda era incerto o número de feridos — entre eles dois brasileiros. “Vamos combatê-los, e seremos implacáveis", complementou, “porque quando os terroristas são capazes de cometer essas atrocidades, devem estar seguros de que terão de enfrentar uma França decidida, unida, em bloco, e uma França que não se deixará atemorizar".

O chefe de Estado francês cumpriu o papel de líder em meio à tempestade, ao clima de estupefação com os atos de barbárie na sexta-feira à noite em Paris. Como todo político, Hollande costuma ser mais lembrado pelos defeitos, mas o tom firme e sereno nas suas intervenções, desde as primeiras horas, estimulou uma reflexão preliminar sobre a gênese dos ataques a uma nação, cuja história é identificada com os valores universais da democracia, do pluralismo, da tolerância, da transigência, da aceitação do contrário. Isso é essencial para a compreensão do que está em jogo hoje e do que é possível vislumbrar neste início de século.

O inimigo é o fanatismo, como está claro desde a tragédia americana no 11 de setembro de 2001. Aparentemente, o objetivo nefasto dos terroristas é, aos poucos, conduzir o mundo a uma Terceira Guerra Mundial, como vem advertindo o Papa Francisco, a partir do acirramento da animosidade entre religiões e culturas. Entre a derrubada das torres gêmeas, na Nova York de 2001, e o massacre de sexta-feira em Paris, passaram-se 14 anos. A novidade pós-Osama bin Laden é a emergência de uma nova geração do terror. Hoje, múltiplas facções disputam, em sucessivos banhos de sangue, a liderança na condução da bandeira da luta comum, por um novo Califado muçulmano sob a interpretação mais rígida e obscura da Sharia, a lei islâmica. Compõem absoluta minoria extremista do Islã.

Não se pode confundir a jihad no sentido da luta irracional, caracterizada pela violência e intolerância, com o Islã. Assim como os rugidos do terror não podem nem devem ser confundidos com as vozes amplamente majoritárias do bilhão de pessoas que vivem no pacifismo da cultura e da religião monoteísta baseada no Alcorão.  Ontem, o protagonismo da barbárie era da al-Qaeda. Hoje, é do Estado Islâmico do Iraque e da Síria (Isis, na sigla em inglês, Daesh no acrônimo em árabe usado por Hollande em discurso).

Esse grupo nasceu por volta de 2004, no antigo Iraque de Saddam Hussein, pela capacidade articuladora do terrorista Abu Musab al-Zarqawi, que seguia um manual escrito por um ideólogo da selvageria, Muhammad Khalil al-Hakaymah, para quem os estados inimigos do Califado deveriam ser derrotados pelo “poder do vexame e da exaustão”. A autoproclamada al-Qaeda iraquiana quase feneceu depois de fundada, mas por trapaças da história conseguiu se revigorar ao fim da guerra empreendida pelo presidente americano George W. Bush. Evoluiu para um exército de jihadistas internacionais que, agora sob o distintivo do Isis, dedica-se a fomentar o caos em cultos de morte às liberdades, na defesa de fidelidade absoluta à uma interpretação literal, à sua maneira, dos textos religiosos.

Eles não suportam a vida em liberdade, como lembrou a chanceler alemã Angela Merkel, referindo-se às vítimas em Paris: “Elas queriam viver a vida de pessoas livres em uma cidade que celebra a vida. Os assassinos odeiam essa vida de liberdade”.  A tragédia parisiense, como observou o presidente americano Barack Obama, resgata à memória coletiva o fato de que liberdade, igualdade e fraternidade não são apenas valores que o povo francês se importa tão profundamente, “são valores que todos partilhamos”, e, a resiliência moldada nesses valores vai “muito além de qualquer ato de terrorismo ou a visão de ódio daqueles que perpetraram os crimes”.

Confortada pela solidariedade global, a França reage indicando a dimensão interna e externa da tragédia: Paris amanheceu ontem com o Exército nas ruas e o país de fronteiras fechadas, sob o decreto de estado de emergência, o que não acontecia desde 2005, com suspensão até do direito constitucional de manifestação. Os franceses demonstraram sentimento de união contra o terror. Notável o gesto espontâneo dos parisienses, difundido pelas redes sociais durante a madrugada, de abrir suas casas para abrigar pessoas impedidas de retornar aos próprios lares em consequência da abrupta paralisação do sistema de transporte coletivo. Ainda mais simbólica, talvez, tenha sido a cena da multidão que deixou a arena de futebol Stade de France — um dos alvos dos ataques—, entoando La Marseillaise, hino nacional, marcha de impulso ao ânimo patriótico ao qual o general Napoleão Bonaparte atribuía o valor de “muitos canhões”.

