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quinta-feira, 22 de junho de 2023

Destroços são encontrados em área de busca por submarino, diz Guarda Costeira dos EUA - O Globo

Submarino que realizava uma expedição até os destroços do Titanic desapareceu nesta segunda-feira Divulgação

Um campo de destroços perto dos escombros do Titanic foi descoberto dentro da área de busca pelo submarino desaparecido, anunciou a Guarda Costeira dos Estados Unidos. Especialistas do comando do órgão estão avaliando as informações, encontradas por um dos robôs controlado remotamente (ROV) empregados nos esforços de busca. As autoridades americanas anunciaram uma coletiva de imprensa para 15h, no horário local (16h em Brasília).

A intensa operação de busca do submersível Titanic, que desapareceu no domingo com cinco pessoas a bordo quando se dirigia para os destroços do Titanic no Atlântico Norte, entrou esta quinta-feira numa fase crítica, à medida que as reservas de oxigênio se esgotam. Uma flotilha de aviões e embarcações e tecnologias especializadas participam das buscas pelo submersível turístico.

"Um campo de destroços foi descoberto dentro das áreas de busca por um ROV perto do Titanic. Especialistas do comando unificado estão avaliando a informação", diz o comunicado da Guarda Costeira dos EUA.

Mais cedo, a Guarda Costeira americana havia anunciado que um robô canadense chegou ao fundo do oceano na região em que o submersível desapareceu. Também confirmou o início da operação do robô Victor 6000, que tem um cordão umbilical de oito quilômetros e pode atingir uma profundidade mais do que o suficiente para chegar ao local do naufrágio do Titanic no leito marinho, a quase quatro quilômetros de profundidade.

A comunicação com o pequeno submersível Titan foi perdida no domingo, quase duas horas depois de o equipamento iniciar a descida em direção ao que restou do famoso transatlântico, a quase 4.000 metros de profundidade e a cerca de 600 quilômetros de Terra Nova.

Viajam no submersível o bilionário e aviador britânico Hamish Harding, presidente da empresa de jatos particulares Action Aviation; o empresário paquistanês Shahzada Dawood, vice-presidente do conglomerado Engro, e seu filho Suleman; o mergulhador francês Paul-Henri Nargeolet, e Stockton Rush, CEO da OceanGate Expeditions, a companhia que opera o Titan, que cobra US$ 250.000 (aproximadamente R$ 1,2 milhão) por turista.

Mundo - O Globo


terça-feira, 29 de novembro de 2022

Pacheco quer votar quinquênio para aumentar salário de juízes; entenda proposta

De acordo com o texto, os integrantes [MEMBROS - título que os desvincula da condição de servidores públicos = quando de fato e de direito todos eles  são SERVIDORES DO POVO = SERVIDORES PÚBLICOS] do Judiciário federal e do Ministério Público podem receber até sete aumentos salariais

O presidente do Senado, Rodrigo Pacheco (PSD-MG), incluiu na pauta da sessão de amanhã a Proposta de Emenda Constitucional (PEC) 63/13, que prevê novamente o quinquênio, um aumento automático de 5% nos vencimentos salariais de juízes a cada cinco anos. De acordo com o texto, os integrantes do Judiciário federal e do Ministério Público podem receber até sete aumentos salariais. [COMENTANDO: o Pacheco no desempenho das funções de presidente do Senado tem agido com excesso de falta  de coragem, com omissão e preocupação em não causar problemas;
mas, para aumentar salário ele age prontamente = os MEMBROS do Legislativo vão querer o mesmo = afinal são MEMBROS de um Poder - os senadores entram fácil; já os deputados, com mandato de 4 anos para entrar no trem  terão dois caminhos: - ou se reelegem e já no primeiro ano do segundo ganham o quinquênio ou então reduzem os 5 anos para 4 anos = o quinquênio vira quadriênio e ninguém perde. 
Quanto ao eleito, que  já cumpriu dois mandatos de Presidente da República = MEMBRO do Poder Executivo = de quatro anos, já garantiu um quinquênio. 
Até o estrupício da Dilma, mesmo tendo sido impedida, tem um quinquênio garantido.]
 

O benefício foi restabelecido pelo Conselho da Justiça Federal (CJF) para parte dos magistrados federais, no último dia 16 — estava suspenso desde 2006. Responsável por julgar a demanda, o órgão é um colegiado formado em parte por integrantes da própria Justiça Federal. Compõem o colegiado ministros do Superior Tribunal de Justiça (STJ) e desembargadores federais.

