Além
de anunciar medidas que possam dar um “choque de animação” na economia,
se vier a assumir cargo de presidente para completar o mandato de Dilma
Rousseff, Michel Temer deve comunicar ao público em geral e aos
políticos em particular que encerra por aí sua carreira de candidato a
quaisquer cargos eletivos.
Ele recebeu o conselho de abrir mão de
pretensões futuras de Nelson Jobim. O ex-ministro da Justiça, da Defesa
e do Supremo Tribunal Federal apresentou a Temer uma série de
pré-requisitos para obter êxito no possível comando da transição entre o
impeachment e uma nova eleição. Esse foi um deles e que tem sido
examinado com seriedade, pois, segundo seus aliados, seria fundamental
dar um sinal de desprendimento pessoal a fim de pacificar os ânimos na
política e na sociedade. Nessa percepção, tal desistência
facilitaria as articulações tanto para a composição da equipe de governo
quanto para a articulação de uma base parlamentar ampla, forte e fiel.
Além de firmar diante do País uma boa impressão: a de que não
pretenderia fazer uso eleitoral da Presidência.
Outros pontos do
receituário de Jobim que foram aceitos com entusiasmo e, por isso,
incorporados pelo vice e seu grupo, foram os seguintes: montar um
ministério irretocável, não perseguir politicamente ninguém (leia-se PT)
– retirando do dicionário a palavra “vingança” – e não tentar
influenciar as eleições municipais e escolhas da candidatura
presidencial em São Paulo, seu Estado de origem. Neste ponto, o
ex-ministro Eliseu Padilha – cotado para a chefia da Casa Civil – vai
mais longe adiantando que Temer não pode nem vai interferir em lugar
algum, seja município ou Estado, para tentar favorecer o PMDB.
Não
por altruísmo, mas por cálculo político. Levando em conta que vai
precisar do apoio do maior número possível de partidos (fala-se numa
base de 17 ou 18 legendas) Michel Temer não pode criar atrito com
ninguém. Inclusive porque nem precisa. No PMDB tem gente de sobra para
organizar as disputas eleitorais de forma favorável ao partido. Ainda no
tema candidaturas, os peemedebistas mantém a ideia (na verdade, mais
forte do que nunca) de concorrer à Presidência em 2018, coisa que não
fazem há cerca de 20 anos.
Quanto ao programa de governo
propriamente dito, a prioridade obviamente é a economia. A retomada da
produção e, com isso geração de empregos. No grupo de Temer a isso dá-se
o nome de “animação econômica”. Todos os integrantes da turma sabem que
viradas em prazo curto são impossíveis, mas acreditam conseguir pôr em
prática ações para estancar a queda da atividade econômica, a fim de
colocá-la em “viés de alta”, e reunir apoio do Congresso para aprovar
medidas necessárias ao ajuste fiscal.
Reformas estruturais
(política e trabalhista), à exceção de alguma coisa na Previdência,
ficam para um segundo momento ou para o próximo governo. Já uma
reformulação na distribuição de receitas hoje concentradas na União,
entre Estados e municípios está entre os assuntos considerados urgentes.
Em resumo, serão três os eixos a serem enfrentados: economia, políticas
sociais e infraestrutura.
No tocante aos nomes de prováveis
integrantes do primeiro escalão pode até haver definições, mas são
mantidas em sigilo. De realidade, o que existe é que hoje Romero Jucá
seria o ministro do Planejamento; Henrique Meirelles da Fazenda; Temer
preferindo José Serra na área social e decidido a consultar os
comandantes do Exército, Marinha e Aeronáutica antes de escolher o
ministro da Defesa. Na Justiça, alguém que tenha especial sensibilidade
para o tema dos Direitos Humanos. Carlos Ayres Britto, ex-ministro do
STF, se encaixa no perfil e, embora não seja o único cogitado, é o
preferido de gente influente junto a Michel Temer.
Fonte: Dora Kramer - O Estado de São Paulo
Este espaço é primeiramente dedicado à DEUS, à PÁTRIA, à FAMÍLIA e à LIBERDADE. Vamos contar VERDADES e impedir que a esquerda, pela repetição exaustiva de uma mentira, transforme mentiras em VERDADES. Escrevemos para dois leitores: “Ninguém” e “Todo Mundo” * BRASIL Acima de todos! DEUS Acima de tudo!
quinta-feira, 28 de abril de 2016
Decisão acertada - O Brasil é uma Nação Soberana e não precisa de inutilidades como MERCOSUL e UNASUL
A
saída de senadores e deputados brasileiros da solenidade do Parlamento
do Mercosul (Parlasul), em comemoração aos 25 anos da criação do bloco
econômico, em Montevidéu, no Uruguai, foi a mais acertada em reação à
postura do presidente da entidade, Jorge Taiana, diante da crise
política pela qual passa o Brasil. O argentino Taiana dispensou
tratamento inadequado aos representantes brasileiros na solenidade
comemorativa. Dos 20 parlamentares presentes, 17 abandonaram a sessão
plenária do Parlasul em discordância à decisão do presidente da entidade
considerada "uma humilhação" pela maioria dos brasileiros. A delegação
do Brasil foi posicionada na última fila do auditório onde seria
realizada a solenidade, atrás de funcionários de segundo e terceiro
escalões. Uma verdadeira inversão da hierarquia e bons modos.