Foi o pior ato terrorista na Europa em 11 anos, desde os atentados coordenados em Madri, quando morreram 191 pessoas e 1.800 ficaram feridas. Sete terroristas suicidaram-se nas explosões, um oitavo foi morto pela polícia e, tudo indica, ainda há uma rede doméstica a ser desvendada — sem ela seria inviável a logística na preparação e determinação dos alvos. Tudo às vésperas da Conferência Mundial do Clima, em Paris, com participação prevista de 130 chefes de Estado e de governos.

Provas preliminares sugerem não ter sido coincidência eventos como de quinta-feira em Beirute, no Líbano, quando mais de 40 pessoas foram mortas num ataque bomba que tinha como alvo o Hezbollah, aliado xiita do Irã, em guerra contra o Estado Islâmico. E, também, no início do mês, quando um avião russo com mais de 200 passageiros foi derrubado, por explosão, em sobrevoo pelo Egito. O Estado Islâmico assumiu os dois atentados e, ontem, o de Paris.

É possível que a contundência na resposta “sem piedade”, anunciada por Hollande, venha a ser dada em breve por uma coalizão de França, Estados Unidos, Inglaterra, Alemanha sob renovados protestos da Rússia e a pragmática desconfiança do Irã. Esboça-se uma ação militar coordenada e de grande escala contra a insurgência jihadista que ocupa grandes áreas da Síria e do Iraque, incluindo Mosul, a segunda maior cidade iraquiana. [nunca é demais lembrar que nas áreas eleitas para alvos dos ataques da coalizão, residem milhões de civis inocentes e que estão sob o jugo do Estado Islâmico. Deverão ser abatidos? A vida de um cada um dos terroristas que morrerão nos nos ataques  vale a de dezenas de inocentes?]

É o cenário de maior probabilidade, na sequência do massacre de Paris. As consequências são imprevisíveis, a começar para o horizonte econômico de curto e médio prazo — o reflexo nos preços do petróleo, por exemplo. A questão é se essa seria uma empreitada sábia. O êxito na luta contra o terror não pode e não deve depender apenas da eficácia militar. Será preciso um esforço multilateral, maior do que já se fez, muito mais consistente, para sufocar o financiamento dos grupos terroristas e criar condições efetivas de paz no Oriente Médio.


Fonte: Editorial - O Globo

terça-feira, 29 de setembro de 2015

Obama se alia aos jihadistas contra os cristãos



Obama lança refugiados cristãos aos leões 

Membros da comunidade cristã iraquiana da Califórnia e os seus apoiadores protestam contra a
detenção de meses de duração dos requerentes de asilo cristãos iraquianos no centro de
detenção de Otay Mesa.

O destino daqueles cristãos iraquianos que fugiram do Estado Islâmico apenas para serem encarcerados nos Estados Unidos finalmente foi decidido pela administração Obama: eles deverão ser jogados de volta para os leões, onde eles provavelmente serão perseguidos se não forem abatidos assim como muitos cristãos iraquianos antes deles.
Quinze dos 27 cristãos iraquianos, que foram detidos em um centro de detenção em Otay Mesa, Califórnia, por aproximadamente seis meses, devem ser deportados nas próximas semanas. Alguns já foram deportados e outros estão sendo acusados de fraude de imigração.

Muitos da comunidade cristã iraquiana em San Diego – incluindo cidadãos americanos membros de suas famílias defendendo os refugiados, tinham esperança de que eles acabariam por serem libertados. Mark Arabo, um porta-voz da comunidade caldéia, 
argumentou que "Eles escaparam do inferno [EI]. Vamos permitir que se reúnam com suas famílias". Uma das mulheres detidas tinha implorado para ver sua mãe doente antes de morrer. A mãe morreu antes que eles pudessem se reunir, e agora a filha está para ser deportada, possivelmente, de volta para o inferno do Estado islâmico.  Por que os cristãos perseguidos são os refugiados menos desejados nos Estados Unidos?  Por que as minorias cristãs, que são as que mais sofrem com o caos que envolve todo o Oriente Médio, são as menos desejadas nos Estados Unidos?

A resposta é que a administração Obama define refugiados como pessoas "perseguidas por seu governo." Em outras palavras, os únicos refugiados "reais" são aqueles resultantes das ações de Bashar Assad. Quanto àqueles que estão a ser violados, massacrados, e escravizados com base em sua identidade religiosa pelas chamadas forças "rebeldes" que combatem Assad – incluindo o Estado-islâmico – seu status como refugiados é evidentemente considerado duvidoso na melhor das hipóteses.

