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quinta-feira, 26 de abril de 2018

Assembleia de Minas abre rito de impeachment contra Pimentel

Comissão vai processar governador petista por crime de responsabilidade

O presidente da Assembleia Legislativa de Minas Gerais, Adalclever Lopes (PMDB), abriu nessa quinta-feira processo de impeachment contra o governador do estado, Fernando Pimentel (PT). Uma comissão será formada para fazer o debate prévio sobre a prática de crime de responsabilidade. O processo pode levar ao afastamento do petista do cargo. 

A decisão foi anunciada por Lopes na abertura da sessão da Assembleia nesta tarde. O pedido acatado foi feito pelo advogado Mariel Marley Marra. Ele argumenta que Pimentel cometeu crime de responsabilidade pelo atraso e parcelamento de repasses do governo estadual para pagar salários de servidores estaduais, prefeituras, Assembleia e Judiciário. 

O estado passa por grave crise financeira e prevê déficit de R$ 8 bilhões para 2018.
O deputado João Leite (PSDB) comemorou a decisão. Ele explicou ao GLOBO que não há previsão de afastamento imediato do governador, com a decisão sendo tomada apenas ao final do processo. O vice-governador do estado, Antonio Andrade (PMDB), está rompido com Pimentel.  — Assim como todos os colegas do bloco de oposição ao governo, recebi com tranquilidade e serenidade a decisão da Mesa Diretora em autorizar a criação de uma Comissão Especial para analisar o pedido de impeachment do governador Fernando Pimentel. Minas não merece passar por uma administração autoritária, que não respeita nem os outros poderes. Há muito, os mineiros aguardavam por este momento — disse João Leite.

O Globo
 

 

Transporte de provas

Decisão da 2ª turma ignora engenharia financeira da corrupção. A ação penal que trata do Instituto Lula está na fase das alegações finais, a do sítio de Atibaia está começando a ouvir as testemunhas e agora, por decisão da 2ª turma do STF, os documentos das delações da Odebrecht sobre isso serão enviados para São Paulo. É só o transporte de provas, ou é o começo de algo muito maior que levaria os processos do ex-presidente Lula para longe de Curitiba? [pode até  que um, dois ou até mais  dos supremos ministros da 2ª Turma estejam considerando a possibilidade de levar Lula para longe de Moro.
É perder tempo.
A manobra da Segunda Turma - se for manobra e for exitosa -  não livra Lula dos doze anos de prisão já garantidos e ainda que os processos do Instituto Lula e Sítio de Atibaia saiam da alçada de Moro, nenhum juiz encontraria forma de não condenar Lula, o que rende mais uns 20 anos.

E tem outros processos em curso que nas mãos de Moro, do Bretas ou do Valisney, vão gerar mais condenações: somando tudo e passando a régua Lula tem uns 100 anos  de cadeia para puxar - nos resta pedir a Deus vida longa para o reeducando  para que ele consiga puxar pelo menos 1/5 da cana total.
De qualquer forma, ao chegar aos 80 anos Lula deverá ganhar por razões humanitárias  uma prisão domiciliar, com tornozeleira.]
 
Pode ser muito mais, pode ser apenas um detalhe confuso criado por ministros do Supremo no processo da Lava-Jato. Não será a primeira vez que isso ocorre. Procuradores da Força Tarefa anexaram, ontem, declaração nos processos em que afirmam que não houve discussão sobre a competência, como o próprio ministro Dias Toffoli disse. No voto, ele registrou que não firmaria “em definitivo a competência do juízo”. A porta está aberta. O único que se sabe é que isso não afeta, obviamente, o caso do triplex, que já está julgado. Mas dos outros não há certeza.