Ligado por fortes laços com a ex-presidente da Argentina Cristina Kirchner, Taiana faz parte do pelotão bolivariano que ocupa postos estratégicos nos organismos internacionais do continente sul-americano. Um dia antes da plenária em comemoração à criação do Mercosul, o presidente do Parlasul, orgão de representação civil dos países-membros, divulgou nota oficial em que condena o processo de impeachment da presidente Dilma Rousseff e omite opiniões que extrapolam a sua esfera de atuação. Chega ao ponto de dizer que o Brasil vive "situação escandalosa" e existe um golpe parlamentar em curso, "com a utilização forçada da lei do impeachment".
Diante do inusitado da situação criada pelo Sr. Taiana, a delegação parlamentar brasileira tem a intenção de cobrar do bolivariano kirchnerista uma explicação pela sua postura e pelas "palavras irresponsáveis" que usou ao contestar o processo de impeachment ora em curso durante a sessão plenária do Mercosul. O deputado Arthur Oliveira (PPS-BA) revelou que a delegação brasileira ficou surpreendida com as declarações de Taiana no site oficial do órgão de representação parlamentar dos países-membros do bloco econômico.
A tropa de choque do movimento bolivariano, criado pelo falecido presidente venezuelano Hugo Chávez, vem se movimentando em outros órgãos continentais para contestar o processo de impeachment em apreciação no Senado. Entre essas organizações está a União das Nações Sul-Americanas (Unasul), presidida pelo não menos bolivariano Ernesto Samper. O colombiano prega a expulsão do Brasil da entidade caso o impeachment de Dilma Rousseff seja aprovado pelo parlamento brasileiro. Ele inclusive encontrou-se recentemente com a presidente para expressar-lhe solidariedade.
Indiferente a essas movimentações dos bolivarianos, ministros do Supremo Tribunal Federal, como nos últimos dias se manifestaram Gilmar Mendes, Dias Toffoli e Celso de Mello, não deixam dúvidas de que o rito constitucional está sendo respeitado no processo de impedimento da presidente da República.
Ligado por fortes laços com a ex-presidente da Argentina Cristina Kirchner, Taiana faz parte do pelotão bolivariano que ocupa postos estratégicos nos organismos internacionais do continente sul-americano. Um dia antes da plenária em comemoração à criação do Mercosul, o presidente do Parlasul, orgão de representação civil dos países-membros, divulgou nota oficial em que condena o processo de impeachment da presidente Dilma Rousseff e omite opiniões que extrapolam a sua esfera de atuação. Chega ao ponto de dizer que o Brasil vive "situação escandalosa" e existe um golpe parlamentar em curso, "com a utilização forçada da lei do impeachment".
Diante do inusitado da situação criada pelo Sr. Taiana, a delegação parlamentar brasileira tem a intenção de cobrar do bolivariano kirchnerista uma explicação pela sua postura e pelas "palavras irresponsáveis" que usou ao contestar o processo de impeachment ora em curso durante a sessão plenária do Mercosul. O deputado Arthur Oliveira (PPS-BA) revelou que a delegação brasileira ficou surpreendida com as declarações de Taiana no site oficial do órgão de representação parlamentar dos países-membros do bloco econômico.
A tropa de choque do movimento bolivariano, criado pelo falecido presidente venezuelano Hugo Chávez, vem se movimentando em outros órgãos continentais para contestar o processo de impeachment em apreciação no Senado. Entre essas organizações está a União das Nações Sul-Americanas (Unasul), presidida pelo não menos bolivariano Ernesto Samper. O colombiano prega a expulsão do Brasil da entidade caso o impeachment de Dilma Rousseff seja aprovado pelo parlamento brasileiro. Ele inclusive encontrou-se recentemente com a presidente para expressar-lhe solidariedade.
Indiferente a essas movimentações dos bolivarianos, ministros do Supremo Tribunal Federal, como nos últimos dias se manifestaram Gilmar Mendes, Dias Toffoli e Celso de Mello, não deixam dúvidas de que o rito constitucional está sendo respeitado no processo de impedimento da presidente da República.
