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quinta-feira, 8 de janeiro de 2015

Marine Le Pen sugere referendo pela volta da pena de morte na França. Brasil teve durante o Governo Militar a pena de morte contra terroristas, alguns até foram condenados; mas, leniência da Justiça Militar impediu as execuções



Diante de atentado em Paris, líder da extrema-direita afirma que fará votação sobre o tema, caso seja eleita em 2017
Maior figura da extrema-direita francesa, Marine Le Pen disse em entrevista ao canal ‘France 2’ que quer reinstaurar a pena de morte no país, caso seja eleita presidente em 2017. Após criticar o que considera uma deterioração nas forças de segurança locais, a líder da Frente Nacional sugeriu também que os muçulmanos “declararam” guerra contra a França. — Pessoalmente, acredito que a pena de morte deveria existir em nosso arsenal legal. Quero oferecer aos franceses a oportunidade de um referendo sobre o tema, caso eleita. Sempre disse que daria aos franceses a oportunidade de se expressar sobre isto através de um referendo.
Segundo Le Pen, possíveis terroristas devem ser destituídos de conexão com o país. — A França está em guerra contra o fundamentalismo islâmico. Houve uma diminuição contínua na transferência de recursos para a polícia, a inteligência e o Exército. Devemos tomar medidas sobre as ameaças, e não minimizá-la, fazer negação e hipocrisia. — Temos que destituir estas pessoas da nacionalidade francesa, caso tenham dupla nacionalidade. Foram os islamitas que declararam guerra à França.
Na quarta-feira, dia do atentado, Le Pen afirmou que o fundamentalismo islâmico “causa milhares de mortes todo dia, em todo o mundo”. A última execução na França ocorreu em 1977, e a pena capital foi abolida em 1981 pela constituição e por tratados de direitos humanos.
‘A extrema-direita será favorecida’, diz analista sobre atentado em Paris
Especialista alerta que atentado beneficia discurso de Marine Le Pen 

Marine Le Pen direciona críticas aos muçulmanos - STEPHANE DE SAKUTIN / AFP
François-Bernard Huyghe, diretor do Instituto de Relações Internacionais e Estratégicas (Iris), alerta para a crescente ameaça de pequenos grupos passarem à violência na prática, sem que as autoridades sejam capazes de prever e evitar. Para ele, a ação contra o “Charlie Hebdo” ajuda a reforçar o discurso da extrema direita.
Qual o significado do atentado desta quarta-feira?
Vemos hoje pequenos grupos que querem matar, ver a morte nos olhos de suas vítimas. Não usam bombas. E também não querem morrer no ataque. Estão habitados por uma sede de vingança em relação ao que estimam ser massacres de muçulmanos na Palestina, no Iraque, ou a ofensas ao profeta, como foi o caso das caricaturas de Maomé. São grupos que não exigem nada do Estado, não têm reivindicações, como a liberação de companheiros. Só querem verter sangue como vingança. [são adeptos da mesma filosofia do terrorista brasileiro, o porco Carlos Marighella, herói do atual ministro da Defesa da Dilma, Jaques Vagner. Esse ministro simplesmente retirou o nome de um general, ex-presidente do Brasil, de uma escola, substituindo pelo do porco guerrilheiro, em evidente e imperdoável afronta às Forças Armadas.] O que é alarmante, pois este tipo de terrorismo que busca a morte pura como resultado pode ser praticado por pequenos grupos que não têm necessidade de uma grande estrutura ou de conexões internacionais. São pessoas que conseguiram obter armas e coletes à prova de bala, podem ter contato com a grande criminalidade, é uma hipótese.

O fato de o alvo ter sido o “Charlie Hebdo" é um forte símbolo?
Não somente porque é um jornal, mas um jornal satírico conhecido há muitos anos na França, que zombava de tudo de forma anarquista. Eles receberam sinais por sua insolência a propósito das caricaturas do profeta, em 2006. Aparentemente, se quis punir “Charlie Hebdo” por suas caricaturas do profeta.

Como ficará a comunidade muçulmana na França?
A acumulação de tudo isso não facilita a situação para a comunidade muçulmana. Penso que 99% dos muçulmanos franceses são pessoas honestas e pacíficas, como 99% dos católicos... Mas num clima em que já houve outros atentados, e nesta tensão entre as comunidades judia e muçulmana na França, certamente conflitos serão reavivados, que é o objetivo do atentado.

Haverá um aumento das tensões?
Vai certamente contribuir para fazer do problema de coabitação com o Islã a principal tensão neste país. É preciso ver como as pessoas vão reagir. Haverá certamente declarações de autoridades muçulmanas condenando o atentado, o que é normal. Mas não se poderá continuar a dizer que não há problema jihadista na França. Sabe-se que o país provavelmente fornece o maior contingente de jihadistas para o Estado Islâmico. Não há mais como esconder esta minoria radical. E há o perigo de novos atentados, pois há cada vez mais radicalização.

A extrema-direita sai reforçada?
Já havia razões sociológicas e econômicas para o sucesso da extrema-direita, mas é claro que isso favorece Marine Le Pen, que vai atacar ainda mais o fundamentalismo islâmico. Mas não será uma grande mudança. Aqueles que são contra a imigração e o multiculturalismo já eram sensíveis às suas ideias. Para alguns, o que ocorreu dá razão a Marine Le Pen, e certamente não beneficia o discurso a favor do Islã.

Fonte: AFP

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