É curioso o argumento do voto do ministro Toffoli, acompanhado pelos ministros Gilmar Mendes e Ricardo Lewandovsky, de que não há ligação entre esses casos investigados nas duas ações penais e as propinas pagas nos negócios escusos com a Petrobras.
É preciso ter estado em Marte nos últimos anos para desconhecer que as empresas corruptas trabalhavam com uma espécie de “caixa geral da propina”. Alguns delatores chegaram a usar essa expressão em suas delações. A Odebrecht tinha um departamento secreto no qual estruturava o pagamento de suborno e a distribuição de vantagens. Não havia propinas em compartimentos estanques que, por algum tipo de compliance, não pudessem ser usadas em outra ponta do mesmo negócio de comprar benefícios no setor público. É preciso também ser estrangeiro aos fatos para desconhecer que esses casos começaram a ser investigados em Curitiba e, portanto, pegar alguns papeis e enviá-los para São Paulo, por qualquer minudência jurídica, é uma forma de confundir.

No voto, o ministro Dias Toffoli disse que o empresário Emílio Odebrecht falou em hidrelétricas do Rio Madeira como parte dos benefícios a Lula. Alexandrino Alencar falou em gastos no sítio de Atibaia feitos “como contrapartida pela influência política exercida pelo ex-presidente”, e Marcelo Odebrecht disse que os valores para a compra do Instituto Lula sairiam da conta “amigo”, onde foram provisionados R$ 35 milhões, em 2010, “para suportar gastos e despesas do então presidente Lula”.

Diante disso, o ministro concluiu: “não diviso, ao menos por ora, nenhuma imbricação específica dos fatos descritos nos termos de colaboração com desvios de valores operados no âmbito da Petrobras”. Como não se pode acusar o ministro, e os que o acompanharam, de ingenuidade, a conclusão é de que eles se esqueceram da forma imbricada como a engenharia financeira da corrupção sempre funcionou. Tirou-se dinheiro de vários negócios com o governo, mas a Petrobras sempre foi ordenhada para financiar o esquema.

Várias investigações de corrupção no passado foram sepultadas por detalhes levantados pelos advogados para se requerer a nulidade das provas. Inúmeras manobras deram certo. O Brasil poderia estar bem mais adiantado na luta contra a corrupção, se os tribunais superiores não tivessem derrubado os processos por questiúnculas. O ex-senador Demóstenes está livre para se candidatar por uma dessas. O ministro Dias Toffoli suspendeu a inelegibilidade porque houve a nulidade da prova do processo contra ele. A prova foi considerada nula porque um juiz de primeira instância não poderia determinar uma escuta telefônica envolvendo um senador da República, já que ele tem foro privilegiado. Com esse argumento foram invalidadas as interceptações telefônicas das operações Vegas e Monte Carlo. O problema é que ninguém na primeira instância havia autorizado ouvir o senador. Os telefones que estavam sendo gravados eram os de Carlinhos Cachoeira e outros integrantes da quadrilha. O então senador é que tinha relação com eles e só por isso foi ouvido. Mas por este detalhe, as provas obtidas com o esforço de sempre dos investigadores foram anuladas, e o ex-senador poderá limpar sua ficha e se candidatar.
O risco nessa decisão da 2ª turma não é esse transporte de provas, é o que pode vir em consequência disso.

Coluna da Miriam Leitão - O Globo 
 

Rogério Rosso, ex-governador do DF, sob suspeita de envolvimento no escândalo do Estádio Mané Garrincha

Mané Garrincha: Justiça determina envio de menções a Rogério Rosso ao STF

A Justiça acatou o pedido do Ministério Público Federal (MPF) e determinou que sejam remetidos ao Supremo Tribunal Federal (STF) os documentos com menções de irregularidades atribuídas ao ex-governador Rogério Rosso (PSD). Devido ao foro privilegiado, a Corte Superior precisa autorizar investigações contra o parlamentar. O documento, entretanto, não aponta quais seriam os indícios de ilicitudes. Na gestão de Rosso, foi assinado o contrato entre o GDF e o Consórcio Brasília 2014.


