A situação de descontrole traduzida pelos números fica evidente também nas histórias chocantes que se sucedem no dia a dia. O bebê atingido por uma bala perdida na barriga da mãe, a grávida que perdeu o filho ao ser atropelada por assaltantes, crianças alvejadas dentro de casa ou da escola são capítulos de um roteiro de horror que parece interminável.
Nesse contexto, o Plano de Segurança para o Rio, anunciado ontem pelo governo federal, representa a esperança de controlar a violência e devolver ao estado a sensação de segurança conquistada após a implantação das primeiras UPPs, quando o projeto de policiamento de proximidade não havia sido ainda desmantelado. Programa, aliás, que precisa ser urgentemente recuperado. [investir na recuperação de UPPs é perder tempo; os moradores de favelas sempre estarão - até mesmo por medo - prontos a defender os bandidos acusando os policiais (veja o caso daquele servente que desapareceu - de 'avião' do tráfico virou herói e os policiais foram tratados como bandidos - ) além do que a tática de ocupar favelas com dia e hora marcados, aviso prévio para os bandidos darem uma saída com breve retorno, mostrou ser de uma ineficiência total.
No caso do Rio, pelo menos a curto prazo, tem que ser adotado o principio básico: POLÍCIA É POLÍCIA e bandido é bandido e a Polícia deve manter distância da comunidade para impor respeito.
O bandido, e os próprios moradores das favelas, precisam aprender a respeita a Polícia, depois que aprenderem, se pode pensar em uma convivência mais próxima entre Polícia e moradores.
O atual ministro da Defesa acertou quando disse ser a atual ação um processo demorado e constante.]
Pelo que informaram ontem os ministros da Defesa, Raul Jungmann, e da Justiça, Torquato Jardim, o governo federal vai disponibilizar cerca de 10 mil homens, sendo 8 mil das Forças Armadas, para apoiar as polícias do Rio. Os ministros enfatizaram que, desta vez, diferentemente do que ocorreu na Olimpíada e em outros grandes eventos, as tropas federais não farão patrulhamento ostensivo. Embora contingentes das Forças Armadas tenham sido usados ontem, de surpresa, durante operações em pontos-chave do Rio, os militares serão empregados essencialmente nos trabalhos de inteligência.
Também é importante que para cada militar morto, policial ou das forças singulares, haja uma operação de grande porte, tipo retaliação, com prisão e abate de alguns bandidos.
Bandido só aprende a respeitar polícia quando tem pavor da força policial.]
Os ministros esclareceram que o prazo de 31 de dezembro de 2017 para o término da operação, como consta no decreto, é apenas uma questão burocrática, por motivos fiscais, e que o plano vigorará até 31 de dezembro de 2018. É bom que seja assim. Mas as ações terão de prosseguir em 2019, independentemente da mudança de governo, já que o combate ao crime organizado requer ações de longo prazo. O importante é que, a partir de agora, estado e União farão ações integradas para combater o tráfico de drogas e seus efeitos nefastos.
Estabilizar a segurança no Rio é fundamental não só para a região, mas
para todo o país, pelo peso do estado, pela importância da cidade e
porque servirá de modelo para o enfrentamento da criminalidade.
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