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quarta-feira, 29 de novembro de 2017

PSDB age com demagogia nas suas sugestões à reforma da Previdência

O partido que defendia a responsabilidade fiscal apresenta agora uma pauta demagógica. O PSDB sugere um texto alternativo à reforma da Previdência. Deputados tucanos decidiram atacar pontos fundamentais do projeto. A atitude do partido atrapalha a tentativa de equilibrar as contas públicas, o que pautava o discurso dos tucanos até aqui.

Os tucanos querem uma regra especial de transição para funcionários públicos. A intenção é garantir aos servidores que entraram no sistema antes de 2003 a integralidade (o salário final da ativa) e a paridade (os mesmo reajustes do funcionalismo) sem a obrigação de cumprir a idade mínima de 65 anos para homens e 62 anos para mulheres. O partido sabe exatamente o tamanho da desigualdade dentro do sistema de aposentadorias do país. A regra da paridade inibe inclusive a concessão de aumentos aos que estão na ativa.

O PSDB está perdendo a identificação com as ideias que defendia. O partido participou da estabilização da economia, com o plano real. Governou o país entre 1995 e 2002, quando implantou reformas e mudanças que melhoraram a transparência e a racionalidade do gasto público. Havia tentado, inclusive, adotar a idade mínima para a aposentadoria, que não passou por um voto de um deputado do partido; Antonio Kandir disse ter se equivocado ao votar, apertando o botão errado. A saída foi criar o fator previdenciário, que aplicava descontos ao benefício aos que tivessem menos tempo de contribuição. Mas no segundo mandato de Dilma, os próprios tucanos votaram pelo fim dessa regra.

Há outros pontos de discordância com a proposta do governo. Os tucanos defendem também o benefício integral para aposentados por invalidez, independentemente de onde ocorreu o problema, e o acúmulo de benefícios como pensão e aposentadoria até o teto do INSS, de R$ 5.531; o projeto oficial limita o acúmulo a dois salários mínimos. 

Logo após ser eleito presidente, FH pediu para esquecerem o que ele havia escrito como sociólogo porque ele começaria a presidir o país. O PSDB agora, por demagogia, tenta que as pessoas se esqueçam do que ele defendia.  


Coluna da Miriam Leitão

 

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