Materiais anteriores apontavam o possível envolvimento de Rosso com a distribuição das maiores obras da capital entre as principais empreiteiras. Segundo delação premiada do ex-executivo da Construtora Andrade Gutierrez Rodrigo Ferreira Lopes, homologada pelo STF, um emissário pediu à empreiteira, em nome do ex-governador que assumiu mandato tampão entre abril e dezembro de 2010 —, propina de R$ 12 milhões.
O depoimento acrescenta que, em 2010, houve uma reunião na casa de do deputado, então governador, para a condução de discussões relativas ao andamento da licitação do Estádio Nacional Mané Garrincha. À época, ele teria designado André Motta, que estava à frente do ramo de Parcerias Público-Privadas (PPP) do governo, para conduzir as tratativas.  Ainda naquele ano, o delator relata que uma pessoa “de fisionomia clara e calva” compareceu ao escritório da Andrade Gutierrez para, em nome de Rosso, pedir os R$ 12 milhões. A proposta, no entanto, teria sido rejeitada pela empreiteira. Posteriormente, André Motta teria requisitado, também em nome do ex-governador, R$ 500 mil em valores indevidos.

Segundo o depoimento, a construtora quitou esse valor em 2011, após a assinatura do contrato referente ao Mané Garrincha, quando Rosso já havia deixado o Executivo local. O responsável pelo pagamento seria Carlos José de Souza, outro executivo da Andrade Gutierrez, cuja delação permanece em sigilo.Rodrigo Ferreira Lopes ainda afirmou que a Via Engenharia, segunda integrante do consórcio responsável pelas obras, deveria pagar o mesmo valor, mas não sabe dizer se a quitação ocorreu.

Ao Correio, o deputado federal Rogério Rosso ressaltou que “o recebimento da denúncia pela Justiça Federal em relação às obras do estádio Mané Garrincha não tem qualquer relação com a minha pessoa”. “As peças que a decisão faz referência já foram objeto de análise pela Procuradoria-Geral da República e de decisão do STF, pelo Ministro Edson Fachin, nos autos da PET 7200. Nenhuma investigação foi aberta. Repudio veementemente qualquer tentativa de associar meu nome nesse ou em qualquer outro episódio sobre irregularidades na minha gestão. Estou tranquilo quanto à lisura de todos os atos por mim praticados enquanto Governador de Brasília ou no exercício de qualquer função pública”.

 CB. Poder - Ana Viriato

 

Entenda o que pode acontecer com os processos de Lula após decisão do STF

[o importante é que Lula está preso, vai continuar preso e novas condenações virão sobre aquele sentenciado - a delação de Palocci vai deixar a situação do reeducando Lula mais complicada.

Em breve Gleisi Hoffmann será também presa e também Agnelo Queiroz ex-governador do DF e responsável pela construção do estádio mais caro do mundo e que ano passado rendeu para os cofres públicos pouco mais de R$ 750.000,00 e o gasto com manutenção, mensal, é de R$ 1.000.000,00.]