Pacheco tinha sinalizado que poderia colocar a PEC em votação e defendeu o apoio à pauta. Segundo o senador, o resgate do penduricalho é importante para a "valorização" da carreira da magistratura e para compensar "privações", como não poder ter outro emprego.

"É importante para ter uma carreira estimulada e profissionais independentes", afirmou. De acordo com o presidente do Senado, que se dispôs até mesmo a relatar a proposta, a extensão do quinquênio para aposentados e pensionistas da magistratura precisa ainda ser discutida no Congresso.

Impacto
O pagamento do quinquênio, porém, pode ser restabelecido com pagamento retroativo de 16 anos de suspensão e com correção pela inflação. O CNJ afirma não ter a estimativa do impacto financeiro da decisão. São contemplados apenas integrantes da Justiça Federal — Ministério Público, Justiça do Trabalho e Justiças Estaduais estão de fora da benesse. [alguém acredita que ficarão de fora???]Segundo projeção do consultor legislativo do Senado Luiz Alberto dos Santos, um juiz empossado em 1995, por exemplo, poderá receber mais de R$ 2 milhões em atrasados.
 
O adicional por tempo de serviço (ATS) e uma série de vantagens que ficavam de fora do teto foram eliminados pelo CNJ. Na época, o vencimento da magistratura fora limitado a R$ 21 mil, equivalentes ao que recebiam os ministros do Supremo Tribunal Federal. Hoje, o teto é de R$ 39,3 mil e, se aprovado no Congresso o reajuste de 18% — pedido pelo ex-presidente do STF, ministro Luiz Fux, em café da manhã com lideranças da Câmara dos Deputados, em 29 de junho passado — chegará a R$ 46,3 mil.
 

O CJF atendeu a um pedido da Associação dos Juízes Federais (Ajufe). A entidade argumenta que o adicional não podia ter sido cancelado para juízes que tivessem o alegado direito adquirido antes da decisão do CNJ. A entidade usou como base precedente do STF que beneficiou servidores e considerou que o bônus deveria continuar a valer para aqueles que já o recebiam.

Segundo a Ajufe, o pedido "teve por base o entendimento do STF de que todos os juízes brasileiros devem ter igual tratamento". "Por esse entendimento, ficam assegurados aos juízes federais todos os direitos garantidos aos magistrados da Justiça Estadual, assim como o contrário", diz a associação.

Política - Correio Braziliense

 

terça-feira, 22 de março de 2022

O maior sequestro da história - Percival Puggina

Não, não me refiro a valor do resgate pago a sequestradores. O que tenho em mente é o imenso valor do bem sequestrado, que tem vínculo estreito com o sucesso, ou com o fracasso de uma nação.  

Em nosso país, a Educação foi sequestrada por interesses políticos, ideológicos e corporativos que a mantêm cativa, sob ferrolhos, impedindo-a de cumprir suas funções enquanto muitos dela se aproveitam para os próprios fins.

O art. 206 da Constituição Federal não deixa margem para fanatismos paulofreireanos. Nenhuma “autonomia” do professor, da escola, do departamento, da universidade, do Conselho, do sindicato pode desrespeitar o disposto no inciso III do art. 206 da Constituição Federal quando dispõe que o ensino será ministrado com “pluralismo de ideias e de concepções”. Mas para ler e entender isso é preciso não ser analfabeto.

Há um incompreensível silêncio sobre o dado divulgado em junho do ano passado pelo IMD World Competitiveness Center, que comparou a prosperidade e a competitividade de 64 nações. 
No eixo que avalia a Educação, o Brasil ficou em último lugar! Não surpreende o resultado, num país em que relacionar atividades pedagógicas a expectativas burguesas como competitividade e prosperidade é crime hediondo, punido com “cancelamento” definitivo do infeliz que o fizer. 

Quem desejar um Brasil mais qualificado sob o ponto de vista educacional terá que arrumar um banquinho e aguardar pelo menos uma geração inteira. Isso se começarmos amanhã de manhã bem cedo. Afinal, o fique em casa deixou nossas crianças por dois anos sem aula minimamente proveitosa e a Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios (PNAD Contínua 2021) apontou um aumento de 66,7% no número de crianças de 6 a 7 anos que não sabem ler nem escrever!

