Em meio à crise fiscal e financeira, procuradores aprovam auto-reajuste salarial de 16,7%
Em meio à crise, procuradores aprovam reajuste salarial de 16,7%
Alteração deve ser compensada com corte de R$ 116 milhões em alguns setores do MPF
Depois de cinco horas de debate, o Conselho Superior do Ministério
Público Federal (MPF) aprovou a inclusão no orçamento da instituição
para 2018 um reajuste salarial de 16,7% para procuradores da República. O
reajuste deverá ser compensado com um corte de R$ 116 milhões em alguns
setores do próprio MPF.
O Conselho também decidiu triplicar a verba para passagens e
diárias da força-tarefa da operação Lava-Jato em Curitiba. Os valores
reservados aos procuradores subiram de uma proposta inicial de R$ 500
mil para R$ 1,6 milhão. O orçamento só tem validade, no entanto, se for
aprovado pelo Congresso Nacional.
A proposta de criar uma comissão para definir cortes e
garantir, dentro do orçamento, o reajuste de 16,7% partiu de Raquel
Dodge, escolhida pelo presidente Michel Temer para suceder o atual
procurador-geral da República, Rodrigo Janot.
Durante o debate, o subprocurador Carlos Frederico chegou a
sugerir a proibição de cortes nas verbas de manutenção das unidades do
Ministério Público (MP) e na Procuradoria-Geral da República (PGR).
Raquel se opôs à restrição. O Conselho decidiu, então,
aprovar a criação da comissão e não estabelecer limites sobre setores
que podem ou não a ser atingidos com os cortes. — Não tenho nenhum estudo que diga que não será necessário
mexer na manutenção das unidades. Essa seria a última decisão a ser
tomada — disse Raquel.
Fonte: O Globo
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