Depois de um curto alívio no bolso dos consumidores, os postos de gasolina pesaram a mão e reajustaram, sem dó, os preços da gasolina.
Os brasilienses que foram abastecer o carro neste fim de semana tiveram que pagar até R$ 4,569 pelo litro da gasolina. Até a sexta-feira, 24, era possível desembolsar R$ 3,790 pelo combustível.
Os donos de postos alegam que tiveram que repassar, integralmente, para as bombas os últimos dois reajustes anunciados pela Petrobras, de mais de 7%. Não havia, segundo eles, como assumir esse custo adicional. Os postos, acrescentam, estão trabalhando com margens muito pequenas, não podem, portanto, operar com prejuízos.A Petrobras adotou a atual política de reajustes de preços em julho. Quase que diariamente, anuncia mudança nos valores cobrados nas refinarias. Segundo a estatal, agora, os preços dos combustíveis acompanham a variação do petróleo no mercado internacional e a cotação do dólar. Para os consumidores, é incompreensível essa política de reajuste de preços. Apesar de a Petrobras justificar que não pode mais maquiar os valores cobrados nas refinarias, como ocorreu no governo de Dilma Rousseff, é difícil para os motoristas aceitarem tanta oscilação dos preços da gasolina nas bombas dos postos.
Não custa lembrar que, recentemente, em Goiânia, houve uma grande rebelião dos consumidores contra o reajuste abusivo dos preços da gasolina. As manifestações em frente às distribuidoras impediram o abastecimento. Vários postos ficaram sem combustíveis. Os valores cobrados hoje em Brasília estão muito próximos aos praticados na capital goiana e que provocaram revolta entre os motoristas, [os motoristas de Goiânia, foram, com o devido respeito, sem noção na realização do protesto;
a única forma eficiente para provocar baixa de preços é reduzir o consumo;
lá fizeram o contrário: aumentaram o consumo - não deixaram de usar veículos e as manifestações, por reduzir a velocidade e causar engarrafamentos, resultaram em aumento do consumo.
Também usaram uma tática que se chama burrice: impediram o acesso dos caminhões aos pátios de abastecimento e com isso reduziram a oferta.
Sem repor os estoques a oferta de combustível, mesmo a preço abusivo, foi reduzida e logo os manifestantes enquanto exigiam dos postos preços menores tinham que pagar mais, no câmbio negro, para conseguir combustível.
Paciência... isto não é só ser SEM NOÇÃO é também ser SEM INTELIGÊNCIA.]
Para especialistas, a melhor forma de contornar os abusos praticados pelos postos é pesquisar preços. No Distrito Federal não é fácil, pois há uma combinação disfarçada entre os postos na hora de definir os valores nas bombas. O Ministério Público e a Polícia Federal estão de olho nesse suposto cartel.
Blog do Vicente - Correio Braziliense
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