"Uma geração inteira?", talvez exclame, preocupado, o leitor destas linhas. Sim, uma geração inteira porque para podermos alfabetizar melhor nossas crianças será preciso refazer um longo percurso que começa pela formação dos professores naquelas usinas dos recursos humanos do sistema que são as universidades. Ao mesmo tempo, haverá que abrir caminho até os registros e válvulas que comandam a entrada e saída de recursos do erário. E, também concomitantemente, acabar com as iniquidades instaladas na tradição brasileira, entre elas a que faculta ensino superior gratuito a quem pode pagar por ele. Em menos palavras: melhores professores, mais recursos financeiros, mais bom senso.

Por fim, se abrirmos a janela para espiar o Brasil real, será impossível não perceber que se instalou a cultura do não saber. Poucos são os alunos que querem aprender. Menos numerosos ainda os que têm hábitos de leitura. Separa-se o lixo na cozinha, mas não se separa o lixo inserido na Educação e nos meios de comunicação.

É a epifania da ignorância, cultuada em cativeiro e fanatismo.

Percival Puggina (77), membro da Academia Rio-Grandense de Letras, é arquiteto, empresário e escritor e titular do site www.puggina.org, colunista de dezenas de jornais e sites no país. Autor de Crônicas contra o totalitarismo; Cuba, a tragédia da utopia; Pombas e Gaviões; A Tomada do Brasil. Integrante do grupo Pensar+.

 

quinta-feira, 27 de janeiro de 2022

Em 24 horas, brasileiros resgataram R$ 900 mil de dinheiro ‘esquecido’

Foram 8,5 mil solicitações de devolução de valores parados em bancos e instituições financeiras 
 
Em menos de 24 horas, brasileiros resgataram R$ 900 mil 'esquecidos'
Em menos de 24 horas, brasileiros resgataram R$ 900 mil 'esquecidos' | Foto: Reprodução/Mídias Sociais

Apesar do “apagão” no site do Banco Central (BC), devido à grande quantidade de acessos simultâneos, os brasileiros conseguiram resgatar, em menos de 24 horas, cerca de R$ 900 mil em dinheiro “esquecido”, por meio do Sistema de Valores a Receber (SVR).

O novo sistema que foi tirado do ar pelo BC até que os problemas técnicos sejam solucionados permite ao cidadão consultar se tem algum valor a receber de instituições financeiras das quais tenha sido cliente em algum momento.

De acordo com o BC, há cerca de R$ 8 bilhões parados em bancos e demais instituições financeiras, que teoricamente poderiam ser sacados a qualquer momento.

Em menos de 24 horas, foram 8,5 mil solicitações de devolução de valores “esquecidos”. Os brasileiros que conseguiram completar a solicitação vão receber os recursos via Pix em até 12 dias úteis. Segundo o BC, o serviço será retomado “o mais breve possível”. “Essas demandas representam um pequeno primeiro passo diante do potencial de R$ 3,9 bilhões e 28 milhões de CPFs e CNPJs nessa primeira fase”, informou a instituição, em nota.

Enquanto o serviço esteve em funcionamento, 79 mil pessoas conseguiram consultar o SVR, de acordo com o BC. O Registrato, sistema do BC que fornece extrato das informações de uma pessoa com instituições financeiras, abriu essa funcionalidade. Até agora, a ferramenta só permitia consultas sobre dívidas, abertura de contas bancárias e remessas de dinheiro ao exterior. Para reaver os recursos, o cidadão poderá pedir o resgate de duas formas. A primeira será diretamente via Pix, na conta indicada no Registrato, caso a instituição tenha aderido a um termo específico com o BC. Nos demais casos, o beneficiário informará os dados de contato no sistema, a instituição e o meio de pagamento ou transferência.

 

Leia também:

Revista Oeste


segunda-feira, 17 de fevereiro de 2020

Três erros da ideia de recriar a CPMF - VEJA



 Por Maílson da Nóbrega

A nova CPMF seria permanente, retiraria competitividade da indústria e agravaria a cunha fiscal que aumenta a taxa de juros para os tomadores finais

Custa a crer que o ilustre ministro Paulo Guedes, detentor de invejável bagagem intelectual e amplos conhecimentos econômicos e da história brasileira, insista na recriação de um tributo disfuncional como a CPMF. Sua Excelência alega que as distorções seriam menores do que os custos do desemprego. Assim, a medida viria a compensar a extinção dos encargos sobre a folha de salários, o que, no seu entender, contribuiria para aumentar o volume de postos de trabalho, conforme diz no jornal O Estado de S Paulo.