Defesa quer que Moro mande para São Paulo ações que estão em Curitiba, MPF é contra
Depois que a Segunda Turma do Supremo Tribunal Federal (STF) decidiu que delações da Odebrecht devem ser encaminhadas para a Justiça de São Paulo, a defesa do ex-presidente Luis Inácio Lula da Silva pediu, nesta quarta-feira, a transferência de dois processos contra o petista que estão sob responsabilidade do juiz Sergio Moro.
Além da condenação no caso do tríplex do Guarujá, Lula é réu em outras duas ações penais em Curitiba: a primeira investiga a compra de um prédio para o Instituto Lula e de um apartamento em São Bernardo do Campo para o petista, enquanto a segunda trata de obras no sítio de Atibaia. Ao se manifestar sobre o assunto, o Ministério Público Federal (MPF) afirmou que o juiz deve enviar para São Paulo apenas as delações citadas na decisão do Supremo e manter o andamento normal dos dois processos em Curitiba.  Já os advogados argumentam que os supostos crimes não estão relacionados diretamente ao esquema de corrupção da Petrobras, investigado pela Lava-Jato e, por isso, o processo inteiro deve ir para São Paulo — seguindo a regra de que o réu deve ser processado na comarca onde o delito ocorreu.
Veja perguntas e respostas sobre o caso:
O STF tirou algum processo contra Lula da alçada do juiz Sergio Moro?
Não. No julgamento de quarta-feira, a Segunda Turma do STF decidiu que depoimentos de oito delatores da Odebrecht devem ser encaminhadas para a Justiça Federal porque não têm uma ligação direta com crimes da Petrobras, investigados pela força-tarefa da Lava-Jato. Embora alguns advogados entendam que essa decisão abre uma brecha para que os processos contra Lula sejam transferidos, isso não acontece imediatamente. 
O que falta ser feito para os depoimentos serem enviados para São Paulo?
Como a defesa de Lula e o MPF já se manifestaram sobre o assunto, cabe a Moro determinar o envio das delações da Odebrecht para outra comarca. Ele não tem prazo para tomar a decisão, mas costuma ser rápido.
Qual juiz paulista será responsável por receber esses depoimentos?
Isso ainda não foi decidido. Ao contrário do que acontece no Paraná e no Rio, onde os juízes Moro e Marcelo Bretas cuidam exclusivamente de ações ligadas à Lava-Jato, São Paulo não tem um juiz responsável pela operação. Os processos são divididos entre as dez varas criminais da Justiça Federal — cada vara tem um juiz titular e um substituto, que analisam também outros crimes. Especialistas apontam a falta de um magistrado com dedicação exclusiva como um dos motivos para a tramitação mais lenta dos processos da Lava-Jato em São Paulo.
O que será feito com as delações enviadas para São Paulo?
A força-tarefa da Lava-Jato de São Paulo pode usar as delações para começar novas investigações. Como uma colaboração não pode ser utilizada como prova, será preciso marcar novos depoimentos e tentar comprovar os fatos narrados pelos delatores.
As acusações contra Lula em Curitiba não vão poder nunca mais utilizar as delações da Odebrecht?
Para usar as delações, os procuradores do MPF de Curitiba terão que pedir seu compartilhamento. Na prática, o processo ficou mais lento e burocrático. Depois que os processos forem enviados para São Paulo e a Justiça Federal paulista sortear a vara para onde serão encaminhados, o MPF pede o compartilhamento de provas.
As delações da Odebrecht são as únicas outras provas contra Lula nesses dois processsos?
Não. No caso do sítio de Atibaia, foram reunidas como provas de uso do imóvel por Lula, como o fato de terem sido encontrados bens de sua família no local, o registro de 270 viagens de seus seguranças ao sítio, entre 2011 e 2016, a instalação de câmeras de segurança por funcionários do ex-presidente, as notas fiscais de bens que ficavam no sitio apreendidas no apartamento de Lula em São Bernardo, e mensagens eletrônicas sobre as reformas endereçadas ao Instituto Lula.
Já no caso da compra de um prédio para abrigar o instituto, há dados financeiros da DAG, fornecedora de confiança da Odebrecht usada para omitir a verdadeira origem dos recursos, e o depoimento do ex-ministro Antonio Palocci, que admitiu ter administrado a conta de propina do PT com a Odebrecht.
A PGR pode recorrer da decisão da Segunda Turma do STF?
Sim. Mas antes de apresentar o recurso, a PGR deve aguardar a publicação do acórdão da decisão desta quarta-feira, o que pode levar até 60 dias.
Lula pode ser solto depois da decisão do STF?
O julgamento da Segunda Turma não tratou desse assunto, mas a defesa tenta a liberdade do ex-presidente por meio de outros recursos no Supremo. Lula está preso por ter sido condenado no processo do tríplex do Guarujá. Esta condenação não utilizou delações da Odebrecht. 

Por: e-mail
 

UTILIDADE PÚBLICA - Malha fina: o que é e como evitar a “peneira” do Imposto de Renda

Também conhecida com "peneira", a malha fina serve para separar os processos de declarações que estão com pendências, impossibilitando a restituição.

Um dos erros mais comuns é a omissão ou preenchimento errado dos documentos na hora da entrega à Receita Federal.

“O contribuinte realmente deve se preocupar em não cair na malha fina, pois essa se refere ao processo de verificação de inconsistências da declaração do imposto IRPF, assim, caso o sistema da Receita Federal perceba alguma informação está errada, separa a declaração para uma análise mais apurada. E, caso perceba erros, chama o contribuinte para ajustes ou até mesmo inicia investigações e cobra de atrasados e multas”, explica o diretor executivo da Confirp Contabilidade, Richard Domingos.