Fonte: EDITORIAL - CORREIO BRAZILIENSE
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Só restou a truculência
A
presidente Dilma Rousseff sofreu mais uma significativa derrota na
tramitação do processo de impeachment no Congresso. A comissão do Senado
que avalia o caso escolheu como relator o tucano Antonio Anastasia
(MG), ligado ao presidente do PSDB, Aécio Neves. Os governistas tentaram
de todas as formas impedir que Anastasia fosse eleito, mas o colegiado
foi implacável: seu nome foi avalizado com apenas 5 votos contrários
entre os 21 membros titulares, placar que reitera a galopante
desvantagem de Dilma na luta contra o impeachment.
Essa desvantagem tende a crescer, porque o presidente do Senado, Renan Calheiros (PMDB-AL), em quem o Palácio do Planalto depositava a esperança de manipular o processo em seu favor, demonstrou indisposição para interferir nas escolhas da comissão e no prazo para a conclusão dos trabalhos, que a maioria oposicionista pretende encurtar. Os seguidos reveses de Dilma e do PT no campo institucional – na Câmara, no Senado e no Supremo Tribunal Federal, que avalizou todo o processo de impeachment até aqui – certamente explicam o destempero do chefão petista Luiz Inácio Lula da Silva, que chamou sua tropa para ir às ruas e desestabilizar um eventual governo de Michel Temer.
Sem argumentos legais ou políticos para derrubar o impeachment, já que o afastamento de Dilma é consenso entre os brasileiros e segue estritamente a previsão constitucional, Lula deixou de lado o pouco que lhe restava de responsabilidade e partiu para o ataque frontal às instituições. Em encontro da Aliança Progressista, que reúne partidos de esquerda de várias partes do mundo, Lula disse que Dilma é vítima de “uma aliança oportunista entre a grande imprensa, os partidos de oposição e uma verdadeira quadrilha legislativa, que implantou a agenda do caos”. Essa frase – que estava num discurso escrito, ou seja, não foi dita de forma impensada – resume o atentado que Lula da Silva e seus comparsas estão dispostos a cometer contra a democracia no Brasil.
Incapaz de reunir os votos necessários para impedir o impeachment, nem mesmo depois de tentar comprar deputados num quarto de hotel em Brasília, Lula agora desqualifica o mesmo Congresso que lhe foi tão útil nesses anos todos – e que, acima de qualquer consideração sobre sua qualidade, foi eleito pelo voto direto e, portanto, é legítima representação popular. No discurso, Lula disse também que o impeachment é uma “farsa” que “envergonha o Brasil aos olhos do mundo”, como se a grande vergonha brasileira não fosse a devastadora corrupção capitaneada pelo PT e seus acólitos, que gangrenou as estruturas do Estado, arruinou a Petrobrás e rebaixou a política nacional a um ordinário balcão de negócios.
O que se vê é Lula fazendo o possível para ampliar essa vergonha, lançando no exterior sua campanha para desacreditar as instituições democráticas. Àqueles dirigentes partidários estrangeiros, o chefão petista disse que “em todo o mundo há vozes responsáveis alertando para os riscos de um golpe de Estado no Brasil” e pediu aos colegas que “levem a seus países a mensagem de que a sociedade brasileira vai resistir ao golpe do impeachment”.
O problema, para Lula, é que sua voz já não tem o vigor dos tempos em que se julgava um grande líder mundial. A campanha movida por ele e por Dilma para sensibilizar governos e entidades mundo afora contra o tal “golpe” tem sido um completo fracasso. Nem mesmo a União das Nações Sul-Americanas (Unasul), bloco de inspiração bolivariana, conseguiu aprovar alguma moção de repúdio ao impeachment.
Mas Lula não parece se importar com o vexame. [Lula veio do esgoto; pessoas do seu nível não se importam com vexame, sequer sabem o que é.] “As ameaças à democracia no Brasil e na América Latina dizem respeito a toda a comunidade mundial. Dizem respeito à luta entre civilização e barbárie”, disse o líder da tigrada. Ele tem razão: hoje, mais do que nunca, é preciso defender a civilização, calçada no respeito às leis, contra a barbárie, representada pela truculência daqueles que, por não terem mais um pingo de dignidade, não sabem perder.