Enxergo três erros no raciocínio do ministro. O primeiro seria o de inscrever, no universo tributário brasileiro, um imposto em cascata, que se entranharia nos custos das empresas e lhes retiraria eficiência. Não há como isentar a CPMF no custo total dos produtos exportáveis, o que agravaria a já séria perda de competitividade da indústria brasileira. Os resultados seriam perdas de comércio e redução do potencial de crescimento da economia e da geração de empregos, o contrário do que se pretende.
O segundo erro seria o de tornar permanente uma tributação nociva à atividade econômica. A CPMF foi tolerada durante alguns anos, apesar de seus defeitos, porque era uma incidência temporária, que um dia seria extinta, como de fato aconteceu. Agora, o tributo seria permanente. Além disso, a experiência brasileira mostra que impostos ruins, mas fáceis de arrecadar, tornam-se veículo para aumentar instantaneamente a arrecadação em momentos de crise.
O que conforta é saber que tem tudo para que a ideia fixa do ministro venha a ser derrotada no Congresso. Isso, se ela não for abatida em pleno voo pelo presidente Jair Bolsonaro, que também já mostrou que a rejeita.
Há dois exemplos marcantes dessa realidade. O imposto de vendas e consignações, de competência dos Estados e extinto na reforma tributária de 1965, nasceu nos anos 1930 com alíquota de 0,5%, mas já atingia perto de 10% em alguns Estados quando desapareceu. O outro é a Cofins, que nasceu nos anos 1980 com a mesma alíquota de 0,5% e hoje está em mais de 9%. [temos também o IOF; até 2007, o percentual era mínimo, incidindo sobre qualquer operação de crédito.
Naquele ano, quando o condenado Lula perdeu a CPMF - a prorrogação foi derrotada no Senado, em ação comandada pela ex-senadora Kátia Abreu, antes de ser seduzida pela 'engarrafadora de vento' e se tornada militonta - aproveitou que as alíquotas do IOF podem ser modificadas por decreto e criou uma alíquota de 0,38%, aplicada no dia inicial do financiamento e uma de 0,0082%  aplicávem em cada dias subsequente.
Alguns desavisados dirão: 0,38% uma única vez, suportável.

Pois essa simples e 'suportável' alíquota é extremamente onerosa, especialmente nos tempos de inflação baixa, e foi o suficiente para acabar com a outrora 'fantástica' vantagem do cheque especial 10 dias sem juros.
Você para não gastar os cinco mil reais que estão na poupança - o que te faria perder o extraordinário "rendimento" mensal um pouco inferior a 0,26% - usa o cheque especial para atender a necessidade de R$5.000,00, por um único dia.
JURO ZERO e o IOF pelo primeiro dia - no caso único - 0,38%, que equivale ao rendimento da poupança de um mês e meio.]

O terceiro erro é não considerar o efeito da CPMF permanente, derivado de seu caráter de cunha fiscal nas operações de crédito. Uma das razões das altas taxas de juros para os tomadores finais de empréstimos é justamente a tributação das transações financeiras por três tributos: PIS, Cofins e IOF. A situação se agravaria com um quarto componente, que significaria 0,4% de custo adicional (0,2% no recebimento do crédito e 0,2% no seu resgate). Esse efeito é proporcionalmente maior do que nos tempos da antiga CPMF, pois agora a taxa de juros está cada vez mais baixa.

Para completar, as experiências internacional e brasileira mostram que reduções de encargos sobre a folha não costumam gerar empregos. É o que aconteceu no governo Dilma.

Maílson da Nóbrega, economista - política, economia e história 


segunda-feira, 10 de dezembro de 2018

Quebra-cabeça

Equipe do novo governo parece não se entender quanto à urgência de reformar a Previdência

Ideias que levam um candidato a conquistar a Presidência da República não são necessariamente as que o levam a governar. Conquistar o apoio da população pressupõe ganhar a opinião pública por meios retóricos, que não são os que podem ajudar a resolver os problemas mais urgentes do País. Um candidato deve, muitas vezes, escolher entre dizer a verdade sobre a situação econômica ou ocultá-la, esperando, entrementes, ganhar os corações. Acontece que a conquista dos corações pode ou não coincidir com escolhas racionais, baseadas em argumentos para transformar o País. É muito mais fácil eleitoralmente prometer empregos, como se fosse possível criá-los por passe de mágica, do que produzir riquezas, pressupondo contas públicas saneadas e assumindo a responsabilidade fiscal. Pouco foi dito, afora generalidades, sobre a necessidade de uma reforma da Previdência como condição para que o Brasil volte a crescer de forma sustentável.