O ideal é que o contribuinte inicie o quanto antes o processo de declaração, separe os papéis solicitados e não deixe para a última hora.  Abaixo, listamos 16 erros comuns que podem levar o contribuinte a cair na malha fina, de acordo com a Confirp Contabilidade:
  1. Não lançar na ficha de rendimento tributáveis, os rendimentos provenientes de previdências privadas, quando não optantes pelo plano regressivo de tributação;
  2. Não lançar a pensão alimentícia recebida como rendimentos na ficha de rendimento tributáveis recebidos de pessoa física;
  3. Não lançar rendimentos tributáveis, isentos ou tributados exclusivamente na fonte dos dependentes relacionados na declaração de imposto de renda;
  4. Lançar valores na ficha de rendimentos tributáveis diferentes daqueles relacionados nos informes de rendimento [Rendimento tributável, Imposto Retido, etc];
  5. Lançar como na ficha de pagamentos efetuados na linha previdência complementar valores pagos a previdência privada do tipo VGBL, apenas PGBL é dedutível do imposto de renda;
  6. Não informar o valor excedente aos R$ 751,74 recebidos referente parcela isenta da aposentadoria do contribuinte ou dependente que tenha mais de 65 anos na Ficha de rendimentos tributados;
  7. Lançar valores de rendimentos tributados exclusivamente na fonte na ficha de rendimentos tributados;
  8. Não preencher a ficha de ganhos de capital no caso de alienação de bens e direitos;
  9. Não preencher a ficha de ganhos de renda variável se o contribuinte operou em bolsa de valores;
  10. Deixar de relacionar na ficha de pagamentos efetuados os valores reembolsados pela assistência médica, seguro saúde ou outros, referente a despesa médica ou com saúde do contribuinte ou dependentes;
  11. Relacionar na ficha de pagamentos efetuados pagamentos feitos como pensão alimentícia sem o amparo de uma decisão judicial, acordo judicial ou acordo lavrado por meio de escritura pública;
  12. Não relacionar nas fichas de bens e direitos, dívidas e ônus, ganhos de capital e renda variável, valores referentes a dependentes de sua declaração;
  13. Não relacionar valores de aluguéis recebidos de pessoa física na ficha de rendimento de pessoa física;
  14. Não abater comissões e despesas relacionadas a aluguéis recebidos na ficha de rendimentos recebidos de pessoas físicas ou na ficha de rendimentos recebidos de pessoa jurídica;
  15. Lançar os mesmos dependentes quando a declaração é feita em separado pelos cônjuges ou ex-cônjuges;
  16. Lançar como plano de saúde valores pagos por empresas a qual o CONTRIBUINTE ou DEPENDENTE é funcionário ou sócio sem que o mesmo tenha feito o reembolso financeiro à referida empresa
IstoÉ 

Brasília - DF - Polícia de Rollemberg; dois pesos e duas medidas - ou bate em todo mundo ou alivia para todos

Com os estudantes porrada, força total; já com os índios!

PM usa cavalaria e balas de borracha para dispersar estudantes da Esplanada

Três alunos foram presos por desacato. O protesto é contra a falta de recursos financeiros que afeta a universidade

[por principio, somos contra qualquer movimento que cause baderna e tumultue o já complicado trânsito de Brasília;

defendemos que tais movimentos sejam contidos e se necessário dissolvidos; mas convenhamos que é um absurdo que estudantes que fazem reivindicação justa são espancados, atacados pela cavalaria da PM-DF, enquanto índios interrompem o trânsito no Eixo Monumental e são protegidos pela PM - que se encarrega de bloquear o trânsito para que a baderna seja maior e fornece batedores para melhor organizar a bagunça.

enquanto a PM é obrigada a espancar estudante, a criminalidade toma conta das ruas de Brasília e de todo o Distrito Federal.]

Estudantes da Universidade de Brasília (UnB) que estavam concentrados em frente ao Ministério da Educação (MEC), no começo da tarde desta quinta-feria (26/4), foram dispersados por homens da cavalaria da Polícia Militar que faziam a proteção ao prédio.
Aluno sendo imobilizado por um dos policiais. Três pessoas foram detidas por desacato à autoridade.
 
