Nos tempos que correm, não importa quão estúpida possa ser uma ideia, basta que o sujeito diga que está combatendo a impunidade e atuando contra os políticos, e pronto! Ganha a adesão imediata
Chega a
ser espantosa a capacidade que certas farsas intelectuais têm de
influenciar pessoas. Nos tempos que correm, não importa quão estúpida
possa ser uma ideia, basta que o sujeito diga que está combatendo a
impunidade e atuando contra os políticos, e pronto! Ganha a adesão
imediata. Inclusive da imprensa. Quando a verdade vem à luz, aí a
mistificação já está consolidada.
Nesta
quarta, eis que Roberto Barroso, ministro do Supremo que patrocinou a
patuscada cartorialista do fim do foro especial para deputados e
senadores em caso de crimes cometidos fora do exercício do mandato ou
que não tenham sido cometidos em razão deste, voltou ao tema. E, vamos
dar vivas a ele!, desta feita, resolveu falar a verdade.
O doutor
concedeu uma palestra em São Paulo, na Conferência Nacional da Advocacia
Brasileira, organizada pela OAB (Ordem dos Advogados do Brasil). Vale
dizer: tinha consciência de que não falava com parvos. Ali estavam
profissionais que sabem como funciona — ou não funciona! — a justiça de
primeiro grau no país.
E, então, ele se saiu com esta:
“A briga pelo fim, pela
restrição do foro, não é uma questão de impunidade. É uma questão de
tirar do Supremo o que ele não deve ter. A impunidade precisa ser
combatida com uma revisão do modo como nós praticamos o sistema penal
brasileiro”.
É mesmo?
Tenho a impressão de que o ministro andou dizendo coisa muito distinta no Supremo e em entrevistas. Vamos ver.
[no post NUMINOSO 3 está claro que o ministro mesmo com duas varas novas, especializadas em julgamento de pessoas com direito ao foro privilegiado, vai tudo acabar travando no STJ e/ou no STF.]Blog do Reinaldo Azevedo
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