Fonte: O Estado de São Paulo
Essa desvantagem tende a crescer, porque o presidente do Senado, Renan Calheiros (PMDB-AL), em quem o Palácio do Planalto depositava a esperança de manipular o processo em seu favor, demonstrou indisposição para interferir nas escolhas da comissão e no prazo para a conclusão dos trabalhos, que a maioria oposicionista pretende encurtar. Os seguidos reveses de Dilma e do PT no campo institucional – na Câmara, no Senado e no Supremo Tribunal Federal, que avalizou todo o processo de impeachment até aqui – certamente explicam o destempero do chefão petista Luiz Inácio Lula da Silva, que chamou sua tropa para ir às ruas e desestabilizar um eventual governo de Michel Temer.
Sem argumentos legais ou políticos para derrubar o impeachment, já que o afastamento de Dilma é consenso entre os brasileiros e segue estritamente a previsão constitucional, Lula deixou de lado o pouco que lhe restava de responsabilidade e partiu para o ataque frontal às instituições. Em encontro da Aliança Progressista, que reúne partidos de esquerda de várias partes do mundo, Lula disse que Dilma é vítima de “uma aliança oportunista entre a grande imprensa, os partidos de oposição e uma verdadeira quadrilha legislativa, que implantou a agenda do caos”. Essa frase – que estava num discurso escrito, ou seja, não foi dita de forma impensada – resume o atentado que Lula da Silva e seus comparsas estão dispostos a cometer contra a democracia no Brasil.
Incapaz de reunir os votos necessários para impedir o impeachment, nem mesmo depois de tentar comprar deputados num quarto de hotel em Brasília, Lula agora desqualifica o mesmo Congresso que lhe foi tão útil nesses anos todos – e que, acima de qualquer consideração sobre sua qualidade, foi eleito pelo voto direto e, portanto, é legítima representação popular. No discurso, Lula disse também que o impeachment é uma “farsa” que “envergonha o Brasil aos olhos do mundo”, como se a grande vergonha brasileira não fosse a devastadora corrupção capitaneada pelo PT e seus acólitos, que gangrenou as estruturas do Estado, arruinou a Petrobrás e rebaixou a política nacional a um ordinário balcão de negócios.
O que se vê é Lula fazendo o possível para ampliar essa vergonha, lançando no exterior sua campanha para desacreditar as instituições democráticas. Àqueles dirigentes partidários estrangeiros, o chefão petista disse que “em todo o mundo há vozes responsáveis alertando para os riscos de um golpe de Estado no Brasil” e pediu aos colegas que “levem a seus países a mensagem de que a sociedade brasileira vai resistir ao golpe do impeachment”.
O problema, para Lula, é que sua voz já não tem o vigor dos tempos em que se julgava um grande líder mundial. A campanha movida por ele e por Dilma para sensibilizar governos e entidades mundo afora contra o tal “golpe” tem sido um completo fracasso. Nem mesmo a União das Nações Sul-Americanas (Unasul), bloco de inspiração bolivariana, conseguiu aprovar alguma moção de repúdio ao impeachment.
Mas Lula não parece se importar com o vexame. [Lula veio do esgoto; pessoas do seu nível não se importam com vexame, sequer sabem o que é.] “As ameaças à democracia no Brasil e na América Latina dizem respeito a toda a comunidade mundial. Dizem respeito à luta entre civilização e barbárie”, disse o líder da tigrada. Ele tem razão: hoje, mais do que nunca, é preciso defender a civilização, calçada no respeito às leis, contra a barbárie, representada pela truculência daqueles que, por não terem mais um pingo de dignidade, não sabem perder.
Fonte: O Estado de São Paulo
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Renan joga pá de cal na tese golpista da nova eleição
“Qualquer cenário neste momento que signifique alterar a Constituição é muito difícil porque estamos vivendo um momento de crise, de conturbação política, econômica, e mudar a Constituição nesse momento é um consenso meio inatingível"
O fio de
esperança do petismo destrambelhado e do marinismo oportunista já não
existe. Renan Calheiros (PMDB-AL), presidente do Senado, que esteve
nesta quarta com Michel Temer (PMDB), vice-presidente, e com o senador
Aécio Neves (MG), presidente do PSDB, se encarregou de jogar uma pá de
cal na possibilidade de antecipar eleições.
Disse Renan:
“Qualquer cenário neste momento que
signifique alterar a Constituição é muito difícil porque estamos vivendo
um momento de crise, de conturbação política, econômica, e mudar a
Constituição nesse momento é um consenso meio inatingível”.
Essa talvez
seja a ideia mais esdrúxula surgida no Brasil nos últimos anos. Não só
pelo seu arreganhado oportunismo, mas também por sua escancarada
inconstitucionalidade. Chega a ser espantoso que esse debate tenha
prosperado sem que seus autores tenham se dado conta de que a proposta
fere cláusula pétrea da Constituição, especificamente o Inciso II do
Parágrafo 4º do Artigo 60.
