Aldemir Bendine, ex-presidente do BB e da Petrobras, um caso impressionante de sucesso na era petista, é preso em nova fase da Lava-Jato - Aldemir Bendine é investigado por corrupção e lavagem de dinheiro - A Operação Cobra, 42ª fase da Lava-Jato, ocorre no Distrito Federal e em três estados
O ex-presidente do Banco do Brasil e da Petrobras Aldemir Bendine é o principal alvo da 42ª fase da Operação Lava-Jato. Ele foi preso temporariamente pela Polícia Federal (PF), nesta manhã de quinta-feira (27/7), em Sorocaba (SP), na investigação por corrupção e lavagem de dinheiro. A Operação Cobra, nome dado a esta fase da Lava-Jato, ocorre no Distrito Federal e nos estados de Pernambuco, Rio de Janeiro e São Paulo. No total, a PF cumpre 11 mandados de busca e apreensão e 3 mandados de prisão temporária.
Em Brasília, agentes estão nas ruas para cumprir dois mandados de busca e apreensão, em locais ainda não divulgados pela PF. Os presos deve ser trazidos para a Superintendência da Polícia Federal em Curitiba, onde permanecerão à disposição da 13ª Vara Federal de Curitiba (PR). A prisão de Bendine, que é temporária, tem prazo de cinco dias e pode ser prorrogada pelo mesmo tempo ou convertida para preventiva, que é quando o investigado não tem prazo para deixar a prisão.
Propina
De
acordo com a delação feita pelo presidente da Odebrecht, Marcelo
Odebrecht, e o ex-executivo da construtora, Fernando Reis, Aldemir
Bendine e outros investigados relacionados a ele teriam solicitado
vantagem indevida em razão dos cargos exercidos para que o Grupo
Odebrecht não viesse a ser prejudicado em futuras contratações da
Petrobras. "Em troca, o grupo empresarial teria efetuado o pagamento em
espécie de ao menos R$ 3 milhões", disse a PF em nota. Segundo a
investigação, os pagamentos só foram interrompidos após a prisão de
Marcelo Odebrecht.
O
nome da operação, Cobra, é inclusive uma referência ao codinome dado a
Bendine nas tabelas de pagamentos de propinas apreendidas no chamado
"setor de operações estruturadas" do Grupo Odebrecht, durante a 23ª fase
da Lava-Jato. Bendine era homem forte no governo de Dilma Rousseff. Foi
presidente da Petrobras entre fevereiro de 2015 e maio de 2016 e
substituiu Graça Foster no cargo da estatal. Já no Banco do Brasil, ele
presidiu a entidade entre abril de 2009 e fevereiro de 2015.
Ao
deixar o cargo no Banco do Brasil, Bendine tinha como "missão" acabar
com a corrupção na Petrobras. No entanto, segundo procuradores do
Ministério Público Federal (MPF), nas delações constava que ele já
cobrava propina no Banco do Brasil e continuou com o esquema criminoso
na Petrobras. A abertura de inquérito contra ele foi autorizada pelo
juiz Sérgio Moro, responsável pelos processos da Lava-Jato, em junho
deste ano.
O Ministério Público Federal
(MPF) no Paraná afirma que há indícios de que Aldemir Bendine pediu
propina de R$ 17 milhões à época em que era presidente do Banco do
Brasil. O valor seria para viabilizar a rolagem de dívida de um
financiamento da Odebrecht Agroindustrial. Na delação, Marcelo Odebrecht
e Fernando Reis contaram que o valor da propina foi negado porque
entenderam que Bendine não tinha capacidade de influenciar no contrato
de financiamento do Banco do Brasil.
No
entanto, na véspera de assumir a presidência da Petrobras, em 6 de
fevereiro de 2015, Aldemir Bendine e um de seus operadores financeiros
voltaram a pedir propina a Marcelo Odebrecht e Fernando Reis, de R$ 3
milhões, para que o grupo empresarial não fosse prejudicado na
Petrobras, inclusive em relação às consequências da Operação Lava-Jato.
[Curiosidade sobre Bendine: foi um extraordinário sucesso na era lulopetista, sendo presidente do BB no governo Lula e parte do da Dilma, permanecendo no cargo após ter sido revelado que comprou um apartamento com dinheiro vivo, em 2010.
O imóvel foi comprado por R$ 150 mil (metade do que valia). Na ocasião, Bendine disse que guardava o dinheiro em casa.
Um caso que beira a piada: um presidente do BB que não confia no sistema bancário, a ponto de guardar uma quantia dessas debaixo do colchão.
Com todo esse histórico foi nomeado presidente da Petrobras com a missão de acabar com a corrupção na estatal.]
Veja a lista de onde ocorrem as ações da Operação Cobra
[Curiosidade sobre Bendine: foi um extraordinário sucesso na era lulopetista, sendo presidente do BB no governo Lula e parte do da Dilma, permanecendo no cargo após ter sido revelado que comprou um apartamento com dinheiro vivo, em 2010.
O imóvel foi comprado por R$ 150 mil (metade do que valia). Na ocasião, Bendine disse que guardava o dinheiro em casa.
Um caso que beira a piada: um presidente do BB que não confia no sistema bancário, a ponto de guardar uma quantia dessas debaixo do colchão.
Com todo esse histórico foi nomeado presidente da Petrobras com a missão de acabar com a corrupção na estatal.]
Veja a lista de onde ocorrem as ações da Operação Cobra
Brasília (DF)
2 mandados de busca e apreensão
São Paulo (SP)
1 mandado de prisão temporária
4 mandados de busca e apreensão
(2 em São Paulo, 1 em Sorocaba e 1 em Conchas)
Rio de Janeiro (RJ)
1 mandado de busca e apreensão
Pernambuco (PE)
2 mandados de prisão temporária
4 mandados de busca e apreensão
(3 em Recife e 1 em Ipojuca)
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