O último pedido de Marco, o brasileiro que será fuzilado sábado na
Indonésia
Marco Archer Cardoso Moreira soube ontem à
noite – de manhã no
Brasil – que poderia ser executado
no próximo sábado (16). Os policiais começaram o movimento de preparação
para transferi-lo para outra unidade prisional, conhecida como o "corredor da morte" da
Indonésia, onde os presos são isolados e
preparados para a execução por fuzilamento. Logo em seguida, o temor se
concretizou e ele deixou a prisão de Pasir Putih.
O brasileiro Marco Archer Cardoso Moreira, 53 anos, à direita, com seu advogado
A última chance de adiar a execução de Marco é a presidente Dilma Rousseff tentar intervir diretamente junto a Widodo. A família de Marco diz que tanto o Itamaraty quanto o Planalto estão empenhados em ajudar o brasileiro, que tem 53 anos, mas são mínimas as chances de o presidente linha-dura sequer atender os contatos do governo brasileiro.
Assim que soube da possibilidade da execução iminente, uma tia de Marco pegou um voo para Jacarta, aonde, por causa das três conexões, deve chegar nesta sexta-feira (15). Ela leva uma mala com presentes, cartas e lembranças de amigos e, a pedido do sobrinho, bacalhau da escala em Lisboa. "Espero poder me despedir do meu sobrinho e peço que rezem por ele", diz ela, irmã da mãe de Marco, morta em 2011 de um câncer de pulmão que acreditava ser fruto do desespero pela libertação do filho.
Após onze anos no corredor da morte, o brasileiro Marco Archer Cardoso Moreira deve ser executado neste sábado na Indonésia. Moreira foi condenado à pena capital em 2004, por tráfico de drogas. Ele tentou entrar no país asiático com 13,4 kg de cocaína escondidos em uma asa-delta. Moreira é solteiro, não tem filhos e seus pais já morreram. Uma tia do brasileiro está a caminho da Indonésia para visitá-lo e deve chegar na sexta-feira.
Moreira foi transferido ontem para outra unidade prisional, onde ficará isolado até a data marcada para sua morte. Instrutor de voo, ele afirma que tentou entrar no país com a droga pois precisava de dinheiro para pagar uma dívida com um hospital. Desde a condenação, o governo brasileiro já fez os dois pedidos de clemência a que Moreira tinha direito. O primeiro pedido foi rejeitado em 2006, pelo então presidente Susilo Bambang Yudhoyono. O segundo, feito em 2008, levou mais de cinco anos para receber uma resposta.
Será esta
a primeira vez eu um brasileiro é executado no exterior. A morte se dá por fuzilamento e a sentença deverá ser executada em
janeiro.
O outro
brasileiro que se encontra no corredor da morte também teve seus dois pedidos
de clemência negados e deverá ser
executado em fevereiro. Se trata do paranaense Muxfeldt Gularte, 42 anos.
Fonte: Revista Época
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