A Carta
Magna veta Propostas de Emenda Constitucional que alterem a
periodicidade das eleições. “Ah, então o Brasil nunca poderá mudar uma
eleição, estabelecendo, por exemplo, mandatos executivos de cinco anos,
não de quatro?” Pode, claro! No bojo de uma reforma política e
eleitoral, não para cassar mandatos. Também o presidente da Comissão
Nacional de Direito Eleitoral da OAB, Erick Pereira, tachou a proposta
de inconstitucional.
Ainda nesta
terça, Lula esteve com Renan, e ambos teriam conversado sobre a
possibilidade de se recorrer a um plebiscito para antecipar eleições.
Bem, o dito-cujo poderia ser proposto por um terço dos parlamentares de
uma das Casas ou por Decreto Legislativo. Ocorre que não se pode propor
plebiscito sobre qualquer assunto. Os temas possíveis são aqueles
atinentes às funções do Congresso, especificados no Artigo 49 da
Constituição.
Sobraria a
possibilidade de um projeto de lei de iniciativa popular. Mas qualquer
alteração da data de eleições teria de ser feita por Proposta de Emenda
Constitucional, não por projeto de lei. De todo modo, reitere-se, o
Supremo certamente declararia a inconstitucionalidade da mudança se a
besteira não fosse abortada antes.
Espero que a
imprensa pare de perder tempo, energia e tinta com essa besteira. Se e
quando o Brasil tiver um regime parlamentarista, então criaremos regras
para a queda de gabinete, antecipação de eleições gerais etc. Enquanto o
regime foi presidencialista, não será assim. E a
Constituição prevê, no artigos 79, 80 e 81, a função do vice, em que
circunstância ele substitui o titular definitivamente e em que hipótese
se realizam eleições diretas ou indiretas caso ele também não possa mais
exercer o cargo.
Renan
afirmou que, no encontro que manteve com Michel Temer, defendeu a tese
de que uma agenda para o país é mais importante que a distribuição de
cargos. Ora, claro que sim! Mas me parece evidente que o agora vice tem
de ter um governo definido tão logo Dilma seja afastada. Renan
afirmou também que não deve votar, em meados do mês que vem, quando vai
presidir a sessão que apreciará o relatório da Comissão Especial do
Impeachment. Por maioria simples — metade mais um dos presentes —, os
senadores devem votar pela continuidade do processo, e Dilma deverá,
então, ser afastada.
Fonte: Blog do Reinaldo Azevedo
Ruralista vai pedir a Temer intervenção do Exército em caso de invasões
O presidente da Frente Parlamentar da
Agropecuária (FPA), deputado Marcos Montes (PSD-MG), disse que pretende
incluir pedido de intervenção do Exército em caso de invasão de terras e
bloqueios de estradas entre as propostas que irá entregar ao
vice-presidente Michel Temer. Segundo ele, para isso seria necessária
uma mudança na Constituição.
"Os Estados não suportam mais a confusão que às vezes se instala em suas regiões. Precisamos que esses movimentos não sejam mais municiados pelo governo, como tem ocorrido com o MST", disse ao chegar para uma reunião com Temer nesta quarta-feira, 27.
Para Montes, pedir essa intervenção não remete à ditadura militar. "Precisamos garantir o direito à propriedade", afirmou. Além da FPA, participam da reunião os presidentes das Confederações da Agricultura (CNA), da Indústria (CNI), das Cooperativas (CNCoop), de Empresas de Seguros Gerais, Previdência Privada e Vida (CNSeg) e de Saúde (CNS).
Fonte: Estadão
"Os Estados não suportam mais a confusão que às vezes se instala em suas regiões. Precisamos que esses movimentos não sejam mais municiados pelo governo, como tem ocorrido com o MST", disse ao chegar para uma reunião com Temer nesta quarta-feira, 27.
Para Montes, pedir essa intervenção não remete à ditadura militar. "Precisamos garantir o direito à propriedade", afirmou. Além da FPA, participam da reunião os presidentes das Confederações da Agricultura (CNA), da Indústria (CNI), das Cooperativas (CNCoop), de Empresas de Seguros Gerais, Previdência Privada e Vida (CNSeg) e de Saúde (CNS).