O discurso do candidato Jair Bolsonaro foi, sobretudo, baseado na luta contra a corrupção, o resgate de valores conservadores e o combate ao petismo. Suas tiradas foram muito pertinentes e ele soube fazer excelente uso das redes sociais. No que toca a esses pontos, pode-se dizer que a formação de sua equipe é coerente com o que foi proposto eleitoralmente. Todavia as ideias de combate à corrupção e os valores morais e religiosos não são de nenhuma valia para a condução da economia de um país, salvo a honestidade no tratamento dos negócios públicos. Nada nos dizem sobre a necessidade, inelutável, de uma reforma da Previdência para o saneamento das contas públicas e a redução da dívida pública. Se nada for feito rapidamente, é o destino do Brasil e do próprio governo que estará em jogo. Aqui, a retórica e a demagogia terão alcance muito limitado. A verdade aparecerá logo ali, dentro de um ano ou, no máximo, dois.

MATÉRIA COMPLETA, clique aqui

sexta-feira, 25 de maio de 2018

Governo paga resgate, mas país continua refém



O baronato do transporte de carga sequestrou a rotina dos brasileiros sem levar o rosto à vitrine. Terceirizou o bloqueio de estradas aos caminhoneiros autônomos. No quarto dia, com o país submetido ao caos do desabastecimento, o Planalto cedeu integralmente às exigências. Em troca, obteve um armistício mixuruca de duas semanas, que não foi subscrito por todos os sequestradores da paz social. Quer dizer: o governo de Michel Temer pagou o resgate, mas o Brasil continua refém de uma ilegalidade: o locaute (pode me chamar de greve de patrões) é proibido pela legislação brasileira.

Nas palavras do negociador Eliseu Padilha, chefão da Casa Civil, o governo cedeu “tudo o que foi solicitado”. Isso inclui o tabelamento do preço do diesel por 30 dias e um subsídio para atenuar os reajustes até o final do ano. Para que a Petrobras não fique no prejuízo, o Tesouro Nacional (também conhecido como contribuinte) pagará à estatal a diferença entre o preço de mercado e o refresco servido à turma da roda presa. Coisa de R$ 5 bilhões até o final do ano, quando Temer será enviado de volta para casa. Ou para onde outro lugar.

Repetindo: armou-se algo muito parecido com uma versão envergonhada do controle de preços adotado sob Dilma Rousseff. A diferença é que, para não impor novos prejuízos à Petrobras, o custo do subsídio migrou do passivo da estatal para o bolso da plateia —que muita gente acredita ser a mesma coisa. Como dinheiro público não é gratuito, será necessário cortar os R$ 5 bilhões de outras áreas da administração pública. A última vez que o governo teve de fazer isso, transferiu verbas do seguro desemprego para cobrir o calote aplicado no BNDES pela Venezuela e por Moçambique. [nada impede que o governo transfira o que deixa de arrecadar com a benesse dada aos empresários do transporte para o contribuinte que consome gasolina - aumentando a alíquota do CIDE e PIS/COFINS que incide sobre a gasolina - algo do tipo ele faz com o IOF quando precisa aumentar a arrecadação, mediante aumento da alíquota o que pode fazer por decreto.]
Numa evidência de que o patronato utilizou os caminhoneiros como bonecos de ventríloquo, incluiu-se no acordo o compromisso do governo de não permitir que o Congresso reonere a folha salarial do setor. De novo: a folha das empresas transportadoras continuará isenta do pagamento de imposto. Tudo isso mais a redução de taxas e tributos que incidem sobre o diesel.

Admita-se que o governo não tinha outra alternativa senão negociar. Mas precisava fazer isso de joelhos? Não poderia ter condicionado as concessões à desinterdição prévia das rodovias? Era mesmo necessário passar a mão na cabeça do patronato que trafega no acostamento da legislação. Na manhã desta sexta-feira, ainda faltarão mantimentos na gôndola, combustível na bomba e remédios na prateleira. Mas nenhuma mercadoria é mais escassa no momento do que a autoridade presidencial.

Michel Temer tornou-se uma pequena criatura. Ninguém ignora que o personagem brigou para permanecer ao volante. Mas falta-lhe um itinerário. Consolidou-se como um ex-presidente no exercício da Presidência.

