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sexta-feira, 3 de agosto de 2018

Preso, Lula exercerá influência sobre capítulos finais da eleição

Petista reconfigura disputa na esquerda e explora indefinição sobre candidatura


Fora da eleição, Lula exerce a distância sua força gravitacional. Nas últimas semanas, o ex-presidente agiu como negociador político e reconfigurou os termos da competição na esquerda. Nos próximos 65 dias, o petista vai explorar as incertezas de sua candidatura para se manter no centro do debate.  Parte da campanha deste ano ainda gira em torno de uma indefinição que desorienta cerca de 30% dos brasileiros e provoca a repulsa de outros 36%. As interrogações propositadamente mantidas ao redor de Lula provocam tempestades nos campos de seus adversários e numa fatia significativa do eleitorado.[engano total: logo que o TSE decidir o óbvio: que Lula, preso, condenado por sentença confirmada por vários colegiados, não pode ser candidato, a influência que Lula ainda exerce sobre alguns gatos pingados, se acaba.
Até as visitas ao condenado Lula cessarão. Fiquem certos que a decisão do TSE será amplamente divulgada e mesmo os mais broncos devotos dos condenados saberão que Lula acabou.]

Na semana que vem, o Supremo deve julgar um pedido de liberdade do ex-presidente. A inclusão do caso na pauta é suficiente para mobilizar eleitores e candidatos. Ainda que o petista sofra um revés, o PT buscará reforçar a narrativa de perseguição judicial a seu candidato. [até mesmo os petistas, ignorantes por deficiência genética, sabem, em sua maioria, que Lula não é preso político e sim um criminoso comum;
o discurso de 'perseguido político' foi lançado igual massa de reboco na parede: 'se colar, colou', só que não colou.]  A esse episódio, sucederá a batalha sabidamente perdida sobre o registro da candidatura de Lula, no dia 15. A Justiça Eleitoral articula o veto à inscrição do ex-presidente no fim do mês, o que deve prolongar por ao menos duas semanas essa falsa dúvida na disputa.

Na prática, Lula obriga a corrida presidencial a aguardar suas orientações. O posicionamento do tabuleiro só estará completo quando o petista ungir o sucessor para o qual espera transferir sua popularidade —o que pode ocorrer oficialmente apenas a 20 dias da eleição.  A participação virtual de Lula afeta a disputa à esquerda e à direita. Da cadeia, o ex-presidente trabalhou para bloquear alianças e isolar Ciro Gomes (PDT), que pretendia ser uma alternativa nesse campo. No polo oposto, cada passo do petista provoca uma onda antipetista na guerra particular de Jair Bolsonaro (PSL) e Geraldo Alckmin (PSDB).  O papel de Lula na eleição será consideravelmente menor do que seu peso como candidato de fato, mas não se pode ignorar que os próximos capítulos dependem, em boa medida, de sua candidatura fantasma. [Alckmin é fraco demais para enfrentar Bolsonaro;
a única possibilidade de Alckmin ganhar alguma coisa, seria a existência de uma fórmula que permitisse que ele e Bolsonaro governassem, cabendo a Alckmin decidir sobre os aspectos econômicos - na área economica o ex-governador transmite mais confiança que o deputado.
Só que essa fórmula não pode ser aplicada.]

Bruno Boghossian - Folha de S. Paulo 

 

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