Fonte: Estadão
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Apenas caso de polícia
MTST faz atos em sete estados e no DF contra impeachment
[esses atos são baderna, vandalismo, contra baderneiros e vândalos se emprega a polícia usando a força necessária.]Protestos contra 'golpe' interditam vias e geram transtornos em 7 estados
Na cidade de São Paulo, há 14 pontos de interdição; Rio também tem protesto
Mais de 30 rodovias e avenidas do país foram bloqueadas na manhã
desta quinta-feira pelo Movimento dos Trabalhadores Sem Teto (MTST), que protestam contra o processo de impeachment da presidente Dilma Rousseff
e um eventual governo Michel Temer. [em 64 fizeram isto e foram derrotados; e os meios de repressão daquela época eram bem menos eficiente do que os atuais.] “O objetivo da mobilização é denunciar o golpe em curso no país e
defender os direitos sociais, que entendemos estarem ameaçados pela
agenda de retrocessos apresentada por Michel Temer caso assuma a
presidência” , diz nota enviada pelo MTST.
No Rio de Janeiro, houve manifestação na entrada da ponte Rio-Niterói, na BR 101 e na Avenida Brasil, próximo a São Cristóvão. O MTST protesta ainda em Minas Gerais, Rio Grande do Sul, Goiás, Ceará, Pernambuco e no Distrito Federal. Ainda na cidade de São Paulo, os manifestantes fecharam a pista local da Marginal Tietê, próximo ao Sambódromo, na Zona Norte. Há bloqueio no Morumbi, Zona Sul, na Avenida Giovanni Gronchi. Duas pistas da rodovia Rodovia Raposo Tavares também foram fechadas.
Fonte: O Globo
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Enterrar de novo o populismo
Os governos petistas sempre tiveram como meta
fortalecer as estatais como o melhor meio de combater as propostas de
privatização, reais ou imaginárias. Importante esta última ressalva
porque, a rigor, privatizar a Petrobras nunca entrou na pauta política
brasileira.
Mas isso não importava. Defender as estatais, eis o
discurso básico do PT. O partido também procurou desmontar a tese
implantada no governo FH, segundo a qual as companhias públicas deveriam
ser administradas profissionalmente, quase como se fossem privadas, por
executivos e quadros técnicos do setor.
Isso, dizia Lula, era neoliberalismo. Seria colocar as estatais a serviço do mercado e dos interesses privados. Vai daí, as estatais deveriam ser administradas
pelos quadros partidários, pelos companheiros, para que fossem
encaminhadas na direção correta. Essa direção era: ampliar as atividades e o alcance
das estatais; objetivos políticos e sociais eram mais importantes que
lucros ou valor de mercado; comprar e contratar no mercado nacional,
mesmo que a preços mais caros.
Fizeram isso, com requintes de populismo, como o de
entregar a administração de recursos humanos da Petrobras a
representantes dos sindicatos de petroleiros. Quebraram a estatal. Vamos falar francamente: a
Petrobras só não está em pedido de recuperação judicial porque é
estatal. Todo mundo espera que, em algum momento, o governo imprima
dinheiro para capitalizar a empresa.
A companhia tem problemas em todos os lados,
inclusive de excesso de pessoal e de pessoal mais bem remunerado que no
mercado. (Aliás, a ideia era exatamente essa). A Petrobras não quebrou apenas por corrupção. A
causa maior é a péssima administração, consequência daqueles
“princípios” estatistas.
Por isso estamos falando do assunto. O estatismo tem
sido dominante entre nós. E ainda hoje, muita gente partilha daquelas
ideias implantadas pelo PT. Diz esse pessoal: a coisa saiu mal por causa
da incompetência dos governos Lula e Dilma, e não porque a tese seja
errada. Esse é o grande risco que corremos. O modelo
populista está errado, a doutrina estatista é origem do fracasso. Nem um
gênio da gestão empresarial conseguiria evitar o desastre da Petrobras
nesse processo em que foi lançada por Lula.
Vai daí que será preciso aproveitar a oportunidade
para fazer o contrário, em tudo. Citamos mais a Petrobras porque é o
caso mais notável. Imaginemos uma teoria conspirativa: um presidente
neoliberal que tivesse a ideia macabra de quebrar a Petrobras para poder
fechá-la e, assim, coloca-se uma equipe talhada para produzir o
desastre. Pois não teria conseguido fazer o que a gestão petista aprontou.
Hoje, por exemplo, seria impossível privatizar a
Petrobras — a menos que se vendesse a preço de banana. E por falar
nisso, a ação da Petrobras não está mesmo valendo menos que um cacho de
bananas? Mas é possível — e absolutamente necessário — vender
pedaços da Petrobras e privatizar um monte de ativos. E o que sobrar
deve, sim, ser administrado por quadros do mercado, com regras de gestão
privada.
O presidente da companhia também deveria ser
procurado no mercado, inclusive no mercado internacional. Qual o
problema de se colocar um executivo chinês ou norueguês tomando conta da
Petrobras, conforme programas aprovados pelos conselhos? Isso vale para as demais estatais quebradas, como a Eletrobras.
