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quinta-feira, 2 de agosto de 2018

Bolsonaro terá o próprio programa para ser entrevistado apenas por apoiadores



Sabatina é resposta à repercussão negativa da participação do deputado no 'Roda Viva'

Após a participação no "Roda Viva", da TV Cultura, o pré-candidato Jair Bolsonaro (PSL) vai participar, nesta quinta-feira, do seu próprio programa de entrevistas. Em vez de jornalistas, ele será sabatinado por influenciadores digitais escolhidos por sua equipe e que apoiam sua campanha. O economista Paulo Guedes, responsável pelo programa de governo na área econômica, estará ao lado do presidenciável para ajudá-lo a responder as questões.

Batizada de "Brasil Entrevista", a sabatina terá transmissão nesta quinta-feira, entre 22h15 e meia-noite, pelo Youtube. No mesmo período, Bolsonaro havia confirmado presença na "Central das Eleições", da GloboNews, que vai ao ar entre 22h30 e 0h30. Entretanto, na quarta-feira o deputado federal alegou que havia assumido compromissos anteriores e não poderia participar. Geraldo Alckmin, pré-candidato pelo PSDB, aceitou antecipar em um dia sua participação na sabatina. Bolsonaro comparecerá ao programa da GloboNews, portanto, na sexta-feira.

A justificativa da equipe de Bolsonaro para criação da própria sabatina é que o formato de entrevistas, como o do Roda Viva, é um "desserviço para quem quer conhecer melhor" o presidenciável. A proposta é que em seu próprio programa ele tenha espaço para falar sobre seu plano de governo.
Ao todo serão 17 entrevistadores: três presencialmente e outros 14 pela internet. Estão confirmados Allan dos Santos, Bernardo P. Kuster e Flávio Morgenstern, todos identificados como influenciadores digitais de extrema-direita que ganham notoriedade à medida que lançam polêmicas na rede. Morgenstern, por exemplo, é processado pelo cantor e compositor Caetano Veloso após ter sido identificado como o autor e disseminador da hashtag #caetanopedofilo.

Na entrevista ao “Roda Viva”, exibido na última segunda-feira, Bolsonaro esteve entre os principais assuntos comentados no Twitter. Embora a campanha tenha comemorado a repercussão, uma análise de publicações nas redes sociais durante a entrevista de Bolsonaro mostra que a maior parte das menções foi negativa.

Segundo levantamento feito pelo centro de pesquisas InternetLab, em publicações no Twitter, 35,1% das manifestações foram contra o pré-candidato, enquanto 32,8% foram a favor. Há ainda 28,6% menções ao militar que não se relacionam com nenhum dos dois polos.  Ao analisar apenas os tuítes contrários a Bolsonaro, os pesquisadores encontraram repetições das palavras "cota" e "escravidão", o que indica que as declarações de Bolsonaro sobre esses temam foram as que mais repercutiram.


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