Os policiais também usaram bombas de fumaça, gás de pimenta e deram tiros com balas de borracha enquanto avançavam em direção dos alunos, que, sem reagir, correram e se espalharam pela Esplanada dos Ministérios e em direção à L2 Norte. Três estudantes foram detidos sob a alegação de desacato a autoridade. A reportagem do Correio viu o momento em que policiais xingaram os estudantes de "bosta" e "seu merda".
 
O protesto foi motivado pela crise orçamentária que a UnB enfrenta. A PM estima que cerca de 300 jovens fizeram parte da manifestação. Em reunião antes da marcha rumo ao MEC, os alunos decidiram que, após o ato, se concentrariam na Reitoria da UnB. No prédio da universidade, eles pretendem organizar piquetes para impedir que funcionários terceirizados e servidores técnico-administrativos continuem trabalhando. Segundo os estudantes, a greve desses trabalhadores, deflagrada na última terça-feira (24), não está sendo respeitada integralmente.
Cavalaria da PM dispersou o movimento pela Esplanada dos Ministérios com bombas de efeito, gás de pimenta e balas de borracha
 
A concentração de estudantes, que eram apoiados por alguns professores, começou às 10h em frente ao Museu Nacional. Dois ônibus desembarcaram na Esplanada e, ao longo da manhã, outras pessoas foram se juntando ao movimento. Ao som de instrumentos musicais, eles direcionavam palavras de repúdio ao governo e em prol da educação. Por algumas horas, as vias S1 e N1 da Esplanada dos Ministérios foram fechadas e o movimento se uniu a um protesto realizado por indígenas participantes do Acampamento Terra Livre. A manifestação ocorre 16 dias após o evento que terminou em confronto entre policiais e alunos. Na ocasião, os manifestantes seguiram para o Fundo Nacional de Desenvolvimento da Educação (FNDE) e ocuparam as instalações do prédio por quase seis horas. A mobilização daquele dia também resultou na ocupação do prédio da Reitoria, que dura 14 dias.

Indígenas protestam na Esplanada e pedem a demarcação de terras

Manifestação começou com uma passeata por volta das 9h e afeta o trânsito na área central de Brasília

[os índios querem mais terra para que? não cultivam nada, não plantam, apenas fazem bagunça e reivindicações absurdas - tem reservas indígenas com 50.000 hectares para apenas 12 índios - confirme aqui ou aqui.]

Cerca de 1,5 mil indígenas que participam do 15º Acampamento Terra Livre realizam uma manifestação na Esplanada dos Ministérios nesta quinta-feira (26/4). Por volta das 9h, eles saíram em passeata do Memorial dos Povos Indígenas, onde estão instalados, rumo à Rua das Bandeiras, em frente ao Congresso Nacional.


Os indígenas estão acampados em Brasília desde a segunda-feira (foto: Ana Rayssa/Esp.CB/D.A Press)


A manifestação ocupou quatro faixas da S1 (Esplanada dos Ministérios no sentido Memorial JK—Congresso), provocando um grande congestionamento da via e pistas próximas. Moradores do Sudoeste tiveram dificuldade de chegar a algumas saídas do bairro e mesmo pistas como a Epia e as do Setor de indústrias gráficas ficaram com o trânsito lento.

Um pouco antes do meio-dia, a Polícia Militar, que acompanha a manifestação, fechou toda a N1 (Eixo Monumental sentido Congresso—Torre de TV) entre a Praça dos Três Poderes e o Palácio da Justiça. Não é possível prever quando e onde o trânsito voltará a ser interrompido ao longo do dia. Em nota, a PM informou que "realiza os desvios de acordo com a necessidade e o fluxo dos manifestantes". 
Os índios que integram o acampamento ocupam o gramado próximo ao Memorial Indígena desde a segunda-feira (23/4). A organização informa que participam cerca de 3,5 mil pessoas, oriundas de mais de 100 povos das 305 nações indígenas de todo o Brasil.  
Entre as principais reivindicações, estão a demarcação imediata das terras indígenas e a revogação do parecer Nº 001/2017 da Advocacia Geral da União (AGU), chamado pelos índios de Parecer Antidemarcação ou Parecer do Genocídio. O nome se deve ao fato de que ele torna padrão a demarcação de terras e foi assinado pelo presidente Michel Temer em julho de 2017 —; e o fim da retirada dos direitos e criminalização dos povos indígenas.