Blog do Josias de Souza


 

quinta-feira, 6 de julho de 2017

Militar se deita no asfalto por meia hora para socorrer jovem atropelada

Militar orientou a jovem atingida por uma motocicleta a se deitar e segurou sua cabeça e seu pescoço para que ela não lesionasse a coluna

 
Um cabo do Exército deitou-se no asfalto e segurou o pescoço e cabeça de uma jovem vítima de atropelamento por quase meia hora para evitar que ela tivesse alguma lesão na coluna cervical. A ação aconteceu na noite da terça-feira (4/7) na EPNB. Romário Rogério Rodrigues de Carvalho conta que voltava para casa, no Riacho Fundo, quando notou o acidente. A vítima, Gabriela, 17 anos, tinha sido atingida por uma motocicleta e estava com o rosto sangrando.
 
Treinamento 
Ele não teve dúvidas em ajudar a jovem. "Como militar, tive treinamento no quartel. Eles pregam muito isso, de ajudar no atendimento em caso de acidente", conta Carvalho. 
 
O cabo relata que aguardou por quase 30 minutos a chegada do socorro. Nesse tempo, instruiu a vítima a deitar no chão, pois acreditava que ela poderia desmaiar. Além disso, verificou a condição das pernas e braços de Gabriela e estabilizou sua cervical, para evitar danos à coluna. "Também conversei para mantê-la acordada", conta. O condutor da moto que atropelou a jovem também esperou no local a chegada do resgate. A vítima foi levada pelos Bombeiros para o Hospital de Base.

 Fonte: Correio Braziliense


terça-feira, 21 de junho de 2016

Beltrame: informação sobre plano de resgate no hospital chegou incompleta - bandido só deve ser atendido em Unidade Penal, não havendo vagas que aguarde. Se não conseguir aguardar e morrer, a sociedade agradece

Secretário de Segurança diz que ‘se houvesse mais policiais, poderia ocorrer carnificina’

O secretário de Segurança, José Mariano Beltrame, disse que não houve falha na comunicação entre as polícias e a inteligência da secretaria sobre a necessidade de reforço na custódia do traficante Nicolas Labre Pereira de Jesus, o Fat Family, no Hospital Souza Aguiar. Segundo ele, a informação sobre a possibilidade de resgate do bandido chegou de maneira incompleta, na última quinta-feira, e que, de imediato, cinco policiais, por turno, passaram a fazer a guarda do traficante.  — Só neste fim de semana, a PM tinha 10 custódias para fazer, sendo que, em dois casos, havia a possibilidade de resgate. Um preso num hospital é um policial a menos nas ruas num estado que já está carente em seu efetivo. Se houvesse mais policiais, poderia ocorrer uma carnificina — enfatizou Beltrame, que anunciou que a custódia passará a ficar a cargo da unidade que prender o bandido, e não mais do batalhão onde é localizado o hospital, como ocorre atualmente.

POLICIAIS SERÃO INVESTIGADOS
Beltrame determinou ainda que fosse instaurada uma averiguação para ver se não houve facilitação na fuga do traficante por parte dos policiais militares:  — Tentamos transferir o bandido desde que ele deu entrada no hospital, mas os médicos disseram que ele teria que ser submetido a uma cirurgia na segunda-feira (ontem) — disse Beltrame.

Em nota, a Secretaria municipal de Saúde desmentiu que o traficante não tivesse condições de transferência: “Em nenhum momento o Hospital Municipal Souza Aguiar recebeu solicitação da Polícia Militar para transferir o paciente custodiado, que estava com quadro estável e sem restrições clínicas para a remoção para outra unidade". Ainda segundo o documento, “para continuidade do tratamento havia indicação de cirurgia eletiva, que poderia ser realizada posteriormente e em outra unidade”. Segundo o jornal “Extra”, a direção do Hospital Souza Aguiar ligou, na última quarta-feira, às 9h06m, para a direção da UPA Dr Hamilton Agostinho Vieira de Castro, em Bangu, pedindo a transferência do preso, mas a direção da unidade penal teria dito que não poderia receber o traficante porque não tinha possibilidade de operá-lo.

O resgate do traficante Fat Family expôs a precariedade do sistema de saúde das penitenciárias do Rio. Ontem, outros 12 presos permaneciam internados em unidades hospitalares dos município. Desses, 11 tinham condições clínicas para transferência, mas segundo médicos não havia vagas na UPA penal, única unidade hoje para tratamento ambulatorial dos 50 mil internos do sistema penitenciário.

Beltrame sugeriu a instalação de um hospital de campanha dentro do Complexo Penitenciário de Gericinó para atendimento dessas emergências. A finalidade seria evitar situações de risco como a que ocorreu no fim de semana.


Fonte: O Globo