O
DF registra aumento no total de acidentes e de mortes em 2014, apesar de ter contratado
servidores e ampliado a fiscalização. Especialistas destacam a má aplicação dos recursos
como causa do crescimento das taxas
O ano de
2014 fechou com a constatação de que a guerra no trânsito do Distrito Federal
está longe de chegar a níveis aceitáveis. Após registrar, em 2013, o menor
número de mortos e feridos da história, pelo menos 350 pessoas perderam a vida
entre janeiro e outubro do ano passado, número14% maior do que o registrado no
período anterior. Os acidentes fatais também foram mais recorrentes,
saltaram de 288 para 318, um acréscimo de 10,4%. Para o Departamento de
Trânsito (Detran), o excesso de velocidade, o uso de
telefone celular e a falta de cinto de segurança estão entre as
possíveis causas. Para especialista, a oscilação demonstra que o governo
anterior aplicou mal os recursos.
A contradição é que a estrutura da autarquia melhorou muito nos últimos quatro anos. [a estrutura pode ter melhorado – como é habitual carros foram comprados para deslocamento dos agentes de trânsito.
A contradição é que a estrutura da autarquia melhorou muito nos últimos quatro anos. [a estrutura pode ter melhorado – como é habitual carros foram comprados para deslocamento dos agentes de trânsito.
Só
que a mentalidade das ilustres “otoridades de trânsito”, continua a
mesma.
Em
vez de descolarem a bunda da viatura e munidos de apitos e com o gestual
adequado interferir no trânsito, simplesmente acionam a sirene, para abrir
caminho e seguem o passeio.
Quando
acontece de um semáforo dar pane, o procedimento correto dos agentes seria sair
da viatura e controlar, com apitos e gestos, o fluxo do trânsito no cruzamento.
Não
fazem isso.
Quando
muito bloqueiam o cruzamento, estacionam a viatura e ficam observando o
caos que poderiam pelo menos minorar.] A piora nas estatísticas se efetiva no momento em
que 314 agentes tomaram posse. Em 2014, aproximadamente, mais 100 começaram a
trabalhar. A frota de veículos para fiscalização, entre motos e carros,
praticamente dobrou. E, em fevereiro, o órgão retomou as campanhas educativas
de massa, abandonadas havia pelo menos quatro anos e meio por falta de contrato
com empresas de publicidade.
Um funcionário de carreira do Detran ouvido pelo Correio atribuiu o aumento das fatalidades à falta de planejamento estratégico. “Na minha avaliação, desconsideraram as estatísticas sobre o dia, a hora e o local de acidentes. Também houve redução no número de blitze. Além disso, os novos agentes não parecem conscientes do papel deles na redução das mortes. Ficam mais dentro da viatura do que na rua”, criticou o servidor.
Também sob a condição de anonimato, outro funcionário comentou que a atuação dos recém-empossados tem gerado reclamação dos condutores. “Alguns parecem pensar que são policiais e têm abordado o cidadão de forma 'policialesca', e isso é muito ruim”, critica. Outro ponto que, na avaliação do servidor, pode ter contribuído para o crescimento das mortes no DF é a mudança na escala. “A direção optou por fortalecer as blitzes na madrugada. Então, durante o dia, o número de abordagens caiu”, avaliou.
Fonte: Correio
Braziliense
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