E mais um programa de privatização não envergonhada.
Quando percebeu que não tinha mais dinheiro nem competência para
arrumar aeroportos, estradas, portos etc., o governo petista resolveu
concedê-los à iniciativa privada. Mas como era feio privatizar,
colocaram um monte de regras que tornaram o negócio menos atraente e
mais caro para os concessionários.
Por isso, isso andou mal. Fazendo o contrário, aqui há uma hipótese de rápida
retomada de negócios. Muitas empresas médias, nacionais e estrangeiras,
estão prontas para tomar o negócio das empreiteiras apanhadas na
Lava-Jato. O que não funciona é privatizar e dizer que o concessionário
não pode ganhar dinheiro ou só pode ganhar quanto o governo autorizar.
Tudo isso vale também para os bancos públicos. Todo o
mercado desconfia que estão em situação pior do que no final dos anos
90, quando o governo FH precisou colocar um monte de dinheiro no BB e na
Caixa. A contrapartida foi a gestão profissional nesses bancos, também desmontada pelos governos petistas. Quebraram de novo.
A tristeza disso é que os governos Lula/Dilma
estragaram o que estava pronto e funcionando. O que traz um certo ânimo é
que sabemos o que precisa fazer: é só repetir a combinação
privatização/profissionalização/equilíbrio das contas públicas. O país já havia conseguido enterrar o populismo
estatizante. Ressuscitou. Agora é preciso corrigir o desastre e colocar
esse populismo numa cova bem profunda, em algum cemitério privado,
claro.
Fonte: Carlos Alberto Sardenberg, jornalista - http://www.sardenberg.com.br/
quarta-feira, 27 de abril de 2016
Chora, Lindbergh! PT fracassa em barrar relator tucano na comissão do impeachment
Blog
comenta os melhores momentos da sessão tragicômica no Senado
O PT novamente fracassou em tirar a pá dos
coveiros de Dilma Rousseff. Raimundo Lira (PMDB-PB) e Antônio Anastasia
(PSDB-MG) foram confirmados nesta terça-feira como presidente e relator da
comissão especial do impeachment no Senado.
Petistas e comunistas auxiliares
choraram o quanto puderam contra a eleição do tucano Anastasia, mas prevaleceram as regras que
eles tanto desprezam quando não lhes são favoráveis.
Comentei em tempo real
no Twitter a sessão tragicômica.
Eis
as tuitadas:
–
Raimundo Lira (PMDB-PB) indefere questão de ordem contra relator: “Não há como dar interpretação ampliativa às
hipóteses de suspeição”.
– Gleisi
Hoffmann (PT-PR) resmunga contra relatoria de Antônio Anastasia (PSDB-MG) sem
amparo no regimento. É mimimi para
retardar o processo.
– Quando petistas como Gleisi dizem que
impeachment é grave, não uma sessão deliberativa qualquer, saibam: querem barrá-lo, atropelando
a lei.
– Vanessa
Grazziotin (PCdoB-AM) fala “no meu
entendimento, no nosso entendimento”… Exatamente. Não é com base na
literalidade das regras.
– Grazziotin, malandramente,
cita caso de relator tido por suspeito no Conselho de Ética, como se regras para Conselho
fossem as mesmas da Comissão.
– Ronaldo Caiado (DEM-GO) diz que Raimundo Lira dá tempo demais
para governistas se repetirem e
mostra que omitiram trechos do acórdão do STF.
– Caiado refuta malandragem da
comunista Grazziotin: Relator em Conselho de Ética é sorteado. Relator em Comissão de Impeachment é
eleito. Exato. – Caiado: “Todos nós optamos pela decisão em bloco. O
bloco é que tem que indicar. Nós temos a prerrogativa de indicar o relator.”
Aceita, PT.
–
Raimundo Lira coloca em votação o indeferimento da questão de ordem e declara
aprovada a decisão da presidência (dele
mesmo). Chora,
PT.
– É patético: questão de ordem foi indeferida,
indeferimento foi votado e aprovado, e Vanessa
Grazziotin recorre… E perde na votação de novo!
– Cássio
Cunha Lima (PSDB-PB): “Já estamos aqui a
2 horas e não conseguimos atingir o objetivo” da reunião. É “chicana” para “procrastinar”.
– Cássio Cunha Lima (PSDB-PB)
aponta incoerência do PT que tenta evitar tucano Anastasia como relator e aceita Raimundo
(PMDB-PB) na presidência.
– Alegação é que, se tem algum beneficiário
direito do impeachment, é o PMDB de Raimundo, mas PT só reclama do relator do PSDB. Isso é
amor…
– Cássio
Cunha sobre mimimi do PT: “Implicância
pura, birra, chicana”, tentativa de estourar o prazo de 180 dias para
conclusão do julgamento.