Como Abraham H. Miller argumenta em "Não há lugar na América para os refugiados cristãos" :  "Que diferença faz saber qual exército põe em perigo a vida de cristãos inocentes? Os cristãos estão ainda sendo abatidos por serem cristãos, e seu governo é incapaz de protegê-los. Será que algum grupo tem que vir junto, como os grupos judaicos fizeram durante o Holocausto – e  sardonicamente garantir que sejam seres humanos reais? "

Os cristãos árabes têm sido demonizados no Ocidente por apoiarem ditadores seculares.
Na verdade, desde o início da interferência ocidental no Oriente Médio no contexto da "Primavera Árabe", os cristãos foram demonizados por serem solidários a ditadores seculares como Assad. Num artigo de 04 de junho de 2012 que discute a turbulência no Egito e na Síria, Robert Fisk do The Independent zombou do apoio dos cristãos coptas ao candidato presidencial egípcio "Ahmed Shafiq, o legalista Mubarak, [e rival de Morsi da Irmandade Muçulmana], e que Assad conta com o apoio dos cristãos sírios. Os cristãos apóiam os ditadores. Não muito diferentes, não é?”

Mais de três anos depois, a "Primavera Árabe" apoiada pelo ocidente provou ser um fracasso abismal e as mesmas minorias cristãs que Fisk censurou foram, como esperado, perseguidas de forma sem precedentes na era moderna. Mesmo sem a definição de refugiados como sendo pessoas "perseguidas por seu governo," a administração Obama parece nunca perder uma oportunidade para exibir seu viés em favor dos muçulmanos contra os cristãos. O Departamento de Estado dos EUA tem o hábito de convidar dezenas de representantes muçulmanos, mas nega vistos a representantes cristãos solitários.

Enquanto ignora habitualmente o massacre dos cristãos nigerianos nas mãos do Boko Haram, o governo apelou para os "direitos humanos" dos assassinos jihadistas.
E quando perseguidos coptas planejavam se juntar à revolução anti-Irmandade Muçulmana, Obama disse não. Depois, há o fato de que cada nação árabe em que a administração Obama tem se intrometido especialmente a Líbia e a Síriatem presenciado uma queda drástica nos direitos humanos das minorias cristãs.  Refugiados cristãos, fugindo dos mesmos muçulmanos que estão sendo autorizados a imigrar aos milhares, estão sendo jogados de volta aos leões.  O viés da administração Obama é evidente, mesmo em relação à passagem ilegal dos cristãos iraquianos pela fronteira EUA-México, ocasião em que foram presos. WND observa corretamente: "Ao mesmo tempo em que o governo de Obama está deportando cristãos, tem, ao longo dos anos, recebido centenas de imigrantes muçulmanos da África e do Oriente Médio que cruzaram a fronteira sul da mesma forma os caldeus fizeram."

Enquanto isso, quando a administração Obama esmiúça a definição de refugiado e a usa contra as minorias cristãs severamente perseguidas, verifica-se que quatro em cada cinco imigrantes – ou 80 por cento – não são sequer da Síria.

E enquanto as minorias cristãs representam pouca ameaça para os Estados Unidos – de fato, eles na realidade trazem benefícios à segurança dos EUAos muçulmanos em todos os EUA estão apoiando o Estado islâmico e clérigos muçulmanos estão contando com o afluxo de refugiados para conquistar nações ocidentais, na tradição Islâmica da Hijra, ou jihad pela emigração.

Como diz o Alcorão em 4:100: “Mas quem migrar pela causa de Allah, achará, na terra, amplos e espaçosos refúgios. E quem abandonar seu lar, migrando pela causa de Deus e de Seu Mensageiro, e for surpreendido pela morte – sua recompensa caberá à Allah”.
No uso islâmico, a "causa de Allah" é sinônimo de jihad para capacitar e fazer cumprir as leis de Allah na terra, ou Sharia. Neste contexto, ao imigrarem para terras ocidentais os muçulmanos ganham de qualquer maneira: se eles morrerem no processo de alguma forma, o paraíso é deles se não o fizerem, os "locais e abundância" do Ocidente são deles.

Enquanto os verdadeiros refugiados cristãos, fugindo das mesmas forças muçulmanas hostis estão sendo autorizados a entrar na Europa, na América aos milhares são jogados de volta para os leões pela administração Obama.

Publicado no: The Gatestone Institute.

Tradução: William Uchoa