Correio Braziliense


 

Decisão limitada

País discute se é necessária uma contrapartida para corrupção. Em recente seminário promovido pela Universidade Harvard, em Boston, numa mesa em que se discutiam os crimes de colarinho branco, alguém da plateia perguntou qual é o meio termo entre a exigência muito estrita de uma contrapartida específica para a corrupção, e uma leitura tão ampla que possa levar à criminalização da política.

Nancy Kestenbaum, ex-procuradora da República e atualmente advogada de uma grande banca, que estava na mesa com o juiz Sergio Moro, respondeu que a regra da contrapartida (quiproquó) é aplicada estritamente nos Estados Unidos, mas em alguns casos, quando não há uma contrapartida evidente, eles aplicam o chamado teste do but if, (mas, se), isto é, o corruptor não daria um presente (no nosso caso, o tríplex do Guarujá), por generosidade, ou por deferência a um ex-presidente, como no caso do sítio de Atibaia.


A vantagem indevida se caracterizaria em casos como esses, que não foram citados especificamente em Harvard. O juiz Moro explicou que muitas vezes essa contrapartida não está clara, o dinheiro não teria que sair no mesmo momento dos cofres públicos (no nosso caso, a Petrobras) para pagar a propina diretamente.  É justamente o que está em discussão hoje no país, com a decisão da Segunda Turma do STF de mandar para a Justiça de São Paulo partes da delação de executivos da Odebrecht, sob a alegação de que não têm ligação com a corrupção na Petrobras.

O que muitos viram como o embrião de uma ação mais ampla da defesa de Lula para reafirmar a incompetência do juiz Sergio Moro em vários processos, tentando até mesmo a anulação do julgamento que condenou o ex-presidente em primeira e segunda instâncias por corrupção passiva e lavagem de dinheiro no processo do tríplex do Guarujá.  No entanto, ontem, ficou esclarecido, tanto no voto vencido do ministro Edson Fachin, como no voto vencedor do ministro Dias Toffoli, que a decisão não firmou, em caráter definitivo, a competência do juízo da Justiça de São Paulo, e nem promoveu alteração de competência de eventual investigação ou ação penal que já tramita em qualquer dos juízos.

A decisão também não impede pedido de compartilhamento dos depoimentos e respectivos anexos entre os juízes, como o próprio Sergio Moro. Também os procuradores da Força-Tarefa da Operação Lava-Jato enviaram a Moro um documento em que rebatem argumentos da maioria da Segunda Turma e reafirmam que as investigações continuarão sem prejuízo. A referência à “investigação embrionária” no voto de Dias Toffoli é rebatida pelos procuradores, que afirmam ser “fato notório” que houve uma larga e profunda investigação conduzida sobre os fatos envolvendo o sítio de Atibaia, que culminou no ajuizamento e já processamento avançado da ação penal.

Eles reafirmam “a existência de investigações e ações penais relacionadas a benefícios indevidos em favor do ex-presidente Lula” e argumentam que os que fizeram delação premiada estabelecem a ligação das vantagens indevidas, por parte do Grupo Odebrecht, à obtenção de benefícios em detrimento da Petrobras. Essa relação de conexidade, negada por Dias Toffoli, torna-se ainda mais evidente, dizem os procuradores, em razão do processamento de ações penais por fatos análogos. A vinculação dos fatos com propinas pagas no âmbito da Petrobras, afirmam os procuradores, decorre de um amplo conjunto de provas, entre elas documentos, perícias, testemunhas e depoimentos dos colaboradores inseridos nos autos das investigações e ações penais que tramitam no Juízo de Curitiba.

Eles ressaltam que essas provas foram, em grande parte, colhidas muito antes da colaboração da Odebrecht, demonstrando que havia um caixa geral para pagamento de propinas abastecido com dinheiro proveniente de, entre outros, dos crimes de cartel, fraude a licitações e corrupção de diversos contratos das empreiteiras com a Petrobras.

Merval Pereira - O Globo