–
Lindbergh Farias (PT-RJ): “Nós aqui somos
juízes” e “nós temos que dissecar o crime”. Finalmente, Lindbergh reconhece
a existência do crime.
– Lindbergh Farias (PT-RJ) cita
Barroso, prega seriedade que não tem, faz apelo para comissão ter relator governista… É o teatro do mimimi.
– Tom de
Lindbergh Farias (PT-RJ) já é naturalmente de apelo, de menino mimado pedindo
mais sorvete à mamãe. Quando apela de
fato, só redobra.
–
Lindbergh Farias (PT-RJ) mente de novo sobre New York Times contra “golpe” e senadores reagem: mundo inteiro cita petrolão e ele, não.
Boa.
– Simone
Tebet (PMDB-MS): “Anastasia não é amigo
íntimo da presidente, nem inimigo capital.” Nega motivo de suspeição e
orienta voto a favor.
–
Humberto Costa (PT-PE) critica “quem quer
ganhar debate no grito, com arrogância”: o que PT sempre fez. Orienta vota
não ao relator. Mimimi.
– Cássio
Cunha Lima (PSDB-PE) lê de novo hipóteses
de suspeição previstas na lei (como
consanguinidade). Nenhuma se enquadra ao relator.
– Cássio
Cunha Lima (PSDB-PE): Base do governo faz apenas jogo
político para tentar construir discurso mínimo com eleitorado que lhe restou.
– PT faz teatro para enganar
trouxa com alegação de “golpe” enquanto tenta golpear leis e
regimento do Senado para impedir eleição de relator.
– “Não existe nenhum impedimento
legal nem regimental para que senador Anastasia seja relator desta comissão”, disse um senador do PSDB. Fato.
– Caiado: “Se PT e PCdoB discordam da forma como está sendo conduzido a comissão,
que apresentem candidato. O relator deve ser eleito.”
– Caiado: “Conheço bem patrulhamento do PT, convivo com isso há 30 anos. Sou
vacinado. Querem tumultuar processo e não vão conseguir.”
– Caiado: “Tentam desviar aquilo que a legislação, pela Lei do Impeachment, e o
acórdão do STF definem. O rito está sendo seguido de forma correta.”
– Caiado: “Fica claro que isso na verdade é ação procrastinatória. Tentam ganhar
tempo porque sabem que se trata de uma batalha perdida no Senado.”
– Zezé
Perrella (PTB-MG): “Se fosse eu, eles
diriam que não pode porque sou amigo do Aécio. Eles só aceitariam [o relator]
se fosse alguém deles.” Claro.
– Ronaldo Caiado (DEM-GO), Zezé Perrella (PTB-MG),
Cristovam Buarque (PPS-DF) e Magno Malta (PR-ES) orientam voto SIM para Anastasia relator.
– Magno
Malta (PR-ES) arranca risos: “PT não
precisa se preocupar porque o relatório não vai doer. Olha o nome do relator:
Antônio AnEstesia”.
– Ana
Amélia (PP-RS) diz que PT defendia impeachment em 1992 e hoje chama de “golpe”, mas todas as etapas vêm sendo
cumpridas. Sim ao relator.
– Álvaro
Dias (PV-PR) repete o que disse na sessão de segunda-feira (25) e encaminha voto sim para Anastasia relator.
– Ana Amélia
(PP-RS) diz que PT defendia impeachment em 1992 e hoje chama de “golpe”, mas todas as etapas vêm sendo
cumpridas. Sim ao relator.
–
No desespero, Lindbergh Farias (PT-RJ) acusa Aécio Neves (PSDB-MG) de ser o culpado pela crise (que Dilma provocou, claro). Senadores
riem.
–
Lindbergh Farias (PT-RJ) manifesta sua inconformidade com escolha do relator
tucano e encaminha voto “não”. Mamãe
não deu mais sorvete.
–
Raimundo Lira coloca em votação e declara aprovado o nome de Antônio Anastasia,
com apenas 5 votos contra. Perdeu, PT.
Aceita que dói menos.
–
Raimundo Lira convoca Antônio Anastasia para a mesa e ele assume o posto,
agradecendo muito “a confiança dos meus
pares”. PT é ímpar.
– Antônio
Anastasia (PSDB-MG) reitera a responsabilidade com que
vai desempenhar sua função de relator da comissão do impeachment no Senado.
– Antônio
Anastasia (PSDB-MG): “Acresço tão somente
um esclarecimento ao senador Lindbergh – que não fui secretário de Miguel
Reale.” Aprende.
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